sexta-feira, dezembro 30, 2005

Fantástico

Golos para todos os gostos.Vejam e apreciem.

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Moretto novo guarda-redes do Benfica


As negociações relativas à transferência de Moretto para a Luz estão bem encaminhadas. Quem o afirma é Chumbita Nunes, presidente do clube sadino, em declarações à Rádio Renascença. Segundo este, falta apenas a concordância do jogador. Como estou convicto que da parte do brasileiro não vai haver problemas, pode-se concluir, desde já, que o guarda-redes brasileiro vai vestir a camisola do glorioso. Esta é sem sombra de dúvida uma ópima contratação para o Benfica e que vai deixar os adeptos encarnados bastante satisfeitos. Uma equipa que ambiciona conquistar títulos tem que ter um guarda-redes de grande capacidade. E a Moretto não lhe faltam atributos.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

José Fonte de águia ao peito


O ex-defesa central setubalense será ao que tudo indica o 2º reforço de Inverno do clube da Luz, ainda que venha a ser emprestado até final da época. Este central que iniciou a carreira no Sporting, tem sido apontado como uma das revelações da Liga. Parece-me uma contratação feliz, não só pela capacidade futebolística que já revela, mas também por se tratar de um atleta bastante jovem (apenas 22 anos), com uma assinalável margem de progressão. Tem, desde logo, uma característica que particularmente aprecio: uma constituição física invejável, algo que no futebol de hoje é deveras importante. Além disso, também pode actuar como médio defensivo o que valoriza as suas capacidades. Será, com certeza, um bom reforço para o plantel na próxima época, especialmente se Luisão sair.

terça-feira, dezembro 27, 2005

Manduca no Benfica


Embora não haja confirmação oficial, tudo aponta para que Manduca venha a ser o primeiro reforço de Inverno da equipa encarnada. Trata-se de um jogador de inegável qualidade técnica que poderá constituir uma mais-valia para o plantel. Joga numa posição para a qual o Benfica se apresenta carenciado, pelo que a sua contratação se justifica, restando agora saber se o jogador irá corresponder às expectativas nele depositadas. Ficamos todos a torcer, nós benfiquistas, para que o brasileiro venha a ser uma referência no clube. Oxalá assim seja.

domingo, dezembro 25, 2005

Moretto

Veria com muito bons olhos a ida de Moretto para o Benfica tendo em conta a sua inegável qualidade e a urgência em contratarmos um guarda-redes. Infelizmente tal parece não vir a confirmar-se já que o F.C. Porto, mais uma vez, adiantou-se no negócio. Em matéria de contratações os dirigentes encarnados continuam a revelar que ainda têm muito que aprender.

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Quaresma em grande

Com Quaresma em campo, o F.C. Porto dificilmente perde um jogo. O rapaz está imparável. Sózinho desbarata as defesas contrárias e o golo marcado em Guimarães é absolutamente fantástico. Só lhe falta demonstrar a mesma capacidade em confrontos internacionais, porque nesses palcos o seu rendimento não tem sido tão exuberante. Daí, julgo eu, a dúvida de Scolari quanto à sua inclusão na selecção.

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Três pontos preciosos

Nuno Gomes voltou a ser decisivo ao marcar o golo que ditou a vitória encarnada. Foi uma vitória arrancada a ferros, à semelhança do que já havia acontecido nos últimos 3 jogos, todos eles ganhos por 1-0. Nos primeiros 45' presenciámos um jogo pobre, com o Vitória a evidenciar as suas virtudes defensivas e um Benfica lento na manobra ofensiva, com um jogo sem profundidade e muito lateralizado, que só perto do final da 1ª parte conseguiu importunar Moretto e apenas através de um lance de bola parada. Na 2ª parte o Benfica deu outra dinâmica ao jogo, sobretudo depois da entrada de Dos Santos para o lugar do lesionado Ricardo Rocha. Com o cabo-verdiano em campo o futebol encarnado ganhou outra dimensão, começando a carrilar muito jogo pelo corredor esquerdo, provocando vários desequilíbrios, o que perturbou a organização defensiva dos sadinos que se foi encostando à sua área e permitiu que os encarnados fossem criando sucessivas situações de perigo. Esperava-se a qualquer momento o golo encarnado, o que veio a acontecer já nos momentos finais da partida numa excelente execução de Nuno Gomes. Vitória difícil mas justa do Benfica que assim se coloca no 2ºlugar, ainda que há condição, uma vez que o Nacional pode ultrapassar os encarnados se vencer o Boavista.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Não dá para perceber

Na abertura da 16ª jornada, o Rio Ave resolveu antecipar o Natal e vai daí ofereceu três golos ao Sporting. Ofereceu ainda muitos mais, mas os leões não souberam ou não quiseram aproveitar. A época passada já tinham encaixado cinco golos e hoje tudo fizeram para que o Sporting repetisse a goleada. Está visto que os momentos de inspiração dos vilacondenses só acontecem quando defrontam o Benfica. Já nem falo da qualidade de jogo, mas sobretudo da atitude que é incomparavelmente superior quando o Benfica lhes aparece pela frente. Esta diferença de atitude é um mistério que eu gostava de desvendar. Alguém me consegue explicar?

sábado, dezembro 17, 2005

Análise individual

Quim - Teve pouco trabalho uma vez que o Nacional preocupou-se mais em defender. De qualquer forma acabou por ter uma intervenção decisiva ao defender um remate de nuno Viveiros que levava o selo de golo.

Alcides - Bem longe das exibições dos últimos jogos. Ainda por cima acabou por ser expulso numlance em que revelou grande ingenuidade.

Luisão - Exibição ao seu nível. No golo encarnado teve influência decisiva.

Anderson - Alguns lances comprometedores pouco habituais nele.

Léo - Não esteve nos seus melhores dias, nem a defender e muito menos a atacar, onde se revelou bastante trapalhão.

Nélson - Esforça-se, mas definitivamente tem dificuldades em jogar como extremo. Continua a revelar excessos de individualismo e, neste jogo, nem os cruzamentos lhe saíram bem.

