sexta-feira, setembro 30, 2005

Balanço europeu

A semana europeia das equipas portuguesas foi um verdadeiro fiasco e dá que pensar. Um saldo de quatro derrotas, um empate e uma vitória foi o que se pôde arranjar. Das quatro equipas que jogavam a passagem à fase de grupos na Taça UEFA, três foram eliminadas. Destas, a do V.Setúbal era esperada uma vez que enfrentava um adversário de nível superior e pertencendo a um futebol com o qual as nossas equipas invariavelmente perdem; a eliminação do Sp. Braga foi de todo injusta, tal a superioridade demonstrada pelos bracarenses que infelizmente não conseguiram materializá-la em golos (a falta dos avançados lesionados foi decisiva; o único que esteve disponível é de qualidade inferior); já a eliminação do Sporting é inadmissível pois jogava com um adversário nitidamente inferior que presentemente luta para não descer no campeonato sueco: excesso de confiança e a não utilização de Liedson foram decisivos neste desaire; o V.Guimarães, com a vantagem conseguida em casa, não teve dificuldade em eliminar os polacos e ainda consegiu uma vitória o que faz sempre jeito por causa do ranking.
Das seis equipas que começaram a disputar as competições europeias, restam três. Qualquer delas terá tarefa complicada no apuramento para a fase seguinte. Tal facto é elucidativo das dificuldades dos clubes nacionais quando em confronto com os seus congéneres europeus, não obstante os óptimos resultados alcançados nos últimos anos por F.C. Porto e Sporting. A realidade mostra-nos que, por norma, a maioria das nossas equipas não vão além da primeira eliminatória nas provas europeias. É sem dúvida um triste cenário que, no entanto, está longe de nos surpreender, face ao que vamos observando semanalmente na Liga portuguesa.

Humilhação em Alvalade

Uma verdadeira desgraça foi o que aconteceu no Alvalade XXI. Ser eliminado por um modestíssimo Halmstads que no campeonato sueco luta para não descer, é um golpe demasiado duro para as hostes leoninas, não só no plano desportivo como também no capítulo financeiro. A contestação dos simpatizantes leoninos a José Peseiro irá por certo subir de tom, com a grande maioria a exigir a cabeça do técnico. Resta saber o que fará a direcção leonina. Aceitam-se palpites.

quinta-feira, setembro 29, 2005

Prenda envenenada no Dragão

E o impossível aconteceu. Se em circunstâncias normais uma derrota do F.C. Porto frente ao Artmedia constituiria sempre uma surpresa, perder, depois de estar a ganhar por 2-0, atinge foros de escândalo. Face a este resultado, poder-se-ia pensar que os azuis-e-brancos jogaram mal. Mentira. O F.C. Porto até se exibiu a boa altura, praticando um futebol escorreito, jogando deliberadamente ao ataque e criando variadíssimas ocasiões para finalizar com êxito. Marcou dois golos e muitos mais poderia ter marcado. Acontece que um jogo de futebol não é só atacar, é também defender. E neste aspecto, o F.C. Porto cometeu deslizes em demasia que lhe foram fatais. Co Adriaanse disse no final da partida que esta derrota não o levará a mudar de estratégia. Penso que a sua decisão é acertada. Ela tem dado frutos na nossa Liga e vai continuar a dar. Por aí pode o holandês ficar descansado. Na Europa, é que as coisas mudam de figura. No plano europeu, jogar desta forma, apostando tudo no ataque e descurando a defesa tem, como se viu, enormes riscos. E o F.C. Porto está nesta altura em vias de se despedir da Liga dos Campeões embora as possibilidades não estejam de todo esgotadas. Os próximos jogos com o Inter vão ser determinantes.
Ao ver este jogo lembrei-me do Benfica e pensei na estratégia que os adeptos encarnados gostariam que Koeman tivesse utilizado em Manchester. Tem-se pedido ao treinador encarnado que adopte uma filosofia de jogo semelhante à de Co Adriaanse. Confesso que também gostaria. Todos nós gostamos de ver futebol de ataque e de ver a nossa equipa jogar perto da baliza adversária. Acontece, porém, que no Benfica não existem jogadores que permitam a implementação de um tal modelo de jogo. Imagine-se o que teria sido o Benfica a jogar à "Porto" ontem em Manchester. O mais provável era que tivesse acontecido uma goleada em vez de uma derrota pela diferença mínima. Cada equipa tem de jogar com as suas próprias armas e, as nossas, obrigam-nos a jogar de forma mais contida pois as características dos nossos jogadores assim o determinam.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Erros de análise

Lendo os jornais e olhando os comentários que têm sido feitos, chegamos à conclusão que a derrota de ontem tem um responsável: Koeman. O holandês é acusado de falta de ambição e de ter feito recuar a equipa no terreno ao tirar Miccoli. Esta análise, é por demais falaciosa. Não que eu tenha uma admiração por aí além pelo técnico, mas custa-me aceitar que o homem seja injustiçado desta forma. O Benfica não perdeu por esse facto, não recuou no campo pela saída do italiano, recuou, porque o Manchester o obrigou a isso. Recuaria na mesma, se Miccoli lá estivesse. É bom que se diga que o meio-campo encarnado deu o estoiro na última metade do encontro, e esse foi o motivo principal pelo sucedido, do mesmo modo que o golo que deu a vitória ao Manchester foi obtido num lance de bola parada e para que isto sucedesse era absolutamente irrelevante que Miccoli por lá andasse. A grande verdade é esta: o Manchester ganhou porque foi melhor, porque criou mais oportunidades de golo, porque quando quis atirou o Benfica para a sua área, sem que os encarnados tivessem arte e engenho para conseguir suster este último assalto. Dizer que o Benfica fez um grande jogo, é falso. O Benfica fez, isso sim, uma exibição certinha defensivamente, mas em termos ofensivos foi por demais inofensivo (nenhuma oportunidade de golo flagrante; raramente entrámos na área adversária com a bola controlada; apenas chegámos à baliza adversária através de uns tímidos remates, perfeitamente inconsequentes). Quem viu um Benfica a dominar o adversário, como por aí vi escrito, deve ter visto, com certeza, um outro jogo.

terça-feira, setembro 27, 2005

Análise individual

Moreira - Contrariamente ao que se esperava teve pouco que fazer. Lembro-me de uma saída em falso que poderia ter tido consequências. É um guarda-redes que dá pouca confiança à equipa. O pior é que o outro que lá temos também não nos dá grandes garantias. O Benfica precisa urgentemente de um guarda-redes de nível internacional, com presença na baliza e de elevada estatura.

Léo - Uma agradável surpresa. Apesar de levar com C.Ronaldo no seu corredor não saíu inferiorizado da contenda. Dos seus pés raramente houve um passe transviado.

Luisão - Boa partida do brasileiro que ficou manchada pela falha na marcação a Ferdinand que originou o 2ºgolo do Manchester. É altura de lhe dizerem que os passes em profundidade não são decididamente o seu forte.

Ricardo Rocha - Tive algum receio ao vê-lo no onze inicial por causa da excessiva dureza com que , por vezes, aborda os lances e que poderiam ditar a sua expulsão. Afinal esse receio veio-se a revelar infundado: o central esteve sempre sereno, defendeu como ninguém e ainda conseguiu sair várias vezes a jogar. Exibição cinco estrelas.

