sexta-feira, dezembro 29, 2006

A Taça da Liga

Hermínio Loureiro garante que a Taça da Liga vai ser uma realidade na próxima época. Com um quadro competitivo tão reduzido como é o português é necessário fazer alguma coisa no sentido de dar mais jogos aos jogadores e possibilitar aos clubes a cativação de mais receitas. No entanto, para que os clubes apostem nesta competição é necessário garantir, desde logo, que o vencedor tenha acesso à Taça UEFA. Se assim não for, teremos uma competição votada ao fracasso com reduzido interesse competitivo e jogado em estádios vazios. É certo e sabido!

terça-feira, dezembro 26, 2006

Diego retorna ao futebol brasileiro

Diego é o primeiro jogador do Benfica a sair na reabertura do mercado. O Grémio é o seu destino e é daqueles jogadores que mesmo antes de vestir a camisola encaranada se via que nunca teria hipóteses de singrar na Europa. No campeonato do mundo de sub-20 tinha dado para ver que estávamos perante um jogador lento, técnica e tacticamente limitado e com reduzido poder de recuperação de bola. Foi daquelas contratações que o Benfica nunca devia ter feito tão evidente era a sua incapacidade futebolística. Razão tinha o Veiga que nunca o quis.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Vitória por números exagerados

Ontem os deuses estiveram com o Benfica. Nas quatro oportunidades que teve marcou outros tantos golos. Conseguiram o melhor resultado neste campeonato sem, contudo, excepção feita ao golo do mexicano, os seus pontas-de-lança terem rematado uma única vez à baliza. Reconheça-se que isto não é um facto normal, antes pelo contrário. Em contrapartida, o Belenenses acumulou flagrantes oportunidades de golo sem conseguir concretizar nenhuma, muito por força das excelentes defesas de Quim que terá, talvez, realizado a sua melhor exibição com a camisola encarnada. Em suma, excelente resultado para as nossas cores mas com uma exibição bastante frouxa.
Para além de Quim, o melhor elemento em campo, destaque-se a prestação de Katsouranis que tem vindo a revelar-se num elemento imprescindível nesta equipa. Não se dá muito por ele, mas o que é certo é que o homem cumpre as suas funções a preceito e, ainda por cima, marca golos. Neste particular, já leva 5 marcados o que para um médio defensivo não deixa de ser um factor abonatório da sua qualidade. Se é verdade que habitulamente não temos tido sorte com a maioria das contratações, no caso do grego parece-me que acertámos em cheio. O engenheiro teve olhinhos!
Quem, apesar de se ter estreado a marcar, parece estar de malas aviadas é Kikin. Embora nos úlitmos jogos tenha vindo a melhorar de rendimento, vê-se que falta ali qualquer coisa. É que um avançado que se preze tem de rematar à baliza, algo que o mexicano não faz; além disso tem o mau hábito de jogar muito longe da área adversária o que também não é suposto um ponta-de-lança fazer. Seja como for a sua saída só fará sentido desde que para o seu lugar se contrate outro ponta-de-lança. Se assim não for é de ficar com ele, pois para além de Mantorras não ser uma alternativa credível, ainda temos o problema de Miccoli estar constantemente lesionado. A ver vamos o que nos reserva o mês de Janeiro no que toca a reforços para o plantel.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

O "flop" da redução do número de clubes na Liga portugues

A paragem de um mês na Liga portuguesa é uma medida sem paralelo e que não faz sentido nenhum. Deixa os adeptos frustrados sem possibilidade de ver a sua equipa durante largo tempo; deixa os plantéis sem motivação para trabalhar correndo-se o risco de os jogadores perderem a forma desportiva e, sobretudo, deixa os clubes, em especial os de menor dimensão, sem possibilidades de fazer receitas para fazer face aos seus compromissos.
Tudo isto se deve à redução do número de clubes. Na génese desta redução esteve a possibilidade de aumentar os níveis de competitividade da nossa Liga, objectivo que não foi alcançado se atentarmos naquilo que temos observado ao longo deste campeonato. Os três lugares da frente já estão ocupados pelas equipas habituais, com o F.C. Porto a fazer um campeonato à parte tão evidente é a sua supremacia, e as diferenças face às outras equipas irão-se acentuar à medida que o campeonato for avançando. Entretanto a qualidade do futebol praticado continua nivelado por baixo o que significa que se calhar, e tendo em conta as razões apontadas no início deste post, muito provavelmente, esta redução não trouxe ao futebol português os benefícios pretendidos. Bem antes pelo contrário, digo eu.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Afinal já não recebemos o subsídio de Natal

Filipe Vieira bem os tentou enganar, mas o certo é que os tipos do Portsmouth não foram na conversa. Na altura fiquei surpreendido em saber que havia um clube disposto a pagar 10 milhões pelo Manuel Fernandes. É que o rapaz nem metade vale. Infelizmente para o Benfica os ingleses viram a tempo a grande asneira que iam cometer. Parece que o Benfica não o quer de volta o que significa que o vamos ter que vender a um preço de saldo.

domingo, dezembro 17, 2006

Um desfecho natural

Uma primeira parte para esquecer e com o Benfica a chegar ao golo com uma grande dose de sorte. Na etapa complementar, já com as pedras nos seus devidos lugares, os encarnados fizeram jus à vitória e mereciam um resultado mais dilatado, tantas foram as oportunidades desperdiçadas.
Simão, a atravessar um óptimo momento de forma, voltou a ser o abono de família da equipa, exibindo-se a grande altura, mormente na 2ª parte, quando Fernando Santos o colocou na posição em que o nosso capitão mais gosta de jogar e onde obtém melhor rendimento. Destaque também para as exibições de Nuno Gomes que voltou a fazer o gosto ao pé e esteve eficiente nas tabelinhas, segurando bem a bola e endossando-a com qualidade; Nélson em óptima condição física, fez estragos na defesa sadina, comportando-se como um verdadeiro extremo direito. De resto, todos os jogadores encarnados se exibiram a um nível aceitável embora Kikin continue a revelar grandes dificuldades em impor o seu futebol.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Podia ter sido bem pior

Não se pode dizer que o sorteio da Taça UEFA tenha sido madrasto, ao colocar os romenos do Dínamo de Bucareste no caminho do Benfica. É um adversário acessível que nós temos por obrigação eliminar. Nem mesmo o facto de comandarem o seu campeonato e a Roménia ser o país que esta época mais pontos conquistou nas provas europeias, nos retira a condição de favorito. Esta eliminatória tem ainda um interesse acrescido: o de saber quem - nós ou os romenos - terá na época de 2008/2009 três equipas na Liga dos Campeões. A luta tem sido renhida, e se os eliminarmos é bem provável que Portugal assegure em definitivo esse desiderato. Tal facto deve constiuir um factor de motivação extra para os jogadores encarnados. Oxalá eles tenham consciência desta necessidade imperiosa de deixarmos o nosso adversário pelo caminho.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Excelente escolha

A nomeação de Maria José Morgado para dirigir todos os processos relativos ao Apito Dourado, deixa-me com alguma esperança de que, desta vez, a justiça vai actuar com a determinação que há muito se exige, no sentido de combater a corrupção generalizada que prolifera no futebol português. São conhecidas as suas denúncias sobre esta matéria pelo que tem agora a oportunidade e a possibilidade de provar todas as acusações que fez ao mundo do futebol. Se não o conseguir vai ser uma profunda desilusão. Tenho receio que não a deixem levar o processo até ao fim. É que o lobby do futebol é muito poderoso e vai procurar fazer valer a sua influência.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Pinto da Costa vs Justiça

Anda por aí muito boa gente a pensar que é desta que Pinto da Costa vai assentar com o lombo na prisão. Bem podem esperar sentados, pois tal cenário nunca se vai verificar. Por muitos indícios que haja sobre as suas práticas criminosas, o homem acabará sempre por se safar, com maior ou menor dificuldade. Bem o podem constituir arguido no Apito Dourado ou noutro processo qualquer que no final o veredicto é sempre o mesmo: absolvido por falta de provas. Condenar corruptos em Portugal é um processo muito complicado e mais complicado se torna quando estão em causa grandes figuras. A pessoa em causa é nem mais nem menos do que o maior suspeito de tráfico de influências e corrupção que alguma vez passou pelo futebol português. É só lembrar as variadíssimas histórias que toda a gente conhece: o tempo das malinhas, dos quinhentinhos; das agressões a tudo e a todos, nas cobranças por serviços prestados; nos jogadores que se compravam e não se pagavam, não porque não houvesse dinheiro, mas porque serviam para pagar favores de permanências ou não descidas de divisão; de empréstimos monetários ou facilitações de negócios; das viagens para famílias inteiras; nas prendas a jornalistas; nos investimentos indirectos e encapotados em orgãos de comunicação social; nas lutas pelos órgãos da FPF (Comissão de arbitragem à frente); na selecção e promoção de árbitros; na hereditização dos árbitros das Associações amigas, etc. Como vêem as histórias são aos montes. Falta o mais difícil: prová-las. Não que elas não existam. O que está em questão é saber se a justiça está interessada em investigá-las. Quanto a mim, não está!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

A triste realidade

Tendo em conta o que o Benfica tem feito fora de portas, o empate alcançado frente à Naval tem de ser considerado um resultado normal. É bom que não nos esqueçamos que, até ao momento, nos jogos fora de casa, já perdemos 15 pontos. Quer isto significar que em 21 pontos possíveis só conquistámos 7, o que é manifestamente insuficiente para quem aspirava ser campeão. Com uma contabilidade destas, não só o título deixa de ser um objectivo, como o próprio 2º lugar me parece um desiderato só passível de ser alcançado, se o Sporting passar por uma profunda crise futebolística. Como não é provável que isso vá acontecer, resta-nos lutar pelo 3º lugar, sendo que este tem de ser forçosamente nosso, sob pena de ficarmos, desde logo, arredados da próxima Liga dos Campeões. Por muito que doa aos adeptos benfiquistas esta é a nossa realidade e há que ter consciência que é isto que se vai passar. Quem julgar que esta análise não tem qualquer cabimento é porque anda completamente iludido e sobrevaloriza a capacidade dos nossos jogadores. Simão, Rui Costa e Miccoli são os únicos jogadores cuja categoria respeita a grandeza do Benfica (sendo que um deles ainda "não jogou" e o italiano raramente o faz por estar constantemente lesionado). O resto são verbos de encher que, noutros tempos, nunca teriam condições para envergar a camisola do Glorioso. Ora, se assim é, como podemos nós sonhar com títulos?

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Uma derrota previsível

Por estranho que pareça o golo de Nelson foi pernicioso para o Benfica. Foi a partir desse momento que o cariz do jogo se alterou. Até aí e perante a passividade do nosso adversário, que se mostrou demasiado cauteloso, o Benfica foi aguentando com relativa facilidade as raras investidas dos ingleses, trocando a bola com inesperado à vontade e marcando o ritmo de jogo, algo que não se esperava que viesse a acontecer nos primeiros 15/20 minutos da partida. A partir do golo sofrido o Manchester adiantou as suas linhas, exerceu uma enorme pressão, obrigou-nos a recuar no terreno, e o empate que se adivinhava acabou por aparecer já no período de descontos da 1ª parte. Foi um forte revés nas aspirações encarnadas que não mais soube estar à altura das exigências. Na 2ª parte, o Manchester voltou a ter a iniciativa de jogo, marcou cedo e a partida ficou decidida.
Só um Benfica em grande noite poderia ter algumas perspectivas de vencer. Não foi isso o que se verificou, muito por culpa do nosso adversário que se mostrou demasiado forte para a nossa actual capacidade. O resultado não oferece discussão. Foi justo e merecido. Agora há que enfrentar a Taça UEFA com ambição, pois trata-se de uma competição onde temos legítimas aspirações. Não teremos adversários fáceis, como é óbvio, mas qualquer deles está perfeitamente ao nosso alcance.
Uma nota de destaque para a grande exibição de Simão, o único jogador a criar dificuldades à defensiva inglesa; para o grande golo de Nélson e, finalmente, para a excelente prestação de Ricardo Rocha que, talvez motivado pelos primeiros golos alcançados com a camisola encarnada, tem vindo a subir de rendimento a olhos vistos.