Beto - Exibição pouco conseguida em especial no capítulo ofensivo.

Petit - Hoje esteve em dia não. Revelou os mesmos pecados do brasileiro.

Geovanni - Retirado da posição que mais gosta esteve uns furos abaixo das últimas exibições.

Nuno Gomes - Voltou a ser o nosso abono de família. À falta de Simão é ele que vai resolvendo os problemas de concretização dos encarnados.

Miccoli - Vindo de lesão voltou a não mostrar os predicados dos primeiros jogos. Movimenta-se pouco à procura da bola, dá-se muito à marcação, tornando-se presa fácil para os defensores adversários. A jogar assim não tem lugar no onze.

Mantorras -Veio dar mais vivacidade ao ataque encarnado embora não tenha feito nenhuma jogada digna de registo.

Nuno Assis - Entrou bem no jogo. Foi importante na criação de desiquilíbrios e no controlo de bola.

Koeman - Mal no escalonamento da formação inicial. Aceitam-se as substituições ( embora eu preferisse que tivesse retirado Alcides e colocado Nélson a lateral) mas talvez as pudesse ter feito mais cedo.

Vitória importante sobre o Nacional

Valeu a conquista dos 3 pontos, porque a exibição esteve longe de corresponder às expectativas. Desta vez não concordei com a equipa que Koeman escalou para esta partida. Entendo que em equipa que ganha e realiza boas exibições não se deve proceder a alterações. O holandês assim não o entendeu e resolveu incluir Miccoli no onze, na posição ocupada nos últimos jogos por Geovanni, deslocando este para a esquerda (embora raramente por lá tenha andado) e retirando Nuno Assis do onze titular. A alteração não registou os efeitos desejados dado que o italiano praticamente não se viu e o brasileiro não rendeu aquilo que vinha fazendo ultimamente. O Benfica até entrou bem na partida criando duas oportunidades de golo, mas cedo o Nacional acertou nas marcações, e não mais deu chances aos encarnados, que lentos e falhando muitos passes, foram presa fácil para os madeirenses. Na 2ª parte o Nacional entrou mais atrevido e esteve à beira de marcar através de rápidos lances de contra-ataque. O Benfica continuava na toada morna da 1ª parte, pouco agressivo na recuperação da bola e completamente desinspirado na construção das jogadas ofensivas, ficando em nós a ideia de que os encarnados só chegariam ao golo através de um lance de bola parada, ou explorando algum desacerto da defensiva nacionalista que, pelo contrário, se ia mostrando cada vez mais confiante não permitindo qualquer veleidade aos jogadores encarnados. Confirmando a minha previsão, o golo encarnado lá acabou por surgir por intermédio de Nuno Gomes, na sequência de um livre e num lance em que os nacionalistas reclamaram falta de Luisão sobre o seu guarda-redes. Confesso que após várias repetições na televisão, ainda tenho dúvidas quanto à pretensa falta do jogador encarnado: no meu julgamento, Luisão chega primeiro à bola e é Fábio quem acaba por chocar com o braço do brasileiro e não o contrário; já relativamente a um lance na área do Nacional, parece-me que Luisão foi carregado por Ávalos, ficando, desta forma, um penalty por marcar a favor do Benfica. Após o golo, o Benfica, especialmente depois da expulsão de Alcides, passou por momentos de sufoco que felizmente não vieram a ter consequências de maior. Esta vitória acaba por ser bastante importante, pois permitiu-nos uma aproximação aos lugares da frente, ficando a sómente um ponto do V. Setúbal (o nosso adversário na próxima jornada) e reduzindo a distância para o Nacional que já só está a dois pontos.

Sporting passa na Figueira

Frente aos "passarinhos" da Naval o Sporting ganhou mas não convenceu. Não fora o penalti e o autogolo e talvez o Sporting não saísse da Figueira com os três pontos. A jogar assim, dificilmente os leões poderão ter pretensões à conquista da Liga. Pode ser que a ida ao mercado em Janeiro venha a dar outra substância à equipa. O mesmo se pode dizer da Naval que caminha a passos largos para a descida. Mete dó vê-los jogar, tão fraquinhos são. Então a defesa é um ai nos acuda. Jornada após jornada, é um acumular de fífias que deixa qualquer treinador à beira de um ataque de nervos. Manuel Cajuda apercebendo-se disso resolveu bater com a porta. Álvaro Magalhães terá de tentar convencer o presidente a adquirir reforços, caso contrário o destino está traçado.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

A primeira rescisão

No clube sadino começa a debandada. O primeiro a rescindir foi Dembelé uma das figuras de proa da equipa. Provavelmente outros se seguirão. O filme está ao contrário. Quem devia abandonar o clube era Chumbita Nunes que, pelos vistos, está agarrado ao poder que nem uma lapa. Se tivesse um pingo de vergonha já se teria demitido há muito. Não dá para entender como, perante toda esta situação que se arrasta há meses, os orgãos sociais do Vitória, continuem a acreditar num presidente que até aqui só tem dado mostras de total incapacidade para resolver os problemas do clube. É um mistério que, por certo, poucos serão capazes de desvendar.