Nelson - Começou algo amedrontado, mas com o decorrer da partida foi entrando no jogo, tendo feito uma exibição bem conseguida.

Manuel Fernandes - A melhor exibição que lhe vi fazer esta época. Sereno, tácticamente irrepreensível e seguro no passe. Faltou a pontaria no remate.

Petit - Outra boa exibição. Recuperou muitas bolas, dobrou várias vezes os seus colegas e revelou segurança no passe.

Simão - Um grande golo que poderia ter dado o empate. Foi um auxiliar precioso nas tarefas defensivas. Revelou eficiência no passe e no controlo de bola. Não conseguiu, no entanto, levar de vencida Bradsley, o seu opositor directo. Teve ainda, na 1ª parte, uma boa oportunidade de alvejar a baliza adversária, mas o remate saíu-lhe frouxo e à figura de Van der Sar.

Beto - Percebe-se a intenção de Koeman em o colocar de início. O Benfica precisava de alguém que desse força ao meio-campo e sabemos que o brasileiro é um jogador de muita luta e que consegue recuperar bastantes bolas. Neste capítulo, Beto cumpriu. Já nos aspectos ofensivos, deixou algo a desejar: muito trapalhão, excessiva demora no passe e uma perfeita nulidade no remate.

Nuno Gomes - Pouco em jogo. Conseguiu algumas boas tabelinhas e teve o azar de ter contribuído decisivamente para o 1º golo do Manchester.

Miccoli - O que se passa com o italiano? Parece-me tristonho e com pouca vontade de jogar. Tem um ou outro pormenor, mas passa muito tempo ao largo do jogo.

Derrota em Manchester

Vitória merecida e natural dos ingleses. O Benfica fez o que pôde perante um Manchester mais forte que deu sempre a impressão que quando quisesse resolveria a contenda a seu favor. Foi o que aconteceu após o golo de Simão. A equipa inglesa carregou no acelerador, foi empurrando os encarnados para a sua grande-área e, na altura certa, após várias oportunidades para chegar à vantagem, fez o golo fatal na sequência de um pontapé de canto. Mais uma vez os lances de bola parada ditaram o inêxito encarnado. Adivinhava-se que tal pudesse suceder face ao baixe índice atlético dos jogadores do Benfica. É uma pecha que em alta competição se paga muito cara. Não fora este pequeno grande pormenor e talvez o Benfica tivesse saído de Old Trafford com um resultado positivo. Acontece que as vitórias morais não enchem a barriga, não somam pontos, e o Benfica chega ao final da partida com os pontos trazidos da 1ª jornada, enquanto que o Manchester soma agora quatro que o colocam na liderança do grupo. Valeu o empate entre Lille e Vilarreal que permite que o Benfica esteja no 2º lugar do grupo com um ponto de avanço sobre os espanhóis. Os dois próximos jogos com os espanhóis vão ser decisivos.

segunda-feira, setembro 26, 2005

Análise à jornada

Penafiel - 1 - Benfica - 3
O Benfica teve uma entrada feliz ao marcar dois golos nos primeiros minutos. A partir daqui jogou o quanto baste para ganhar o jogo. A exibição foi mais conseguida do que em jornadas anteriores, mas, ainda assim, longe de merecer grandes elogios. Elogios, merece-os Nuno Gomes que somou mais dois golos, sendo que um deles, o segundo, foi de antologia.
F.C. Porto - 2 - Belenenses - 0
Este F.C. Porto dá gosto de ver jogar pela dinâmica atacante que imprime ao seu jogo. A sua linha média é muito forte não dando chances aos adversários. A defesa até pode dar as suas abébias que não há problema. Sofrem um golo e certamente marcam os suficientes que lhes garantam a vitória. Parece que é desta, que Co Adriaanse vai festejar o primeiro título da sua carreira.
V. Guimarães - 1 - Marítimo - 0
Finalmente a primeira vitória para os vimaranenses. O futebol jogado foi do pior que se tem visto esta época. Valeu aos homens de Guimarães a oferta de Manduca que lhes deu os três pontos. Os maritimistas são uma caricatura do que têm feito noutras épocas. A procissão ainda vai no adro, mas pelo andar da carruagem a manutenção não vai ser fácil de alcançar. A não ser que Jardim abra os cordões à bolsa por alturas do mês de Janeiro.
Naval - 1 - Rio Ave - 0
Sempre sorridente, Manuel Cajuda, lá vai somando os pontinhos necessários para a desejada permanência no escalão principal. A Naval dominou a partida e poderia ter construído um resultado mais desnivelado. O Rio Ave fez uma péssima exibição, não consentânea com o quinto lugar que ocupava no campeonato.
U. Leiria - 0 - Nacional - 0
Para se vencerem jogos é necessário marcar golos e isso a U. Leiria não consegue fazer. José Gomes deu o último suspiro e já saiu do comando técnico dos leirienses. Os madeirenses conquistaram mais um pontinho, o que é sempre bom, quando se joga fora de casa.
E.Amadora - 0 - Sp. Braga - 0
Mais uma jornada sem marcar. Os bracarenses estão a pagar caro as muitas lesões que afectam a sua linha avançada. Só com um avançado de raíz e de qualidade duvidosa, torna-se difícil ganhar jogos. Para o Estrela, este não foi um mau resultado. Um empate frente a um dos grandes do campeonato é sempre motivador.
Gil Vicente - 2 - P. Ferreira - 0
Duas equipas do mesmo campeonato, venceu a que mais fez por isso. Apesar da derrota, os pacenses ainda continuam fora dos lugares da despromoção.
Sporting - 1 - V.Setúbal - 0
Vitória muito facilitada após a expulsão do guarda-redes sadino. Destaque para o penalti falhado por Liedson e para a noite desinspirada dos leões que valeram muitos assobios dos adeptos. Neste particular, José Peseiro sofreu fortes apupos devido à forma como geriu as substituições. Os sadinos, com menos um jogador, estiveram bem em termos defensivos, mas foram inofensivos no ataque.
Boavista - 2 - Académica - 1
O resultado mais justo teria sido o empate, tendo em conta que o jogo foi dividido e nas oportunidades de golo as duas equipas equivaleram-se. Carlos Brito muito nervoso ao longo de toda a partida lá conseguiu matar o borrego, pois nunca tinha vencido Nelo Vingada. Este começa a estar em maus lençois dado que a sua equipa continua a marcar passo no campeonato.