Precisamos de um Benfica à Benfica

Aguarda-se uma noite de vibrantes emoções. Desta vez, ao contrário de sexta-feira, vou estar em frente do televisor, seguindo a par e passo a aventura do meu Benfica em Manchester. Estou com uma certa curiosidade em verificar, até que ponto aquela vitória em Alvalade aumentou os níveis de confiança dos nossos jogadores. É que para vencer o Man. United vai ser preciso uma grande dose de confiança e, sobretudo, de qualidade futebolística. Será que vamos estar à altura das exigências da partida?

terça-feira, dezembro 05, 2006

Sporting fora da Europa

Os adeptos leoninos devem estar em estado de choque. Depois da humilhante derrota frente ao Benfica, vêem-se agora afastados da Taça UEFA, após a vitória do Spartak em Alvalade. Quem prognosticaria, há uma semana atrás, que o Sporting iria passar por uma hecatombe desta dimensão? Muito pouca gente, seguramente! Se bem estou lembrado, não se poupavam adjectivos à competência de Paulo Bento e à capacidade do conjunto leonino e eis que, num curto espaço de tempo, tudo parece ruir tal qual um castelo de cartas. O treinador leonino deixa de ser um Deus e dos jovens leões já se diz que lhes falta maturidade. Nada de anormal. É o habitual exagero lusitano.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Sem nada a perder

Todos nós benfiquistas gostaríamos de ver o Benfica vencer em Manchester. Não só pelo que isso representaria em termos financeiros mas também pelo reforço do prestígio do clube na Europa. Porém, tendo em conta o potencial do adversário que vamos defrontar, as suas naturais aspirações na competição e o facto de o jogo ser em sua casa, o mais natural e provável é que venhamos a ser eliminados da Liga dos Campeões. A suceder, e oxalá não aconteça, não me parece que isso constituia uma grande tragédia para as nossas cores, uma vez que já temos assegurada a continuidade na Europa, ainda que seja através da Taça UEFA, uma competição menos prestigiante e bem menos atractiva em termos financeiros. Nada que me tire o sono. Muito sinceramente, preferia ver o Benfica vencer esta competição, do que vê-lo afastado numa próxima eliminatória da Liga milionária. Mais a mais, é um troféu que nos falta e que precisamos de conquistar, quanto mais não seja para equilibrarmos as contas com o nosso rival nortenho. Isto de saber que há um clube em Portugal com mais títulos europeus do que nós, é algo que me custa a engolir.

sábado, dezembro 02, 2006

F.C. Porto soma e segue

Estes gajos do FCP chateiam de tanto ganhar. Ainda não chegámos ao Natal e as faixas estão praticamente encomendadas. Para o resto do campeonato o interesse reside em saber qual dos dois grandes de Lisboa terá acesso directo à Liga dos Campeões. Talvez não fosse má ideia introduzir nos regulamentos da Liga uma lei que impedisse os azuis-e-brancos de ganhar duas épocas consecutivas. Ou então, iniciarem os campeonatos com pontos negativos. Qualquer uma delas, teria a concordância da maioria dos portugueses. Eu subscreveria sem hesitações.

O jogo que eu não vi

Verdade se diga que esta vitória do Benfica em Alvalade constituiu para mim uma enorme surpresa. De tal forma estava convencido que iríamos perder que nem sequer tive coragem de assistir ao jogo. É que se há derrotas que me tiram anos de vida essas são exactamente aquelas que acontecem com os lagartos. E como a minha capacidade de sofrimento tem limites resolvi fazer um retiro durante os 90 m da partida. Já não é a primeira vez que o faço e, contrariamente ao desejado, o sofrimento acaba sempre por ser maior. O desconhecimento do que se está a passar provoca-me uma tremenda ansiedade a ponto de não conseguir fazer mais nada durante aquele período de tempo. Ansiedade essa que atinge o pico máximo nos momentos dos golos, dado que há sempre alguém a manifestar-se de forma audível e nós ali sem sabermos em que baliza é que a bola entrou. A sensação é tão desagradável que não aconselho ninguém a passar por uma situação destas. Só indivíduos completamente paranóicos como eu é que se dão ao luxo de provar emoções deste calibre. Felizmente, desta vez, os golos foram na baliza certa e a satisfação não poderia ser maior. Fica o desgosto de ter perdido a oportunidade de ver o meu Benfica ganhar em Alvalade, mas a consolação de termos ganho os três pontos que, isso sim, é que é importante.

terça-feira, novembro 28, 2006

O "Day After" após Manchester

Após os próximos dois jogos do Benfica uma questão se vai colocar aos adeptos encarnados: vai ou não Fernando Santos continuar à frente do comando técnico da equipa? Trata-se de uma questão pertinente atendendo a que são duas provas em que o Benfica tinha naturais aspirações - numa conquistar o título nacional, noutra passar à fase seguinte da competição - e com a impossibilidade de estes objectivos serem alcançados as pessoas são levadas a interrogar-se o que ficará lá a fazer o engenheiro depois de tão rotundo fracasso? Estou convencido que a unanimidade dos adeptos vai querer a sua saída, embora também me pareça que LFV não nos vai satisfazer esse desejo. Por duas importantes razões. A primeira prende-se com a forte relação de amizade entre os dois; a segunda tem haver com o facto de um eventual despedimento implicar o reconhecimento de que a sua contratação foi um péssimo acto de gestão desportiva e isso é algo que LFV nunca assumirá. Sendo assim, tudo indica que Fernando Santos irá continuar. A não ser que, ele próprio, num acto de contrição e humildade, apresente a demissão o que, digo eu, só o dignificaria e prestigiaria. Não acredito que este cenário se venha a verificar. Mas que fazia todo o sentido lá isso fazia!

domingo, novembro 26, 2006

Baixo pecúlio para tantas oportunidades criadas

O Benfica entrou bem no jogo criando ao longo dos primeiros 45' ocasiões de golo suficientes para chegar ao intervalo com um resultado folgado a seu favor. Acontece que, umas vezes, por pura azelhice, outras vezes, porque Marcos se mostrava intransponível, os jogadores encarnados não conseguiam colocar a bola dentro da baliza adversária. Teve de ser um jogador maritimista a fazer um auto-golo para que o Benfica pudesse chegar à vantagem no marcador. Quando tudo indicava que os encarnados iriam ampliar a vantagem com facilidade, uma péssima cobertura no meio-campo permitiu que Marcinho fosse avançando no terreno e a cerca de 25 metros da baliza de Quim desferisse um potente remate, sem qualquer oposição, fazendo um golo de bandeira. Golo imerecido, pois até aí o Marítimo nada tinha feito que justificasse este golo. Mas é assim o futebol, e os jogadores do Benfica deveriam estar prevenidos para estas situações.
A 2ª parte iniciou-se praticamente com a lesão de Miccoli (mais uma!), o que pareceu incomodar os seus colegas que a partir desse momento não mais conseguiram repetir a exibição da 1ª parte. Nem mesmo a expulsão de Marcinho veio alterar esta situação. O Benfica passou a jogar sobre brasas, a querer fazer tudo depressa e, como é habitual nestas alturas, depressa e bem não há quem. Não fosse o golo de Katsouranis a aproveitar o facto de o Marítimo momentaneamente estar com apenas 9 elementos em campo e não sei se o Benfica conseguiria ganhar o jogo. Pelo que se estava a ver muito dificilmente isso iria acontecer.
A ausência de Miccoli para os decisivos jogos contra o Sporting e Manchester United não auguram nada de bom. Tem sido o nosso jogador mais determinante e sem ele em campo a equipa ressente-se. Não dá para entender que face ao seu historial clínico o jogador tenha entrado para a 2ª parte mesmo depois de apresentar queixas de dores musculares ao intervalo. Parece que o italiano assim o quis, mas, neste caso, o treinador sabendo do que a "casa gasta" não deveria ter permitido a sua reentrada em campo. É para isso que ele lá está. Para tomar as decisões que melhor sirvam os interesses do Benfica. Assim não o fez. Nos próximos dois jogos irá, muito provavelmente, sofrer as consequências da sua infeliz decisão.

terça-feira, novembro 21, 2006

Miccoli fez a diferença

Mais três golos mas desta vez fomos nós que os marcámos. Valha-nos isso. Foi uma vitória que nos garantiu um lugar na Taça UEFA e esse terá sido o dado mais importante a retirar deste jogo frente aos dinamarqueses. É que o Celtic ganhou ao Manchester e, sendo assim, a hipótese de continuarmos na Liga dos Campeões é agora muito remota. Para nos apurarmos necessitamos de ganhar em Old Trafford algo que no momento actual do Benfica me parece uma tarefa praticamente inacessível. Só um Benfica inspiradíssimo poderia cometer tal proeza e, pelo que temos visto durante esta época, os encarnados têm sido tudo menos brilhantes.
O jogo desta noite mostrou-nos as duas faces do Benfica desta temporada. Uma 1ªparte pautada, aqui e ali, com períodos de bom futebol que conseguiu confundir os dinamarqueses e nos permitiu a criação de uma mão cheia de oportunidades consubstanciadas com a obtenção de 3 golos. Na 2ª parte tivermos o reverso da medalha. Um Benfica desorganizado, amorfo, trapalhão que enervou os adeptos e deu moral ao adversário para tomar as rédeas do jogo sem contudo criar grandes situações de perigo. Com um adversário mais poderoso este incompreensível abaixamento de rendimento poderia causar outro tipo de embaraços.
Verdade se diga que estes desvarios exibicionais do Benfica não me surpreendem minimamente. São fruto de um plantel bastante desequilibrado onde a categoria de alguns jogadores não disfarça a vulgaridade da maioria. Se a isto juntarmos a pouca capacidade de liderança do treinador encarnado, facilmente se percebem as razões da grande irregularidade do Benfica esta época. Com um treinador que conseguisse transmitir confiança talvez as coisas melhorassem. Assim é difícil.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Real Madrid assina contrato estratosférico

O Real Madrid revelou hoje que assinou um contrato com a Mediapro para ceder os direitos audiovisuais até 2012/2013 por uma verba superior a 1.100 milhões de euros. Na moeda antiga são qualquer coisa como 220 milhões de contos. É, de facto, um número impressionante. Por cá, LFV promete um Benfica no topo do futebol europeu num prazo de meia-dúzia de anos. Perante valores desta dimensão talvez não fosse má ideia ele repensar esse objectivo.

domingo, novembro 19, 2006

Mais uma penosa derrota

Não há memória duma coisa destas. Habituámo-nos à "chapa 3" e não queremos outro resultado. A continuarmos assim arriscamo-nos a entrar no Guiness como a equipa que mais vezes sofre três golos. Se marcássemos quatro ou cinco, não me importava que mantivéssemos a média. Convenhamos que tal cenário até seria o ideal: uma chuva de golos em cada jogo é um espectáculo que nenhum adepto desdenharia, ainda por cima, sabendo de antemão, que a vitória seria sempre nossa. O problema é que tal desígnio está-nos completamente vedado. A realidade é bem mais prosaica e dura: em cinco jogos somámos onze pontos perdidos e apenas uma vitória. Se isto é uma performance de uma equipa que quer ser campeã vou ali e já venho. Por muito que nos custe sejamos realistas e percebamos que temos uma equipa de gente anã e fisicamente débil, com um índice técnico rudimentar e uma estrutura psicológica incapaz de fazer frente à menor adversidade. Com um handicap destes como é que podemos aspirar a ganhar seja o que for? Eu por mim estou conformado. Prepare-se a próxima época que esta já deu o que tinha a dar. A saída de Veiga dá-me alguma esperança para o futuro desde que para o seu lugar se encontre a pessoa certa. De preferência alguém que saiba como se constrói uma equipa de futebol. É o que nos tem faltado de há muitos anos a esta parte.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Vencer sem convencer

Jogo fraquinho de Portugal que fez o q.b. para vencer o Cazaquistão por três golos a zero. Na 1ª parte ainda se viram algumas jogadas de bom recorte, a maioria delas protagonizadas por Cristiano Ronaldo (quem havia de ser?!) que até conseguu um golo de belo efeito num violento remate de fora da área. Para além dele, só Simão jogou ao seu nível. Nuno Gomes teve uma noite desastrada, falhando golos cantados, enquanto os restantes colegas também se mostraram pouco inspirados. Valeu que o adversário era uma pêra doce. Contra as selecções que lutam pela qualificação vamos ter que mostrar outras credenciais, caso contrário corremos o risco de ficar de fora da fase final do Europeu.

domingo, novembro 12, 2006

Koeman dá cartas na Holanda

O PSV é agora o lider isolado do campeonato holandês depois de vencer o Ajax em Amesterdão. Na Liga dos Campeões a passagem à fase seguinte está praticamente assegurada. O treinador é Koeman, o tal a quem foram tecidas as maiores críticas enquanto esteve à frente do Benfica. Olhando para os resultados fica a ideia que afinal o homem não é tão mau como o pintavam por cá. Não restam dúvidas que em Portugal somos muito exigentes quanto à valia dos treinadores. Até parece que passamos a vida a ganhar títulos. A começar pelo Benfica, onde os títulos se sucedem a um ritmo alucinante!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Muitas surpresas na convocatória da selecção

Scolari resolveu fazer uma pequena revolução na lista de convocados para a selecção. Resta saber se estas alterações são para continuar ou se elas acontecem apenas porque o próximo adversário é o Casaquistão. Renovação ou não, gostei desta aposta na juventude. Veremos se os petizes correspondem ao voto de confiança do seleccionador.

terça-feira, novembro 07, 2006

M.United eliminado

O Manchester United foi hoje afastado da Taça da Liga pelo último classificado da segunda divisão inglesa. Se isto acontecesse com o meu Benfica teríamos, no mínimo, uma manifestação dos adeptos à porta do Estádio da Luz e o treinador demitido na hora. Em Manchester, na próxima jornada da Premier League, o estádio estará a abarrotar e os adeptos a puxarem pela equipa. Diferenças de mentalidade. Apenas e só.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Digno de entrar no Guiness

Esta noite, no jogo entre Sporting e Sp. Braga, assistimos a um facto insólito. Os leões viram ser-lhes contabilizados três golos sem que nenhum dos seus jogadores tivesse marcado algum: houve dois auto-golos e um golo sancionado que não chegou a entrar na baliza do Sp. Braga. Não me lembro de alguma vez na vida ter assistido a semelhante coisa. Irra que é sorte a mais!

