quarta-feira, maio 31, 2006

Geovanni tem acordo com o Cruzeiro

Geovanni é o primeiro a abandonar a Luz. O Benfica dispensou os seus serviços e o jogador acaba de se transferir para o Cruzeiro, seu anterior clube. Durante a sua estadia no clube encarnado, o brasileiro foi sempre intermitente nas suas exibições - alguns bons jogos e uma grande passividade nos restantes -, estando longe de se afirmar como um jogador imprescindível no plantel, nunca conseguindo conquistar a simpatia dos adeptos, pelo que a sua saída não deixará grandes saudades. A sua inegável capacidade técnica obrigavam-no a ter um outro tipo de rendimento que ele, por esta ou aquela razão, raramente conseguiu ter. Porventura alguma razão de natureza psicológica impede-o de produzir mais. Uma pena.

Interesses pessoais à frente das responsabilidades profissionais

A hora do plenário de 21 de Junho foi alterada para que os deputados possam ver o jogo de futebol entre Portugal e o México, a contar para a primeira fase do Mundial 2006. O plenário passou para a manhã, enquanto que as comissões realizam-se após este encontro, depois das 17 horas (TSF, 30.5.2006).
Depois da falta de quorum resolveram agora brindar-nos com mais este episódio. Não restam dúvidas que os deputados da nação são uma classe à parte dentro da sociedade portuguesa. Fazem o que lhes apetece e não prestam contas a ninguém. Imagine-se o que se diria se todos os portugueses seguissem o exemplo destes senhores. Ele há filhos e enteados.

segunda-feira, maio 29, 2006

Sub-21 despedem-se do Europeu

No Euro sub-21 a selecção portuguesa foi afastada das meias-finais sem apelo nem agravo, tendo ao longo da competição apresentado um futebol pobre e inconsequente. Portugal partiu para esta prova cheio de ambição, mas por motivos que estão por explicar os jogadores portugueses ficaram muito aquém do esperado, claudicando de forma retumbante. Fica a ideia de que os nossos "craques", apesar de bons jogadores, ainda têm muito que provar na alta roda do futebol europeu. Elevados à condição de estrelas, subestimaram o valor dos adversários e deram-se mal com isso. Agostinho Oliveira também sai mal na fotografia: fez uma péssima abordagem aos jogos e com este desaire deverá deixar os quadros técnicos da federação. Resta saber se pelo próprio pé, se empurrado por Madaíl.

domingo, maio 28, 2006

Vitória natural

O jogo de ontem frente a Cabo Verde não permitiu tirar grande ilacções sobre a nossa selecção. Na 1ª parte os cabo-verdianos ainda criaram algumas dificuldades, mas, na 2ª parte, o seleccionado português soube fazer valer a sua superioridade e ganhou facilmente. Destaque para a veia goleadora de Pauleta que só à sua conta apontou 3 golos. pela negativa há a registar a atitude de Cristiano Ronaldo ao agredir um adversário, o que num jogo a valer lhe teria valido a merecida expulsão. Este menino precisa de ser apertado por Scolari, pois tais comportamentos, a repetirem-se, ainda nos vão trazer algum dissabor no Mundial. Se em termos futebolísticos pouco há a ensinar-lhe, já em termos mentais revela ter muito para aprender.

quinta-feira, maio 25, 2006

O bom filho à casa torna

Depois de muitas promessas, eis que finalmente Rui Costa aterra na Luz. Já era sem tempo. Apesar da idade, esta é uma daquelas contratações que fazem rejubilar os adeptos encarnados. Mesmo com 34 anos, estou convencido que ainda vai ser muito útil ao Benfica desde que as lesões não o apoquentem. Não tendo o ritmo de outros tempos, ainda trata a bola como poucos. E neste aspecto todos sabemos que não há no actual plantel encarnado nenhum jogador que se lhe equipare em qualidade técnica, em leitura e organização de jogo. Esta era a pecha fundamental no futebol encarnado - alguém que conseguisse fazer a transição defesa-ataque com segurança e com qualidade de passe - pelo que a sua contratação faz todo o sentido. Além disso é um jogador com carisma que pode vir a ter uma influência positiva no balneário. No entanto, é bom que ninguém veja em Rui Costa o salvador da pátria. É uma ajuda importante, mas não suficiente para podermos atacar de peito feito as competições que vamos disputar. O plantel tem ainda grandes carências que precisam de ser colmatadas. Estou em crer que os dirigentes e o próprio treinador têm consciência desse facto e tudo irão fazer no sentido de preencher essas lacunas. É esse o meu desejo.

