quarta-feira, julho 30, 2008

Vira o disco e toca o mesmo

Custa-me ver o Benfica fazer figura de rico quando não tem sequer dinheiro para mandar cantar um cego. Vem isto a propósito da falhada tentativa de Rui Costa e LFV em trazerem Luís Garcia. Sabendo há muito quais as condições do Espanhol para vender o jogador, não se percebe que se tenham deslocado a Espanha para concretizar a contratação, quando afinal não têm dinheiro para isso. Mais valia terem ficado quietos. Poupava-se a humilhação.

terça-feira, julho 29, 2008

O futuro não augura nada de bom

Sempre se confirma a saída de Petit, uma das poucas referências do Benfica das últimas épocas. Ainda por cima a custo zero. Aliás, já é hábito no clube comprar-se caro e vender-se a preço de saldo ou, como foi o caso, de borla. Cheguei a ter esperança de que com Rui Costa a preparação da época desportiva fosse diferente para melhor. Afinal tudo parece igual a outras épocas. O mesmo é dizer que ao começarmos mal é bem provável que acabemos pior. O passado recente está aí para o confirmar.

Freitas, o F.C. Porto e a longa vida das baratas

"O comunicado da SAD do Futebol Clube do Porto em resposta ao parecer de Freitas do Amaral é uma peça de alta comédia e um excelente retrato da mentalidade mais rasteira que por aí sobrevive. Durante anos e anos o futebol português foi um ecossistema onde muitos se alimentaram, cresceram e se reproduziram através de golpes baixos e jogadas de bastidores, construindo um mundo imprestável, onde as almas decentes só entravam com dois dedos a tapar o nariz. A falência económica dos clubes e a sua profissionalização através das SAD obrigaram a clarificar certos procedimentos, única forma de assegurar a sobrevivência do próprio futebol. Mas há hábitos difíceis de perder, e por isso assiste-se hoje a uma guerra entre o velho e o novo mundo, entre quem tenta despoluir o sistema e quem está tão habituado a viver no meio da imundice que é incapaz de abdicar dos seus vícios. O comunicado da SAD do Porto é notável por isso: ali estão, à vista de todos, dois mundos em colisão.
O que se passou na já famosa reunião do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol não admite dúvidas jurídicas, desportivas ou morais. Independentemente da decisão que estava em causa, da descida do Boavista ou da penalização de Pinto da Costa, só mesmo a claque dos SuperDragões ou gente com paralisia cerebral pode fingir não ter visto o que toda a gente viu: uma manobra inacreditável do presidente do CJ, António Gonçalves Pereira, para manipular o conselho a seu bel-prazer e beneficiar Porto e Boavista, desse por onde desse. O parecer de Freitas do Amaral sublinha apenas o óbvio, com a vantagem de sustentar esse óbvio com argumentos jurídicos irrefutáveis e numa linguagem compreensível por qualquer mortal. Freitas é de tal forma cristalino na descrição das sucessivas golpadas tentadas por Gonçalves Pereira que a carreira deste como advogado e político só não está acabada se não houver um pingo de vergonha nesta terra.
Ora, diante de tudo isto, o que diz a SAD do Porto? Que o mesmo professor Freitas do Amaral que antes de divulgar o parecer era o supra-sumo do direito administrativo se transformou subitamente numa figura sem credibilidade. Que o parecer é, afinal, uma mera "consulta". E que ainda por cima ele comete o pecado mortal de atribuir "toda a razão a apenas um dos lados", em vez de "encontrar uma solução equilibrada e justa". Ou seja, para a SAD do Porto, o parecer de Freitas do Amaral peca por excesso de clareza - de forma imperdoável, ele disse que o preto era preto e o branco, branco. Habituada a mover-se em águas turvas, esta gente dá-se mal com a nitidez, e tem saudades das decisões salomónicas que agradavam a gregos e a troianos. O velho mundo de futebol é como as baratas: especialista em ziguezagues e muito difícil de matar. Mas quando a carapaça estala... ui, que prazer que dá ouvir aquele crrrack".

João Miguel Tavares
DN

segunda-feira, julho 28, 2008

Um texto lúcido

"As duas derrotas do Benfica no Algarve não significam grande coisa.
O problema do clube é outro, intrigante.
As derrotas têm sido explicadas com a necessidade de construir uma equipa a partir da base, mais uma dose apreciável de erros individuais. É aqui que está o problema.
O Benfica não precisa de uma equipa nova.
O plantel é constituído por jogadores experientes que precisam antes de mais de estabilidade, confiança, bons e coerentes métodos de trabalho.
Na prática, o grupo perdeu dois jogadores muito influentes: Rui Costa e Rodríguez. O que se pede ao treinador e aos responsáveis são substitutos à altura e se possível mais alguns reforços que ajudem a equipa a crescer.
A saída de Rui Costa estava prevista há pelo menos seis meses e o clube parece convencido de que resolveu o problema com a contratação de Aimar, mais qualquer coisa que Carlos Martins possa emprestar.
Para o lugar de Rodríguez ainda não apareceu ninguém, embora seja de acreditar que Dí Maria pode crescer se lhe derem as condições ideais.
Quanto ao resto, só incógnitas e primeiros sinais pouco optimistas. Ou seja, por esta altura é arriscado afirmar que este plantel é mais forte do que o de Fernando Santos, em 2007/08.
Sobra o segundo ponto. A seguir às duas derrotas, os técnicos do Benfica falaram muito nas falhas dos jogadores. Quique chegou mesmo a referir-se a «erros de miúdos». Os adeptos talvez gostem deste discurso, mas costuma ser uma base frágil para construir um balneário. O futuro dirá.
Percebe-se mal que o treinador do Benfica seja obrigado a trabalhar com mais 30 jogadores. É verdade que acabou de chegar, mas creio que estará a levar longe de mais a fase das experiências. Para saber o que vale um futebolista existem vídeos, relatórios e conhecimento do mercado. Não é em dois ou três jogos que se percebe alguma coisa.
Por outro lado, este tempo podia ser precioso para Quique ver como reagem às suas ideias, em campo, os que de facto serão titulares na primeira jornada do campeonato, no fim-de-semana de 24 de Agosto.
O treinador espanhol arrisca-se a entrar no campeonato com um plantel, mas sem uma equipa. Logo mais vulnerável a um início de competição especialmente exigente. E todos sabemos que começar mal é o pior que pode acontecer a um candidato, sobretudo se for o Benfica, o clube onde o tempo não abunda.
P.S.: F.C. Porto e Sporting têm procurado caminhos diferentes. Na primeira parte aproveitam para colocar em campo os melhores, no melhor sistema. Depois fazem testes. Faz sentido".