Benfica em Manchester

Teste difícil espera-nos amanhã em Manchester. Muito boa gente está convencida de que o Benfica fará um bom resultado em Old Trafford, não só por acreditar legitimamente na capacidade da equipa mas também pelo facto do United jogar desfalcado de alguma das suas pedras basilares. Esta poderá ser uma análise precipitada. Se é verdade que se tratam de jogadores importantes, também é verdade que o plantel dos ingleses é rico em soluções, pelo que este facto não provocará grande mossa na sua exibição. Tenho para mim que para o Benfica poder almejar um resultado positivo terão de estar reunidas algumas condições, a saber:
- saber se os jogadores encarnados têm estofo psicológico para resistirem à pressão de estarem a jogar num dos mais emblemáticos estádios do mundo, contra uma equipa de créditos reconhecidos;
- superar as suas limitações físicas (altura e peso) que se farão sentir nas jogadas divididas, nos lances de bola parada e nos constantes cruzamentos em que o futebol inglês é fértil;
- conseguir que em termos defensivos haja uma grande entreajuda entre os vários sectores da equipa; as transições ataque-defesa sejam feitas rapidamente; não defender demasiado atrás; reduzir e limitar o espaço ofensivo do adversário; jogar em antecipação;
- conseguir em termos ofensivos uma rápida transição defesa-ataque que nos permita explorar eficientemente as situações de contra-ataque; controlar a posse de bola em ataque organizado; limitar o número de passes falhados; aproveitar os lances de bola parada, em especial, os livres frontais.
- evitar as sanções disciplinares; neste particular perceber que as arbitragens na europa são menos complacentes que as portuguesas; jogar em desvantagem numérica contra um adversário desta envergadura seria a "morte do artista".
- o sistema táctico a implementar não será despiciendo: jogar com Nuno Gomes e Miccoli ou só um deles? Se assim for, qual deles deixar no banco? Ricardo Rocha ou Léo? A aposta no 1º dá-nos mais garantias defensivamente, mas limita-nos ofensivamente; a aposta no 2º dá-nos dores de cabeça em termos de altura numa equipa já bastante diminuída nesse aspecto. Muitas questões que Koeman vai ter de saber resolver.
Se o Benfica respeitar o cumprimento destas premissas talvez se consiga um bom resultado. Se tal não acontecer as hipóteses são diminutas para não dizer nulas.

sábado, setembro 24, 2005

F.C. Porto joga à campeão

Um F.C. Porto arrasador, vence com facilidade um Belenenses muito tenrinho. A jogar desta forma, os azuis-e-brancos vão passear no campeonato português. A dinâmica que eles emprestam aos jogos chega a cansar a vista. Os homens não param um minuto, correm que se fartam e tornar-se-ão irresistíveis quando afinarem a pontaria. À quinta jornada posso dizer, sem correr o risco de me enganar, que o campeão está encontrado. Aos outros, Sporting, Benfica e, eventualmente, Sp. Braga, resta-lhes lutar pelo 2ºlugar. Até tremo só de pensar o que o Benfica vai fazer daqui a duas semanas no Dragão. Sinceramente, tenho receio que nesse jogo o meu clube venha a sofrer uma derrota pesada. A diferença de ritmo de jogo entre uma equipa e outra é abissal. Estou para ver como é que conseguiremos parar o futebol ofensivo dos dragões com um meio-campo tão lento e tão duro de rins. Vai ser lindo, vai!

Análise individual

Moreira – Raramente foi incomodado. Quando chamado a intervir, fê-lo sempre da melhor maneira. Até nas saídas aos cruzamentos esteve bem.

Nélson – Mais uma boa exibição. Desta feita melhor a defender do que a atacar.

Anderson – De início, sentiu algumas dificuldades na marcação a Roberto que rapidamente acertou.

Luisão – Exibição sóbria e eficiente.

Léo – No lance do golo do Penafiel deixou que Marco Ferreira cabeceasse á vontade. A baixa estatura, dificultou-lhe a entrada no lance. No resto, não comprometeu.

Geovanni – Mais uma exibição apagada.

Petit – Melhoria substancial relativamente aos últimos jogos. Óptima exibição, especialmente na recuperação de bolas e nas dobras aos seus companheiros.

Manuel Fernandes – Foi melhorando a sua prestação com o decorrer da partida. Entrou mal, mas na 2ª parte foi o elemento mais em destaque no meio-campo. Continua a exagerar nas faltas, sendo que, algumas delas, são verdadeiramente estúpidas.

Simão – Golo fenomenal. Em alguns momentos da partida, teve jogadas que nos permitem prever que o verdadeiro Simão pode estar de volta.

Nuno Gomes – Mais uma vez mortífero. Execução irrepreensível no lance do terceiro golo. Cinco golos em dois jogos. Quem diria!!

Miccoli – E vão dois jogos que não vemos o italiano. Espero que o jogo com o Lille não tenha sido um mero acaso. E logo eu que o coloquei num pedestal!

Beto – Entrou muito bem no jogo.

João Pereira – Não fez nada de relevante.

Ricardo Rocha – Nem deu para aquecer.

Benfica vence em Penafiel

A equipa encarnada teve em Penafiel uma noite feliz. Decorridos 10 minutos de jogo, o Benfica já ganhava por 2-0, fruto de dois lances de bola parada, sendo que o golo de Simão foi um golaço ( remate forte ao ângulo com o seu pé menos forte, o esquerdo). A partir daí o Benfica foi gerindo o jogo, esperando o adversário no seu meio-campo e espreitando alguma oportunidade de contra-ataque que quando surgia não era explorada da melhor maneira. De facto, durante largos períodos do encontro, foi o Penafiel que comandou a partida, embora sem criar lances de perigo, respondendo os encarnados com tímidos contra-ataques que nunca puseram em perigo a baliza penafidelense. Foi um período durante o qual os jogadores encarnados não conseguiam trocar a bola entre si, perdiam inúmeros passes e defendiam muitas vezes demasiado atrás. Só depois da saída de Miccoli e do reforço do meio-campo, é que a equipa encarnada começou a engrenar. Mesmo assim, veio a sofrer um golo, num cabeceamento de Marco Ferreira que soube aproveitar a baixa estatura de Léo, que poderia ter complicado as coisas, não fora mais um golaço, desta feita com a assinatura de Nuno Gomes. Aqui as aspirações do Penafiel acabaram, e o Benfica, já com Ricardo Rocha em campo, soube então, controlar o jogo e deixar correr tranquilamente os minutos que faltavam. Em síntese, poderemos dizer que o Benfica foi um vencedor justo, sem, contudo, ter realizado uma exibição de encher o olho. Seja como for, o mais importante foi conquistado, que eram os três pontos. Agora há que esperar para ver o que fazem F.C. Porto e Sporting nos jogos que têm de realizar este fim-de-semana. Uma surpresa de Belenenses e/ou V. Setúbal vinha mesmo a calhar.

sexta-feira, setembro 23, 2005

O homem que descobriu os podres do futebol português

Mourinho já não está entre nós, mas, em contrapartida, temos Co Adriaanse que em termos de arrogância e convencimento não lhe fica nada atrás. Do alto do seu pedestal vem este senhor dizer que está em Portugal não só para ajudar o F.C Porto, mas também o futebol português. Pensa ele que o nosso futebol precisa de treinadores da sua experiência e gabarito. Estamos a falar de um indivíduo que ao longo da sua carreira nunca ganhou nada. Nem um troféuzinho para amostra. E ainda por cima, vem de um País que no que toca a grandes conquistas no futebol internacional (com excepção dos tempos aúreos do Ajax) é o que se sabe. Tudo isto devia-o levar a ser menos presunçoso e a refrear os seus ímpetos doutorais. Como os portugas veneram tudo o que vem de fora, Co Adriaanse, com as suas doutas palavras, já conquistou o reconhecimento de muitos jornalistas da nossa praça que não param de tecer loas à sua personalidade e à sua grande capacidade como treinador. Se já é assim, imagine-se o que não será se os azuis-e-brancos conquistarem o campeonato. Esquecem-se que com um orçamento de 50 milhões de euros (o dobro do Benfica e mais do dobro do Sporting), o holandês não fará mais do que a sua obrigação.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Benfica em Penafiel