Desilusão

Não satisfeitos com a péssima prestação frente à França, os Sub-21 portugueses voltaram a repetir a dose, desta feita contra os sérvios-montenegrinos. Agora o apuramento para as meias-finais é uma tarefa quase impossível: temos de ganhar à Alemanha por 3 golos de diferença e esperar que a França vença os sérvios. Tendo em conta as exibições conseguidas só um milagre nos colocará na próxima fase. Assumiram-se como favoritos à vitória neste Europeu, mas depois de os vermos jogar temos de dizer que estes rapazes ainda têm muito que aprender para poderem jogar de igual para igual frente a selecções deste gabarito. Os miúdos convenceram-se - ou convenceram-nos - que são umas grandes vedetas, quando ainda nada fizeram até hoje que os elevasse a tal patamar. São ídolos de pé de barro que nem sequer sabem assumir as derrotas com fair-play, como foi o caso de João Moutinho que, como é da praxe no futebol português, resolveu atribuir a culpa da derrota à arbitragem. Uma vergonha que devia merecer a condenação de todos, a começar pelo treinador nacional que volta a enterrar a cabeça na areia, pois não consegue perceber que os seus pupilos não têm jogado rigorosamente nada, antes preferindo atribuir ao azar a culpa dos maus resultados. O que ele tem de fazer caso venhamos a ser eliminados, como tudo indica que vai acontecer, é assumir as suas responsabilidades no fracasso e apresentar o pedido de demissão. Não lhe resta outra alternativa, se tiver um pingo de vergonha na cara.

terça-feira, maio 23, 2006

Sub-21 estreiam-se a perder

Os sub-21 entraram da pior maneira na fase final do Europeu. Perante uma selecção francesa que se mostrou sempre superior, Portugal nunca conseguiu encontrar argumentos para contrariar o melhor futebol do adversário. As individualidades portuguesas estiveram francamente desinspiradas e, nesse particular, Quaresma esteve irreconhecível. Quer ele, quer os colegas, nunca conseguiram jogar como equipa e, desse modo, tornaram-se presa fácil para os franceses. Se conseguirem imitar a selecção principal no Euro 2004, nada ainda está perdido. Mas para que isso aconteça é necessário jogarem muito melhor, caso contrário corremos sérios riscos de sermos afastados já na 1ª fase. Os jogadores portugueses, idolatrados no nosso país, têm ainda muito que provar na mais alta roda do futebol internacional. Quaresma mostrou, mais uma vez, porque não mereceu a chamada de Scolari.

segunda-feira, maio 22, 2006

Ainda Fernando Santos

Dois dias volvidos e ainda não me consigo habituar à ideia de que, Fernando Santos, vai ser o novo técnico encarnado. O estado de choque permanece e dificilmente conseguirei ultrapassá-lo. Pergunto-me, o que terá passado pela cabeça de LFV e José Veiga para semelhante escolha. Pelo que se tem visto, o único que transborda felicidade é o engenheiro. Nunca o vi assim, nem quando foi treinar o F.C. Porto e o Sporting. Bem sei que o homem é benfiquista desde que se conhece e isso é motivo mais do que suficiente para o deixar na lua, mas será que já se deu conta da tarefa gigantesca que tem pela frente? É bom que ele tenha consciência que os adeptos não lhe vão perdoar que falhe, não só porque é português - e sabe-se que o nível de tolerância relativamente aos treinadores portugueses é mínimo - mas sobretudo porque a nação benfiquista, na sua esmagadora maioria, não aprova a sua contratação. Pior do que isso: se dependesse dos adeptos, Fernando Santos, nunca seria treinador do Benfica. Perante este cenário, ou LFV e José Veiga minimizam o descontentamento gerado, contratando jogadores que encham o olho aos benfiquistas, ou então prevejo um começo de temporada bastante atribulado. Os simpatizantes encarnados não vão admitir o desnorte da época passada e não se pense que Rui Costa vai ser suficiente para acalmar os ânimos.

