quarta-feira, outubro 31, 2007

Benfica igual a si próprio

Uma competição já ficou pelo caminho. Seguem-se a Liga que está prestes a ser entregue ao F.C. Porto, e uma Liga dos Campeões onde caminhamos a passos largos para a eliminação. Fica a faltar a Taça de Portugal mas, pelo andar da carruagem, é bem provável que seja mais uma competição em que veremos outros a ganhá-la. É o habitual, não há motivo para estranharmos, pois esta tem sido a nossa sina de há muitos anos a esta parte.
Esta noite conseguimos fazer mais uma exibição miserável, desta vez com a complacência de Camacho que, tal como eu havia previsto, fez tudo para sermos afastados e conseguiu os seus intentos. Ao escalonar uma equipa onde a invenção foi a palavra de ordem era de prever que o resultado tivesse sido o que foi. Nem mesmo o golo de penalty de Adu mudou o cariz do jogo que foi sempre de sentido único para a nossa baliza. Ficou provado, para quem ainda tivesse dúvidas, que este plantel do Benfica é uma caricatura de uma equipa que se diz ambiciosa e ganhadora. O espanhol que chegou à Luz como um Deus começa a ver a sua aura a perder o brilho. Os adeptos começam a contestá-lo e, dentro de pouco tempo, será mais um treinador a sair do Benfica pela porta pequena. E assim se vai escrevendo a história de um clube, outrora apelidado de “Glorioso”.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Vitória a ferros

Para não variar lá tivemos mais uma vitória sofrida. As exibições é que continuam sem convencer. Os fanáticos dirão que isso é coisa de somenos desde que se continue a ganhar. O problema é que habitualmente as derrotas estão associadas a más exibições pelo que a continuarmos assim é muito provável que as vitórias não venham a acontecer muitas vezes. E como o F.C. Porto já leva uma vantagem considerável e não dá mostras de abrandar o passo, a nós resta-nos vencer todos os jogos que vamos tendo pela frente. Só que para vencer sempre, não basta atitude, é preciso mais qualquer coisa, sobretudo jogar futebol que, lamentavelmente, é algo que não temos conseguido fazer.
No jogo de ontem as notas de destaque, vão para Quim e Adu, ainda que por razões diferentes. O bracarense que até vem fazendo uma boa temporada, a ponto de me surpreender favoravelmente, resolveu borrar a pintura quase hipotecando as nossas possibilidades de vitória. O americano parece suceder a Mantorras como o talismã encarnado. Joga poucos minutos, mas nas vezes que tem entrado já por três vezes resolveu a contenda a nosso favor. Com esta contabilidade a sua entrada nos próximos está praticamente garantida mesmo que só nos últimos minutos das partidas. Para titular ainda está muito verde e tudo indica que Camacho não lhe dará essa oportunidade tão cedo.
Quarta-feira há Taça da Liga. Estamos em desvantagem na eliminatória e o V. Setúbal tem sido uma enorme surpresa nesta fase inicial da temporada. Prevê-se, por isso, mais um jogo complicado e de desfecho imprevisível. Camacho deverá, por certo, fazer descansar alguns titulares e com isso as nossas hipóteses diminuem consideravelmente. Custa-me a aceitar que em Portugal os jogadores não possam actuar duas vezes por semana. No estrangeiro, com um calendário bem mais sobrecarregado e com jogos muito mais competitivos, os jogadores jogam e não se vêem quebras de rendimento. Em Portugal é o que sabemos sem que se encontrem motivos que justifiquem tal atitude. E depois queixamo-nos que nos confrontos europeus as nossas equipas apresentam um menor ritmo de jogo comparativamente com os seus adversários. Pudera!