Luís Sobral

Assim é difícil criarmos condições para uma época de sucesso

A confirmar-se a saída de Petit rumo à Bundesliga é mais um tiro nos pés que o Benfica dá em si próprio. No actual meio-campo encarnado há um claro défice de qualidade, e o "pitbull", pelo que se tem visto, ainda tem lugar de caras. De facto não se entende como se podem cometer erros tão primários que só enfraquecem a equipa.

Um outro Roger?

Bem sei que ainda só jogou dois jogos (incompletos), mas Aimar faz-me lembrar o Roger, aquele brasileiro pelo qual pagámos dez milhões de euros e que se veio a revelar uma das contratações mais ruinosas da história do Benfica. Dá a impressão, atendendo às suas características, que Quique Flores não o estará a colocar na posição onde ele poderá obter melhor rendimento, mas o espanhol que o foi buscar e o conhece bem, lá saberá as linhas com que se cose. Uma coisa é inegável: o argentino está muito aquém do valor com que vinha credenciado.

domingo, julho 27, 2008

Com 35 jogadores é impossível trabalhar

É bom que a partir de amanhã se inicie a pré-época no Benfica pois já perdemos três semanas de trabalho. Acabem-se as experiências, dispensem-se os jogadores que há a dispensar, contratem-se rapidamente os jogadores que faltam e começe-se a trabalhar devidamente uma vez que a Liga começa daqui a menos de um mês. Relembro aos responsáveis encarnados - equipa técnica e dirigentes - que temos um início de campeonato muito complicado, com um alto nível de exigência, o que nos obriga a estarmos bem preparados sob pena de virmos a repetir o desastre da temporada passada.

sábado, julho 26, 2008

Assim não vamos lá

A falta de uma voz de comando na defesa encarnada é gritante. É confrangedor verificarmos que não há quem consiga pôr ordem naquele caos. Esta é uma situação com a qual o Benfica tem vivido nas últimas épocas e que nos tem dado grandes amargos de boca. Pelo que vamos observando ainda não será este ano que conseguiremos resolver o probema. E sem uma forte estrutura defensiva não se conseguem ganhar campeonatos. Penso eu de que.

sexta-feira, julho 25, 2008

Parecer arrasa presidente do Conselho de Justiça

Como não podia deixar de ser, tão evidente foi aquilo que se passou na reunião do C.J. de 4 de Julho, o parecer do Prof. Freitas do Amaral foi absolutamente arrasador para o presidente daquele orgão, considerando que este abusou do poder e que as decisões tomadas pelos cinco conselheiros devem ser executadas.
E agora? Num mundo perfeito, a PGR investigava os podres desta história, a FPF fazia o que tinha a fazer e invocava já o interesse público (como fez com o Gil Vicente há bem pouco tempo) para anular as providências cautelares, os campeonatos eram homologados com o Boavista na Liga Vitalis e a UEFA suspendia a presença do F.C. Porto na Liga dos Campeões. Simples e justo.

quinta-feira, julho 24, 2008

Sidnei no Benfica


O internacional sub-20 brasileiro, ex-Internacional de Porto Alegre, é o novo reforço para o centro da defesa. Se é para ficar no plantel ou para ser emprestado é coisa para sabermos dentro de poucos dias. É seguramente uma aposta para o futuro. Quanto ao presente temos outras prioridades que tardam em chegar.

terça-feira, julho 22, 2008

Quantos dias vamos ter de esperar?

Desde que LFV e Quique Flores anunciaram que o Benfica iria reforçar o plantel com mais alguns jogadores de qualidade, a comunicação social não pára de avançar com nomes de potenciais candidatos. Com tantos nomes lançados à estampa, é de crer que consigam acertar em algum. O meu receio é que se repita a novela Aimar e que tenhamos de esperar cerca de um mês até que nova aquisição se concretize. Para os jornais esta indefinição é óptima pois isso aumenta as tiragens. O mesmo não podem dizer os benfiquistas a quem já falta arcabouço psicológico para aguentar tão longa espera. Eu por mim falo.

sábado, julho 19, 2008

Os guarda-redes do Estoril não fizeram uma defesa durante o jogo todo

O Benfica precisa de reforços que peguem de estaca. Os que jogaram esta noite não mostraram credenciais que lhes permita entrar de caras na equipa. Se os que faltam vir forem do calibre dos que foram contratados a próxima época não vai ser muito diferente da anterior.

sexta-feira, julho 18, 2008

Quique coloca o dedo na ferida

Hoje, Quique Flores foi lapidar na conferência de imprensa. Justificando o porquê da contratação de Aimar, afirmou que o Benfica precisa de jogadores que saibam jogar futebol. Jogadores que façam a diferença, que saibam transportar a bola, que saibam passá-la com precisão, justamente tudo aquilo que tem faltado à equipa nos últimos anos. Garantiu ainda a vinda de mais jogadores de créditos firmados. Percebe-se que o espanhol está motivado e acredita piamente no que lhe prometeram. Veremos se Rui Costa e LFV conseguem satisfazer-lhe os desejos.