Koeman veio dizer hoje em conferência de imprensa que uma vez que tem três óptimos defesas centrais, jogarão em Penafiel aqueles que estiverem em melhores condições físicas. Como Anderson tem andado esta semana com problemas físicos está assim desvendado o mistério: jogará a dupla Luisão/Ricardo Rocha. Os restantes elementos deverão ser os mesmos que defrontaram a União de Leiria.
Entretanto, José Castro já avisou que irá tentar explorar a baixa estatura da equipa encarnada, para nos lances de bola parada poder obter algum golo. Todos já se aperceberam desta lacuna encarnada e todos farão por aproveitá-la. Se fosse treinador de alguma das equipas da Liga, na semana que antecedesse o jogo contra o Benfica, submeteria os meus pupilos a um treino intensivo de lances de canto e livres. Tendo em atenção este facto seria bom que, nos treinos, Moreira fosse submetido a trabalho extra, no que diz respeito a saída a cruzamentos algo em que ele é manifestamente fraco.
Quanto ao jogo propriamente dito, é óbvio que ao Benfica não lhe resta outra alternativa que não seja ganhar, e esperar que os seus rivais percam algum pontinho nos jogos que têm de disputar nesta jornada, ainda que tal cenário seja pouco provável, atendendo a que F.C. Porto e Sporting jogam ambos em casa e contra adversários que não lhes devem causar grandes engulhos.

quarta-feira, setembro 21, 2005

O que decidirá Koeman quanto a Karagounis?

O grego ainda não está em condições para jogar em Penafiel, mas provavelmente já o poderá fazer em Manchester. Koeman irá ter uma tarefa difícil entre mãos: em que posição do campo o irá colocar e quem sairá da equipa para ele entrar. Sabendo que o calcanhar de Aquiles da equipa encarnada se situa ao nível da construção de jogo, à primeira vista pode parecer que Karagounis ocupará um dos dois lugares no centro do terreno. Acontece que tenho as mais sinceras dúvidas quanto ao Benfica poder jogar apenas com um médio defensivo, do mesmo modo que sinto que Koeman partilha desta opinião. Daí que outra possibilidade surja no horizonte: colocar o grego no lado direito no lugar de Geovanni. Esta hipótese encerra um problema. Karagounis não terá características para jogar nessa posição: falta-lhe velocidade, drible e poder de explosão nas situações de 1x1. Resta finalmente uma outra possibilidade: deixar todo o corredor direito entregue a Nelson, jogando o grego numa posição mais central ainda que mais descaído sobre a direita.
Para Manchester teremos outro grande problema pela frente. Como é que vamos resolver os lances de bola parada, com a baixa estatura da maioria dos nossos jogadores. Com excepção dos centrais e, vá lá, do Nuno Gomes, temos uma equipa de minorcas. Se na Liga portuguesa este facto tem constituído um sério revés, na Liga dos Campeões o problema triplica, face à compleição física dos nossos adversários. Considero até que as maiores limitações do Benfica actual, se situam ao nível da construção e organização de jogo e do poder físico dos nossos jogadores. Sabendo que a maioria dos golos são obtidos de bola parada, as grandes equipas procuram ter, não apenas jogadores de grande valia técnica, mas jogadores que aliem esse aspecto a um bom porte físico. O Benfica descurou em demasia este facto e vai seguramente pagar por isso.

terça-feira, setembro 20, 2005

A primeira rescisão

Juca, ex-técnico maritimista foi o primeiro a ser "chicoteado". Outros candidatos estão na calha para a rescisão: Jaime Pacheco e José Gomes. Norton de Matos, ainda que por motivos bem diferentes, também esteve perto de ser substituído no cargo. Neste caso, os dirigentes sadinos emendaram a mão e tomaram a atitude acertada.

segunda-feira, setembro 19, 2005

Análise à jornada

Naval - 2 - Boavista - 2
Os navalistas mereciam a vitória, mas a sua defesa continua a oferecer golos aos adversários. Manuel Cajuda tem aqui um grande problema para resolver. A equipa revela capacidade concretizadora, mas são uns pardalitos a defender. O Boavista esteve duas vezes em vantagem, teve até a possibilidade de fazer o 3-1, acabando por ver-se em palpos de aranha para segurar o empate.
Rio Ave - 2 - E. Amadora - 1
Vitória sofrida dos vila-condenses que os leva a colocarem-se nos primeiros lugares. Os amadorenses continuam a depender em demasia de Manú. O avançado fez mais um golo mas sózinho pouco pode fazer.
V. Setúbal - 1 - Gil Vicente - 0
Primeira vitória em casa, a que corresponderam mais três pontos preciosos na contabilidade sadina. Norton de Matos e "sus muchachos", estão a surpreender positivamente. Os gilistas parece que pouco fizeram para evitar a derrota.
Paços de Ferreira - 2 - Académica - 1
Num jogo entre aflitos ganharam os pacenses no finalzinho, onde os golos só apareceram de bola parada. A Académica tarda em acertar o passo.
Marítimo - 2 - Penafiel - 2
Num jogo onde a qualidade andou arredia, os maritimistas continuam a desiludir. Dois pontinhos somados em 4 jogos, é muito pouco pecúlio, para quem se habituou a vê-los lutar por lugares cimeiros. Os penafidelenses lograram alcançar o primeiro ponto na Liga, e podem agradecer esse facto ao seu avançado Roberto que em três remates fez dois golos. Melhor eficicácia, é difícil.
Benfica - 4 - U. Leiria - o
Vitória tranquila dos encarnados. Sem deslumbrarem fizeram juz ao resultado. José Gomes treinador leiriense, deve estar de saída.
Sp. Braga - 0 - F.C. Porto - 0
Resultado certo, num bom jogo de futebol. A um F.C. Porto mais afoito no ataque, correspondeu o Sp. Braga com excelente organização defensiva e um guarda-redes que é actualmente o melhor a jogar em Portugal. A merecer sem dúvida a atenção de Scolari.
Belenenses - 3 - V.Guimarães - 1
Os vimaranenses vão de mal a pior na Liga e ainda não somaram um único ponto. Depois do excelente resultado na Taça UEFA, esperava-se mais dos pupilos de Jaime Pacheco. Afinal tudo continua na mesma. Os azuis de Belém começaram a construir o resultado com um penalti fantasma e depois limitaram-se a aproveitar as asneiras do adversário para chegar à vitória.
Nacional - 2 - Sporting - 1
O grande golo de Davide não chegou para os leões levarem de vencida os nacionalistas. Após esse magistral golo, o Sporting não conseguiu segurar a vantagem e consentiu dois golos ao aguerrido Nacional, perdendo assim os primeiros pontos na Liga (e logo três!). Manteve-se a tradição de o Sporting não passar na Choupana.