sábado, maio 20, 2006

Fernando Santos é o novo técnico do Benfica

Depois dos nomes que foram, nos últimos dias, circulando pela comunicação social, nunca pensei que Fernando Santos fosse o escolhido pela direcção encarnada para treinador do Benfica. Confesso que estou atónito com esta notícia e como eu devem estar a maioria dos adeptos encarnados, ao tomarem conhecimento desta escolha. Imagino a desilusão, a perplexidade e a raiva que vai na nação benfiquista. Não é à toa tal sentimento. Para quem prometia que o Benfica iria ter um técnico de reconhecida capacidade, com um currículo à altura do prestígio do clube, deve-se ter equivocado ao pensar que Fernando Santos reúne as condições exigíveis para levar o Benfica à concretização dos seus objectivos. E se olharmos para a equipa técnica que o acompanha, então a desilusão ainda é maior. Rosário, Ricardo Santos e Bruno Moura a que se juntará Chalana. A gente ouve e julga que está a sonhar! Conforme todos se recordarão, este foi o único treinador que tendo o Jardel não conseguiu ser campeão. É certo, que no seu currículo tem um tíulo nacional conquistado, mas no F.C. Porto, e com o plantel de que dispunha, o difícil era não ganhar. Aqueles que quiseram ver Koeman pelas costas, devem agora estar profundamente arrependidos depois de conhecerem o nome do substituto. Imagino também o que devem sentir os actuais jogadores encarnados ao saberem que vão ser comandados por este homem. Se já havia alguns deles a pedir para sair, é de admitir que agora a vontade seja redobrada. Enfim, quer-me parecer – oxalá me engane – que LFV e José Veiga estão a jogar uma parada muito alta em ano de eleições. A margem de manobra deste treinador vai ser muito curta. Com ele no comando da equipa, a tolerância dos adeptos vai ser mínima. Uma eventual eliminação na pré-eliminatória da Liga dos Campeões poderá pôr em risco toda a temporada. E aí quero ver o que dirão os dirigentes encarnados.

quarta-feira, maio 17, 2006

A "sã" convivência entre os guarda-redes encarnados

Ficámos hoje a saber que Moretto e Quim não se podem ver um ao outro. Provavelmente até nem se falam ou no melhor das hipóteses não vão além do bom dia/boa tarde. Nada que nos deva preocupar. Por mim até podem andar à estalada, pois a única coisa que realmente me interessa, é aquilo que cada um deles possa render dentro de campo. E com certeza que esse aspecto não estará dependente da convivência que os dois possam ou não ter. O que sei é que, até ao momento, nenhum deles me convenceu enquanto guarda-redes. Se nas anteriores equipas que representaram, revelaram capacidades para o desempenho do lugar que ocupam, no Benfica, essas capacidades ainda estão por confirmar.

segunda-feira, maio 15, 2006

Os eleitos de Scolari

Sem surpresas a convocatória de Scolari, se tivermos em linha de conta que a dita já havia aparecido no Record há uns dias atrás. As escolhas menos óbvias - Bruno Vale, Ricardo Costa e Hugo Viana - não justificam grande polémica. Bruno Vale ou Paulo Santos são guarda-redes de valor similar, além de que o escolhido será a 3ª opção, o que significa que só muito dificilmente actuará no Mundial; a polivalência e a experiência internacional ao nível das selecções, poderá ter sido determinante na escolha de Ricardo Costa em detrimento de Ricardo Rocha e Tonel; já Hugo Viana não me parece que acrescente grande coisa à selecção, mas, enfim, dou o benefício da dúvida ao seleccionador.
Independentemente das vozes discordantes, o que há que fazer agora, é apoiar incondicionalmente o seleccionador e os jogadores escolhidos e desejar-lhes a melhor sorte para o Mundial. No final da competição, os resultados da selecção ditarão se as opções de Scolari foram ou não as mais acertadas. Até lá, pedem-se tréguas.

domingo, maio 14, 2006

Marcel permanece na Luz


Quando se pedia que marcasse, não marcou. Agora que não era preciso, marcou 2 golos. José Veiga teima em reconhecer-lhe capacidades para singrar no Benfica. O clube vai assim estourar 2 milhões de euros para comprar o jogador. O F.C. Porto, por menos que isso, aprestou-se a comprar Adriano, esse sim um goleador. Uns acertam nas contratações, outros não aprendem com os erros cometidos. É nestes pormenores que tem residido a diferença entre F.C. Porto e Benfica.