Vitória clara a merecer um resultado mais dilatado

O jogo de ontem à noite proporcionou-nos uma 1ª parte cinzenta com o Benfica a ter o comando da partida e o Beira-Mar a fechar-se bem na sua defensiva. Apesar de ter muita posse de bola os encarnados raramente fizeram perigar a baliza aveirense e, quando isso aconteceu, tiveram no guarda-redes adversário um obstáculo intransponível.
Na 2ª parte tudo mudou. Os dois golos nos minutos iniciais sentenciaram o desafio. A partir daí assistiu-se a um assalto encarnado ao último reduto aveirense com inúmeras oportunidades construídas que a serem concretizadas teriam levado o Benfica a uma goleada das antigas. Foi o melhor período da equipa, com um futebol bastante agradável e objectivo, a que faltou uma outra eficiência na finalização. De registar a espectacular exibição do guarda-redes aveirense que só à sua conta impediu uma mão cheia de golos. Do lado do Benfica todos os jogadores se exibiram a boa altura, ficando na retina uma portentosa jogada de Miccoli, com uma finta impossível sobre um adversário, que me deixou particularmente maravilhado. Só foi pena o lance não ter dado em golo. Se isso tivesse acontecido, estou certo que o estádio vinha abaixo!
Este jogo veio confirmar a subida de rendimento do Benfica. Está incomparavelmente melhor e evidencia uma capacidade ofensiva que me tem surpreendido. Há, contudo, que melhorar os aspectos defensivos para termos uma equipa mais consistente. Continuamos, nesse capítulo, a revelar algumas falhas preocupantes, mormente, nos lances de bola parada e nas transições ataque-defesa a que temos que pôr cobro com a máxima urgência. De resto convém manter esta veia goleadora já que os próximos embates - Copenhaga e Sp. Braga - são jogos a que estamos obrigados a vencer, caso queiramos manter intactas as nossas aspirações.

quinta-feira, novembro 02, 2006

A vitória desejada

Confrontos entre Benfica e Celtic já se sabe que o resultado acaba sempre num 3-0. Desta feita a vitória coube-nos a nós e ainda bem que assim foi, pois, caso contrário, tínhamos hipotecado as hipóteses de seguir para a próxima fase da Liga dos Campeões. Com este resultado mantivemos em aberto a possibilidade de sermos um dos dois apurados. Claro está que para que isso seja uma realidade precisamos de vencer o F.C. Copenhaga em nossa casa e esperar para ver no que vai dar o jogo entre Celtic e Manchester United. Pode acontecer até que, mesmo ganhando aos dinamarqueses, tenhamos que ir ganhar a Manchester o que seria uma tarefa bem complicada. Seja como for todas estas contas estão dependentes duma vitória sobre os dinamarqueses. Caso ela não aconteça tudo se esfuma. Muito provavelmente até a qualificação para a Taça UEFA fica em risco.
No jogo de ontem à noite não se pode dizer que não tenhamos sido bafejados pela sorte. A sorte que nos tem sido madrasta noutros jogos, desta vez foi bastante nossa amiga. Os dois golos de vantagem conseguidos ao intervalo foram uma benesse de Caldwell que não só fez um auto-golo como, pouco depois, à custa de uma infeliz recepção, isolou Nuno Gomes que não teve dificuldade em fazer o golo. Verdade se diga que nos primeiros 45' pouco fez o Benfica para merecer uma vantagem tão dilatada. Não fosse o central escocês e provavelmente o resultado na 1ª parte seria um empate a zero.
O intervalo fez bem aos encarnados uma vez que nos segundos 45' o Benfica conseguiu rectificar alguns aspectos menos positivos da 1ª parte, nomeadamente, dificuldades ao nível da marcação e da transição defensiva, bem como dificuldades na circulação de bola. Passámos a jogar mais compactos, dando a iniciativa ao adversário, fechando-lhe os caminhos para a baliza o que permitiu inúmeras recuperações de bola que originaram perigosos contra-ataques; conseguimos também uma maior segurança no passe, evitando o recurso aos lançamentos compridos que nos faziam perder a bola inúmeras vezes. Sem espaços e fisicamente debilitados os escoceses foram presas fáceis para os encarnados nesta 2ª parte. O 3º golo apareceu assim como o corolário lógico da supremacia do Benfica neste período e culminou a melhor jogada da partida. Pena foi não termos marcado mais golos pois oportunidades para isso não faltaram. Teria sido importante pois nada nos diz que o goal-average não venha a ser determinante na qualificação.
Realçe para a exibição de Nelson que na minha opinião terá sido o jogador encarnado mais em destaque. Não só pelo excelente cruzamento que ditou o auto-golo escocês como ainda pelas várias incursões pelo corredor direito que levavam perigo à baliza do adversário. Este é o jogador que tão bem deu conta do recado no início da época passada. Esperemos que esteja de volta aos seus melhores dias.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Baixa de peso no F.C. Porto

A lesão de Anderson vai fazer com que o F.C. Porto passe um mau bocado nos próximos 3 meses. É que estamos a falar do melhor jogador do plantel e por muitos bons jogadores que os portistas tenham, e têm-nos, não me parece que haja algum que o possa substituir com a mesma eficácia. Os próximos jogos vão permitir perceber até que ponto o futebol portista está dependente do brasileiro. A começar já no jogo frente ao Hamburgo.

sábado, outubro 28, 2006

Morrer na praia

É fatal como o destino. Frente a adversários de gabarito a chapa 3 é a nossa conta. Perder um jogo no período de descontos, que havia sido recuperado com tanto esforço, no seguimento dum lançamento de linha lateral não lembra a ninguém e é um sintoma claro das nossa fragilidade. Vão-me dizer que qualquer equipa se sujeita a situações destas. É verdade. Ainda ontem vimos acontecer o mesmo com o Sporting. A questão é que connosco estas coisas sucedem com demasiada frequência. Por isso não me venham falar em azar. Não é disso que se trata. É antes, e acima de tudo, um problema de incompetência. Carradas dela, direi eu!

sexta-feira, outubro 27, 2006

Jogo electrizante em Aveiro

Quem diria! Poucos pensavam que o Sporting desperdiçaria pontos em Aveiro, ainda por cima da forma como o empate foi alcançado pelos aveirenses. Três lances de bola parada ditaram outros tantos golos do Beira-Mar, com a particularidade de todos os golos terem sido apontados pelo mesmo jogador, Buba, sendo que o último foi conseguido na derradeira jogada do desafio. Melhor do que isto era impossível. Foi lindo de se ver. Hoje os pupilos de Paulo Bento fizeram-me lembrar o meu Benfica, tão grande foi a generosidade concedida ao adversário. Mesmo que venha a acontecer a derrota amanhã no Dragão já não se pode dar o fim-de-semana como totalmente perdido. Em noite de eleições, LFV não poderia ter uma prenda mais apetecida.

quarta-feira, outubro 25, 2006

As hipóteses encarnadas no Dragão

No meu entendimento, estão reunidas todas as condições para o Benfica trazer um resultado negativo do Dragão, no próximo sábado. O que me leva a fazer tal afirmação? As naturais dificuldades que encerra um jogo na casa do F.C. Porto; o historial dos resultados que está longe de nos ser favorável; a impossibilidade de jogadores nucleares poderem actuar; a ausência dos dirigentes (inconcebível, por mais fortes que sejam as razões) e dos adeptos (indesculpável o terem deixado passar o prazo da reserva dos bilhetes); e, por último, a nomeação de Lucílio Baptista, árbitro com o qual habitualmente não nos damos bem.
Perante um panorama destes, só uma equipa estruturalmente forte do ponto de vista psicológico poderia fazer face a estas condicionantes. Sabendo nós que uma das limitações do actual Benfica reside precisamente no capítulo psicológico, não estou a ver como é que podemos estar optimistas para o derby de sábado. Ainda se tivéssemos um treinador que soubesse levantar a moral às tropas, talvez as hipóteses subissem um bocadinho. Como não é o caso, resta-nos sonhar!

segunda-feira, outubro 23, 2006

O futebol rasgadinho está de volta ao Bessa

Jaime Pacheco volta às lides futebolísticas com mais um regresso ao Bessa. Sempre que se sente apertado João Loureiro não hesita e recorre aos préstimos do careca. Esta é para aí a terceira ou quarta vez que o técnico assume o comando do Boavista. Sendo assim, para quê perder tempo e dinheiro com outros técnicos quando se sabe que mais tarde ou mais cedo o Jaime está de volta?

P.S. A partir de agora as equipas adversárias que se cuidem: do pescoço para baixo é tudo bola!

domingo, outubro 22, 2006

Vitória e mais uma expulsão

No jogo desta noite, a nota de maior destaque vai para a equipa de arbitragem que teve uma actuação absolutamente desastrada: 13 amarelos e 3 vermelhos, grande parte deles sem a mínima justificação; a expulsão de Miccoli parece encomendada; 2 foras-de-jogo de bradar aos céus e que dariam outros tantos golos ao Benfica.
Quanto ao jogo propriamente dito, o Benfica entrou bem na partida, apresentando um futebol fluido, com os seus jogadores a movimentarem-se bem no ataque e a criarem várias oportunidades de golo que, infelizmente, não foram devidamente aproveitadas. Na sequência de um canto e, curiosamente, na primeira vez que o Estrela vai à nossa área, sofremos um golo em mais uma desatenção defensiva. O Benfica tremeu mas passados alguns minutos de desnorte voltámos a pressionar o nosso adversário e acabámos por chegar à igualdade através de um remate certeiro de Miccoli. No segundo tempo, um penalti, logo nos primeiros minutos, permitiu-nos chegar à vantagem, ficando a tarefa bem mais facilitada porque na sequência do lance o jogador do Estrela foi expulso. A partir daqui o Benfica somou inúmeras oportunidades para marcar mas só veio a concretizar uma, já perto do final da partida, por intermédio de Karyaka que só à sua conta havia falhado duas de forma escandalosa. Enfim, o Benfica ganhou com todo o merecimento mas continua a revelar muita intranquilidade o que não se compreende.
Agora segue-se uma jornada de grande dificuldade, frente ao F.C. Porto, na casa deste. Até aqui sempre que temos defrontado adversários da nossa igualha os resultados têm sido desastrosos. Ainda por cima vamos ao Dragão desfalcados de pedras nucleares o que me leva a estar pouco optimista quanto a um resultado favorável.

sábado, outubro 21, 2006

Boavista de mal a pior

Ou muito me engano ou Petrovic vai ser o primeiro treinador desta Liga a fazer as malas. Duas derrotas consecutivas em casa frente a adversários de nível inferior são capazes de lhe ditar o despedimento. João Loureiro, decorridos pouco minutos da 2ª parte, abandonou a tribuna nitidamente incomodado o que faz prever o pior para o treinador boavisteiro. Depois do que fizeram frente ao Benfica nada fazia prever este descalabro do Boavista.

terça-feira, outubro 17, 2006

Mais uma derrocada!