Análise individual

Moreira - Noite tranquila em que pouco trabalho teve para fazer; as saídas continuam a ser o seu calcanhar de Aquiles.
Léo - Exibição esforçada e regular; arrisca pouco em termos ofensivos e a defender não comprometeu.
Anderson - Excelente exibição do central encarnado; marcou um golo e a defender mostrou-se intransponível; é óptimo a jogar em antecipação.
Luisão - Seguro a defender; usa e abusa dos passes em profundidade que raramente lhe saiem bem.
Nelson - O melhor jogador em campo: cavalgadas constantes pelo corredor direito (sobretudo na 1ªparte) que culminavam em cruzamentos mortíferos, um dos quais resultou em golo; neste jogo fez esquecer Miguel.
Geovanni - Melhor do que tinha feito frente ao Lille; ainda assim, uma exibição frouxa.
Petit - Bom sentido posicional o que lhe permite roubar muitas bolas; muito lento na transposição defesa-ataque e dificuldades na construção de jogo.
Manuel Fernandes - Começou mal, foi subindo de produção ao longo do encontro, acabando por estar na 2ª parte em bom plano; continua a falhar passes em demasia e a sua influência no jogo ofensivo da equipa é diminuto.
Simão - Decididamente está em baixo de forma; o tempo passa e o verdadeiro Simão tarda em aparecer.
Nuno Gomes - Noite mágica para o ponta-de-lança; tudo lhe correu de feição; que bom seria, vê-lo com esta veia goleadora mais vezes.
Miccoli - Não foi o génio de quarta-feira; aparentando fadiga, continua a revelar pormenores de craque.
Beto - Poucos apontamentos de qualidade.
Nuno Assis - Não destoou.
João Pereira - Fez o remate que permitiu a Nuno Gomes fechar a contagem.

Vitória tranquila dos encarnados

Finalmente uma vitória do meu clube na Liga. Uma goleada que pode indiciar uma grande exibição que na realidade não aconteceu. Foi um U. Leiria de menos para um Benfica que terá de fazer bem melhor se quiser repetir a façanha do ano passado. Curiosamente, concretizámos quatro golos sem que o guarda-redes contrário tivesse muito trabalho durante a partida. Aliás, não me lembro de lhe ver fazer uma única defesa digna de registo. Chego ao final da partida, olho para a minha equipa e continuo a ver por ali muitas limitações e imperfeições. Vejo a seguir o Sp. Braga - F.C. Porto e confirmo que para o Benfica chegar ao nível de jogo destas duas equipas, ainda tem muito que penar. Organização de jogo, cultura táctica, dinâmica ofensiva, compleição física são alguns aspectos nos quais a equipa encarnada está num patamar inferior.
A sorte que tem faltado noutros jogos, teve-a o Benfica logo no início de jogo com o golo esquisito de Anderson. Depois do golo, os encarnados caíram numa toada amorfa que os leirienses estiveram à beira de aproveitar por Néné. A partir daqui começaram as cavalgadas de Nelson pelo corredor direito que culminaram com um golo no final da 1ªparte, após um excelente cruzamento do defesa-direito a que Nuno Gomes deu o melhor seguimento. Estava assim traçado o destino da partida. Com 2-0 ao intervalo dificilmente o Benfica não ganharia o jogo. Foi o que aconteceu. Na 2ª parte, o U.Leiria limitou-se a ver jogar e os encarnados sem carregarem no acelerador, marcaram mais dois golos e esbanjaram outras oportunidades.
Destaques para a exibição de Nelson que continuando a jogar desta forma depressa vai fazer esquecer Miguel e para Nuno Gomes pelo hat-trick alcançado, algo que já não fazia há muitas épocas.
Próxima jornada em Penafiel, frente a um adversário que necessita desesperadamente de pontos, o Benfica está obrigado a ganhar. Veremos se o consegue.

sábado, setembro 17, 2005

Co Adriense "atira-se" ao futebol português

O treinador do F.C. Porto veio a terreiro dizer, entre outra coisas, que o futebol português é pouco espectacular, tem pouca qualidade e pratica-se muito anti-jogo. Goste-se ou não da personagem o que é certo é que ele só disse verdades. O que se pode discutir é o timing escolhido para estas declarações. Se tivesse ganho em Glasgow teria feito estas afirmações? Duvido.

quinta-feira, setembro 15, 2005

As equipas portuguesas nas competições europeias

As equipas portuguesas tiveram um comportamento bastante positivo nesta primeira jornada das competições europeias. Três vitórias, dois empates e uma derrota é um bom saldo e importante nas contas do ranking da UEFA. O Benfica e o Sporting fizeram a sua obrigação ganhando; o V.Guimarães excedeu as expectativas vencendo por 3-o (mais importante que os três golos marcados foi o facto de não terem sofrido nenhum); o Sp.Braga conseguiu um bom resultado na Sérvia, o que lhe abre boas perspectivas para a 2ªeliminatória; o V.Setúbal não deslustrou (não esquecer que jogava contra uma equipa italiana), embora o empate caseiro lhe dê poucas possibilidades de passagem à fase de grupos; o F.C. Porto constituiu a desilusão, essencialmente pela forma como perdeu o jogo, frente a um adversário claramente inferior.
As perspectivas para as equipas que estão na Taça UEFA são as melhores, excepção feita ao V.Setúbal. Quanto à Liga dos Campeões, tendo em conta o grupo em que está inserido, tudo aponta para que com maior ou menor dificuldade, o F.C. Porto esteja presente na fase seguinte da competição. Já o Benfica tem uma tarefa bem mais complicada pese embora a vitória sobre o Lille, o adversário mais acessível. Vilarreal e Manchester United, vão ser adversários muito difíceis de roer. Não é uma missão impossível mas apresenta um grau de dificuldade elevado. Em último caso que assegurem o 3ºlugar, uma vez que isso permitiria aos encarnados manterem-se na Europa, ainda que na Taça UEFA.

O futuro encarnado

Se é verdade que a vitória de ontem foi importante porque nos permitiu pôr fim a uma série de maus resultados e ainda colocar-nos no 1º lugar do grupo - o que não é muito relevante dado ter sido o 1º jogo - também é verdade que a exibição encarnada não nos permite embandeirar em arco. Não fora a magistral performance de Miccoli, hoje estaríamos por aqui, provavelmente, a "bater" nos jogadores e no treinador. Alguns jogadores estão longe de renderem o mínimo desejável. São os casos de Geovanni (uma nódoa), de Manuel Fernandes e de Petit ( recuperam muitas bolas, em especial Petit, mas não sabem construir) que estão longe de constituir as peças ideais para pôr aquele meio-campo a funcionar (o pior é que não temos outros, talvez com a excepção de Karagounis). Sem um meio-campo empreendedor e limitadíssimos em termos de finalizadores, a esperança de que as coisas melhorem substancialmente é diminuta. Claro está que dificilmente vamos fazer pior do que temos feito até aqui, mas esperar que tudo vai mudar para melhor de forma radical, é sonhar muito alto. É preferível encarar o futuro, jogo a jogo, sem sonhar com grandes cometimentos e, no final, então sim, fazermos as contas. Muita pressão em cima dos jogadores é capaz de ser contraproducente. Eles já mostraram que têm dificuldade em lidar com a pressão. Se as limitações são aquelas que conhecemos, não adianta pressioná-los, porque eles bloqueiam mentalmente.

quarta-feira, setembro 14, 2005

A desilusão

Não bastam todos os problemas de que enferma a equipa encarnada, ainda temos que levar com um Geovanni que nada fez durante toda a partida. Este tipo de jogador que consegue ter uma atitude apática durante quase todos os jogos em que participa, mexe-me com os nervos. É demasiado resignado para o meu gosto. Para mal dos nossos pecados, só o temos a ele e a Carlitos para fazer o corredor direito do ataque.