Liverpool no caminho do Benfica


Este é o adversário que se segue nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Fosse qual fosse o adversário, seria sempre um osso bem duro de roer. Os ainda campeões europeus são naturalmente os favoritos, mas como a bola é redonda e jogam onze de cada lado há sempre uma percentagem, mesmo que mínima, do Benfica ultrapassar este obstáculo. Claro que para que tal aconteça é necessário um Benfica ao seu melhor nível, idêntico àquele que defrontou o Manchester United. Além do mais o Benfica só tem a ganhar neste confronto: se eliminar os ingleses estaremos perante um feito notável que deixaria embasbacada a europa do futebol; se formos derrotados não sairemos minimamente beliscados dado o favoritismo recair inteiramente para o clube inglês. Se em termos desportivos o sucesso é uma incógnita, já em termos financeiros o Benfica garantirá uma óptima receita, pois tudo leva a crer que o Estádio da Luz esgotará a sua lotação aquando do 1º jogo.
P.S. - Já agora, uma pequena amostra do que nos espera.

quinta-feira, dezembro 15, 2005

É isto um campeonato a sério (2)

Afinal Jorge Jesus equivocou-se. Em entrevista ao jornal "o Jogo", o treinador leiriense vem dizer que a não utilização de Maciel frente ao F.C. Porto, se deveu exclusivamente a opção técnica, e não ao propalado acordo de cavalheiros entre os dois clubes. Só não se percebe o que o leva a dizer uma coisa num dia e dias depois outra completamente diferente. Ou se calhar até sabemos: o respeitinho é muito bonito e a corda quando estica parte sempre pelo lado mais fraco. E quem neste episódio representa esse lado? João Bartolomeu não é com certeza!

quarta-feira, dezembro 14, 2005

A contratação que faltava

Há muito que o Benfica procura um número 10. Pois eu acabei de o encontrar. Aqui.

É isto um campeonato a sério!

Jorge Jesus veio-nos dizer que a não utilização de Maciel no jogo frente ao F.C. Porto se deveu a um acordo de cavalheiros entre os dirigentes dos dois clubes. Para João Bartolomeu, Presidente da SAD leiriense, a não inclusão do jogador deveu-se tão só a uma opção técnica do treinador. Sendo que a verdade é só uma, algum dos dois está a mentir e todos sabemos quem é. Entretanto, a este propósito, a Liga de Clubes resolveu interpor um processo disciplinar ao F.C. Porto e ao U.Leiria por entender que há aqui matéria que viola os regulamentos, nomeadamente no que se refere à regra de cedência de utilização temporária. Imagina-se quais vão ser as consequências deste processo para os dois clubes. Nenhumas!

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Análise individual

Quim - Fez apenas uma defesa digna desse nome. Continua a revelar debilidades físicas.

Alcides - Está a ser uma revelação como defesa-direito, um lugar que não lhe é de todo estranho já que fez muitas vezes essa posição no Brasil. Autoritário nas tarefas defensivas, destacou-se também nalgumas subidas pelo seu flanco.

Anderson - Hoje sem a presença de Luisão foi o patrão da defesa. E ainda por cima marcou o golo que nos deu a vitória. Nota máxima.

Ricardo Rocha - Mais um bom jogo no seu registo habitual.

Léo - Incansável. Defendeu a preceito e tentou incursões pelo seu corredor, mas com pouca eficácia.

Nelson - A disponibilidade habitual, embora o seu rendimento a médio-esquerdo não tenha a mesma produtividade do que quando joga a lateral-esquerdo, o que é absolutamente compreensível. Por vezes, demora a desfazer-se da bola com prejuízo para a equipa: quer adornar os lances e muitas vezes perde-se.

Petit - Impecável na marcação a João Pinto impedindo-o de organizar o jogo da sua equipa. Corre kilómetros e parece nunca perder o gás.

Beto - É um dos principais responsáveis pela grande consistência defensiva que a equipa tem revelado. Ele e Petit são umas carraças que não deixam os adversários colocar o pé em ramo verde.

Nuno Assis - Exibição frouxa.

Nuno Gomes - Jogando mais recuado acaba por ser o pivot da manobra atacante. Nesta posição vamos vê-lo a marcar menos golos, mas talvez a equipa ganhe com isso como tem revelado nos últimos jogos. Está mais em jogo e os colegas beneficiam com isso, dada a sua qualidade de passe.

Geovanni - Parece outro, o brasileiro. Segundo o que ele diz, esta é a sua verdadeira posição, aquela onde gosta mais de jogar e onde tem melhor rendimento. As suas recentes exibições parecem dar-lhe razão. Até a atitude é diferente. Para melhor. Muito melhor.

Koeman - Manteve a táctica que tão bom resultado lhe deu na quarta-feira. Justificou-se a entrada de Dos Santos para o lugar de Nuno Assis (bastante desgastado fisicamente) para travar as investidas do Boavista pelo corredor direito. Já a entrada de Mantorras foi apenas para queimar tempo numa altura em que o jogo estava a terminar.

domingo, dezembro 11, 2005

Benfica termina semana em beleza

O Benfica venceu de forma inequívoca num jogo em que o resultado acabou por ser escasso face à superioridade benfiquista. O Benfica cedo tomou as rédeas da partida, através de um grande pressing sobre os jogadores boavisteiros, impedindo-os de pensar os lances o que originava inúmeras recuperações de bola. Quando de posse de bola, os encarnados jogavam um futebol enleante, com uma grande dinâmica ofensiva a que apenas faltou correspondência na finalização. O golo apareceu só no final da 1ª parte, num cabeceamento de Anderson após um canto marcado por Petit. Foi um golo amplamente merecido tendo em conta o domínio exercido pelos encarnados. Na 2ª parte os axadrezados apareceram com outra disposição, chegando mais vezes à area do adversário, mas sempre com pouco perigo. O Benfica embora baixando de rendimento na 2ª parte, foi sempre a equipa mais ameaçadora e aquela que teve vários ensejos para dilatar o marcador, nomedamente em situações de contra-ataque. De realçar a excelente prestação defensiva dos encarnados que nos últimos jogos raramente têm possibilitado oportunidades de golo aos seus adversários. E hoje Luisão não esteve presente.
Esta vitória permitiu-nos subir ao 5ºlugar, para além de vermos reduzida a distância para o Sp. Braga - que já só tem 1 ponto de avanço - e termos ultrapassado o clube de Alvalade. Só foi pena que o F. C. Porto não tivesse escorregado na sua deslocação a Leiria. Fica para a próxima.

sábado, dezembro 10, 2005

Derrota inesperada

A 14ª jornada da Liga iniciou-se da melhor maneira com a derrota caseira do Sporting frente ao E. Amadora. Manu voltou a ser decisivo ao apontar o golo que deu a vitória aos estrelistas. O Sporting atacou, atacou, criou inúmeras oportunidades de golo mas não conseguiu introduzir a bola na baliza de Bruno Vale, mesmo beneficiando da ajuda do árbitro João Villas Boas, num penalti claramente inexistente. Valeu o fair-play de Liedson que enchendo-se de brios resolveu "passar" a bola a Bruno Alves. Este desaire constitui a primeira derrota de Paulo Bento desde que assumiu o comando da equipa o que espero se venha a repetir muito mais vezes. Tamanho deslize irá certamente ser aproveitado pelos mais directos adversários leoninos, desejando eu que o Benfica não desaproveite esta prenda de Natal antecipada. Não é todos os dias que se têm benesses destas e no aproveitar é que está o ganho.

sexta-feira, dezembro 09, 2005

Sorteio do Mundial.

