quarta-feira, agosto 16, 2006

Vitória desconsoladora

Mais uma péssima prestação. Seja qual for o adversário que enfrentemos, e tanto faz que seja fraco ou forte, a bitola das nossas exibições é sempre a mesma. No estádio ou à frente do televisor, o adepto encarnado já sabe o que o espera durante os 90 minutos de cada partida: uma profunda irritação que, infelizmente, o irá acompanhar durante toda a temporada. O Benfica trabalha há mês e meio, mas, pelo que se tem visto, é caso para perguntar o que têm andado a fazer, Fernando Santos e os jogadores, durante todo este tempo? Se o jogo é o espelho fiel do que se faz durante os treinos chega-se à conclusão de que andamos a treinar... mal!!
Esta noite jogaram os habituais suplentes reforçados com alguns titulares. Comprovou-se que não temos alternativas aos titulares. De entre as segundas-linhas há a destacar pela negativa Tiago Gomes, Diego e Marco Ferreira cujas exibições são dignas de uma IIB. Moreira tem muita vontade mas muito pouca capacidade ( é, ou deveria ser, o 3º guarda-redes do plantel; granjeou um capital de confiança entre os adeptos que não dá para perceber!). Nelson piora a cada jogo. O mal amado Beto, apesar de todas as limitações técnicas, ainda consegue ser dos melhores. Nuno Assis, muito vistoso mas inconsequente. Marcel terá feito o melhor jogo desde que chegou ao Benfica e, mesmo assim, a sua exibição deixou bastante a desejar. O mexicano ainda está em exame: é certo que marcou um belo golo mas continua longe de deslumbrar. Paulo Jorge e Manu são apenas e só jogadores medianos: não vão além daquilo que já os vimos fazer. Mantorras faz pena vê-lo jogar: sempre que quer imprimir velocidade, coxeia a bom coxear (mantém-se no plantel porque o padrinho é o presidente do clube). Moretto, outro mal amado, mesmo dando algumas fífias, consegue ser o nosso melhor guarda-redes. E assim vai o meu Benfica.
Confesso que tenho andado atormentado com o facto de podermos vir a conseguir um lugar na Liga dos Campeões. Não fosse o dinheiro e o acréscimo de motivação e talvez fosse preferível a nossa eliminação. É que os sete-zero frente ao Celta de Vigo ainda são uma recordação bem dolorosa. Olhando para aquilo que temos vindo a fazer neste início de época, dá para imaginar o que vão ser os embates contra os grandes da Europa. Uma verdadeira derrocada, prevejo eu.

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