O outro destaque

Realçe para a exibição de Nelson que realizou uma bela partida. Jogou com garra, determinação e sem acusar a responsabilidade. Jogou como se estivesse há muito integrado na equipa encarnada, e encarou este jogo da Liga dos Campeões como se estivesse a jogar um qualquer encontro da Liga. Parabéns.

Miccoli - 1 - Lille - 0

Desculpem-me a ousadia, mas esta vitória não foi do Benfica mas sim do Miccoli. Este "piccolo" grande jogador carregou a equipa durante toda a partida. As oportunidades de golo foram todas por ele criadas. Este homem transpira classe dos pés à cabeça. Predicados não lhe faltam: raramente falha um passe ou perde uma bola; grande facilidade e espontaneidade no remate; exímio no 1x1; velocidade estonteante e óptima leitura de jogo. O seu golo é simplesmente fenomenal: pela antecipação, pela impulsão e pelo técnica de cabeceamento perfeita. Há muito que o Benfica não tinha um jogador deste calibre no seu plantel. Os colegas que ponham olho nele e aprendam alguma coisa.

Koeman em exame

Hoje é o dia D para Koeman. No jogo teóricamente mais fácil que o Benfica terá nesta Liga dos campeões, os encarnados estão condenados a ganhar. Se tal não acontecer, começa a ser complicada a continuidade do holandês. Por muito que José Veiga e LFV digam que mantêm confiança no treinador, parece-me que a contestação dos sócios vai falar mais alto. É que ainda por cima alguns elementos da SAD já estão com o holandês pelos cabelos e mortinhos para o ver pelas costas. Uma vitória vai-lhe permitir permanecer na Luz mais alguns dias. Não muitos. Tudo indica que a sua hora está a chegar.

terça-feira, setembro 13, 2005

Glasgow Rangers vence F.C. Porto

O F.C. Porto iniciou da pior maneira a sua participação na Liga dos Campeões, ao perder com um conjunto que lhe é manifestamente inferior. Só se podem queixar de si próprios por não obterem um resultado positivo. Baía quis imitar Ricardo no que toca a frangalhada. Aliás, o 2ºgolo dos escoceses não terá sido um frango do guarda-redes portista, mas antes um grande perú. Apesar desta derrota, estou em crer que os comandados de Co Adriense, com maior ou menor dificuldade, vão passar à fase seguinte.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Análise à jornada

V.Guimarães - 0 - Sp. Braga - 2
O futebol praticado pelas duas equipas foi mau de mais para ser verdade. Venceu o mais feliz. Os bracarenses continuam imparáveis. Os vimaraneneses ainda não conseguiram nenhum ponto. Jaime Pacheco deve estar no fio da navalha.

F.C. Porto - 3 - Rio Ave - 0
Vitória incontestável dos portistas ainda que esta só tenha sido conseguida nos últimos minutos. O F.C. Porto apresentou um futebol fluido, rápido que apenas pecou na finalização. As substituições operadas por Co Adriense fizeram o resultado. Fica na retina mais um golo de trivela de Quaresma. O Rio Ave foi aguentando como pôde o zero a zero, claudicando na parte final. Limitou-se a gerir o resultado, não fazendo nada para ganhar o jogo

Sporting - 2 - Benfica - 1
Os leões foram justos vencedores num encontro marcado pela expulsão de Ricardo Rocha que retirou possibilidades aos encarnados de lutarem por um outro resultado. O Benfica continua sem ter fio de jogo; os seus jogadores não conseguem interpretar as ideias do treinador e falta qualidade à equipa. O Sporting não se exibindo a grande altura fez, no entanto, o suficiente para ganhar.
U. Leiria - 0 - Marítimo - 0
Empate entre duas formações que se encontram bem mais fracas do que na época passada. Terão de arrepiar caminho se não quiserem entrar nas contas da luta pela manutenção. Pelo que tenho visto não vai ser fácil.
Gil Vicente - 0 - Nacional - 1
Os madeirenses continuam implacáveis nos jogos fora. Duas saídas, duas vitórias, ainda que sempre pela diferença mínima. Não importa. O que conta são os 6 pontos no bornal.
Os gilistas iam bem embalados e em caso de vitória ficariam no grupo dos primeiros. Esta derrota não devia fazer parte dos planos de Ulisses Morais. É para compensar a sorte que tiveram na Luz.
E. Amadora - 2 - Naval - 1
Entre duas equipas que lutam pela manutenção venceu quem mereceu. Manu continua a ser decisivo nos amadorenses. O Benfica que vá estando de olho nele.
Os figueirenses somaram a 2º derrota consecutiva. É importante somar pontos na próxima jornada com o Boavista. Caso contrário a confiança poderá ficar abalada.
Académica - 0 - V.Setúbal - 1
Norton de Matos deve ter respirado fundo com esta vitória da sua equipa que fez uma exibição agradável e mereceu os três pontos. Pode ser que constitua um bom tónico para o jogo de quinta-feira contra a Sampdória.
A Académica fez um jogo muito frouxo denotando uma grande incapacidade ofensiva. Nelo Vingada vai ter muito trabalho pela frente.
Boavista - 4 - Paços de Ferreira - 1
Resultado enganador face ao que se passou em campo. O Paços de Ferreira pode-se queixar do árbitro auxiliar que não considerou golo, uma bola que esteve dentro da baliza do Boavista, quando o resultado estava empatado a zero. Os axadrezados que jogaram desde o final da 1ª parte com dez jogadores, foram acima de tudo eficazes. O Paço de Ferreira dominou a maior parte do tempo mas pecou na finalização. Em contrapartida o Boavista nas oportunidades que teve, marcou.
Penafiel - 0 - Belenenses - 3
Vitória sem espinhas dos azuis de Belém. Foram três pastéis, sendo que dois deles tiveram o dedo de Nuno Santos na sua confecção. Os penafidelenses com este resultado somam três derrotas, duas delas em casa. António Oliveira não deve estar achar graça nenhuma à brincadeira. Logo este ano que descem quatro.
Nota - Se a Liga terminasse agora teríamos o Benfica a descer de divisão! Desolador, no mínimo.

domingo, setembro 11, 2005

Koeman

Três jogos passados e ainda não consigo ter uma opinião formada sobre Koeman. Em sua defesa o facto de só agora ter o plantel completo, pelo que há que dar tempo para este ser devidamente trabalhado. Não sou dos que defendem que ao fim de três jornadas se despeça o treinador. Toni há uns anos atrás ao fim do mesmo número de jornadas tinha três empates e acabou por ser campeão nessa época. Daí que a Koeman ainda lhe dou o benefício da dúvida. Obviamente que estou frustrado com este início de época, mas tenho dúvidas que as culpas lhe devam ser assacadas. Se há quem tenha responsabilidades no que está a suceder, essas pessoas chamam-se LFV e José Veiga. Estes sim, estão atolados até ao pescoço.