Melhor sorteio era dificil. Portugal não se pode queixar da sorte, depois de saber que ficará integrado num grupo em que terá como opositores as selecções do México, Angola e Irão. É sem sombra de dúvida o grupo mais acessível do Mundial. Um outro resultado que não seja a qualificação para os oitavos-de-final seria um perfeito desastre. Ainda para mais quando se qualificam duas selecções. Não se pretenda fazer crer que estes são adversários de alto gabarito porque não são. Obviamente que Portugal não poderá pensar que são favas contadas. É preciso respeitar os adversários, pois a experiência de anteriores mundiais com selecções de valor semelhante, trouxe-nos grandes amargos de boca. Se jogarmos aquilo que está ao nosso alcance estou em crer que a nossa qualificação será assegurada, com maior ou menor dificuldade. Como aliciante o facto de o jogo de estreia ser com Angola uma selecção por quem, nós portugueses, temos um enorme carinho. Era bonito que ambas as selecções conseguissem a passagem à fase seguinte. A ver vamos.

A humilhação europeia obriga a blackout

O F.C. Porto entra em fase de blackout. Até aqui nada de novo, já que este expediente é prática corrente, nalguns clubes em Portugal, quando os resultados não são os melhores. O que é caricato, é o motivo invocado para a contenção verbal. Dizer-se que é por causa das constantes deturpações que os media fazem das declarações de Co Adriense dá, no mínimo, vontade de rir. Os jornalistas não têm culpa que o holandês tão depressa diga uma coisa e logo a seguir a venha desdizer. A verdade é esta e não o contrário, como os responsáveis portistas tão bem sabem. É mais uma brincadeira de Pinto da Costa e seus pares que não convence ninguém, nem sequer os próprios. O povinho regista, mas não subscreve.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

O golo de Geovanni

Se quiserem ver o vídeo do golo do Geovanni no jogo de ontem ele aqui está. Sabe sempre bem revê-lo mais uma vez.

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Vitória gloriosa

E o MILAGRE aconteceu. Pela primeira vez na história do clube, o Benfica ganhou ao Manchester United, apurando-se para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Defrontando o colosso inglês com todas as suas estrelas, poucos acreditariam que face às ausências de Simão, Miccoli, Karagounis e Manuel Fernandes, o Benfica conseguisse levar de vencida o seu adversário. Foi a vitória da humildade e da solidariedade. Os jogadores encarnados foram uma verdadeira equipa e foi graças a isso que conseguiram alcançar este feito notável. Seria injusto destacar algum jogador em particular, tão grande foi a exibição de todos eles. Não esquecer também a importância de Koeman neste sucesso: apresentar Geovanni a ponta-de-lança com Nuno Gomes mais recuado, foi uma aposta que surpreendeu e baralhou completamente os ingleses. As tácticas são sempre boas quando resultam. A desta noite resultou em pleno. VIVA O BENFICA!!!

Ajuda dos deuses precisa-se

Hoje todos os caminhos vão dar à Luz. O Benfica joga esta noite o seu futuro na Europa. Não tenho qualquer dúvida de que os nossos rapazes vão dar tudo o que têm (e o que não têm) para conseguir levar de vencida os ingleses. No entretanto, não custa também reconhecer - perdoem-me os benfiquistas - que isto hoje só lá vai com um MILAGRE!

terça-feira, dezembro 06, 2005

F.C. Porto disse adeus à Europa

Nem Liga dos Campeões nem Taça UEFA. O F.C. Porto está fora da Europa. Co Adriense mais valia ter estado calado, quando disse que os portistas em cada 10 jogos com o Artmedia ganhariam 9. Viu-se. Afinal em dois, não ganharam nenhum. Num grupo destes e olhando para o plantel que têm, o F.C. Porto tinha mais do que obrigação de ficar apurado. Resta agora ao holandês penitenciar-se com a conquista da Liga portuguesa, caso contrário não me parece que venha a cumprir a totalidade do contrato, curiosamente renovado há poucos dias.

Na véspera de um dia importante o Benfica recebe uma péssima notícia


O Supremo Tribunal de Justiça deu razão a João Vale e Azevedo no processo que o ex-presidente do Benfica apresentou contra o clube, reclamando dívida na ordem dos sete milhões de euros. Com esta decisão o processo volta à 1ª instância. Se se vier a confirmar que o anterior presidente encarnado é credor do clube, o Benfica terá um grande rombo no seu depauperado cofre. É que 7 milhões de euros ainda é uma soma considerável.

Dribles deliciosos

Um vídeo para animar o pessoal. Pode ser que um dia, para os lados da Luz, venhamos a ter jogadores destes.

domingo, dezembro 04, 2005

A Liga ao rubro

A nossa Liga está quentinha. Competitiva quanto baste, embora nivelada por baixo como comprovam os resultados das nossas equipas nas competições europeias. O V. Setúbal continua a fazer um campeonato extraordinário, apesar de todas as vicissitudes por que tem passado esta época. Desta feita cometeram a proeza de ir ganhar a Braga e mantêm-se como a equipa na Europa com menos golos sofridos (três apenas!). O presidente sadino anda satisfeito da vida mas continua sem pagar o que deve. Uma vergonha. Os bracarenses sofreram duas derrotas consecutivas, mas irão disputar a liderança até ao fim já que têm demonstrado capacidade para isso. O F.C. Porto afinal sempre vai manter-se na liderança, quando tudo indicava que não viesse a acontecer. O principal beneficiado da jornada foi o Benfica que graças aos resultados alcançados pelas equipas que iam à sua frente, está agora mais perto dos lugares cimeiros. O pior é que os lesionados deverão manter-se no estaleiro mais umas semanas e o Boavista é o adversário que se segue. O Sporting saiu-se bem na sua deslocação ao Dragão mesmo sem o contributo de Liedson. Sempre pensei que Liedson estivesse para o Sporting como Simão está para o Benfica. Parece que me enganei.