Pobre justiça

Em Portugal a justiça tem duas caras: frouxa e permissiva para os ricos e poderosos; cega e implacável para os pobres e descamisados. Qualquer semelhança com um país sul-americano é pura coincidência!

quinta-feira, julho 17, 2008

Desta vez safou-se

Quem deve suspirar de alívio com a vinda de Aimar é Rui Costa que ficaria em maus lençois, caso esta contratação redundasse num fracasso. Por todas as razões e mais uma, sendo que a principal teve a ver com o facto de ter levado demasiado tempo para concretizar a aquisição, perante o notório desagrado dos benfiquistas que já questionavam a sua competência para o lugar que ocupa. Felizmente a espera foi grande, mas teve um final feliz. Para já ganhou um round importante e livrou-se da contestação dos adeptos. No futuro, deseja-se que marque mais "golos" como este.

quarta-feira, julho 16, 2008

Aimar assinou por quatro anos pelo Benfica


Será que é desta que terminou a novela Aimar? Embora o Saragoça e o jogador digam que está tudo acertado, o Benfica ainda não confirmou a contratação. A ser verdade a sua vinda, não se pense que o argentino vai ser o salvador da pátria, até porque nas duas últimas temporadas esteve muito aquém das suas potencialidades. Além disso, o plantel necessita ainda de receber novos reforços pois os que lá estão não dão garantias de sucesso. Falta saber se ainda há dinheiro para concretizar essas contratações.

terça-feira, julho 15, 2008

Dragão de Ouro para o presidente do Conselho de Justiça

Depois das derrotas dentro do campo, somam-se agora as da secretaria. A decisão do TAS de não dar provimento aos recursos de Benfica e V. Guimarães e manter o F.C. Porto na Liga dos Campeões, constitui uma forte machadada no orgulho dos benfiquistas. É derrota atrás de derrota e não há meio de darmos a volta a isto.
Esta decisão veio confirmar o sucesso da estratégia do presidente do Conselho de Justiça na reunião de 4 de Julho. Lançou o caos e colheu os frutos. Resta saber se foi ele que delineou a estratégia ou se esta foi concebida pelos responsáveis do F.C. Porto (inclino-me mais para esta segunda hipótese). A verdade é que ficou mais uma vez claro que o "sistema" continua a fazer valer a sua força. Por muito que tentem, em jogadas de secretaria e por debaixo da mesa, o F.C. Porto é imbatível.

P.S. Para a humilhação ser total, só falta o Pinto da Costa ir buscar o Aimar.

segunda-feira, julho 14, 2008

Sensação de déjà vu

As últimas declarações, do presidente do Saragoça, sobre a situação de Aimar deixam a ideia de que a contratação do argentino está cada vez mais difícil. Face a estas afirmações não me admiraria nada de que a qualquer momento saia um comunicado do Benfica a desinteressar-se do jogador, como aliás tem acontecido bastas vezes com outros jogadores. Infelizmente, os dirigentes encarnados não aprendem com os erros e teimam em não perceber que esta forma de actuar só prejudica o clube. A maioria dos benfiquistas tinha esperança de que com Rui Costa tudo seria diferente, esquecendo-se que o homem do dinheiro é Luís Filipe Vieira e é a ele que cabe a decisão final nas contratações. Sem a sua concordância estes processos não se resolvem e assim se explica a razão deste impasse. O que é certo é que os dias vão passando, a construção do plantel vai ficando adiada e o treinador espanhol começa a perceber que fez uma má escolha. Inclusive já circulam por aí alguns rumores de que Quique Flores não tarda bate com a porta, o que a ser verdade não seria de estranhar tendo em conta o que lhe devem ter prometido para o convencer a vir para a Luz. Prometeram-lhe uma equipa e dão-lhe outra bem mais fraca. Para mim isto é motivo de sobra para o espanhol se demitir.

sábado, julho 12, 2008

Terminada esta novela que outra se seguirá?

A novela da contratação de Aimar já enjoa. Há mais de um mês que os jornais noticiam a vinda do argentino, mas até agora nada. O cenário não é novo. Repete-se, ano após ano, por esta altura, e não dá sinais de abrandar. No caso concreto, vale-nos o facto de não haver concorrência de outros clubes, caso contrário esta contratação esfumava-se como tem acontecido com outras. O que me chateia profundamente é que no F.C. Porto não se vê este espectáculo. E depois admiramo-nos de que eles coleccionam campeonatos e nós uma mão cheia de nada.

quarta-feira, julho 09, 2008

Vale tudo

Gonçalves Pereira avançou com duas providências cautelares no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, no sentido de suspender a eficácia das decisões tomadas pelo CJ na última sexta-feira.
Por aqui se vê até onde podem chegar os tentáculos do polvo. O chico-espertismo está aqui bem presente em mais esta manobra dilatória. O F.C. Porto tenta por todos os meios impedir que a UEFA o penalize e, nesse sentido, já que os seus regulamentos o impedem de recorrer aos tribunais, recorre-se desta figura sinistra para conseguir os seus intentos. Estamos na fase do vale tudo: em desespero de causa o F.C. Porto socorre-se de qualquer expediente que lhe permita defender os seus interesses. Gostaria que a UEFA não se deixasse ludibriar por estes esquemas mafiosos mas tenho algum receio que isso por vir a acontecer

A UEFA não gosta de “batoteiros”.