A diferença entre o jogo de sábado e o de hoje está no valor das equipas que defrontámos. Enquanto que frente ao Leiria não foi preciso grande esforço para marcar quatro golos e dar ares de grande equipa, frente ao Celtic ou a conjuntos de valor semelhante ao dos escoceses, os problemas são outros e as nossas limitações são postas a nú com incrível facilidade.
Esta noite, exceptuando os primeiros 10 minutos, as coisas até não nos correram mal na 1ªparte. No final dos primeiros 45' tinha ficado a ideia que com um pouco mais de ambição e de agressividade, talvez pudéssemos chegar à vitória. Acontece que veio o 1º golo do nosso adversário e aí, incompreensivelmente, a equipa desmoronou-se. Deixámos de jogar como um colectivo, os jogadores abusaram de iniciativas individuais e os desposicionamentos defensivos foram aparecendo. Num deles, após um canto a nosso favor, permitimos um contra-ataque mortífero que resultou no 2º golo do Celtic e sentenciou a partida. A partir daqui deitámos a toalha ao tapete e ficou patente, mais uma vez, que falta liderança à equipa. Dentro e fora do campo. Nestas alturas falta uma voz de comando que impeça que a descrença se apodere da equipa. Não se pode admitir que, sempre que ficamos em desvantagem no resultado, caiamos a pique. Já não é a 1ª vez que isto sucede e, pelo que se tem visto, não será a última. É a 4ª vez que levamos chapa 3, algo inadmissível numa equipa que quer ser campeã e seguir em frente na Liga dos Campeões. Em relação a esta última há que ser realista e perceber que esta derrota em Glasgow deitou por terra as possibilidades de passarmos à fase seguinte. É na Liga portuguesa que devemos centrar as nossas atenções porque é aí que poderemos ter uma palavra a dizer, mas para isso temos de revelar outra coesão, outra atitude dentro de campo que nos permita acalentar esperanças de podermos vir a alcançar os nossos objectivos. Mas a jogarmos desta forma, em nenhuma circunstância podemos fazer frente ao Sporting e ao F.C. Porto que, nesta altura, estão num patamar bem acima do nosso. Urge que LFV tome alguma atitude. E, provavelmente, a atitude certa seja a mudança de treinador. Este, já todos vimos, não tem condições (nem nunca teve) para conduzir a equipa àquilo que todos nós benfiquistas pretendemos.

domingo, outubro 15, 2006

Benfica demolidor

Finalmente uma exibição conseguida. Ontem em Leiria esteve o melhor Benfica desta época. Boa dinâmica de jogo, excelente entrega de todos os jogadores e um Miccoli fantástico como nunca havia sido desde que veste a camisola encarnada: aquele segundo golo é uma autêntica obra-prima só ao alcance de predestinados. Só é pena que estas noites de inspiração não surjam com mais regularidade porque se assim fosse outro galo cantaria. Se fosse possível repetir esta exibição em Glasgow seria o ideal.
Foi um Benfica demolidor aquele que se apresentou em Leiria, num campo onde nunca havíamos vencido. Dominámos o jogo do princípio ao fim e construímos oportunidades suficientes para em vez de quatro marcarmos sete ou oito golos. Mas não faz mal. Seria pedir de mais. Quatro golos chegam e sobejam para nos encher de alegria. Ainda por cima, fruto de uma empolgante exibição. Alguém deu por falta de Rui Costa, Karagounis ou Paulo Jorge?

sexta-feira, outubro 13, 2006

Venha o próximo

É caso para perguntar: qual é o senhor que se segue? De lesão em lesão muscular, qualquer dia temos a maioria do plantel inoperacional. Desta vez, o escolhido foi Karagounis - logo agora que o grego começava a dar conta do recado e temos Rui Costa no estaleiro. Quer isto dizer que de uma penada o Benfica fica sem organizadores de jogo, o que me leva a prever que nos próximos embates vamos andar com o credo na boca. Em especial em Glasgow, num jogo que é decisivo para as nossas pretensões na Liga dos Campeões. No meio disto tudo, Fernando Santos mantém intacta a sua confiança no departamento médico. Para sua própria defesa faz bem em ter essa atitude. É que se calhar a incompetência é extensível ao seu preparador físico, o que colocaria o engenheiro numa posição difícil tendo em conta que foi ele que o trouxe para a Luz.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Derrota incontestável frente a uma Polónia renascida

Ao fim de oito anos sofremos a primeira derrota numa fase de qualificação. Vamos acreditar que foi apenas uma noite infeliz da nossa selecção principal. Estes rapazes têm-nos dado tantas alegrias ao longo dos anos que não há motivo para não continuarmos a acreditar neles. Não é uma derrota que vai pôr em causa tudo o que de bom tem sido feito até aqui (e tem sido muito). É claro que a derrota frente aos polacos é um jogo para esquecer tão fraca foi a nossa exibição. Mas não há selecção no mundo, por melhor que ela seja, que não tenha os seus dias maus. Hoje mesmo a Inglaterra perdeu na Croácia. A Espanha no fim-de-semana voltou a perder. Algum dia havia de chegar a nossa vez. Foi hoje. Esperemos que não se volte a repetir nesta fase de qualificação.

terça-feira, outubro 10, 2006

Sub-21 conseguem o apuramento para a fase final

Tal como eu previra, fomos capazes de dar a volta ao texto e eliminámos os russos conseguindo assim o apuramento para a fase final do próximo europeu na Holanda. A pesada derrota sofrida na Rússia foi enganadora, dado já nesse jogo termos provado que éramos superiores ao nosso adversário apesar do resultado desfavorável. Em casa voltámos a confirmar essa tendência embora com a ajuda da arbitragem que desta vez nos foi claramente favorável.

domingo, outubro 08, 2006

Vitória fácil frente ao Azerbaijão

Os nossos rapazes não precisaram de se esforçar muito para levar de vencida os pseudo-jogadores azeris. E só foram contabilizados três golos porque o fiscal-de-linha resolveu não ver um lindo golo de Cristiano Ronaldo - um pontapé de bicicleta - que esteve dentro da baliza para aí uns 30 centímetros (a fazer lembrar o golo do Leiria a época passada em Alvalade). Aliás, o avançado português foi o herói da partida não só pelos golos que marcou mas também pelo que jogou que foi uma enormidade: as mudanças de ritmo que imprime ao jogo e o manancial de fintas com que nos brinda são do mais puro deleite. O rapaz está a atravessar um momento de forma extraordinário o que nos aguça o apetite para o próximo jogo frente à Polónia. Dos restantes jogadores portugueses há a salientar a boa prestação de Deco e a noite desinspirada de Nuno Gomes que falhou algumas oportunidades flagrantes que a serem concretizadas dariam ao resultado uma outra expressão. Quarta-feira as exigências vão ser outras, obrigando a selecção portuguesa a jogar ao seu melhor nível. Apesar das dificuldades não vejo a Polónia com capacidade para nos derrotar. A ver vamos.

sexta-feira, outubro 06, 2006

Árbitro cipriota sentenciou a partida

Os sub-21 portugueses levaram que contar na Rússia. 4 a 1 é um resultado demasiado pesado tendo em conta o que se passou em campo. Não fora a expulsão de João Pereira, no final da primeira parte, quando se registava um empate a uma bola, e a história do jogo tinha sido outra. Até essa altura estávamos a ser superiores e demonstrámos ser superiores aos russos. Só que um árbitro caseiro resolveu intervir na partida prejudicando claramente a nossa selecção. Apesar da diferença no resultado e pelo que vi da selecção russa, Portugal ainda tem chances de dar a volta aos acontecimentos. Precisamos de uma noite de alguma inspiração e um árbitro neutro. É quanto basta. Estou com fé.

Soma e segue

Mais dois jogadores do Benfica com lesões musculares. Desta vez, a fava coube a Manu e Marcos Ferreira. Nada de anormal. Foi, apenas e só, azar.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Rui Costa à beira dum ataque de nervos

Rui Costa ficou trantornado ao saber do resultado da ecografia e não terá calado a sua revolta. Não é caso para menos. Esta é apenas a segunda rotura muscular grave que tem ao longo da carreira e numa idade em que a capacidade de recuperação do organismo já não é a mesma de outros tempos, é absolutamente natural que o "maestro" se indigne com tamanha incompetência do departamento médico encarnado. Um jogador que anseava por uma grande época no Benfica vê assim posto em causa esse desejo, graças à incúria de um conjunto de pessoas que há muito deviam ter tido guia de marcha do clube. Incompreensivelmente por lá vão continuando com os incalculáveis prejuízos financeiros e desportivos que advém dos seus actos negligentes. Estranhamente, LFV tarda em agir em conformidade!

terça-feira, outubro 03, 2006

Não dá para acreditar

Uma nova ecografia veio revelar que afinal Rui Costa não tinha apenas um edema na coxa esquerda mas, mais grave do que isso, tinha contraído uma lesão muscular. Quer isto dizer que estamos perante um diagnóstico incorrecto. Nada a que não estejamos habituados. De há uns anos para cá este tem sido o triste fado no departamento médico encarnado: diagnósticos mal feitos, lesões mal curadas, jogadores a recorrerem a apoio externo por falta de confiança no pessoal médico do clube, etc. Apurar responsabilidades? Não há necessidade: as lesões são todas fruto do azar. Mas alguém acredita nisto?

segunda-feira, outubro 02, 2006

Dois pesos e duas medidas

Há uma semana atrás, Léo, mostrando o seu desacordo para com a amostragem de um cartão amarelo, bateu palmas a Lucílio Baptista e este expulsou-o. Esta noite, numa situação semelhante, Pepe mandou f... o árbitro setubalense e permaneceu no terreno de jogo. É nestes "pequenos" pormenores que se vê a diferença de estatuto entre Pinto da Costa e Luis Filipe Vieira. Com ou sem " apito dourado", fica claro, que o presidente portista continua a manter intacto o seu poder no futebol português.

domingo, outubro 01, 2006

Vitória obrigatória

Frente a um adversário demasiado frágil o Benfica conseguiu a primeira goleada da época sem, contudo, fazer uma exibição convincente. Os jogos sucedem-se mas os encarnados continuam desinspirados. Destaque para o frango monumental de Quim e sobretudo para o golaço de Karagounis - o melhor elemento em campo - na transformação de um livre directo. A jogar assim o grego justifica um lugar na equipa. Com ou sem Rui Costa.

Futsal e Basquetebol desiludem

O responsável pelas modalidades "amadoras" dizia no início desta época que estavam reunidas as condições para o Benfica começar a ganhar títulos. Seria um grande desapontamento se tal não sucedesse. Pelo que verifiquei este fim-de-semana, no Futsal e no Basquetebol (talvez as modalidades onde o Benfica mais apostou), no confronto directo com os seus mais sérios opositores, Sporting e Ovarense, o meu clube claudicou e, pior do que isso, demonstrou que está aquém do valor destas duas equipas. Grandes investimentos nem sempre correspondem em melhores equipas. Individualismo em demasia e pouco colectivo, é o que se vê. Ou muito me engano ou vamos ter mais um ano de jejum.

sexta-feira, setembro 29, 2006

A pouca ambição de Fernando Santos

Fernando Santos considera que o Benfica não está assim tão mal, uma vez que na temporada passada, por esta altura, só tínhamos um ponto enquanto este ano já somámos quatro e podemos ainda chegar aos sete, caso ganhemos o jogo que temos em atraso. Realmente o engenheiro mostra que sabe fazer contas. O que ele não diz e era bom que tivesse dito é que estamos a jogar péssimamente e que a continuarmos assim, não tarda, ficamos a perder na comparação com a época transacta. Além de que me custa a perceber o que é que ele pode ganhar com comparações com a época passada. Para o caso de ele não se lembrar o Benfica ficou em 3º no campeonato, lugar que em nada prestigia o clube e que nenhum benfiquista quer ver repetido. Se ele quiser vencer a Liga terá de fazer muitos mais pontos (talvez o consiga se puser a equipa a jogar bem melhor do que tem feito) e é bom que não se esqueça - mas eu lembro-lhe - que o F.C. Porto já leva oito pontos de avanço. Pelos vistos é coisa pouca para o "nosso" engenheiro.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Há dias de sorte

As equipas portuguesas na Liga dos Campeões quase que faziam o pleno. Benfica e F.C. Porto baquearam frente aos seus adversários e o Sporting não perdeu porque os deuses estiveram do seu lado. Os russos esbanjaram uma série de oportunidades de golo enquanto os leões marcaram na única que tiveram. É assim o futebol. Enquanto uns têm azar outros são bafejados pela sorte. Foi o caso do Sporting esta tarde.

terça-feira, setembro 26, 2006

Para se ganhar é preciso rematar à baliza

Um contra-ataque concretizado por Saha atirou por terra as aspirações encarnadas de, pelo menos, não perder este jogo. O Benfica fez uma agradável 1ª parte, pressionando alto, fazendo boa circulação de bola mas falhando num factor decisivo: o último passe e a conclusão das jogadas. Tivessem os encarnados, nos primeiros 45 minutos, jogadores na frente com outro desembaraço e, provavelmente, a história do jogo tivesse sido diferente. Na 2ª parte o Benfica veio menos pressionante, fruto do desgaste físico da primeira metade e o Manchester aproveitou-se desse facto: teve mais facilidade na construção do jogo o que lhe permitiu assumir o controlo da partida. Aos 15 minutos fizeram o golo e a partir daí o Benfica evidenciou falta de clarividência e força para dar a volta ao resultado. As substituições operadas por Fernando Santos não vieram acrescentar nada à equipa e, nesse particular, penso que a substituição de Karagounis foi infeliz dado que o grego era o único jogador que até aí vinha dando alguma consistência ofensiva à equipa. No final o resultado aceita-se tendo em conta que foram os ingleses os únicos a criar oportunidades de golo algo que o Benfica não conseguiu fazer. O futebol ofensivo dos encarnados traduziu-se em muita posse de bola e inoperância no capítulo da finalização. E sem rematar à baliza dificilmente se ganham jogos. Com esta derrota a qualificação para a 2ª fase fica mais difícil assumindo o próximo embate com o Celtic um carácter decisivo.