Análise individual

Quim - Não fez uma única defesa o que diz bem do acerto defensivo da equipa. Continua a revelar que não está em condições para jogar. É de louvar o seu espírito de sacrifício em prol do clube.

Alcides - Praticamente só defendeu. As suas limitações técnicas não dão para grandes cometimentos no apoio ao ataque.

Luisão - Simplesmente imperial. É o patrão da defesa e o leader da equipa.

Ricardo Rocha - O registo habitual: grande impetuosidade na luta pela bola e algumas asneiras infantis que hoje não comprometeram. Apesar de tudo uma boa exibição.

Léo - Um exemplo de entrega: bem a defender, menos bem nas tarefas ofensivas.

Nelson - Não se adapta ao lugar de médio esquerdo. Já não revela o mesmo fulgor de há jogos atrás.

Petit - A eficiência habitual.

Beto - É um exemplo de abnegação e espírito de sacrifício. O homem corre kilómetros durante um jogo e recupera inúmeras bolas graças à sua capacidade de luta. No meio-campo, em termos defensivos, só Petit se lhe equipara. No que toca à organização de jogo, aí as suas limitações são evidentes. Mas onde é que estão melhores alternativas?

Karyaka - Os jogadores russos costumam ser rápidos e possantes fisicamente. Este é lento e ao fim de poucos minutos parece cansado. Foi o que aconteceu esta noite mais uma vez.

Nuno Assis - Pouco em jogo. Não colabora nas tarefas defensivas e na manobra ofensiva foi inconsequente.

Nuno Gomes - Teve uma oportunidade que desperdiçou. Foi um batalhador incansável, mas esteve sempre muito desapoiado.

Mantorras - Saúde-se o golo alcançado pleno de oportunidade. Os constantes foras-de-jogo é que já não se admitem numjogador com a sua experiência.

Koeman - Vai fazendo o que pode com os jogadores que tem. Esteve bem no capítulo das substituições.

sábado, dezembro 03, 2005

Benfica quebra jejum

Finalmente a sorte esteve do lado do Benfica. Uma oferta da defesa maritimista, permitiu a Mantorras facturar pela primeira vez na Liga e com esse golo dar os três pontos à equipa encarnada. Face aos condicionalismos conhecidos, o Benfica fez a exibição possível: bem a defender mas mal a atacar, uma vez que na construção ofensiva não basta empenho e agressividade, são precisos também outros atributos que esta equipa não possui (após o golo foi notória a incapacidade da equipa em controlar a bola). Pode-se dizer que o Benfica desta noite valeu sobretudo, pelo espírito de sacrifício, pela entrega à luta e pela entreajuda entre todos os seus jogadores. No resto continua a ser o Benfica dos últimos jogos - com os mesmos defeitos e as mesmas virtudes -, apenas com a particularidade de ter obtido uma vitória que já não acontecia há seis jogos. Com esta vitória o Benfica consegue reduzir em dois pontos a sua desvantagem para a concorrência, o que não deixa de ser um factor motivador para os jogos que se seguem.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

quarta-feira, novembro 30, 2005

Um pequeno exercício

Imaginemos um plantel que só poderia ser preenchido com jogadores do Benfica, F.C. Porto, Sporting e Sp. Braga. Ora, analisando os jogadores nas várias posições, verificamos que, do actual quadro de jogadores do Benfica, só seis deles é que lá caberiam. A saber: Nelson, Luisão, Petit, Simão e, eventualmente, Nuno Gomes e Anderson. Este é apenas um pequeno exemplo prático que pode explicar o porquê de uma época tão decepcionante.

Análise ao plantel encarnado

Quim - Um bom suplente
Moreira - Outro bom suplente
Rui Nereu - Com futebolista tem os dias contados.

Nelson - Potencialidades não lhe faltam para se poder afirmar como um jogador de eleição.
Luisão - Jogador de classe; não deve ficar pela Luz por muito mais tempo.
Anderson - Um bom jogador a quem falta um bocadinho mais de fibra.
Ricardo Rocha - Um bom suplente; bom na marcação exagera, por vezes, na forma excessivamente dura como entra aos lances.
Alcides - Ainda não lhe vi nada de relevante que tenha justificado a sua contratação.
Léo - Jogador regular, sem grandes rasgos, mas de boa utilidade. Como factor negativo, temos a sua compleição física que prejudicam o seu futebol.
Dos Santos - Fraquinho; jogador a dispensar.
João Pereira - Nem nas equipas do fundo da tabela tinha lugar como titular.

Geovanni - É tempo de o devolverem à procedência. A forma como joga dá a ideia de que está desejoso de se ir embora.
Carlitos - Tem potencialidades que não aproveita, porque não consegue vencer a barreira psicológica; por este facto, deve ser emprestado.
Karyaka - Não trouxe nada de novo ao plantel encarnado; lento, pouco agressivo, tem bons pés, mas é pouco objectivo.
Petit - Uma das jóias da coroa: boa cultura táctica; muito forte na marcação; bom marcador de livres; falta-lhe contudo, qualidade técnica que o tornaram numjogador de eleição.
Manuel Fernandes - Ao longo duma época consegue fazer 2 ou 3 bons jogos, o que é manifestamente pouco para um jogador de quem dizem maravilhas. Tem ainda muito que provar.
Simão - A par de Luisão, os únicos jogadores de classe do plantel. Sem ele não conseguimos ganhar jogos o que é revelador da sua qualidade como jogador. Se ele sai o que vai ser do Benfica?
Karagounis - Vê-se nalguns pormenores que se trata de um bom jogador. Só que desde que chegou ao Benfica a sua produção tem deixado bastante a desejar. Pelos vistos, a explicação está nas lesões que o têm apoquentado. Veremos se é só isso.
Beto - Limitado técnicamente, faz da sua entrega ao jogo a sua principal qualidade. Nesse aspecto é um exemplo para os seus colegas. Tem sido alvo das mais variadas críticas, muitas delas injustas.
Nuno Assis - Técnicamente dotado, falta-lhe sobretudo compleição física, para que o seu futebol seja bem mais produtivo, do que aquilo que tem mostrado.
Bruno Aguiar - Muito limitado. Não tem qualidade para estar no plantel.