"Vamos aos factos: o FC Porto e o seu presidente Pinto da Costa envolveram-se perigosamente com árbitros há uns anos. Quando o caso se tornou público, foi feita uma investigação e, muitos meses mais tarde, o Conselho de Disciplina da Liga condenou o FC Porto à perda de 6 pontos, e o seu presidente a dois anos de suspensão. Como o campeonato já ia no fim e o FC Porto levava 18 pontos de avanço, os dirigentes portistas reagiram com arrogância e galhofa a uma condenação que sentiram como umas cócegas inofensivas. Com típica esperteza saloia, decidiram que o clube não iria recorrer da decisão, só o presidente o iria fazer. Assim, descontavam os pontinhos este ano e não se falava mais no assunto.
Esqueceram-se dum pequeno detalhe: a UEFA. Ao não recorrer para não perder pontos no ano seguite, o FC Porto reconhecia-se como culpado. Ora, a UEFA, já dissera o seu presidente Platini, não gosta de “batoteiros”. Convém repetir a palavra, para que ela penetre bem nos nossos duros ouvidos: “batoteiros”. Platini chamou ao FC Porto um clube “batoteiro”. Era portanto mais ou menos esperado que a UEFA iria condenar o FC Porto. Mas, quando tal bomba surgiu, os portistas de imediato gritaram furiosos que era tudo uma grande conspiração do Benfica contra eles!
É importante relembrar que não foi o Benfica que não recorreu da decisão do CD da Liga, mas sim o FC Porto; nem foi o Benfica que decidiu impedir o FC Porto de participar nas provas europeias, mas sim a UEFA. Contudo, os escribas portistas davam a entender que as decisões eram tomadas pelo Benfica!
Perante o profundo choque, os juristas do FC Porto meteram-se num avião para a Suíça a correr, e recorreram para um misterioso tribunal de que ninguém antes tinha ouvido falar, o Tribunal de Apelo da UEFA. Aí, depois de pressionarem publicamente o funcionário da FPF para ele não se armar em esperto, conseguiram convencer a malta europeia que o caso em Portugal ainda não tinha terminado, porque o Conselho de Justiça da FPF ainda iria apreciar o recurso que Pinto da Costa, em nome individual, tinha metido.
Regressaram por isso a Portugal todos ufanos! O FC Porto afinal, ia mesmo participar na Liga dos Campeões! Pelos vistos, a malta da UEFA não era benfiquista mas sim portista, e por mais que Platini dissesse publicamente que a coisa não iria ficar por ali, os portistas acharam que tinha sido feita justiça!
Faltava a última etapa: o Conselho de Justiça da FPF ia apreciar o caso, era preciso que ele desse uma decisão favorável a Pinto da Costa! Iniciou-se assim um processo subterrâneo na tentativa de influenciar o CJ. O presidente era amigo de Valentim em Gondomar, e o vice era grande amigo de Pinto da Costa, até lhe organizava homenagens na Assembleia da República. A coisa parecia estar no papo!
Contudo, no dia da votação, a maioria dos conselheiros do CJ não quis ir na conversa do seu presidente e do seu vice. Que faz então o presidente do CJ? Bem, como não conseguiu expulsar um dos conselheiros, decidiu acabar com a reunião ali mesmo! Qual votação, qual carapuça! Se a votação é para perder, acaba-se já isto e toca a lavrar acta! Mas, para espanto do presidente e do vice, que fugiram dali como dois cobardolas, os outros conselheiros ficaram e até votaram! O desastre portista ficava à vista de todos! O presidente do FC Porto perdia o recurso, e portanto ficava exposto a uma decisão final da UEFA contra o seu clube. Uma tragédia no Dragão, coisa que ninguém esperava e ninguém previra! Podia lá ser! Uma fúria imensa levantou-se, e foram iniciadas pressões sobre a FPF para que isto não ficasse assim! O FC Porto jamais aceitará que cometeu erros e que usou estratégias erradas. Primeiro, há que rebentar com a credibilidade dos órgãos da FPF, da Liga, o que fôr preciso. Aproveitando-se deste campo minado que é o futebol luso, o FC Porto tenta de tudo para evitar enfrentar a dura mas óbvia realidade: cometeu erros graves e tem de pagar por eles. É assim a vida".

Benfica com um início de campeonato muito difícil

O sorteio da Liga ditou um início de campeonato alucinante para o Benfica. Até à 4ª jornada jogamos com os nossos rivais e à sétima defrontamos o V.Guimarães. Quique Flores vai ter que colocar a equipa a render o máximo por esta altura, pois se queremos ser campeões não podemos esbanjar pontos em casa, muito menos para F.C. Porto e Sporting que são os nossos principais adversários. Para que tal aconteça é necessário que os reforços cheguem o mais depressa possível para nos podermos preparar convenientemente. Caso isso não suceda, arriscamo-nos a comprometer as nossas aspirações na conquista do título. E isso é tudo aquilo que nós não queremos.

segunda-feira, julho 07, 2008

Madaíl fiel a si próprio

Gilberto Madaíl fiel a quem o elegeu, não teve coragem para chamar os bois pelo nomes. É o costume. Não há, por isso, motivo para admiração. Limitou-se a ler uma declaração que objectivamente não dizia coisa nenhuma e saiu de fininho. Outros que fizessem o trabalhinho "sujo".

