quarta-feira, dezembro 13, 2006

Pinto da Costa vs Justiça

Anda por aí muito boa gente a pensar que é desta que Pinto da Costa vai assentar com o lombo na prisão. Bem podem esperar sentados, pois tal cenário nunca se vai verificar. Por muitos indícios que haja sobre as suas práticas criminosas, o homem acabará sempre por se safar, com maior ou menor dificuldade. Bem o podem constituir arguido no Apito Dourado ou noutro processo qualquer que no final o veredicto é sempre o mesmo: absolvido por falta de provas. Condenar corruptos em Portugal é um processo muito complicado e mais complicado se torna quando estão em causa grandes figuras. A pessoa em causa é nem mais nem menos do que o maior suspeito de tráfico de influências e corrupção que alguma vez passou pelo futebol português. É só lembrar as variadíssimas histórias que toda a gente conhece: o tempo das malinhas, dos quinhentinhos; das agressões a tudo e a todos, nas cobranças por serviços prestados; nos jogadores que se compravam e não se pagavam, não porque não houvesse dinheiro, mas porque serviam para pagar favores de permanências ou não descidas de divisão; de empréstimos monetários ou facilitações de negócios; das viagens para famílias inteiras; nas prendas a jornalistas; nos investimentos indirectos e encapotados em orgãos de comunicação social; nas lutas pelos órgãos da FPF (Comissão de arbitragem à frente); na selecção e promoção de árbitros; na hereditização dos árbitros das Associações amigas, etc. Como vêem as histórias são aos montes. Falta o mais difícil: prová-las. Não que elas não existam. O que está em questão é saber se a justiça está interessada em investigá-las. Quanto a mim, não está!

2 comentários:

Anónimo disse...

num pais de benfiquistas falta de vontade para o por na prisao nao e de certeza e interessados ha pelo menos 6 milhoes de portugueses o que falta sao provas . mas que voces se teem esforçado la isso teem.

silvino martins disse...

já agora podias ir mais atrás e ir buscar casos como "o calabote" ou não conheces a história toda?