Nuno Gomes - Está a fazer uma época que há muito não o víamos fazer. É um bom jogador, mas que está longe de ser um matador. Falta-lhe explosão dentro das área; tem dificuldades nas situações de 1x1 e falta-lhe arcaboiço físico para se bater em pé de igualdade contra as defesas contrárias. Necessitava de um ponta-de-lança a jogar ao seu lado para fazer render as suas capacidades.
Mantorras - Jogador que deixou de ser o mesmo dadas as constantes lesões de que tem sido alvo. Actualmente é jogador banalíssimo que não acrescenta mais valia ao plantel.
Miccoli - Com a camisola encarnada fez 2 bons jogos. Tem de fazer muito mais para justificar a sua contratação.

terça-feira, novembro 29, 2005

Futuro risonho para o Benfica

Se a Liga terminasse agora o Benfica não só não revalidaria o título, como não se qualificava para nenhuma das competições europeias. Com performances destas , custa a compreender que o nosso presidente ainda vá garantindo que estamos a poucos anos de sermos o melhor clube do mundo e que a Liga dos Campeões não tarda em ser nossa. E como ele também não se cansa de repetir, que somos o clube melhor gerido em Portugal ( a anos-luz de todos os outros) isso significa que o Benfica vai ganhar a hegemonia do futebol Português a breve trecho. Não há portanto motivo para estarmos preocupados. Quem devem estar preocupados são os nossos rivais, F.C. Porto e Sporting. Porque com este presidente, em matéria de conquistas, o céu é o limite!

Koeman ainda acredita

Koeman diz que um dia vamos ganhar. Eu também estou em crer que sim. Só não sei é quando!

O F.C. Porto ganha em Barcelos

O F.C. Porto lá ganhou e já está no 1º lugar. Parece que o árbitro se esqueceu de marcar um penalti a favor do Gil Vicente. Ultimamente, os árbitros têm andado muito relutantes em marcar castigos máximos. O Benfica que o diga.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Adeus campeonato

Infelizmente este jogo veio confirmar as análises que aqui tenho feito sobre a equipa encarnada. A ausência de algumas peças fundamentais põem a nu a fragilidade do plantel do Benfica. Perante o que tenho visto chego a ter pena de Koeman, pois com jogadores deste nível não há treinador que resista. Provavelmente ainda há quem se vá atirar ao holandês, quando efectivamente o homem não tem culpa nenhuma. Também não há que culpar os jogadores que hoje estiveram em campo, uma vez que eles foram inexcedíveis em termos de entrega. Simplesmente o que acontece é que os coitados não conseguem render mais, porque efectivamente não têm capacidade para fazer melhor. A culpa deve ser atribuída a quem construiu o plantel. Aliás, o melhor atestado de incompetência que podemos fazer à equipa, é sabermos que ela só consegue ganhar jogos com Simão em campo. Desde que ele deixou de poder dar o seu contributo, o Benfica nunca mais ganhou na Liga, o mesmo sucedendo na Liga dos Campeões. E o pior é que este descalabro vai continuar, pelo menos até que Simão volte. O campeonato está irremediavelmente perdido. Um lugar na Liga dos Campeões também. Resta-nos tentar chegar a um lugar na UEFA o que, pelo andar da carruagem, não vai ser fácil de alcançar.

sábado, novembro 26, 2005

Nacional provisoriamente no comando

Ainda que à condição, o Nacional assumiu o comando da Liga. Não deixa de ser um feito notável para este modesto clube madeirense que nunca no seu historial se tinha visto em tão altos vôos. Está de parabéns o seu treinador Manuel Machado que já na última época tinha colocado o V.Guimarães em lugar europeu (a esta hora o presidente vitoriano deve torcer a orelha por o ter deixado sair).
O Sp. Braga somou a segunda derrota em terras insulares, onde não ganha há 15 anos. Decididamente a Madeira não traz boas recordações aos arsenalistas. Quem se pode aproveitar deste desliza é o F.C. Porto que caso ganhe na 2ª feira ao Gil Vicente, chegará à liderança do campeonato. O meu Benfica, não pode deixar de aproveitar esta oportunidade para se aproximar do Sp. Braga, ainda que a tarefa de ganhar ao Belenenses não seja fácil, fundamentalmente pelos motivos que se conhecem (as lesões). E desta vez, dificilmente teremos golos de bola parada, dada a ausência dos nossos marcadores de serviço, Simão e Petit. Prevê-se, por isso, mais uma noite de grande sofrimento, nada a que não estejamos já habituados.