Última hora

FPF aceita deliberações do CJ e notifica Liga e clubes. Significa isto que desportivamente a decisão é inadiável, irrevogável e definitiva. Agora, há que aguardar os próximos desenvolvimentos, nomeadamente o que a UEFA vai dizer sobre tudo isto.

domingo, julho 06, 2008

Toda a verdade sobre mais uma vergonha no futebol português (IV)

"O tema da Justiça Desportiva mereceu durante os últimos anos muitas e profundas reflexões por parte dos especialistas, mas poucas vezes ultrapassou o âmbito de Colóquios e Seminários de Direito. Para os agentes desportivos, como para a opinião pública, tudo se confinava a uma discussão de poder, perspectivando-se as decisões em função dos interesses em causa, independentemente de critérios legais, comandos de Direito ou concepções de Justiça. A Justiça Desportiva era a apóstrofe numa construção associativa moldada no tempo de um outro desporto e teimosamente alheia à emergência de regulação que a nova indústria do espectáculo desportivo reclamava incessantemente.
O País foi alertado para o tema no Caso Gil Vicente/Mateus. Por vez primeira, e às escancaras, o espaço da comunicação social foi dominado por discussões e debates sobre regras, princípios, organização e funcionamento da denominada Justiça Desportiva. Percebeu-se então a importância — e a necessidade — de um sistema jurisdicional independente e credibilizado, alheio às pressões associativas e aos interesses económicos.
Hoje, o processo Apito Final repristinou, e de forma acentuada, esta discussão. E os velhos paradigmas de uma jurisdição desportiva concebida no contexto associativo e constituída por lógicas de composição dos poderes desabaram com estrondo.
O resultado da reunião de sexta-feira do Conselho de Justiça, segundo os relatos conhecidos, é, precisamente, a directa repercussão disto mesmo. O caso já possuía antecedentes conhecidos. E preocupantes. O presidente originário deste órgão, o Juiz Conselheiro Herculano Lima, renunciara no final de 2007 ao cargo, na sequência da redução da pena a Valentim Loureiro, tecendo considerações e juízos que punham em causa a isenção do Conselho e a sua capacidade para perseguir disciplinarmente esta natureza de infracções. Depois, a segurança e o à vontade com que os arguidos dos processos disciplinares conexionados com o Apito Final se pronunciaram sobre os resultados previsíveis dos recursos interpostos dos acórdãos condenatórios da Comissão Disciplinar da Liga, parecendo premunir absolvições e arquivamentos. Subentendiam que a «ordem desportiva» poria em devida «ordem» os excessos de voluntarismo da Comissão presidida pelo Dr. Ricardo Costa. A instante utilização do argumento — juridicamente ad absurdum — da inexistência de caso julgado na condenação do Futebol Clube do Porto junto da UEFA (como se o trânsito em julgado existisse aquém de Elvas e desaparecesse além de Badajoz) sugeria a adivinhação de que o Conselho de Justiça daria provimento ao recurso de Pinto da Costa, estendendo os seus efeitos ao Futebol Clube do Porto. Esta a tese à exaustão explorada nestas semanas.
Esqueceram-se os vaticinadores que o Conselho de Justiça é um órgão plural. E que, pelos vistos, tem uma maioria que resiste e não teme as pressões.Do que se lê e ouve sobre os acontecimentos de anteontem não se percebe como o presidente «destitui» o relator de um processo, não admitiu o recurso de uma sua decisão e não acatou a respectiva deliberação revogatória; como encerrou a reunião sem cumprir a ordem de trabalhos, em oposição com a vontade do órgão maioritariamente expressa; como lavrou acta da reunião, sem ter sido assinada ou votada pelos presentes; como abandonou a reunião invocando que a mesma perdeu os requisitos deliberativos apesar de manter o quórum.
Tudo isto cheira a estratégia impeditiva da apreciação e votação dos acórdãos já relatados e que apontariam para a confirmação das deliberações da Comissão Disciplinar da Liga. O presidente do Conselho de Justiça parece ter agido como o menino dono da bola. Não o deixaram jogar. Foi-se embora com ela debaixo do braço.Este episódio é demasiadamente grave para passar em claro. Mas há, desde já, alguns aspectos que importa considerar: o Conselho de Justiça, por expressão maioritária, confirmou as condenações dos arguidos; estas deliberações não poderão deixar de ser apreciadas pela UEFA e permitir que o seu Comité de Apelo repare o agravo, revogue a deliberação de admissão do Futebol Clube do Porto e deixe o recurso interposto junto do TAS sem objecto; o Regimento do Conselho de Justiça, os Estatutos da Federação Portuguesa de Futebol ou a Lei não conferem ao presidente deste órgão qualquer poder especial que converta as suas decisões em prevalentes sobre as deliberações tomadas colegialmente; A recusa de cumprimento da ordem de trabalhos, designadamente do julgamento de recursos de processos disciplinares por parte do presidente de uma instância jurisdicional assume uma extrema gravidade, principalmente compreendendo o exercício de poderes públicos.
Duas notas finais: uma, de saudação aos cinco vogais do Conselho de Justiça que demonstraram conhecer a sua responsabilidade especial de titulares de um poder do Estado e não temeram exercê-lo. A segunda, para relevar que este caso demonstra ser absolutamente vital para a credibilidade do Desporto que a Justiça Desportiva seja revista e reformada, de cima a baixo, sem tibiezas.
Fica-nos, enfim, uma mensagem positiva: a lógica do caciquismo e das pressões do poder não se quadra com espíritos independentes e livres. E, felizmente, ainda os há".