quarta-feira, outubro 24, 2007

Ganhámos uma batalha mas falta vencer a guerra

Vitória saborosa mas muito sofrida. Uma primeira parte muito mal jogada em que a equipa evidenciou uma grande desorganização e uns bons 15-20 minutos na etapa complementar, foi o que o Benfica conseguiu oferecer aos poucos adeptos que presenciaram o jogo. Desta vez deu para ganhar mas a nossa situação na Liga dos Campeões continua a ser bastante periclitante e com poucas hipóteses de sucesso.
Cardozo fez o seu melhor jogo esta época mas, ainda assim, falhou golos que um ponta-de-lança está proibido de falhar, pelo que terá ainda de provar nos próximos jogos que a sua contratação foi um bom negócio para o clube. Aqueles que hoje colocam o paraguaio nos píncaros (e serão muitos, como é habitual nestas alturas) serão os mesmos que, provavelmente, o criticariam severamente, caso não tivéssemos ganho o jogo. Este é para mim um dos piores defeitos da nação benfiquista que tão depressa idolatra um jogador como logo a seguir é capaz de o rotular de pior jogador do mundo.
Hoje foi mais um dia em que Camacho pecou nas opções tomadas. A inclusão inicial de Bergessio em detrimento de Di Maria é incompreensível. Por muita imaturidade que o jovem argentino revele, a sua capacidade futebolística encontra-se a anos-luz do seu compatriota. Di Maria acelera o jogo da equipa, dá-lhe mais profundidade e consistência ofensiva algo que Bergessio nunca conseguirá fazer. Mas parece que Camacho embirra com o miúdo e, desse modo quem perde é o Benfica e, em última análise, todos aqueles que gostam de ver bons jogadores em acção.

domingo, outubro 21, 2007

Em Setúbal resolve-se o problema

Adu complicou as contas de Camacho ao marcar o golo do empate mesmo nos últimos instantes da partida. Contudo, estou em crer que o espanhol não vai desperdiçar a oportunidade de entregar a eliminatória no próximo jogo em Setúbal. Basta para tanto que mantenha a aposta nos briosos rapazes que jogaram esta noite e o objectivo irá por certo ser alcançado.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Não tiveram a maioria dos jogadores descanso suficiente?!

Olhando a lista de convocados para o jogo de amanhã fica a ideia de que o Benfica está com vontade de sair da Taça da Liga o mais depressa possível. Seria bom que Camacho não se esquecesse que esta é talvez a única oportunidade que temos de ganhar uma competição esta época. Infelizmente, ao que parece, o espanhol não tem qualquer interesse em ganhá-la.

sábado, outubro 13, 2007

Um bluf chamado Quaresma

O cigano voltou hoje a demonstrar que é um jogador apenas para consumo interno. Nos jogos internacionais, sobretudo pela selecção mas também pelo F.C. Porto, o seu nível exibicional nunca consegue afastar-se da mediocridade. É uma pena porque tem condições técnicas que lhe permitiriam fazer bem melhor. O problema é que aquela cabecinha não dá para mais. Apesar de haver em Portugal muito boa gente a sobrevalorizar o seu potencial, a verdade é que se começa a perceber que ele não tem condições para singrar fora do país. O facto de não ter pressa em sair do burgo é um sinal claro da pouca confiança que ele próprio tem nas suas capacidades. Os dois anos vividos em Barcelona foram um desastre daí que a vontade de voltar ao estrangeiro não seja muita. Além disso, ele sabe que em Portugal será sempre uma estrela enquanto numa liga europeia de topo nunca ultrapassará a vulgaridade.

quinta-feira, outubro 11, 2007

LFV, desta vez não te intrometas!

A ser verdade o que noticiam os jornais, Camacho quer mais quatro reforços na reabertura do mercado. Se assim for, tenho a impressão que batemos o record de contratações numa só época. Acontece que eu até estou de acordo com o espanhol pois as lacunas no plantel são mais que muitas, apesar da quantidade de jogadores que vieram este ano para o Benfica, a maioria dos quais um erro de casting e cuja responsabilidade vai inteirinha para LFV que, como todos nós sabemos, não se cansa de dar inequívocas provas de ser um asno em matéria de futebol. Esta situação até seria desculpável caso o nosso presidente aprendesse com os erros cometidos. O pior é que o homem teima em não aprender e os resultados estão à vista. Resta-nos acreditar na perspicácia de Camacho e na sua influência junto de LFV para que as asneiras não se voltem a repetir.