quinta-feira, novembro 24, 2005

As lesões do nosso descontentamento

O Benfica, nos próximos jogos, vai apresentar-se desfalcado de alguns dos seus melhores jogadores: Simão, Karagounis, Miccoli e talvez o próprio Quim. Não esquecer que o grego e o italiano foram apontados como as grandes contratações para esta época, apesar de, até ao momento, terem estado muito aquém das expectativas. Nenhum deles (exceptuando o guarda-redes) poderá defrontar o Manchester United, num jogo em que os encarnados necessitam de vencer para continuar em prova. Nos dois próximos jogos da Liga portuguesa, Simão continuará a não estar disponível. Se nos lembrarmos no número de pontos que perdemos nesses jogos em que o capitão encarnado não participou, é motivo mais do que suficiente para estarmos preocupados. Eu estou e muito. Não propriamente no que concerne às provas europeias (Liga dos Campeões ou UEFA), porque aí as hipóteses são praticamente nulas. O que me preocupa especialmente é a nossa Liga. E a continuar esta onda de lesões em jogadores fundamentais, a conquista desta competição passa a ser uma miragem e o acesso à Liga dos Campeões na próxima época começa a ser bastante complicado, o que em termos financeiros seria um completo desastre. Pelo que vou lendo na blogosfera, a maioria dos bloggers benfiquistas não pensa assim. Para eles tudo passa pela substituição de Koeman, já que na sua douta opinião, jogadores de qualidade não nos vão faltando, apenas precisam de alguém que saiba potencializar as suas capacidades. Respeitando tais opiniões, não posso deixar de discordar. Entendo até, que quem assim pensa anda completamente iludido. Mas isso sou eu a pensar.

quarta-feira, novembro 23, 2005

F.C. Porto complica qualificação

O F.C. Porto perdeu um óptimo ensejo de ganhar ao Glasgow Rangers. Teve o pássaro na mão e acabou por permitir o empate aos escoceses, na única oportunidade que estes tiveram de alvejar com êxito a baliza de Vitor Baía. Estas equipas de grande compleição física têm esta capacidade de, por força do poder físico dos seus jogadores, poderem marcar um golo a qualquer momento, especialmente se puderem usufruir de lances de bola parada, como veio a suceder. Olho para o meu Benfica e para os jogadores de meio-metro e pesos pluma que por lá temos, e dou comigo a pensar que recuperar desvantagens no marcador, frente a equipas europeias, é uma tarefa quase impossível de se verificar porque não temos argumentos físicos para tal. Hoje em dia, os jogadores franganotes mesmo que muito dotados técnicamente, tendem a desaparecer no futebol moderno. Uma realidade para a qual o clube encarnado ainda não despertou.

Lille - 0 - Benfica - 0

Ao ter apresentado a equipa que apresentou, Koeman arriscava-se, no mínimo, a duas situações: caso perdesse seria crucificado por ter delineado uma táctica suicida que, entre outras coisas, revelava uma manifesta falta de ambição; em caso de vitória, a sua táctica seria considerada genial pois não é todos os dias que um treinador tem a coragem de colocar 4 centrais a jogar de início, sobretudo num jogo em que a equipa tem absoluta necessidade de vencer (Mourinho fê-lo o ano passado, com êxito, frente ao Bayern de Munique, na Liga dos Campeões). Acontece que nenhum destes resultados se verificou no final do encontro. O resultado foi um empate, o que obriga o Benfica a ganhar o derradeiro jogo contra o Manchester para seguir em frente na prova. Um empate nessa partida poderá dar-lhe a possibilidade de chegar ao 3º lugar – tudo dependendo do que acontecer no jogo entre o Villarreal e o Lille -, e, assim, ganhar um lugar na Taça UEFA que constituiria o menor dos males. Por aquilo que temos visto e tendo em conta as lesões em jogadores nucleares, não vai ser fácil, muito longe disso, o Benfica alcançar um desses resultados frente ao Manchester. Ainda por cima, quando os ingleses não podem perder essa partida. Quer-me parecer que só uma noite de grande inspiração poderá permitir que o Benfica alcance o seu principal objectivo.
Confesso que eu próprio fiquei surpreso com a constituição do onze encarnado. Como se esperava, as rádios e as televisões foram unânimes na crítica ao holandês. A maioria da massa adepta benfiquista também não terá ficado minimamente satisfeita (muitos terão visto as suas expectativas defraudadas), uma vez que apresentar em campo uma equipa com 8 defesas, tornaria mais difícil a tarefa de vencer o jogo, quiçá mesmo, dependente de um golpe de sorte ou de um lance de bola parada. Acontece que o jogo terminou empatado e, pelo menos para já, Koeman livra-se de ser esmagado na praça pública, dado, que, apesar de tudo, este resultado ainda permite acalentar esperanças quanto à qualificação. Seja como for, a pergunta não deixará de ser colocada: será que um escalonamento inicial, com jogadores de características mais ofensivas – Geovanni, Karyaka, por exemplo – o Benfica não teria tido mais possibilidades de ganhar o jogo? Sinceramente tenho dúvidas. Com o frio que se fazia sentir, com o estado do próprio terreno e pelo que têm mostrado esses jogadores nos jogos que têm realizado, tenho para mim que, não só não ganharíamos, como ficaríamos mais perto de perder. Provou-se que esta noite era necessários jogadores de combate e não jogadores macios e pouco dados a tarefas defensivas, como eram o caso desses dois jogadores. Ademais, Geovanni e Karyaka têm estado muito aquém daquilo que lhes é exigivel. Restava Manuel Fernandes que seria uma hipótese no lugar de Beto, mas ele é um jogador com as mesmas características de Petit e do brasileiro e, como foi notório em Braga, está longe da boa forma. Aliás, deve dizer-se em abono da opção de Koeman, que Beto terá sido inclusivé das melhores exibições encarnadas no jogo de hoje. E se olharmos para o que tínhamos no banco - para além dos jogadores referidos e de Mantorras que acabou por entrar – até dá vontade de chorar, perante tão fracas opções. Por muito que custe a muito boa gente, em particular aos adeptos encarnados, o Benfica tem um plantel - não me canso de dizê-lo -, de parca qualidade que nalgumas posições chega a ser confrangedor, para uma equipa que persegue tão ambiciosos objectivos. Sem Simão (por quem passa todo o futebol ofensivo da equipa), sem Karagounis, novamente sem Miccoli, com Quim preso por arames e Moreira no estaleiro, sem um médio construtor de jogo, sem flanqueadores de nível aceitável, reduzido a um ponta-de-lança, o que é que se pode exigir a esta equipa tão cheia de limitações? Culpar exclusivamente Koeman pelo insucesso da equipa é demasiado redutor e injusto. Outros há, a quem cabem mais responsabilidades. O que se passa com o departamento médico que dá como aptos jogadores que depois se vêem que não estão em condições? E as responsabilidades de José Veiga e Luís Filipe Vieira na construção do plantel? Terá sido por causa dos treinadores que passaram pelo Benfica nestes 12 últimos anos, que só fomos campeões um única vez? E mesmo quando isso aconteceu não foi Trapattoni vítima das mais veementes críticas, tanto assim foi que a maioria queria a sua saída? Nas últimas duas décadas, despedimentos de treinadores no Benfica, aconteceram com demasiada frequência e com os resultados que se conhecem. Pelos vistos parece que não bastou!