Análise Individual

Moreira - A tremideira habitual na saída aos cruzamentos. Em compensação fez um bom punhado de defesas.
João Pereira - Não lhe consigo descortinar capacidade futebolística para jogar no Benfica; um jogador banalíssimo que dificilmente teria lugar numa outra equipa da Liga.
Anderson - Ainda não me convenceu; jogador com pouca fibra.
Luisão - Imperdoável a sua falha na marcação a Liedson aquando do 2º golo leonino; no resto foi o patrão da defesa e um dos melhores jogadores da equipa.
Ricardo Rocha - Inqualificável a entrada no lance que ditou a sua expulsão; não foi a 1ª vez e não há-de ser a última.
Nelson - Até ao momento ainda não justificou a sua contratação.
Karagounis - Não se viu; condição física deficiente.
Manuel Fernandes - O fiasco habitual; um bluff como jogador.
Carlitos - Já o vi fazer pior; esteve ao nível dos seus colegas na 1ª parte: nem melhor, nem pior.
Simão - Só acordou depois do golo que marcou; até esse lance não foi o jogador decisivo que precisávamos.
Miccoli - A rever em próximos jogos; alguns bons apontamentos mas muito desapoiado, em especial na 1º parte.
Nuno Gomes - Entrou bem no jogo tendo sido um dos melhores.
Beto - Esteve melhor que nos últimos jogos.
Alcides - Pouco tempo em jogo.

Machadada final no sonho da revalidação

Era uma derrota anunciada que se veio a confirmar dentro do campo. O Sporting venceu com todo o mérito, pese embora Ricardo Rocha ter facilitado a tarefa, com a sua escusada expulsão. O Benfica entrou muito mal no jogo, com os jogadores a evidenciarem uma clara inadaptação ao 3-4-3, em especial Nelson e João Pereira, que ao não subirem no terreno, impossibilitavam a criação de situações de desiquilíbrio na defesa contrária. Ao longo de toda a 1ª parte foi um festival de passes falhados e de inoperância ofensiva. O 1º golo leonino surge em mais um lance de bola parada algo já habitual na equipa encarnada (falhas de concentração na marcação que é feita muito longe dos adversários, com as naturais consequências que isso acarreta). Na 2ªparte o Benfica veio com outra disposição e com outro esquema táctico (4-4-2) que não teve tempo de explanar, graças à expulsão do Ricardo Rocha. Aqui tudo ficou mais difícil para os encarnados, com o Sporting a aproveitar-se da vantagem numérica e a criar várias oportunidades de golo, que Moreira lá ia safando como podia. Um livre de Simão possibilitou o empate mas uma nova desatenção defensiva possibilitou a Liedson voltar a colocar o Sporting em vantagem. Após o 2-1 o Benfica teve a sua melhor fase tendo Luisão uma excelente oportunidade para empatar a partida. Tal não aconteceu e o Benfica sai deste encontro com o campeonato definitivamente comprometido. Não é crível que a desvantagem que já leva face a F.C. Porto e Sporting seja recuperável nas jornadas que se seguem. Teremos que ser realistas e perceber que o Benfica está longe de ter uma equipa que permita acalentar esperanças deste cenário não se concretizar.
É bom que LFV e José Veiga não se eximam às responsabilidades que têm neste deplorável início de época. Tão absortos andaram depois da conquista da Superliga que demoraram uma eternidade a construir o plantel, e em que grande parte dos jogadores contratados estão longe de constituir mais-valias para a equipa. E não venham com a desculpa da falta de dinheiro, pois o Sporting com um orçamento inferior ao nosso, consegue ter um plantel bem mais equilibrado e com melhores soluções. Culpar o treinador neste hora é muito fácil. O passado recente tem-nos ensinado que o Benfica tem-se tornado num cemitério de treinadores, onde os dirigentes assobiam para o lado quando se trata de assumir os inêxitos do clube.

sábado, setembro 10, 2005

O derby minhoto

Num jogo em que nenhuma das equipas merecia ganhar, dado o péssimo futebol praticado, acabou por vencer o mais feliz, o Sp.Braga. Os arsenalistas somam 3 vitórias em outros tantos jogos e mantêm-se no 1º lugar, aguardando pelos outros resultados da jornada, para saber com quantos clubes repartirão o comando da Liga. Os vimaranenses, continuam na senda dos inêxitos, e tudo indica que Jaime Pacheco não terá mais espaço para errar, sob pena de ser substituído no comando técnico do V.Guimarães. Continua a dizer que a sua equipa tem praticado bom futebol e que estas derrotas se devem a uma manifesta falta de sorte (deve andar cego, pois só ele é que vê isso). De realçar, neste jogo, a virilidade imposta em campo pelas duas equipas, algumas vezes a roçar a agressão, e, neste particular, o maior destaque vai para Flávio Meireles que começa a merecer o epíteto de "Rei da Paulada" tal a frequência com que "bate" nos adversários.

quinta-feira, setembro 08, 2005

Já cheira a derby

A ausência de Petit no derby de Alvalade é uma baixa importante na equipa encarnada. Ainda para mais, quando se sabe que no Sporting alguns jogadores influentes não vão poder jogar. A transcendência do desafio necessitava de um Benfica na máxima força. Por incrível que pareça os encarnados estão impedidos de perder pontos neste embate com os leões. Porque se assim for o fosso pontual que se cavará face aos nossos principais rivais complicará o objectivo da revalidação do título.
Estou curioso em saber como o Benfica irá jogar em Alvalade. Não só quanto ao escalonamento da equipa mas sobretudo quanto ao esquema táctico a utilizar. Devo dizer que não desgostei do 3-4-3 montado contra o Gil Vicente. Terá sido com ele que produzimos o melhor futebol, mas tenho dúvidas se não será arriscado colocá-lo em Alvalade. Face ao que está em jogo, e às potencialidades ofensivas do leão, não me parece que Koeman esteja em condições de fazer experiências (Miccoli e Karagounis (?) não têm entrosamento com os colegas) sob pena de perante um resultado negativo tudo lhe cair em cima. Por isso, estou em crer, que o holandês seguirá uma estratégia mais cautelosa e irá implementar o 4-3-3. Quais os jogadores a utilizar? Arriscar pouco e jogar com Ricardo Rocha em vez de Léo? Jogar com um ou dois trincos? Karagounis ou Beto? Geovanni terá lugar no onze? Miccoli e Nuno Gomes ou apenas o italiano e reforçar o meio-campo? Estas e outras dúvidas deverão pairar na cabeça do treinador encarnado. Sábado se saberá o que Koeman decidiu.

quarta-feira, setembro 07, 2005

Fernando Couto no Parma


O central português ainda mexe. Jogar aos 36 anos num dos campeonatos mais prestigiados não está ao alcance de qualquer um. Será que temos homem até aos 40?