Quaresma fora da selecção principal

Quaresma não vai ao Mundial e Pinto da Costa está fulo. Diz mesmo que se fosse ele que mandasse há muito que Scolari não estava na selecção. Segundo ele, a perca do título europeu para a Grécia só revela o desastre que o brasileiro é como treinador. Esqueceram-se de lhe perguntar porque então não despediu Co Adriaanse quando este perdeu com o Artmedia.
Na minha opinião, Scolari tomou a decisão certa ao não convocar Quaresma. Em primeiro lugar porque para o lugar dele, Portugal tem C.Ronaldo, Figo, Simão e Luís Boa Morte, o que não deixaria espaço para o jogador portista. Acresce que Quaresma tem mostrado ao longo dos tempos que apenas consegue fazer boas exibições no campeonato português. Quando em compita com as equipas europeias, as suas exibições têm sido medíocres. Toda a gente sabe disto. Só Pinto da Costa parece não querer ver.

sábado, maio 13, 2006

Eriksson retorna ao Benfica?

Começo a ter o pressentimento de que a velha dupla Eriksson/Toni, voltará a reunir-se para treinar o Benfica. A confirmar-se, confesso que não fico muito entusiasmado com a possibilidade. Não que o sueco seja um mau treinador, longe disso, mas o que é verdade é que há muito que Eriksson não apresenta resultados condizentes com o seu prestígio. Aliás, na sua carreira os títulos não abundam, não se percebendo muito bem o porquê de ser considerado um treinador de top. É sobretudo um gentleman, e é isso que o faz granjear simpatias que o vão mantendo no topo das preferências dos adeptos.
De todos os treinadores até agora ventilados para o Benfica, o nome que mais me seduz é o de Scolari. Carismático, tem um grande ascendente sobre os jogadores - que o adoram - e a sua forte personalidade impõe respeito. Conhece bem a realidade do futebol português - o que é uma vantagem relativamente a outros treinadores de quem se fala -, além de que, a sua carreira está recheada de bons resultados, o que atesta a sua qualidade como treinador.
Independentemente da minha preferência, sou daqueles que pensam que, mais importante que a figura do treinador, o que realmente faz a diferença é o plantel que se tem ao dispor. Co Adriaanse provou isso mesmo. Nunca tendo conquistado um título na sua carreira, chegou ao Dragão, viu e venceu. E porquê? Tão simplesmente, porque teve às suas ordens o melhor conjunto de jogadores em Portugal. Por isso ganhou. Quem joga são os jogadores e não os treinadores. São aqueles que fazem a diferença e não estes. Quem ganha títulos são as equipas que melhor plantel possuem. Não é por acaso que por essa europa fora, seja qual for o país que consideremos, as equipas que lutam por títulos são sempre as mesmas.
Dito isto, aquilo que mais deve preocupar os dirigentes encarnados para a próxima época, é a construção do plantel. É fundamental que sejam adquiridos jogadores de qualidade comprovada e que não se repitam os erros deste ano, principalmente os cometidos em Janeiro. Sem jogadores capazes, bem que podem contratar o melhor treinador do mundo que os resultados não vão ser os desejados. É tempo de no Benfica se deixar de crucificar treinadores todas as temporadas.

quinta-feira, maio 11, 2006

Laurent Robert de saída

O plantel encarnado vai, como todos sabemos, sofrer alterações. Obviamente, haverá entradas e saídas. O primeiro a sair parece ser Laurent Robert que terá o Glasgow Rangers interessado nos seus serviços. O próprio jogador já confirmou ter falado com o treinador do clube escocês, Paul Le Guen, e está entusiasmado com essa possibilidade. Não será só ele, com certeza. Os adeptos encarnados e os próprios dirigentes estarão por certo a rezar, para que os escoceses confirmem o interesse. Nem que seja de borla. É que este francês em nenhum momento justificou a sua contratação, nem mesmo quando marcou o golo ao F.C. Porto. Foi um indesculpável erro de casting e há que despachá-lo à primeira oportunidade. Ainda hoje estou para perceber o que viram neste jogador para irem buscá-lo ao Portsmouth. Convinha que José Veiga explicasse. Nem que seja num futuro livro de memórias.