Fernando Seara
A Bola

Toda a verdade sobre mais uma vergonha no futebol português (III)

"A guerra no Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol é um esplendoroso episódio do pântano em que se movimenta o desporto-rei caseiro.
Esplendoroso porque a única reacção possível ante tão extraordinários desenvolvimentos só pode ser a gargalhada. Já só o humor nos pode devolver algum encorajamento. Esta é mais uma daquelas manobras que durante anos alimentaram o ‘sistema’, cobrindo-o de um manto de impunidade.
Sempre no domínio da interpretação de regulamentos habilidosos, sempre procurando soluções formais que cimentassem legitimidades impossíveis à luz dos mais elementares valores de Justiça. Desta vez, quiseram transformar o Conselho de Justiça, um órgão colegial, num espaço onde meramente valesse o regime de ‘presidente do conselho’, ou seja, de voz e voto únicos, transformando os restantes membros em figuras inócuas. Aqui só uma coisa interessa: que a justiça desportiva funcione com equidade e imune a pressões. Ou isso acaba de vez – e a incómoda comissão disciplinar da Liga tem vindo a dar um grande contributo – ou o futebol continuará a ser palco de uma lógica puramente delinquente.
Espera-se, porém, que sem a impunidade histórica que todos conhecemos e à qual, quer se queira quer não, o ‘Apito Dourado’ deu uma enorme machadada".

Eduardo Dâmaso, director-adjunto
Correio da Manhã

Toda a verdade sobre mais uma vergonha no futebol português (II)

"O Conselho de Justiça reuniu-se e percebe-se, agora, mais facilmente, porque não decidiu antes. Se abdicarmos de entrar pelos emaranhados das teias do direito mais torto de que haverá memória em Portugal, percebe-se, sem esforço, que tudo se resumia ao facto de cinco conselheiros, em maioria confortável, decidirem acompanhar a posição da Comissão Disciplinar da Liga e não darem provimento aos recursos do Boavista e do presidente do FC Porto, enquanto dois outros conselheiros, o presidente e o seu vice, entenderem precisamente o contrário e procurarem fazer prevalecer a sua minoritária opinião.
Sabe-se, também, agora, que não querendo oficializar a sua própria derrota, o presidente do CJ abandonou intempestivamente a reunião, declarando-a terminada e, por essa razão, considera que tudo o que depois se passou e se votou é ilegal.
A ser assim — e nunca se sabe a que labirintos alguns técnicos de direito são capazes de recorrer — seria legítimo perguntar para que raio haveria de haver um conselho, se o presidente, sempre que estivesse em minoria, poderia, em qualquer momento, fazer terminar a reunião, impedindo que se tomassem toda e qualquer decisão contrária à sua posição? Era óbvio que bastaria um conselheiro, naturalmente, presidente de si próprio, e capaz, por isso, de fazer coincidir, sempre, a vontade do Conselho (ele) com a vontade do seu presidente (também ele).
Pobre futebol português, que chega a um ponto em que a vergonha consegue passar a fronteira para o lado do nojo".

Vitor Serpa, "A Bola"

Toda a verdade sobre mais uma vergonha no futebol português (I)

"COMO iriam decidir os sete membros do Conselho de Justiça da FPF quanto aos recursos do Boavista e de Pinto da Costa na reunião da passada sexta-feira? Feitas as contas, e atendendo às posições, em contactos informais, com os vários conselheiros, que foram sendo afloradas, a votação daria sempre ou 5-2 ou 4-3 contra as pretensões de panteras e dragões.
Aí, foi criado, pelos defensores do Boavista e do FC Porto um plano de contingência, a ser espoletado pelo presidente do CJ, Gonçalves Pereira, e que passava pelo pedido de afastamento do conselheiro João Carrajola de Abreu, através de um incidente de suspeição, a propósito de uma alegada incompatibilidade deste, enquanto membro, na FPF, na Comissão do Estatuto e Transferências do Jogador. Se esta variante passasse, os eventuais 4-3 contrários a Boavista e Pinto da Costa seriam transformados num 3-3 onde prevaleceria o voto de qualidade do então presidente do CJ, Gonçalves Pereira, vereador da Câmara de Gondomar e ex-presidente da AG do clube. Dessa forma, o Boavista e Pinto da Costa veriam ser dado provimento aos recursos apresentados, mantendo-se os axadrezados na Liga Sagres e o podendo ainda o FC Porto vir a aproveitar da vitória de Pinto da Costa na UEFA.

TIRO PELA CULATRA

Porém, o tiro saiu pela culatra a Gonçalves Pereira, vereador da Câmara de Gondomar, onde Valentim Loureiro é presidente e José Luís Oliveira (um dos principais réus do Apito Dourado), vice, e que nunca se afirmou indisponível para julgar o recurso do Gondomar no Apito Dourado!.
Enquanto a reunião do CJ decorria no 6º andar do edifício da FPF, Gonçalves Pereira chamou Carrajola de Abreu para lhe solicitar que abandonasse a reunião, atendendo à incompatibilidade de que estava alegadamente ferido. O conselheiro de Setúbal, relator do recurso de Pinto da Costa no FC Porto-Estrela da Amadora, que decidiu, inclusivamente, chamar os dragões ao processo, reagiu de forma indignada ao pedido e exigiu que, nos termos regulamentares, fosse o plenário do CJ a decidir. A votação foi arrasadora para Gonçalves Pereira que perdeu em toda a linha. O CJ não admitia que a deliberação que Gonçalves Pereira já trazia feita passasse. Perante este cenário, o presidente do CJ decidiu dar por encerrados os trabalhos, independentemente dos assuntos que continuavam sobre a mesa. Pediu então ao director jurídico da FPF, João Leal, que elaborasse uma acta até àquele momento, em que dava os trabalhos por findos. Ambos a assinaram, João Leal apenas em cumprimento de um dever administrativo, sem que a sua assinatura o vinculasse ao mérito do que estava escrito.
Simultaneamente, e ao aperceber-se de que os restantes conselheiros, excepção feita a Costa Amorim, não tinham desmobilizado, Gonçalves Pereira deu ordem aos funcionários federativos que deixassem de secretariar a reunião e abandonassem as instalações. Foi-lhe dito que aqueles funcionários apenas recebiam ordens da FPF e após uma consulta a Gilberto Madail permaneceram na FPF até ao fim dos trabalhos.