domingo, outubro 07, 2007

De mal a pior

De jogo para jogo o nível exibicional tem vindo a decair. Exceptuando a partida com o Nacional, a verdade é que Camacho não trouxe, até ao momento, qualquer acréscimo de qualidade à equipa. E conta com um melhor naipe de jogadores do que aquele que foi colocado ao dispor de Fernando Santos, no início da época. Não quero com isto dizer que Camacho seja responsável pela crise de resultados e de exibições por que passa o Benfica. De forma nenhuma. É óbvio para a maioria dos adeptos benfiquistas que com este plantel muito dificilmente se consegue fazer melhor. Lamentavelmente, todos sabemos que, ao longo da época, jogos, como o de hoje, vão repetir-se amiúde e com resultados bem menos agradáveis.
O que escrevi atrás não invalida que eu pense que Camacho revela evidentes lacunas na forma como organiza a equipa e na forma como lê o jogo. Erra em demasia nestes dois aspectos e isso prejudica notoriamente o rendimento da equipa. A inclusão de Maxi Pereira num lugar para o qual não está minimamente vocacionado não lembra o diabo (se não comprometeu defensivamente a verdade é que nos retirou a possibilidade de atacar por esse flanco); Katsouranis a interior direito não traz benefícios à equipa (já Fernando Santos havia tentado esta possibilidade sem sucesso); Cardozo é uma completa nulidade que, na maioria das vezes, só estorva e que, ainda por cima, tem uma predilecção especial em actuar como central da equipa adversária o que, é bom de ver, só nos prejudica (se com onze já se torna difícil o que dizer jogando nós com um elemento a menos). Depois temos as substituições. Definitivamente o espanhol não sabe fazer substituições. Em regra substitui aqueles que melhor produção estão a ter o que é denunciador de uma enorme falta de senso.
Valha-nos que a paragem para os jogos da selecção vai permitir que Petit já possa dar o seu contributo no próximo jogo o que não deixa de ser uma óptima notícia. A sua presença é imprescindível naquele meio-campo que sem ele é um caos absoluto como pudemos observar nos últimos jogos .

quarta-feira, outubro 03, 2007

Nem para a Taça UEFA nos apuramos

O Benfica não é uma equipa. É um conjunto de jogadores que jogam de forma desorganizada e onde a qualidade futebolística não impera. Quando estes factores se conjugam, inevitavelmente os maus resultados aparecem.
Camacho diz que o problema do Benfica reside na falta de golos. É uma opinião demasiado simplista e falacciosa. É verdade que se não marcarmos golos não ganhamos jogos (La Palisse não diria melhor). Do mesmo modo que para não perdermos é necessário saber-se defender. E o Benfica revelou evidentes carências quer nos processos ofensivos quer nos defensivos: não soube atacar e por isso não marcou golos, do mesmo modo que lhe faltou organização defensiva que permitiu ao adversário marcar um golo nas várias oportunidades que teve para facturar. A derrota pela margem mínima foi de facto lisonjeira face à superioridade dos “ucranianos”.
O problema do Benfica, contrariando a opinião de muitos, está na falta de categoria do plantel que não tem arcaboiço para competir a este nível e nem sequer reúne condições para se afirmar no plano nacional. O tal plantel que LFV acreditava ser o melhor da última década, é uma afirmação risível e feita por alguém que de futebol não percebe peva. Talvez não fosse má ideia que o presidente benfiquista fizesse um exame de consciência e viesse pedir desculpa aos sócios pela catadupa de erros cometidos nos últimos anos. São estes erros que vão minando o Benfica e que nos fazem perceber porque razão os técnicos que vão passando pela Luz falham sistematicamente. Camacho será o próximo treinador a sair pela porta pequena.

segunda-feira, outubro 01, 2007

O árbitro, esse desgraçado!

Eu não percebo como se pode perder tanto tempo a falar em arbitragens. Em Portugal não se discute futebol, discutem-se arbitragens. Quando se perde desculpamo-nos com a arbitragem que nos prejudicou e muito raramente somos capazes de admitir que perdemos porque simplesmente o nosso adversário foi melhor que nós, e por isso, nos venceu.
Do que tenho lido sobre o clássico do fim-de-semana, a esmagadora maioria das crónicas anda à volta da arbitragem e dos erros cometidos por esta equipa, nomeadamente dos penáltis que ficaram ou não por assinalar. Benfiquistas e sportinguistas esgrimem argumentos para saber qual deles foi mais prejudicado pelo trabalho do árbitro. Curiosamente, vá lá saber-se porquê, as opiniões nesta matéria raramente coincidem. A regra é só uma e tem de ser cumprida à risca sob pena de ser insultado pela sua família clubística: o nosso clube nunca é beneficiado; se, por mero acaso, isso sucede, há logo quem venha relembrar as inúmeras vezes em que o mesmo árbitro nos espoliou; nas contas do deve e do haver o clube da nossa simpatia está sempre em débito. Já cansa este discurso. Para quando uma mudança de mentalidades?