terça-feira, maio 09, 2006

A saída de Koeman

A saída de Koeman acaba por ser previsível apesar das juras de ambas as partes – treinador e direcção – de cumprirem o contrato. Após a eliminação da Liga dos Campeões e dos maus resultados que se seguiram na competição indígena, não esquecendo as péssimas exibições, começou a verificar-se que Koeman não tinha condições de continuar na próxima época. Ao Benfica interessava-lhe que fosse o holandês a roer a corda para fugir ao pagamento de uma indemnização. Foi o que sucedeu e aparentemente todos ficaram satisfeitos. Koeman já dava mostras de alguma desmotivação, como se podia depreender em algumas das suas declarações, e os dirigentes encarnados aperceberam-se que já não havia grande margem de manobra para o técnico continuar na Luz, dado que este tinha a imgam bastante desgastada perante os adeptos. Estes queriam a sua saída e caso as coisas não corressem bem na próxima temporada – a eliminação na pré-eliminatória da Liga dos Campeões, p.ex. – os dirigentes encarnados teriam muita dificuldade em salvar a face.
Como já tenho escrito em posts anteriores, não sou apologista de se trocar de técnico a cada temporada que passa. Um novo técnico implica sempre começar tudo de novo e se este for estrangeiro esta verdade torna-se ainda mais evidente. A história está aí para nos contar, o quanto o Benfica tem sido prejudicado com esta sucessiva mudança de treinadores. Já nem me recordo da última vez em que um treinador permaneceu na Luz por mais do que uma época. Infelizmente a cultura desportiva que impera no futebol português é a de que, treinador que não vença, tem imediatamente o seu cargo em perigo que raramente não acaba em destituição. Gostava que o meu clube banisse de vez esta prática mas já se viu que isso é pouco provável. Os dirigentes querem ficar bem vistos aos olhos dos adeptos e como estes não toleram treinadores perdedores, os primeiros não resistem em fazer-lhes a vontade mesmo que, em alguns casos, tenham a noção de que não estão a tomar a decisão correcta. Nestas alturas há que salvar o corpinho e os dirigentes preferem correr com o treinador, antes que sejam eles próprios os sacrificados. É uma forma muito nacional de aligeirar responsabilidades.
Nos próximos dias não faltarão nas primeiras páginas dos jornais nomes de hipotéticos treinadores para o Benfica. Aliás, já começaram a circular o nome de alguns. Erickson, Carlos Queiroz, Scolari e até o próprio Camacho. Provavelmente nenhum destes será. Uma coisa é certa: o próximo treinador não vai ter tarefa fácil. É ano de Mundial e vários jogadores iniciarão a época muito desgastados. Ainda por cima, tem a pré-eliminatória da Liga dos Campeões pouco depois do início dos trabalhos. A isto acresce a impaciência dos adeptos que não admitem outro cenário que não seja ver o Benfica campeão na próxima época. Espero é que os dirigentes assumam as suas responsabilidades e tenham consciência de que este plantel precisa de muitos retoques, mas de qualidade. Se é para irem buscar jogadores de qualidade duvidosa é bem melhor ficarem quietos. É que desses temos lá bastantes que dificilmente conseguiremos colocar noutros clubes a troco de dinheiro. Seguramente, alguns deles, ninguém os quer. Nem dados!

segunda-feira, maio 08, 2006

Balanço final da Superliga

F.C. Porto – Comandou a competição praticamente durante toda a época, foi a equipa que melhor futebol praticou, pelo que a conquista da Superliga não oferece a mínima contestação. Apesar de contestado, Co Adriaanse conseguiu levar a água ao seu moinho e, pela primeira vez na sua carreira, alcança um título. De negativo, registe-se a péssima prestação europeia.

Sporting – A certa altura, chegou a prever-se uma época desastrosa, mas com Paulo Bento no comando, os leões souberam dar a volta ao texto e graças a uma excelente 2ª volta, estiveram a um passo de conquistar o título. Ainda assim, asseguraram a sua presença na próxima edição da Liga dos Campeões o que não deixa de ser uma conquista significativa.

Benfica – Época para esquecer se exceptuarmos a excelente carreira na Liga dos Campeões. A nível nacional a equipa nunca se encontrou, as exibições deixaram sempre muito a desejar e a maioria das contratações foram um flop.