Mexicano de fora dos convocados

A ausência de Kikin Fonseca nos convocados para o jogo desta noite, não sendo por motivos físicos - como parece que não é -, custa a entender. Contratado como um ponta-de-lança de grandes recursos, verificamos que ao fim de um mês já nem no banco tem lugar, o que nos leva a interrogar sobre a pertinência da sua aquisição. Se não conheciam o real valor do atleta mais valia terem ficado quietos. 2,5 milhões de euros não são propriamente migalhas num clube onde o dinheiro escasseia. Apesar de tudo, e pelo que já vi dele, tenho dificuldade em perceber como Mantorras merece a chamada em detrimento do mexicano. Poderão dizer-me que o angolano se encaixa melhor nas características do jogo frente ao Manchester. Se é essa a explicação tenho a dizer que a mesma não colhe. Desde a sua grave lesão, que Mantorras não se cansa de nos mostrar que não tem condições físicas para jogar futebol, muito menos ao mais alto nível. Esta continuada aposta no angolano só tem explicação no facto de ele ser o protegido de Luis Filipe Vieira. Já todos percebemos. E como foi o presidente o responsável pela sua contratação o angolano só não continuará no Benfica se não quiser, uma vez que não estou a ver LFV a tomar a iniciativa de o pôr fora do clube. Esta gritante incapacidade que o Benfica revela em gerir os activos do clube tem sido uma dos factores responsáveis pelo insucesso desportivo das últimas décadas. E o preocupante é que continuam época após época a cometer os mesmos erros e não se dão conta disso. Antes pelo contrário. Acham que estão no caminho certo e tanto assim é que pensam que o Benfica dentro de poucos anos será um dos colossos da europa. Como se fosse possível almejar o topo da europa com esta política e gestão desportiva. Utopias destas, só na cabeça deles.

domingo, setembro 24, 2006

O novo mandato de Luis Filipe Vieira

LFV vai de novo recandidatar-se. O mesmo é dizer que, independentemente de se saber se haverá mais alguma candidatura, é certo que o actual presidente irá manter-se no posto pelo menos por mais um mandato, atendendo a que não se vislumbra alguém que lhe possa fazer frente. A recandidatura de LFV não merece qualquer constestação e estou em crer que a maioria dos sócios e simpatizantes encarnados o apoiam. Todo o universo benfiquista aplaude a recuperação financeira do clube que a ele se deve, bem como nenhum benfiquista se esquece que foi durante a sua vigência como presidente que o Benfica conseguiu matar o borrego de 11 anos de jejum sem vencer um campeonato. Para além disso, tivemos a construção do estádio e do centro de estágio que certamente não teriam sido possíveis sem o seu contributo. Em suma: estamos perante uma recandidatura que faz todo o sentido e que muito poucos benfiquistas contestarão.
Pese embora o cenário descrito, neste segundo mandato exige-se mais em termos de resultados desportivos. Seja no futebol seja nas outras modalidades em que o Benfica compete. E no futebol, não se pode admitir que um clube com esta grandeza ganhe um campeonato em cada quinze anos. É uma afronta à massa adepta que não aceita esta realidade de forma nenhuma. LFV terá de olhar para o futebol com outros olhos, terá de se rodear de gente competente nesta área e não pode continuar a persistir em erros crassos, sob pena de vermos os anos passar e os títulos a serem conquistados pelos nossos rivais. LFV diz que o Benfica em 2011 será um colosso europeu. Eu preferia que o meu presidente tivesse um discurso mais humilde e procurasse construir um Benfica ganhador a nível nacional. Deixe a Europa para os que podem lá chegar e concentre-se em fazer do nosso clube o maior de Portugal. Fique descansado que é "só" isso que os benfiquistas exigem.

sábado, setembro 23, 2006

Benfica não descola dos últimos lugares

A indisciplina continua a fazer estragos pelos lados da Luz. Quando o Benfica ganhava e tinha o jogo completamente controlado, eis que Léo consegue em 10 segundos fazer-se expulsar duma forma inacreditável. O Paços de Ferreira aproveitou então para tomar conta da partida sem que, contudo, fizesse perigar a baliza de Quim. Cerca de 20 minutos volvidos, Luis Carlos recebe também ordem de expulsão, ficando as duas equipas novamente em igualdade numérica. Até ao final, o Benfica tem possibilidades de matar o jogo mas duas oportunidades falhadas, uma delas escandalosa, por Katsouranis, deitam tudo a perder. João Paulo, já no período de descontos, aproveita uma desatenção de Anderson e empata a partida. Assim se resume a história do jogo desta noite onde, mais uma vez, o Benfica foi anjinho e perde dois preciosos pontos por culpa própria. Não havendo ninguém que controle a indisciplina que paira naquele balneário é difícil fazer melhor. Fernando Santos e José Veiga dão-lhes roda livre e os rapazes não se fazem rogados. Entretanto, a diferença para o F.C. Porto já se cifra em oito pontos. Nada que alarme o técnico encarnado para quem a procissão ainda vai no adro.

quinta-feira, setembro 21, 2006

É agora ou nunca

A passagem de Karagounis pelo Benfica tem sido bastante atribulada. Na temporada passada, lesionou-se logo no início, o que o manteve afastado dos relvados durante um largo período e quando regressou nunca conseguiu jogar ao nível que se esperava. Esta época as coisas voltaram a não começar da melhor forma, ao ponto de manifestar o desejo de sair do Benfica. Para seu azar, nenhum clube da sua preferência avançou para a sua contratação o que o deixou numa posição difícil, correndo mesmo o risco de não jogar até Janeiro, uma vez que Fernando Santos já não contava com ele. O pedido de desculpas ao técnico encarnado permitiu-lhe a reintegração no plantel e o reancender da esperança de voltar a jogar. Por força da lesão de Rui Costa, viu-se chamado à equipa e logo deu conta do serviço. A época passada também chegou a fazer, aqui e ali, uma ou outra boa exibição. O problema foi que nunca conseguiu repetir essas boas exibições em dois jogos seguidos. Mantendo-se Rui Costa afastado, Karagounis tem agora uma óptima oportunidade de mostrar as credenciais com que chegou rotulado. O Benfica bem necessita do seu contributo. E já amanhã em Paços Ferreira.

terça-feira, setembro 19, 2006

Lucílio Baptista no Paços de Ferreira - Benfica

Definitivamente esta não é uma boa notícia. Não me recordo da última vez que ganhámos com este indivíduo a arbitrar um jogo nosso. Pode ser que seja desta mas a sua nomeação deixa-me preocupado. Ainda por cima quando se sabe que ele não morre de amores pelo Benfica.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Os primeiros três pontos

O aspecto mais positivo foram os três pontos conquistados porque o futebol praticado pelo Benfica, embora uns degraus acima do que tem feito ultimamente, continua a deixar muito a desejar. Desta feita, podemo-nos queixar da ausência de alguns jogadores fundamentais mas, independentemente desse factor, temos obrigação de jogar melhor. Apesar de tudo houve algumas melhorias, sendo a mais significativa, a maior segurança revelada no capítulo do passe, a que não é alheia a inclusão de Karagounis que acrescenta capacidade técnica a um conjunto onde esta não abunda. Por outro lado, a equipa continua a mostrar-se pouco agressiva na pressão sobre o adversário, evidenciando uma deficiente cultura táctica quer a defender quer nas transições ofensivas, em especial nas situações de contra-ataque, onde a falta de aproveitamento das situações de superioridade numérica chegou a ser exasperante. Em suma, vitória justa mas sofrida que não nos dá motivos para embadeirarmos em arco. Para quem esteve com atenção ao jogo, é bom lembrar que Diego, o guarda-redes nacionalista, só teve uma intervenção complicada para resolver, o que me leva a dizer que Fernando Santos tem muito trabalho pela frente se quiser atingir os objectivos a que se propõe.

sábado, setembro 16, 2006

Mão de Ronny faz a diferença

Um golo irregular, não sancionado pelo árbitro, foi o suficiente para o Paços de Ferreira sair vitorioso de Alvalade. O Sporting só se pode queixar de si próprio tantas foram as oportunidades criadas e não concretizadas. Algumas foram mesmo escandalosas, nas outras estava lá Peçanha para impedir que as suas redes fossem violadas. Grande exibição do guarda-redes brasileiro que se constituiu num obstáculo intransponível e no principal garante da vitória pacense. Para o Sporting, esta terá sido uma daquelas noites em que deu a impressão de que os seus jogadores poderiam estar ali horas que a bola nunca entraria na baliza do adversário. É a primeira derrota da época mas, face ao que temos visto, não me parece que ela venha a ter repercussões negativas na moral leonina. Foi apenas um acidente de percurso que os leões saberão ultrapassar com facilidade.

quinta-feira, setembro 14, 2006

Mau de mais para ser verdade

Já nem frente a um adversário que, se jogasse em Portugal, estaria nas divisões secundárias, o Benfica consegue vencer. O futebol encarnado está pelas ruas da amargura e pelo que se vê não há volta a dar-lhe. A maioria dos jogadores não tem categoria nenhuma e o espelho desta evidência são os deploráveis espectáculos que eles não se cansam de nos proporcionar. Esta noite limitámo-nos a fazer um futebol de contenção até parecendo que estávamos a jogar frente a um dos colossos europeus. Nos dois últimos jogos conseguimos fazer dois remates à baliza dos nossos adversários, o que por si só diz bem da inoperância do futebol encarnado. Para ajudar à festa tivemos um treinador que não arriscou minimamente, fazendo as substituições já perto do final da partida, numa clara demonstração de que estava contente com o resultado. Mais envergonhado fico, quando ouço os próprios jogadores dizerem que o empate foi um bom resultado e que premeia o esforço desenvolvido pelo grupo. Como?! Eu diria o contrário: se eles tivessem mostrado mais ambição talvez o resultado nos tivesse sido favorável. Infelizmente, com gente desta, está provado que não vamos a lado nenhum. Por último, gostaria que Fernando Santos me explicasse porque motivo fez tanta pressão para que se contratasse Katsouranis, quando o grego é de uma improdutividade absoluta. Entre ele e o Beto, prefiro mil vezes o brasileiro. É que este, pelo menos, sua a camisola.

terça-feira, setembro 12, 2006

Vitória imaculada

O Sporting ganhou e ganhou bem. Sem ter feito uma exibição transcendente, nem foi preciso, fez o suficiente para vencer os italianos que esta noite estiveram completamente desinspirados. Mais pareciam o Benfica a jogar tal o deserto de ideias que revelaram durante toda a partida. De entre os pupilos de Mancini não houve um único que se aproveitasse, o que se torna difícil de compreender face à constelação de estrelas que compõem o plantel. Nem sempre um conjunto de individualidades faz uma equipa e este jogo confirmou isso mesmo. O Sporting disso não teve culpa: fez pela vida e soube valer-se da inspiração de Caneira que, através de um remate espantoso, consumou um golo que, muito provavelmente, será o mais espectacular da sua carreira. Três pontos alcançados sobre um dos principais candidatos à qualificação no grupo é deveras importante e constitui, por certo, um factor de motivação extra para os embates que se seguem. Esta vitória, não sendo determinante, é sem dúvida um passo em frente no caminho dos oitavos-de-final.

segunda-feira, setembro 11, 2006

S.Judas Tadeu pode ser a solução

Depois de amanhã iniciamos a campanha na Liga dos Campeões. Frente ao adversário teoricamente mais fraco do grupo, não nos podemos dar ao luxo de perder o desafio. Mesmo o empate considero um mau resultado tendo em conta que dificilmente Celtic e Manchester United (sobretudo este) vão deixar pontos em Copenhaga. Mas dada a circunstância de estarmos a atravessar uma crise sem precedentes, talvez o repartir de pontos não seja um resultado tão negativo como à partida seria de admitir. Com o único jogador que sabe tratar a bola por "tu" sem poder jogar - pois não acredito que Simão jogue de início - redobram as nossas dificuldades. Se juntarmos à fraca capacidade técnica da maioria dos nossos jogadores a tremideira que se vai apoderar de alguns deles, teremos a combinação perfeita para mais uma noite de sofrimento. Quem deve estar numa estado de grande ansiedade é Fernando Santos para quem qualquer jogo começa a ser encarado como uma final em que uma derrota pode significar um despedimento ou um pedido de demissão. Quem diria que com a temporada a começar já o espectro da saída esteja em cim dos ombros do técnico encarnado? Ele que é tão religioso talvez não fosse má ideia pedir ajuda ao poderoso patrono das causas perdidas: S. Judas Tadeu. A oração é a que se segue: "Vinde em meu auxilio, eu vos suplico, com a vossa poderosa intercessão, pois obtivestes de Deus o privilégio de ajudar os que perderam toda a esperança. Dignai-vos baixar os vossos olhos sobre mim; a minha vida é uma vida de cruz, os meus dias, dias de angústia, e o meu coração um mar de amargura. Todos os meus caminhos estão cobertos de espinhos e quase não tenho um lugar de repouso. Não me abandoneis nesta triste situação. Não vos deixarei enquanto não me tiverdes atendido. Apressai-vos a socorrer-me. Ficar-vos-ei reconhecido o resto da minha vida, reverenciar-vos-ei sempre como meu patrono especial e prometo-vos espalhar o vosso culto e a força do vosso nome. Assim seja". O pedido está feito. Resta saber se vai ser atendido.