PROCESSO AO PRESIDENTE DO CJ

Perante a gravidade dos factos em presença, da tentativa musculada de afastar Carrajola de Abreu até à ordem dada aos funcionários da FPF, e tendo em conta que nenhuma razão substancial justificava a interrupção dos trabalhos, os cinco membros do Conselho de Justiça que permaneceram no 6º andar da FPF decidiram prosseguir a sessão, tomando, para tal, as seguintes medidas:
Instauraram um processo disciplinar ao presidente do CJ, Gonçalves Pereira; e declararam nula a acta por ele assinada que dava por finalizados os trabalhos. O que quer dizer que esta não produzia quaisquer efeitos, era como se nunca tivesse existido.
Antes deste passo, os conselheiros analisaram todos os pontos das leis e regulamentos, do Estatuto dos Funcionários da Administração Pública ao Código Administrativo e concluíram que nada os impedia de prosseguirem, com total legitimidade deliberativa, a reunião.
Deveria ter sido Mendes da Silva a assegurar a direcção dos trabalhos, na sequência da suspensão e processo a Gonçalves Pereira, missão que delegou, por questões de saúde, em Álvaro Baptista. Porém, antes de partirem para a matéria de facto, ou seja, os recursos de Pinto da Costa e do Boavista, os conselheiros, excepção feita a Gonçalves Pereira e Costa Amorim, que entretanto também abandonou as instalações, asseguraram-se da blindagem jurídica da sua própria legitimidade…
De facto, quer os estatutos, quer os regulamentos da FPF dão cobertura plena às decisões entretanto tomadas pelo CJ.
Uma vez decidido que o recurso do Boavista era improcedente, a única possibilidade que resta ao clube do Bessa é recorrer aos tribunais administrativos, embora, se for tomado em conta o exemplo do Gil Vicente, esse expediente não evite a descida de divisão dos axadrezados. O mesmo se aplica ao FC Porto, que ao não ter recorrido da pena de seis pontos por tentativa de corrupção, depositava no recurso de Pinto da Costa todas as esperanças, invocando o artigo 482 do Código de Processo Penal. Agora, embora para a UEFA ou o TAS nada disso seja relevante, tudo o que Pinto da Costa pode fazer é seguir a via sacra do Gil Vicente. As decisões estão tomadas, em sede desportiva, com plena legitimidade formal e material. O caso desportivo está julgado. Os destinatários dessas decisões podem recorrer para os tribunais administrativos, mas os efeitos transitados desportivos são definitivos, assim determina a lei.

O QUE SE SEGUE

A partir de agora, os clubes interessados, Pinto da Costa e a Liga serão notificados do acórdão do CJ. Se a notificação seguir por faxe em tempo útil, será o Paços de Ferreira a integrar o elenco do sorteio da Liga Sagres, na segunda-feira. Caso contrário, o Boavista surgirá, com asterisco, no quadro de concorrentes.
Espera-se, entretanto, para o dia de hoje, um contacto entre Hermínio Loureiro e Gilberto Madail no sentido de que a Liga tenha em sua posse todos os dados relativos aos participantes nas competições profissionais, assim como se deverá dar por homologada a classificação da Liga, de acordo com a decisões irrecorríveis da madrugada de ontem do CJ.
Neste momento, atendendo a que a FPF conviveu manifestamente mal com a forma de actuar do Conselho de Justiça a partir do momento em que o juiz Herculano Lima se demitiu da presidência daquele órgão, Gilberto Madail deverá agilizar todos os processos no sentido de dar por concluída a temporada de 2007/08, à imagem do que sucedeu durante a crise do «caso Mateus».
Aliás, do ponto de vista jurídico estamos perante situações semelhantes em que a sede de recurso passa a estar fora do âmbito desportivo e sem consequências nessa área.
Da FPF é também esperado para amanhã a comunicação à UEFA (ver caixa) dos desenvolvimentos do caso Pinto da Costa que, uma vez confirmada a suspensão, deixa o FC Porto, que não recorreu da sanção de seis pontos por tentativa de corrupção aplicada pela CD da Liga, sem argumentos para evitar a penalização.

A UEFA E O TAS

Perante as decisões do CJ da FPF, a UEFA e o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) vão ser informados - independentemente do que a FPF fizer - já amanhã, por Benfica e V. Guimarães. Poderá suceder que a UEFA decida reapreciar o processo sem que a isso seja instada pelo TAS, de maneira a não ser sujeita a uma eventual vergonha de ser obrigada a rectificar posições. Como a decisão do CJ da FPF, ao contrário do que estava enunciado nos pressupostos do acórdão do Comité de Apelo da UEFA, surgiu em tempo absolutamente útil, será normal que o caso seja imediatamente reapreciado. Aliás, as declarações de Michel Platini sobre a matéria não deixaram dúvidas quanto ao entendimento de Nyon sobre casos que atentem contra a verdade desportiva susceptíveis de contaminar a credibilidade da Liga dos Campeões.


José Manuel Delgado, "A Bola"

sábado, julho 05, 2008

Comunicado do F.C. Porto à decisão do Conselho de Justiça

“4 - A urgência revelada por estes membros do CJ leva a questionar a sua verdadeira motivação, facilmente perceptível, atenta a forma precipitada e atabalhoada com que esta «manobra de diversão» foi artificialmente criada”.