Empate em Moscovo

O resultado satisfez as nossas aspirações mas a exibição foi muito descolorida. Os primeiros quinze minutos foram de claro domínio russo, período no qual estiveram à beira de fazer golo, não fora uma boa intervenção de Ricardo. À medida que o tempo decorria, Portugal foi equilibrando o jogo tendo comandado as operações a partir da expulsão de Smertin. Foi no entanto um domínio pouco esclarecido, com muitas lateralizações, pouca profundidade e sem criar dificuldades ao guarda-redes russo que, ao longo da partida, raramente foi importunado. A desinspiração dos nossos jogadores foi total não havendo um único que se destacasse. Scolari tardou em fazer as necessárias substituições. Dá a sensação de ter tido receio em arriscar, preferindo assegurar o ponto que nos garante praticamente a qualificação. Esta será conseguida já no próximo jogo com o Lichtenstein.

terça-feira, setembro 06, 2005

Rússia - 0 - Portugal - 1

Os sub-21 conseguiram mais uma vitória, estando, assim, em vias de obter o pleno neste grupo de qualificação. Desta vez, valeu o golo de antologia de Manuel Fernandes uma vez que a exibição da nossa selecção deixou bastante a desejar. Os benfiquistas têm denotado um bom poder de concretização nestes últimos jogos das selecções. Deseja-se que não esgotem toda a artilharia já que sábado vai ser necessário colocar bolas dentro da baliza leonina.

Beto e Edson fora do derby

Dois jogadores importantes na manobra defensiva dos leões não podem jogar contra o Benfica. Não deixa de ser uma boa notícia para os encarnados. Agora só falta recuperar o Petit.

domingo, setembro 04, 2005

Camarões e Angola a caminho da Alemanha

Artur Jorge deu hoje um passo decisivo para estar na fase final do Mundial na Alemanha, depois de a selecção que treina, os Camarões terem derrotado a Costa do Marfim, em casa destes. Seria um marco importante na carreira do treinador português que há muito anda afastado das luzes da ribalta do futebol mundial.
Com um golo de Mantorras, Angola bateu o Gabão e com isso está também à beira de conseguir um apuramento histórico para o Mundial. Se a Nigéria perder hoje na Argélia, os angolanos têm desde já a qualificação garantida.
Confesso que gostaria de ver estas selecções presentes na Alemanha. Em especial Angola, claro.

Nova derrota no Voleibol

Mais uma péssima exibição da selecção portuguesa desta feita frente aos croatas, selecção que demonstrou estar perfeitamente ao nosso alcance. Esta derrota deve-se, fundamentalmente, ao demérito dos nossos jogadores que acumulam erros só admissíveis a principiantes, para além de continuarem a revelar uma fragilidade psicológica que chega a ser confrangedora. Críticas também para o treinador cubano que se tem revelado pouco interventivo, amorfo, e incapaz de transmitir garra e confiança aos seus jogadores. Entre os jogadores e técnico, venha o diabo e escolha.

Portugal despacha luxemburgueses com uma goleada


Superioridade inequívoca da selecção portuguesa que mesmo sem carregar no acelerador, conseguiu um resultado expressivo de 6-0, a premiar uma boa exibição dos lusos. Notas de destaque para a excelente partida de Deco ( com pormenores de luxo que deliciaram a plateia), e os dois golos de Simão que podem constituir um bom tónico para o jogo de Alvalade. Assim espero.

Derrota no Voleibol

Portugal iniciou a fase final do Europeu, com uma esperada derrota frente aos italianos por 3-0, e os parciais de 25-19, 25-21 e 25-20. O que mais impressionou neste jogo foi a fragilidade psicológica da nossa selecção: várias vezes em vantagem no marcador, depressa se deixavam ultrapassar no resultado, com erros demasiado infantis. Para quem tem como objectivo alcançar o 3ºlugar do grupo, tem de jogar muito mais do que o fez hoje.

sexta-feira, setembro 02, 2005

Ainda Simão

No seu site, Simão vai avisando que mais dia menos dia irá sair do Benfica. Entende-se que o jogador não ficou muito satisfeito com o abortar das negociações com o Liverpool. É absolutamente natural face aos salários que iria usufruir (o dobro do que actualmente recebe), e à oportunidade perdida de jogar no campeão europeu e num campeonato muito mais aliciante. Todos sabemos que ele não saíu porque o Benfica, em tempo útil, não tinha possibilidades de arranjar alternativas no mercado. Essa terá sido a única razão, caso contrário, não estou a ver LFV a abdicar de 18 milhões de euros que tanto jeito fariam aos cofres do clube. Provavelmente não surgirá no futuro outra proposta com esta envergadura, mas mesmo por valores mais baixos LFV acabará por deixar sair o jogador, conforme aliás lhe terá prometido. Se no plano financeiro o Benfica foi fortemente lesado, no plano desportivo, esta terá sido uma boa medida, pois a equipa encarnada não tem condições de prescindir do seu melhor jogador e da sua figura mais emblemática. Finalmente, espero que este episódio não tenha afectado Simão, e que ele continue a revelar a mesma dedicação e empenho que sempre tem demonstrado, desde que está no Benfica.

quinta-feira, setembro 01, 2005

O último dia do mercado

Simão terá sido a melhor contratação no último dia do mercado. Era impensável ter alguma ambição em termos desportivos com a saída do capitão. Simão é a figura de proa do emblema encarnado, mesmo que nos últimos meses a sua forma desportiva esteja uns furos abaixo daquilo a que nos habituou. Não queria estar na pele dos dirigentes se o jogador se tivesse transferido para o Liverpool. Os adeptos não iriam aceitar de forma pacífica ver partir a jóia da coroa.
E por falar em dirigentes, JV e LFV não saem deste processo dos reforços, com a melhor das imagens. Não é tolerável que se tenha chegado ao início do campeonato sem as contratações desejadas. São eles os responsáveis pelos cinco pontos perdidos até ao momento, a que se podem somar mais três na próxima jornada (a equipa só fará um treino junta antes do jogo de Alvalade, pelo que só um milagre poderá permitir que Karagounis e Miccoli se apresentem em pleno). E, quer se queira quer não, esta desvantagem pode ser decisiva nas contas finais do campeonato. Um clube com as responsabilidades do Benfica não pode cometer estes erros de palmatória que só prejudicam a sua imagem e a sua credibilidade.
E para terminar este assunto, dizer ainda, que contrariamente ao que havia dito LFV, os sócios e simpatizantes encarnados não abriram a boca de espanto perante as duas novas contratações. Se é verdade que, no plano teórico, os dois novos jogadores poderão assumir-se como mais valias para o plantel, também é verdade que, os mesmos, estão longe de serem figuras de primeiro plano do futebol europeu. Acrescente-se que o prometido ponta-de-lança acabou por não vir. A não ser que nos queiram fazer crer que o italiano é um ponta-de-lança, porque não o é. É, quanto muito, um jogador que pode jogar nessa posição, mas não tem as características indispensáveis para o lugar. Deste facto resulta que a saída de Karadas, à falta de alternativas, nunca devia ter acontecido. Foi um péssimo acto de gestão desportiva, cujas consequências, o futuro se encarregará de avaliar.