domingo, setembro 10, 2006

Uma pequena amostra do que vai ser a temporada

Pese embora as incidências do jogo, esta noite, no Bessa, nada de anormal se passou. O que aconteceu foi em tudo semelhante ao que se tem passado desde o início da época, exceptuando o confronto com os austríacos porque esses, coitados, ainda jogam com uma bola quadrada. A goleada hoje sofrida só veio confirmar tudo aquilo que tenho dito sobre a equipa: não joga nada; tem um plantel desequilibrado e de pouca qualidade; tem um treinador sem o mínimo de condições para treinar uma equipa de top; e, finalmente, tem à frente do departamento de futebol um indivíduo que de futebol nada percebe. Por muito que nos custe a nós, adeptos encarnados, esta é a realidade do Benfica actual e desenganem-se aqueles que pensam que isto foi só um acidente de percurso. Nada disso! Isto foi só o início de uma época desastrosa que o futuro se encarregará de vincar.
Cedo se percebeu que a noite iria ser sofrida. Jogando para os lados e para trás - algo que começa a ser a imagem de marca deste Benfica de Fernando Santos -, nunca os encarnados conseguiram incomodar os axadrezados. Mesmo depois do golo sofrido (numa asneirada de Anderson), a toada manteve-se inalterável. Quando se cansavam de trocar a bola no meio-campo defensivo e reconhecendo a incapacidade de transportarem a bola para o ataque, decidiam-se por um passe longo que invariavelmente acabava nos pés dos boavisteiros. Na 2ª parte quando o Benfica dava mostras de querer agarrar no jogo e quando Rui Costa parecia começar a carburar, eis que Fernando Santos resolve dar um tiro no pé ao colocar em campo Nuno Assis no lugar do "maestro". Foi o princípio do fim. Para ajudar à festa, poucos minutos volvidos, o capitão Nuno Gomes recebeu ordem de expulsão. Deu-se então início ao descalabro que teve o seu ponto alto quando os encarnados se viram a perder por 3-0 e gozados pelo público da casa com coros de "olés". Manu tem uma entrada a matar (embora não tenha tocado no adversário) e Petit, no seguimento da jogada, resolve encostar a cabeça ao árbitro enquanto lhe gritava uns mimos à mãe. Duma assentada lá foram mais dois para o balneário. No entretanto, Fernando Santos e José Veiga assistiam a tudo isto impávidamente. Uma vergonha!
Fico à espera de ver o que LFV dirá sobre tudo isto. Provavelmente não dirá nada. Enquanto o futebol no clube definha, o homem entretem-se a lutar contra moinhos de vento. Tal como vem anunciando, se calhar começa a ser hora de ir para casa descansar.

quinta-feira, setembro 07, 2006

São curtas as opções de ataque no Benfica

O Benfica inicia a sua participação na Liga Bwin no próximo sábado no Bessa. A equipa vai-se apresentar desfalcada de alguns elementos nucleares, casos de Simão, Miccoli, Paulo Jorge e provavelmente Rui Costa, o que torna ainda mais difícil a tarefa de sairmos vitoriosos no confronto com os axadrezados. Tanto o capitão como o italiano têm sido perseguido por lesões que os têm mantido afastados dos relvados por largos períodos de tempo. O caso de Miccoli é flagrante uma vez que desde que está no Benfica são mais os jogos que não faz do que aqueles em que participa. Com o alto salário que usufrui dá vontade de perguntar se vale a pena mantê-lo no plantel nestas condições. Se calhar não devíamos ter emprestado Marcel ao Sp. Braga. Com o italiano sistematicamente de fora e com Mantorras ao pé coxinho, sobram-nos Nuno Gomes e Kiki Fonseca para a posição de ponta-de-lança. Efectivamente, parecem-me poucas opções para uma época tão desgastante.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Portugal empata na Finlândia

Atendendo à circunstância de ficarmos reduzidos a 10 jogadores, o empate acaba por ser meritório. Ricardo Costa, numa atitude infantil, retirou-nos a possibilidade de irmos mais além numa altura em que Portugal dominava a partida e mostrava capacidade de poder vencer o jogo. Seja como for, a nossa selecção tem evidenciado carências a que já não estávamos habituados. Scolari tem um trabalho duro pela frente se quiser pôr a equipa a jogar ao nível a que nos habituou. É certo que temos jogado desfalcados de alguns elementos preponderantes, casos de Simão, Maniche, Fernando Meira e Miguel, cuja inclusão aumentará consideravelmente a capacidade da equipa. Além disso estamos em início de época e a maioria dos jogadores ressente-se desse facto. Mas também é verdade que o adeus de Pauleta e, sobretudo, Figo, retiram e de que maneira competência técnica à nossa selecção. Os ovos são agora em menor número e de menor qualidade. Ainda assim, Nani tem-se revelado uma agradável surpresa. É uma aposta ganha do seleccionador e pelo que se tem visto vai pegar de estaca nesta selecção.

terça-feira, setembro 05, 2006

Sensacional!


Sérgio Paulinho acaba de vencer uma etapa na Volta a Espanha. Depois da medalha de prata nos Jogos Olímpicos consegue agora este êxito numa competição de grande prestígio. É mais um daqueles atletas humildes a quem não se dá atenção e que, de vez em quando, nos surpreendem com vitórias que nos enchem o ego. Parabéns Paulinho!

domingo, setembro 03, 2006

Grande Vanessa


Vanessa Fernandes sagrou-se hoje vice-campeã mundial de Triatlo. Este feito é digno de merecer por parte dos portugueses, e, em especial dos benfiquistas, os mais rasgados elogios. Julgo não me enganar se disser que nunca na história do clube houve um atleta que atingisse tão alto patamar. Face aos resultados que a Vanessa vem alcançando são reais as expectativas de o Benfica vir a ter uma campeã olímpica já nos Jogos de Pequim. Que lindo seria!

sexta-feira, setembro 01, 2006

Uma boa notícia

Karagounis e Karyaka ficam no Benfica. Se relativamente ao russo a sua permanência não aquece nem arrefece já quanto grego o caso muda de figura. Sempre que Rui Costa não estiver disponível, Karagounis parece-me ser a alternativa mais credível para ocupar o seu lugar. Custa-me a admitir que o homem tenha desaprendido de jogar desde que veio para o Benfica. É bom lembrar que foi um dos pilares no êxito da Grécia no Euro 2004 e vestiu a camisola do Inter de Milão, credenciais suficientes que justificam um lugar no plantel encarnado

A teimosia do presidente gilista

O Gil Vicente bem pode estrebuchar que não lhe resta outra alternativa que não seja a de acatar as deliberações do Conselho de Disciplina da Liga de Clubes e do Conselho de Justiça da FPF. Por muito que lhes custe, a descida à Liga de Honra é um facto consumado ainda que Fiúza esteja convencido do contrário. Para seu próprio bem é conveniente mudar de estratégia antes que os adeptos gilistas lhe façam a vida num inferno. É que estes nunca lhe perdoarão um eventual fechar de portas do clube.

quarta-feira, agosto 23, 2006

Benfica acede à Liga dos Campeões

O primeiro objectivo da época foi conseguido: a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões. As finanças do clube ficam agora acauteladas e não se perdeu a oportunidade de, pela segunda vez consecutiva, estarmos no mais alto galarim do futebol europeu. É um feito importante e merece ser enaltecido. Quem sai a ganhar com esta qualificação é Fernando Santos, alvo de forte contestação por parte dos adeptos encarnados. José Veiga também deve ter respirado de alívio pelos mesmos motivos.
No jogo de ontem, foi apenas necessária uma exibição q.b. para levar de vencida um adversário que mostrou porque ainda não conseguiu vencer no campeonato austríaco. Só um desastroso Benfica poderia ser defeiteado por um oponente tão modesto. Se na Áustria a exibição tinha sido de molde a deixar todos os benfiquistas preocupados, desta feita, em nossa casa, ficou bem patente a nossa superioridade.
Apesar de esta ter sido a exibição mais conseguida deste início de temporada, ela evidencia que ainda estamos longe de atingir patamares que nos permitam ter confiança no futuro. As carências habituais continuam a manifestar-se e foram postas a nú após a saída de Rui Costa. Uma equipa que depende exclusivamente de um jogador na construção do jogo ofensivo, não pode aspirar a grandes proezas. Mas infelizmente é isso que se passa no Benfica actual, sem que se procurem antídotos para esta situação.
Face à qualidade do adversário é difícil comentar as prestações individuais dos jogadores encarnados. Ainda assim, e falando apenas dos jogadores contratados, gostei das exibições de Katsouranis e, sobretudo, de Paulo Jorge que não vira a cara à luta e já revela alguns bons pormenores. Esperemos pelos próximos jogos para verificar se estes progressos se confirmarão.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Tanto porfiou que acabou por conseguir

Tal como se previa, Jesualdo Ferreira será o próximo treinador do F.C. Porto, logo que esteja resolvida a questão da desvinculação de Co Adriaanse. Embora compreensível - idade avançada e, talvez, a última oportunidade de conquistar um título nacional - esta atitude de Jesualdo é éticamente reprovável, pois não só se recusa a cumprir um contrato que assumiu de livre vontade como deixa o Boavista numa situação particularmente difícil, quando estamos a poucos dias do início da Liga. João Loureiro é que não gostou da brincadeira e não se cansa de o dizer a quem o quer ouvir. Sente-se ludibriado e tem razões para isso. Em todo este processo, Jesualdo fica mal na fotografia e a imagem de seriedade que tanto cultivava sofre, deste modo, um sério revés.
Quem com esta contratação volta a evidenciar um inconfessável apetite pelos confessos benfiquistas, sejam eles treinadores ou jogadores, é Pinto da Costa. Felizmente, nem sempre com os melhores resultados. Esperemos que, desta vez, o cenário se volte a repetir.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Vitória desconsoladora

Mais uma péssima prestação. Seja qual for o adversário que enfrentemos, e tanto faz que seja fraco ou forte, a bitola das nossas exibições é sempre a mesma. No estádio ou à frente do televisor, o adepto encarnado já sabe o que o espera durante os 90 minutos de cada partida: uma profunda irritação que, infelizmente, o irá acompanhar durante toda a temporada. O Benfica trabalha há mês e meio, mas, pelo que se tem visto, é caso para perguntar o que têm andado a fazer, Fernando Santos e os jogadores, durante todo este tempo? Se o jogo é o espelho fiel do que se faz durante os treinos chega-se à conclusão de que andamos a treinar... mal!!
Esta noite jogaram os habituais suplentes reforçados com alguns titulares. Comprovou-se que não temos alternativas aos titulares. De entre as segundas-linhas há a destacar pela negativa Tiago Gomes, Diego e Marco Ferreira cujas exibições são dignas de uma IIB. Moreira tem muita vontade mas muito pouca capacidade ( é, ou deveria ser, o 3º guarda-redes do plantel; granjeou um capital de confiança entre os adeptos que não dá para perceber!). Nelson piora a cada jogo. O mal amado Beto, apesar de todas as limitações técnicas, ainda consegue ser dos melhores. Nuno Assis, muito vistoso mas inconsequente. Marcel terá feito o melhor jogo desde que chegou ao Benfica e, mesmo assim, a sua exibição deixou bastante a desejar. O mexicano ainda está em exame: é certo que marcou um belo golo mas continua longe de deslumbrar. Paulo Jorge e Manu são apenas e só jogadores medianos: não vão além daquilo que já os vimos fazer. Mantorras faz pena vê-lo jogar: sempre que quer imprimir velocidade, coxeia a bom coxear (mantém-se no plantel porque o padrinho é o presidente do clube). Moretto, outro mal amado, mesmo dando algumas fífias, consegue ser o nosso melhor guarda-redes. E assim vai o meu Benfica.
Confesso que tenho andado atormentado com o facto de podermos vir a conseguir um lugar na Liga dos Campeões. Não fosse o dinheiro e o acréscimo de motivação e talvez fosse preferível a nossa eliminação. É que os sete-zero frente ao Celta de Vigo ainda são uma recordação bem dolorosa. Olhando para aquilo que temos vindo a fazer neste início de época, dá para imaginar o que vão ser os embates contra os grandes da Europa. Uma verdadeira derrocada, prevejo eu.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Um Sporting imperial

O Sporting está a fazer uma pré-época empolgante. São vitórias atrás de vitórias, com exibições bem conseguidas e mostrando que é, provavelmente, o mais sério candidato ao título nacional. Sem gastar dinheiro, que não tem, os leões contruiram um plantel que parece dar-lhe todas as garantias para uma época de sucesso. Além disso têm à frente da equipa um treinador que se vem afirmando como um técnico de grande capacidade. Que se cuidem F.C.Porto e Benfica já que o Sporting parece estar à altura das exigências da nova temporada.