Nota - Este ponto 4, do comunicado do F.C. Porto, é absolutamente delicioso.

A entrevista do Presidente do Conselho de Justiça à RTP

Estive a ouvir atentamente a entrevista do Presidente do Conselho de Justiça na RTP. O homem revelou-se um "quero, posso e mando", como se os restantes conselheiros não existissem e só ele pudesse tomar decisões. Decidiu-se pela exclusão de João Abreu, dando provimento a um pedido de escusa de Pinto da Costa e do Boavista, mas procurando explicar um mesmo pedido apresentado pelo Paços de Ferreira relativamente à sua pessoa, aí meteu os pés pelas mãos arranjando as mais atabalhoadas justificações. Teve ainda a distinta lata de apresentar uma acta, tentando provar que a reunião estava encerrada, esquecendo-se de que a mesma necessitaria da ratificação dos conselheiros para ser aprovada. Enfim, este indivíduo, que se intitula juiz, demonstrou cabalmente que não se pode confiar na sua imparcialidade. O pior é que o futebol português está infestada com gente desta índole.

Conselho de Justiça da FPF confirma despromoção do Boavista e mantém suspensão a Pinto da Costa em reunião atribulada

O que se passou ontem, na reunião do Conselho de Justiça, onde se ia deliberar sobre os recursos do F.C. Porto e Boavista, foi uma autêntica palhaçada e reveladora do que é hoje a justiça em Portugal. O presidente e vice-presidente, vendo que a decisão não iria ser favorável aos seus interesses, resolveram arranjar um expediente para encerrar a reunião e dessa forma adiar a deliberação. Uma vergonha que devia levar à rápida intervenção do Governo pois situações como esta não podem ser toleradas. Para quem dizia que não pactuava com ilegalidades no futebol (aquando do caso Nuno Assis), é bom que Laurentino Dias venha agora a público dizer-nos o que pensa sobre mais esta página negra do futebol português.

sexta-feira, julho 04, 2008

Benfica tem novo treinador no futsal


Não tenha nada contra o facto de André Lima ser o novo treinador do futsal do Benfica. No entanto, não deixa de ser estranho que nas duas modalidades onde fomos campeões - futsal e andebol -, os treinadores tenham sido dispensados. Se não é inédito para lá caminha.

Dia D por Aimar

Parece que hoje é o dia D no que toca à possível contratação de Aimar. Rui Costa estará em Saragoça para resolver de vez este caso que, na minha opinião, se arrasta há demasiado tempo. Não sei se é o jogador que o Benfica necessita, mas vamos acreditar que Quique Flores, que o conhece bem e faz questão de o ter na equipa, deve saber o que está a fazer. O que é fundamental é que a questão se resolva o quanto antes por forma a começarmos a época devidamente, sem os constrangimentos habituais da falta de jogadores que vão chegando ao clube às mijinhas e que prejudicam claramente o início dos trabalhos.

quinta-feira, julho 03, 2008

Urretavizcaya no Benfica

Segundo o jornal Record o Benfica contratou Urretavizcaya um jovem avançado uruguaio de 18 anos que tem sido a revelação do Torneio Clausura, onde já apontou 8 golos em 14 jogos disputados. Parece-me bem a aposta em jogadores jovens com potencial. No entanto, eles não são apostas seguras para o imediato. O Benfica precisa de jogadores experientes e com valor para atacar as competições da próxima época com alguma ambição. Mas o que é que vemos até ao momento? Da fraca equipa da temporada passada perdemos os dois melhores jogadores, Rui Costa e Rodriguez. Com os reforços já adquiridos não considero que estejamos mais fortes. Bem longe disso. É preciso que Rui Costa se capacite de que assim não vamos lá. Ai, não vamos não!

terça-feira, julho 01, 2008

A justiça portuguesa no seu melhor

Do despacho do TIC relativamente ao processo da "fruta para dormir" ficámos a saber que as escutas telefónicas são válidas para Catarina Salgado mas não o são para Pinto da Costa. O leitor consegue detectar nesta decisão alguma incongruência? Pois, eu também. Pelo vistos, só o Drº Juíz é que não. E depois ainda querem que nós tenhamos confiança na justiça portuguesa!

Aimar explicando porque vem para o Benfica

Voici un extrait de son interview pour le journal Olé

Pourquoi le Benfica ?
J’avais envie de changer d’aire, cette année 2008 à était très éprouvante pour moi. D’avoir quitté l’Espagne pour rejoindre le Benfica ma fait énormément de bien. Le Benfica est un très grand club, son histoire, son stade et c’est supporter, j’ai été très vite séduit apprenant l’intérêt que le club ressentait à mon égard j’espère que je vais retrouver un second souffle pour pouvoir ainsi donner le meilleur de moi même.

Aimar pour remplacer Rui costa ?
Je suis très fier et la fois très déçu de le remplacer. Rui Costa est un très grand joueur, j’aurais aimé pouvoir jouer à ses cotés car je sais que j’aurai pu apprendre beaucoup avec lui.

Quel sont vos objectifs ?
On attend beaucoup de moi, le championnat est mon objectif premier, le second c’est de retrouver la sélection nationale qui me manque terriblement.

Pourquoi plus le Benfica que River Plate ?
Je pense que c’était encore trop tôt pour penser à revenir dans mon passer. Je me sens bien en Europe et je ressens pas encore ce besoin de retrouver mes terres. Puis le Benfica va me donner l’opportunité de me relancer vers mon meilleur niveau.

Carlos Martins no Benfica



Este já é nosso. Veremos se ele vai conseguir justificar a aposta que o Benfica fez na sua contratação. Confesso que a sua irregularidade exibicional e as frequentes lesões me deixam um bocado apreensivo.