Sp. Braga – Mais uma excelente temporada dos bracarenses. Não se percebe, por isso, a não continuidade de Jesualdo Ferreira. Não fosse a saída de jogadores importantes no decorrer da época e talvez o Sp. Braga tivesse entrado na discussão do título.

Nacional – À semelhança dos bracarenses também os nacionalistas fizeram uma excelente época. Alcançaram a Europa e, tal facto, é merecedor dos maiores elogios. Só é pena terem um presidente da estirpe de Rui Alves.

Boavista – Chegaram a ter praticamente assegurada uma presença na Taça UEFA, mas ao não vencerem nenhum dos últimos dez jogos, deitaram tudo a perder. Este facto deve valer a não continuidade de Carlos Brito para a próxima época.

U.Leiria – Após a chegada de Jorge Jesus, o U.Leiria encarrilou e acabou por alcançar um lugar a que nos habituou.

V.Setúbal – Com uma 1ª volta de grande nível, os sadinos amealharam os pontos necessários que lhe permitiram ter uma época descansada. Ainda conseguiram chegar à final da Taça de Portugal e asseguraram uma entrada na Taça UEFA. Melhor do que isto era difícil.

E.Amadora – Com um orçamento reduzido e uma aposta em jogadores emprestados, os amadorenses não tiveram grande dificuldade em assegurar a manutenção.

Marítimo – Uma temporada sofrida, onde o espectro da descida chegou a estar no horizonte. Com a entrada de Ulisses Morais as coisas resolveram-se pelo melhor, embora o lugar alcançado fique aquém do que é habitual no clube madeirense.

P.Ferreira – Fez um campeonato dentro das suas possibilidades. Com a corda na garganta até à derradeira jornada, conseguiu assegurar a manutenção num jogo frente ao Benfica, o que constitui uma prova inequívoca da qualidade dos seus jogadores.

Gil Vicente – Chegou a estar com os dois pés na 2ª Liga, mas Carlitos e seus pares conseguiram, numa ponta final brilhante, assegurar a manutenção.

Naval – Ao descerem quatro, tudo indicava que a Naval seria um desses clubes. Afinal os figueirenses sempre acabaram por se manter nem que para isso tivessem que apostar em três (!) treinadores. Aprígio Santos, dos poucos presidentes que tem sempre as contas em dia, está de parabéns.

Académica – O sofrimento habitual. Umas vezes desce, outras aguenta-se. Esta temporada safou-se mesmo à justa.

Belenenses – Ninguém pensaria que a descida iria acontecer. De entre os aflitoa era aquele que na derradeira jornada tinha mais hipóteses de se manter na Superliga. A conjugação dos resultados empurrou-o para a Liga de Honra. Uma lástima para um clube com o historial do Belenenses.

Rio Ave – No início da época era um dos candidatos à descida. Não a conseguiu evitar apesar do esforço que fez para permanecer.

V.Guimarães – Foi a grande desilusão da época. Pela primeira vez no seu historial enfrenta uma descida de divisão. Os adeptos vimaranenses, por certo, ainda não acreditam no que lhes calhou em sorte. Que volte depressa ao convívio dos grandes é o que eu lhe desejo.

Penafiel – Bem cedo desistiu de lutar. Assim sendo, a descida à Liga de Honra é um castigo justo pelo que não fizeram ao longo da temporada.

A derradeira jornada

O facto mais saliente da derradeira jornada da Liga tem haver com as descidas do V.Guimarães e do Belenenses. Que me lembre é a primeira vez que dois históricos do nosso futebol caem na 2ª Liga em simultâneo. Pessoalmente, custa-me ver estes dois clubes arredados da Superliga até porque são emblemas com grandes pergaminhos no futebol lusitano. Mas é assim o futebol. A bola é redonda e, por vezes, situações como esta podem acontecer. Desejo, no entanto, que tenham uma estadia curta pela Liga de Honra e que daqui a um ano voltem ao convívio dos grandes.
Na luta pelo 2º lugar aconteceu o esperado. O Sporting conseguiu o desejado acesso directo à Liga dos Campeões, enquanto o Benfica terá de disputar a pré-eliminatória. Os encarnados comprovaram ontem em Paços de Ferreira o mau momento que vinham atravessando. Fizeram mais um jogo para esquecer e provaram à saciedade que há naquele plantel muita falta de qualidade. Por certo, os dirigentes encarnados têm noção das carências da equipa e só espero que para a próxima época façam as escolhas certas e não repitam os erros desta temporada.