Simão "novo" reforço do Benfica

O Valência desistiu de contratar Simão. Depois de tudo acertado com o Benfica, os espanhóis claudicaram no que à partida seria o mais fácil: o acordo com o jogador. Ainda que novos desenvolvimentos possam acontecer, não com o Valência mas com outro clube qualquer, uma vez que o mercado de trasferências só encerra em 31 de Agosto, esta é, para já, uma excelente notícia para os adeptos benfiquistas e, como é óbvio, para o próprio Fernando Santos que vê o plantel reforçado com um jogador de inegável qualidade. Carenciado de extremos como estávamos, a permanência de Simão cai que nem uma luva no actual esquema táctico que ganha assim outra consistência. Por outro lado, este facto, pode restituir a confiança à família benfiquista que tão descrente tem andado com o futebol praticado pela equipa encarnada.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Hélder Postiga no F.C.Porto

Se há gente feliz com a saída de Co Adriaanse, esse alguém é Hélder Postiga que tem agora a possibilidade de permanecer no F.C.Porto. Para já foi reintegrado no plantel e, mesmo não se sabendo quem será o novo treinador, é bem provável que volte a fazer parte dos quadros do clube. Sem dúvida uma boa notícia para o avançado e, estou convencido, para os próprios adeptos portistas, que sempre tiveram um carinho especial por ele.

Co Adriaanse demite-se

Co Adriaanse farto de esperar pelo avançado que Pinto da Costa sempre lhe recusou, resolveu bater com a porta. Esta demissão não é tão surpreendente quanto isso. Nos últimos dias era notório que as relações entre o holandês e o presidente estavam a passar por momentos difíceis, tudo por causa da novela do avançado. Reconhecida a forte personalidade de ambos era de prever um cenário destes.
Esta não será a melhor altura para uma mudança de treinador e os portistas, melhor que ninguém, sabem que assim é, porque já viveram situação semelhante há bem pouco tempo e os resultados não foram os melhores.
Atendendo a que estamos perto do início do campeonato e já não há tempo para fases de adaptação, estou convencido que Pinto da Costa se decidirá por um técnico português. Não me admiraria que fosse desta vez que Carlos Queiroz regressasse a Portugal, ainda para mais quando existem excelentes relações entre os dois. Resta saber se Queiroz estará pelos ajustes ou, se estiver, se o Manchester lhe permitirá a saída.

terça-feira, agosto 08, 2006

Foi o que se pôde arranjar

O resultado é positivo mas a exibição foi muito fraquinha. Frente a um Austria de Viena que está ao nível das equipas de meio da tabela da liga portuguesa, exigia-se bem mais do Benfica. Ficámo-nos por um empate que nos abre excelentes perspectivas de entrada na Liga dos Campeões, mas, face ao que pudemos ver, ainda vamos ter de sofrer um bocado uma vez que a eliminatória está longe de estar ganha.
É verdade que o sistema táctico introduzido por Fernando Santos trouxe mais organização ao futebol encarnado mas as lacunas, principalmente as ofensivas, continuam à vista e dificilmente poderão ser remediadas. Os jogadores empenham-se mas, como temos vindo a observar, as carências técnicas são evidentes e não permitem mais do que um futebol sofrível. Ter apenas Rui Costa na construção de jogo é manifestamente pouco para quem quer assumir o controlo de jogo. No futebol moderno exige-se que os trincos não só defendam como participem nas acções ofensivas. Petit e Katsouranis quase que se limitam a defender, em especial o grego, e pouco fazem em termos atacantes. Se a isto acrescentarmos dois extremos sofríveis como são Paulo Jorge e Manu facilmente percebemos porque o futebol encarnado deixa tanto a desejar. E ao olharmos para as alternativas no plantel encarnado não vemos como é que esta situação possa ser resolvida a contento.
Outro aspecto que me preocupa é a fragilidade física da maioria dos jogadores encarnados. As transições são executadas quase a passo, as desmarcações não se fazem, as bolas divididas são invariavelmente perdidas e isto não pode acontecer. Oxalá me engane mas, quer-me parecer, que esta aposta no filho de Rodolfo Moura para preparador físico, é mais um erro de casting.
Espero que este jogo tenha constituído a derradeira prova para LFV e José Veiga se capacitarem que têm de reforçar a equipa, sob pena de virmos a ter uma época desastrosa.

P.S. Acabei de ouvir LFV em declarações à RR, após o jogo de Viena. Diz o presidente, que os benfiquistas devem sentir-se orgulhosos da equipa encarnada, acrescentando ainda que, o Benfica tem uma grande equipa e irá fazer uma grande época.
Lamento profundamente estas declarações de LFV que significam, apenas e só, que de futebol nada percebe!

domingo, agosto 06, 2006

Dá vontade de chorar

Gostava que LFV e José Veiga olhassem para a lista de convocados para o jogo com o Austria de Viena e me dissessem se é com este conjunto de jogadores que ambicionamos ganhar alguma coisa esta época?

Ao que nós chegámos

É triste mas é verdade: até o Sp. Braga tem melhor plantel que o Benfica!

quinta-feira, agosto 03, 2006

Manduca ruma à Grécia

Manduca acaba de ser emprestado ao AEK. A não ser que o Benfica tenha decidido não vender Simão, custa a perceber esta decisão. Com a mudança do sistema táctico torna-se mais urgente a presença de extremos. Tínhamos quatro, passámos a ter três. Por muito que me esforce não consigo entender a estratégia do departamento de futebol encarnado. Alguém me explica?

A permanência de Simão

A permanência de Simão seria o melhor que podia acontecer ao Benfica. Se a venda de Manuel Fernandes for uma realidade não se justifica que percamos também o nosso melhor jogador. Ainda para mais quando não existe no plantel nenhum jogador que possa ocupar o seu lugar oferecendo o mesmo rendimento. A confirmar-se, será um erro que o Benfica irá pagar bem caro a curto prazo. Mesmo em termos financeiros. O montante arrecadado depressa se esfumará com o descalabro desportivo que todos esperamos. Alguém duvida que uma situação destas era impensável acontecer no F.C. Porto? Alguma vez Pinto da Costa se dispunha a vender jogadores se isso viesse a enfranquecer a sua equipa? É claro que não. E se calhar é por isso que o F.C. Porto dá cartas no panorama nacional e vai alcançando resultados a nível europeu que fazem a inveja de Benfica e Sporting.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Este homem não tem remédio

Quando um treinador, para mudar o sistema táctico da equipa, precisa de ouvir a opinião dos capitães e do responsável pelo departamento de futebol, está tudo dito sobre a sua competência.

Após conversa no balneário o sistema vai mudar

Depois de uma série de maus resultados e de exibições verdadeiramente desastrosas, Fernando Santos acaba de reconhecer que tem de mudar o sistema táctico que até aqui vinha tentando implementar. Saúde-se o reconhecimento do erro, embora, na minha opinião, esse facto pouco reflexo venha a ter no futuro desempenho da equipa. Não vai ser a simples alteração do sistema táctico que vai fazer com que o Benfica desate a jogar futebol de qualidade. Para isso era necessário que o plantel estivesse recheado de bons jogadores algo que, todos sabemos, não está. Tudo indica que se voltará ao 4-2-3-1. Se já não tínhamos jogadores que encaixassem no losango continuamos a não ter alternativas credíveis para o "novo" sistema. Entre outras coisas, para que este sistema funcione adequadamente, é fundamental que nas alas haja qualidade. E que jogadores temos nós para jogar nessas posições? Manu, Paulo Jorge, Manduca e Marco Ferreira. Acho que não é preciso dizer mais nada! Se tendo Simão e Geovanni foi o que se viu, imagina-se o que será com estes artistas.
Por outro lado, as dores de cabeça de Fernando Santos não se ficarão por aqui. Um outro problema surge no horizonte. Neste sistema apenas tem lugar um ponta-de-lança. Acontece que temos cinco. Leram bem? Cinco! Nuno Gomes, Miccoli, Fonseca, Mantorras e Marcel. Agora digam-me lá se este plantel foi bem estruturado?!

terça-feira, agosto 01, 2006

O "losango" do nosso descontentamento

Num país em que a literacia matemática anda pelas ruas da amargura, era bom de ver que um sistema táctico baseado num losango nunca poderia dar resultado. Se a maioria do pessoal nem as operações básicas da aritmética consegue dominar quanto mais noções de geometria em que o grau de abstracção é, como se sabe, elevado. Fernando Santos, talvez por força da sua licenciatura em Engenharia, julgava que tais conceitos eram fáceis de ser absorvidos pelos seus rapazes. Como se tal fosse possível, tendo em conta que o nível de escolaridade de grande parte dos jogadores não deve ir além da 4ª classe. A ingenuidade deste homem roça a esfera do ridículo. Será que ele não se dá conta de que losangos é areia de mais para a cabeça dos petizes? Por favor, desça à Terra, deixe-se de preciosismos e fique-se pelo "b-á-bá" que, por certo, lhe trará melhores resultados.

A dupla infalível

Há uns anos atrás Artur Jorge conseguiu destruir uma equipa campeã. Decorridos alguns anos verifica-se que José Veiga tudo tem feito para repetir a proeza e, pelo que nos é dado ver, não restam dúvidas que o vai conseguir. Depois de conquistado o título nacional ninguém acreditaria que num curto espaço de tempo tal fosse possível, pese embora o esmero que este senhor tem posto na conclusão da tarefa. As contratações a granel efectuadas em Janeiro já indiciavam que José Veiga estava no caminho certo. Com os jogadores que entraram neste início de época fica a certeza que Artur Jorge tem um sucessor à altura. Há que reconhecer mérito a quem o tem e, neste particular, o responsável máximo pelo futebol encarnado tem mostrado que não recebe lições de ninguém. Até na escolha do treinador teve indiscutível visão. Se há treinador que reúna em si o perfil ideal para levar a cabo tal desiderato, Fernando Santos é a pessoa certa. É bom não esquecer que foi este o treinador que tendo Jardel (nos seus tempos áureos) na sua equipa conseguiu cometer a proeza de não ser campeão. Depois disso tem coleccionado desaires atrás de desaires não se conseguindo perceber como ainda vai arranjando clubes para treinar. Sabendo-o livre de compromissos era óbvio que José Veiga não iria deixar fugir esta oportunidade de ouro de o trazer para o Benfica. Não foi difícil e os resultados estão à vista: ainda não se iniciaram as competições oficiais e a equipa já está completamente destroçada. Um feito inigualável que deve merecer de José Veiga os mais rasgados elogios. Eu próprio, estou siderado com a competência desta dupla que, aparentemente, sem grande esforço, vai conseguir deixar a instituição Benfica no lugar que ambos sonharam: na LAMA!

segunda-feira, julho 31, 2006

Plantel encerrado

José Veiga disse hoje que o Benfica não vai fazer mais nenhuma contratação uma vez que considera que o plantel está bem servido de jogadores. Sobre a consistência desta afirmção vale a pena comentar.
Se há coisa que os jogos da pré-época nos têm demonstrado é que o plantel encarnado tem tudo menos qualidade. A título de exemplo podemos falar da lacuna que existe nas faixas laterais. No que toca a extremos ficámos sem Simão (apesar de toda esta novela ele acabará por sair) e Geovanni, os únicos jogadores com categoria para actuar naquela posição. Em sua substituição fomos buscar Manu e Paulo Jorge aos quais há que juntar Manduca e Marco Ferreira. Ou seja, temos aqui quatro figuras de qualidade incontestável! Continuando: na lateral esquerda apenas temos o Léo para o lugar. Se ele se lesionar teremos de fazer uma adaptação, provavelmente Ricardo Rocha. Será que o responsável pelo futebol encarnado não consegue ver que com estas lacunas não vamos a lado nenhum ou, efectivamente, é a prova de que não percebe nada de futebol?! A não ser que tudo isto não passe de um bluff já não há pachorra para aturar esta personagem!

sábado, julho 29, 2006

Tristeza franciscana

Mais uma péssima exibição a juntar à de ontem. O jogo de hoje veio dissipar quaisquer dúvidas quanto à valia do plantel encarnado. Está explicada a exibição frente ao Sporting: ela foi o reflexo da falta de qualidade da esmagadora maioria dos jogadores que compõem o Benfica actual. Com estes jogadores o clube não tem qualquer possibilidade de aspirar a ganhar seja o que for. É caso para perguntar o que tem andado a fazer José Veiga nestes últimos anos? Será que os dirigentes encarnados não têm olhos para perceber o que se passa? Será que, mais uma vez, vão alijar responsabilidades? É bem verdade que o Benfica muito deve a LFV no que toca à recuperação financeira do clube, mas em matéria de política desportiva esta direcção tem sido um desastre, pouco se diferenciando das anteriores. E pouco serve dizer que foi com estes dirigentes que o Benfica quebrou um jejum de 11 anos sem ganhar um campeonato. É bom não esquecer que já nessa altura o plantel também pouca qualidade tinha. Valeu o facto de ter sido um campeonato atípico, em que o F.C. Porto esteve muito furos abaixo do que era habitual, o que permitiu que o Benfica conseguisse alcançar o seu objectivo apesar das exibições, na maioria dos jogos, terem sido pouco conseguidas. Valeu ainda o facto de termos como treinador uma velha raposa do futebol internacional que, graças à sua capacidade, conseguiu fazer do Benfica uma equipa minimamente aceitável. Só que os milagres raramente se repetem e a temporada passada foi disso um exemplo, apesar da boa carreira na Liga dos Campeões. Para chegarmos à conclusão do quanto são diminutas as nossas possibilidades de chegarmos esta época ao título nacional, basta compararmos o nosso plantel com os dos restantes candidatos. Se relativamente ao Sporting a diferença é notória, relativamente ao F.C.Porto a diferença é abissal.

sexta-feira, julho 28, 2006

Derrota Humilhante

Ainda que num jogo a feijões, sofrer uma goleada do Sporting é sempre devastador para qualquer benfiquista que se preze. Em momento algum pode acontecer. O que aconteceu esta noite foi uma vergonha e deve merecer, por parte dos dirigentes e equipa técnica, uma análise profunda. Levamos um mês de preparação, estamos à beira de disputar uma pré-eliminatória da Liga dos Campeões - que pode marcar toda a época desportiva, além de ser extremamente importante em termos financeiros -, e aquilo que vimos foi uma equipa completamente esfrangalhada, sem ideias, desastrosa tácticamente, fisicamente de rastos e com níveis zero de motivação. Mais uma vez fica a certeza que a política de contratações se revela um fiasco, pois ao cabo de 5 jogos dá para perceber que dos jogadores contratados apenas Rui Costa traz algum acréscimo de qualidade ao plantel encarnado, o que contraria a promessa de LFV que disse que o Benfica só iria contratar jogadores de classe mundial. Ora os jogadores que vieram só numa equipa de meio da tabela da Liga portuguesa teriam lugar e, mesmo assim, alguns deles, nem isso. Infelizmente este cenário repete-se, época após época, sem que os principais responsáveis - LFV e José Veiga - assumam as responsabilidades de tamanho fracasso. Em última instância, como já aconteceu na temporada passada, atira-se a culpa para cima do treinador e fica o problema resolvido. Ainda por cima, quando se escolhe um treinador do gabarito de Fernando Santos esse expediente fica bem mais facilitado. Nem é preciso esperar muito tempo: tendo em conta o Benfica que se perfila no horizonte não é necessário ser adivinho para se perceber que os maus resultados vão ser uma constante ao longo desta temporada; até os mais optimistas vão chegar brevemente a essa conclusão.
No jogo de hoje bastou um vulgar Sporting para pôr a nu as debilidades encarnadas. Uma forte pressão exercida sobre os jogadores encarnados foi o suficiente para reduzir a equipa a cinzas. E como o único jogador esclarecido (Rui Costa) não estava nos seus dias, foi o descalabro total: passes transviados, recepções mal feitas, desmarcações que não se fizeram, desposicionamento táctico, enfim, um desnorte a que não escapou ninguém.
Fernando Santos, pelo que se viu, tem um trabalho árduo pela frente e o tempo escasseia. Ficou provado para quem tivesse dúvidas que Petit e Katsouranis, neste sistema, não podem jogar em simultâneo e, sendo assim, deve ser atribuído a Petit o lugar à frente da defesa. É que entre ele e o grego a diferença é abissal. Nas laterais temos outro bico de obra por resolver: a equipa não consegue carrilar jogo pelas faixas, e no lado direito, tanto Nelson como Alcides são uma constante dor de cabeça, seja a atacar, seja a defender. No miolo, mesmo com a vinda de Rui Costa, continuamos com déficit de criativos (que a saída de Simão vem agravar) e com uma lentidão exasperante: fugir às marcações dos adversários sem que os jogadores se movimentem é tarefa complicada. No ataque não há finalizador que resista quando não tem ninguém que o sirva em condições embora seja bom que se diga, em desfavor dos nossos avançados, que todos eles se andam a especializar em foras-de-jogo: não há paciência para a quantidade de vezes que são apanhados em situação irregular! Para finalizar temos a questão táctica que não é despicienda: a equipa actua de forma descoordenada onde cada jogador parece desconhecer a função que tem em campo, o que obviamente tem reflexos negativos na qualidade do jogo.
O diagnóstico está feito. Resta saber se há forma de alterar o quadro traçado em benefício da equipa. Com estes jogadores não vai ser fácil. E com este treinador também não!

quarta-feira, julho 26, 2006

Fonseca no Benfica


Segundo o jornal mexicano SportsYA o jogador Fonseca vai assinar pelo Benfica.

"El delantero de la Selección mexicana y hasta este miércoles del Cruz Azul, Francisco “Kikin” Fonseca, jugará la próxima temporada con el Benfica de Portugal.

26-07 17:18 hs. - La información fue confirmada por el vicepresidente del equipo celeste, Alfredo Álvarez, en exclusiva para la cadena Estadio W, y confirmó que se va venta defintiiva y con un contrato de tres años.Fonseca, quien anotara un gol en el Mundial de Alemania 2006, partirá la tarde de este miércoles rumbo a la península ibérica para ser presentado este jueves con su nuevo equipo.Fonseca se convierte en el quinto jugador mexicano que sale a Europa tras la Copa del Mundo, antes que él Pavel Pardo y Ricardo Osorio fueron fichados por el Stuttgart de Alemania; Carlos Salcido por el PSV de Holanda, y Aarón Galindo al Hércules de la Segunda División de España, aunque no asistió a la Copa del Mundo y podría tener problemas con su ex equipo, el Cruz Azul."

domingo, julho 23, 2006

Benfica vence Bordéus

Esta noite tivemos o melhor Benfica da pré-temporada. Os primeiros 45m frente ao Bordéus foram, até ao momento, o período em que os encarnados estiveram mais perto daquilo que se lhes é exigido. Gostei sobretudo do espírito colectivo, bem expresso na forma como os jogadores se dispuseram em campo, bem perto uns dos outros, actuando como um bloco coeso. Este facto permitiu não só que a equipa tivesse facilidade nas tarefas de recuperação de bola como ainda nas transições ofensivas, graças a uma boa circulação de bola a que faltou maior capacidade de finalização. Os jogadores denotaram estar mais adaptados ao sistema que Fernando Santos pretende implementar e, neste particular, há que destacar a exibição de Katsouranis que vem revelando grande sentido táctico e especial competência para desempenhar o lugar à frente da defesa. Infelizmente o seu rendimento já não é o mesmo quando colocado na face lateral do losango o que levanta um problema ao técnico encarnado: como encaixar o grego e Petit no onze titular? Estamos perante dois jogadores que são óptimos em termos tácticos e na recuperação da bola mas têm dificuldades na construção de jogo ofensivo. Atendendo a que a nível nacional o Benfica terá a iniciativa do jogo na maioria dos jogos, não faz muito sentido que, neste sistema, joguem em simultâneo dois jogadores com estas características. A equipa denota, nestas circunstâncias, grandes dificuldades na organização do ataque, como hoje se verificou quando Katsouranis e Diego jogaram juntos e como já havia acontecido nos jogos anteriores. Apesar de, no meu entendimento, esta opção em nada beneficiar o futebol encarnado, estou convencido que Fernando Santos irá decidir-se pela inclusão dos dois quanto mais não seja porque não tem coragem de deixar um deles de fora.
Resolvido este problema não me parece que haja grandes dúvidas relativamente aos restantes jogadores que farão parte da equipa-tipo, excepção feita aos guarda-redes. Alcides, Luisão, Anderson e Léo serão os defesas. Karagounis, Petit e Rui Costa estarão certos no meio-campo. Miccoli e Nuno Gomes serão a dupla atacante, a não ser que entretanto surja alguma truta para o ataque o que não me parece que venha a ser o caso.
Se nas primeiras escolhas a equipa dá algumas garantias, nas segundas isso já não acontece. Salvam-se Ricardo Rocha, Nelson, Nuno Assis e Beto, o que torna fundamental uma ida ao mercado. A pré-eliminatória está à porta e Fernando Santos desespera por três reforços. Ele e nós!

sexta-feira, julho 21, 2006

Transferência de Manuel Fernandes em risco

Manuel Fernandes regressou a Lisboa sem contrato assinado. Os ingleses não estiveram pelos ajustes ao detectarem que o jogador padece de uma pubalgia. Dentro de um mês será reavaliado e nessa altura se verá se fica na Luz ou vai para Inglaterra. O Benfica fica assim impedido de fazer um encaixe significativo e "Manelélé" perde, para já, a possibilidade de um contrato chorudo.
Agora só a venda de Simão poderá fazer entrar dinheiro nos depauperados cofres encarnados. Duff acaba de se transferir para o Newcastle o que pode ser uma boa notícia para o extremo encarnado. Veremos o que decidirá Mourinho.

quinta-feira, julho 20, 2006

Qual o preço certo?

8,5 milhões para o Benfica (A Bola)

Manuel Fernandes rende 8 milhões (O Jogo)

Benfica vai encaixar 7,5 milhões (Record)

Aceitam-se apostas para o palpite certeiro!

quarta-feira, julho 19, 2006

"Manelélé" de malas aviadas para Inglaterra

Mais um que sai do Benfica. Se passar nos testes médicos, Manuel Fernandes será jogador do Portsmouth para os próximos 4 anos. Com esta operação o Benfica encaixará cerca de 7,5 milhões de euros; se a este montante juntarmos mais 5 milhões da compra de 50% do seu passe por um grupo de empresários na época passada, teremos uma verba a rondar os 12,5 milhões de euros o que nos permite concluir que o Benfica fez um bom negócio. Pode-se dizer em desfavor que porventura este não será o melhor timing para se vender o jogador, atendendo à sua juventude e ao seu enorme potencial. É verdade. Mas aí entraríamos no reino da futurologia porque o que é um facto é que Manuel Fernandes até esta altura tem frustrado as expectativas de quem muito esperava dele. A sua carreira dava indícios de estagnar tendo em conta aquilo que se lhe viu na temporada passada. Acresce que as possibilidades de jogar com regularidade nesta época seriam diminutas face à concorrência que existe no meio-campo, em concreto, na posição onde ele habitualmente joga. Por tudo isto, defendo que esta ida para Inglaterra só lhe trará benefícios: não só porque vai jogar muito mais e terá assim a possibilidade de mostrar o seu valor, mas também porque jogando num campeonato de enorme visibilidade, provavelmente, a breve trecho, dará o salto para uma equipa de outra dimensão.
Quanto ao Benfica, embora a direcção diga que esta saída não implica a entrada de um novo jogador, faz todo o sentido que esta vaga venha a ser preenchida. À partida temos Petit e Katsouranis para a posição de trinco (Diego não conta, Beto também não!) e não sei se serão suficientes para uma temporada tão exigente. Duvido que sejam. Se Petit nos dá garantias já o grego necessitará de comprovar as suas faculdades futebolísticas. E esta é uma posição chave no rendimento de qualquer equipa, seja qual for o esquema táctico a implementar.
Tudo indica que, para além da saída de Manelele, teremos também a de Simão. As contratações prometidas de jogadores de classe mundial tardam em aparecer e relativamente a elas parece haver opiniões divergentes entre Fernando Santos e a direcção encarnada. O técnico quer mais 3 jogadores enquanto a direcção diz que está no mercado apenas por um ponta-de-lança. Nesta aparente disputa é Fernando Santos que tem razão, embora isso de pouco lhe sirva pois quem tem o dinheiro é que toma as decisões. Sendo assim, e se a direcção levar a sua avante, temos que o plantel encarnado em nada sairá fortalecido relativamente à temporada finda. Dos que entraram apenas Rui Costa e, eventualmente, Katsouranis merecem algum crédito. Todos os outros são verbos de encher. Além disso não estou a ver como vamos colmatar a saída de Simão. Nem eu...nem ninguém!