sábado, maio 06, 2006

Promessas e mais promessas

Na sua viagem pelos Estados Unidos para promover o kit de sócio, LFV anuncia profundas alterações no futebol encarnado e promete que saberá responder aos anseios dos adeptos, dando-lhes grandes alegrias. É mais forte do que ele. O homem não consegue estar calado, não resiste à tirada populista, não lhe bastando a experiência da época passada em que nos foram prometidas contratações sonantes que afinal não se vieram confirmar. Os benfiquistas não gostaram e, acima de tudo, não gostaram de se ver ridicularizados pelos simpatizantes dos nossos rivais. Não estando em causa o excelente trabalho que tem desempenhado à frente dos destinos do clube, em especial na vertente financeira, não custa reconhecer que, no que toca à contenção verbal, o nosso presidente deixa muito a desejar. Mais contenção beneficiava-lhe a imagem e a credibilidade. Assim, corre riscos desnecessários, caso as promessas não se venham a concretizar. Ainda por cima, José Veiga já deu provas de não dar conta do recado.

quinta-feira, maio 04, 2006

A pressão sobre a arbitragem

Soares Franco reafirmou hoje a convicção de que o Sporting vai garantir o acesso directo à Liga dos Campeões. Só espera que a arbitragem de Jorge Sousa seja isenta e de qualidade. Haverá porventura na Europa algum país onde se pressione tanto a arbitragem como acontece por cá? Não acredito que haja. É impressionante verificar que não há jornada em que não se fale dos árbitros. Sejam dirigentes, treinadores, jogadores, imprensa e adeptos, tudo malha nos árbitros.

quarta-feira, maio 03, 2006

A história repete-se

Começam as promessas. A época ainda não terminou mas Luís Filipe Vieira já veio a terreiro dizer que o Benfica vai investir forte para a próxima temporada. Adiantou mesmo que, muito brevemente, irá dar uma grande alegria aos benfiquistas. Onde é que já vimos este filme? Tendo em conta as apostas deste ano imaginam-se as trutas que virão para a Luz. Nos próximos dias para além do dossiê treinador veremos nas capas dos jornais os nomes de Rui Costa, Robert Pires, Costinha e outros que tais. Não há pachorra.

terça-feira, maio 02, 2006

Rumores na imprensa holandesa

Nos próximos dias vamos ter seguramente a novela "Koeman vai ou fica". Bastou para tanto que um jornal holandês noticiasse que o PSV está interessado nos seus serviços, para nos media e na blogosfera se começar a dissertar sobre o assunto. Nos blogues benfiquistas há já quem vá acendendo uma velinha na esperança de ver o holandês pelas costas. Eu por mim vou aguardar serenamente o desenlace da novela. Até porque sou daqueles (bem poucos por sinal) que não vêem na figura do treinador, o principal responsável pela má prestação no campeonato.

segunda-feira, maio 01, 2006

Ainda há esperança

O Benfica limitou-se a jogar q.b. para vencer o V.Setúbal. Koeman voltou a introduzir um esquema de três centrais, tendo o colectivo revelado dificuldades em implementá-lo. Os jogadores não estão habituados a jogar neste sistema, os automatismos não estão criados e, por isso, a qualidade de jogo ressente-se. Se em termos ofensivos as coisas não estiveram bem, no capítulo defensivo o Benfica não cometeu erros, até porque o V.Setúbal foi sempre uma equipa macia, dando a impressão que os seus jogadores já estão com a cabeça na final da Taça.
O objectivo do 2º lugar está agora mais longe depois da vitória do Sporting em Vila do Conde. Só um tropeção frente ao Sp. Braga, poderá dar a possibilidade de os encarnados terem acesso directo à Liga dos Campeões. Façamos votos para que o benfiquista Jesualdo Ferreira nos dê essa alegria.
No fundo da tabela a luta pela despromoção está escaldante. Penafiel há muito que desceu. V.Guimarães e Rio Ave, só um milagre os pode salvar. Falta encontrar a 4ª equipa que os acompanhará à Liga de Honra. Estão assim reunidas as condições para uma derradeira jornada fértil em emoções.