sábado, novembro 19, 2005

Análise Individual

Quim - A pouca confiança em Rui Nereu determinou a sua inclusão na equipa ainda que, como se viu, não estivesse em condições de jogar (apesar de tudo consigo perceber o dilema de Koeman).

Leo - Fez um jogo razoável. Não encheu o olho mas não desiludiu.

Luisão - O melhor jogador encarnado.

Anderson - Colocou o Benfica a vencer e estava a ser dos melhores até ao 3º golo bracarense, altura em que borrou a pintura ao ser o principal responsável pelo cabeceamento vitorioso do Bevacqua (irregular já que feito em posição de fora-de-jogo).

Nelson - A seguir a Luisão, terá sido o melhor. Foi o único a tentar pôr alguma velocidade no futebol encarnado.

Beto - Fez um jogo ao nível das suas capacidades: esforçado mas pouco profícuo.

Petit - Já o vimos fazer bem melhor. Disfarçou nas tarefas defensivas mas na construção ofensiva participou pouco.

Manuel Fernandes - Passou ao lado do desafio. Houve alturas que nem me apercebi da sua presença.

Geovanni - O facto dele jogar diz bem da qualidade do plantel encarnado.

Simão - Outro que não estava em condições de jogar. No entanto, enquanto lá andou não fez asneiras e quando saíu estávamos a ganhar.

Nuno Gomes - Desapoiado como estava, era difícil fazer melhor. Marcou mais um golo (num penalti que não existiu) que tudo indicava nos daria o empate, o que incompreensivelmente não veio a acontecer.

Karyaka - Inconsequente: tem toque de bola, mas é muito macio e pouco objectivo.

Nuno Assis - No pouco tempo que esteve em campo foi melhor do que Geovanni.

Miccoli - Mal deu para tocar na bola.

Koeman - Não foi por ele que perdemos o jogo. Sem ovos é difícil fazer omeletes.

Sp. Braga vence e convence

Ficou provado que sem Simão em campo, o Benfica não consegue ganhar jogos. Em três jogos que o jogador esteve fora da equipa, os encarnados perderam 7 pontos o que é demonstrativo da falta que ele faz. Verificou-se também que Quim não estava em condições para jogar e este facto veio a ter influência no resultado: no 1º golo deu um frango e no 2º golo também não está isento de culpas. Quanto ao jogo, o Sp. Braga foi um justíssimo vencedor, dado ter sido a única equipa que fez por ganhar a partida. O Benfica revelou as fragilidades habituais que se tornam mais visíveis, quando o capitão não está presente. É confrangedor ver a equipa a jogar: sem ideias, amorfa, limitando-se a defender (Paulo Santos foi um mero espectador durante todo o encontro) e com a maioria dos seus jogadores a denotarem uma grande falta de classe. O Sp. Braga pelo que se viu, é claramente um candidato ao título ainda mais depois desta vitória, ao colocar um dos crónicos candidatos a 8 pontos de distância. Parabéns a Jesualdo Ferreira e aos seus jogadores. Quanto ao meu Benfica sinceramente não o vejo com argumentos para atacar os objectivos que os seus responsáveis delinearam para esta época. E se Simão sair em Janeiro nem quero imaginar até onde os encarnados poderão cair.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Lesionados recuperam para Braga

As dúvidas foram desfeitas e aí temos Quim, Simão e Miccoli na lista de convocados para o jogo com o Sp. Braga. Tudo indica que pelo menos Quim e Simão vão jogar de início, com o italiano a poder entrar no decorrer da partida. Fico muito satisfeito com a sua inclusão, esperando apenas que os jogadores estejam efectivamente recuperados das suas mazelas, porque, assim sendo, o Benfica estará bem mais forte em Braga, dada a reconhecida preponderância que eles têm na equipa, em especial Simão. Se assim não for, isto é, se os jogadores ainda acusarem algumas queixas, então corre-se um risco que nos poderá sair caro, como infelizmente já nos aconteceu. É bom não esquecer que terça-feira temos um jogo decisivo para a Liga dos Campeões e que é importante contarmos com todos os jogadores no máximo das suas capacidades físicas. Dou o benefício da dúvida ao departamento médico e equipa técnica, pois devem saber o que estão a fazer.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Taça de Portugal

O sorteio ditou que o Benfica vai defrontar o Tourizense (que acabou de eliminar o Paços de Ferreira) na quinta eliminatória da Taça de Portugal. É o jogo ideal para se limparem cartões amarelos. A partida está marcada para 11 de Janeiro e, com certeza, por essa altura, haverá quem esteja à beira do 5º amarelo. Até lá, caberá aos jogadores saberem gerir essa situação para poderem tirar proveito dela. É bom não esquecer que, por vezes, são estes pequenos nadas que ajudam a ganhar campeonatos.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Sub-21 apuram-se para a fase final

Qualificação garantida após muito sofrimento e muita sorte à mistura. Pode-se dizer que nesta eliminatória os deuses estiveram connosco, uma vez que no conjunto dos dois jogos os helvéticos foram superiores. Se a exibição na Suiça já tinha deixado bastante a desejar, a de hoje foi péssima, excepção feita aos primeiros 15 minutos da 2ª parte. Na 1ª parte fomos completamente manietados pelos suiços que exerceram uma grande pressão, à qual os nossos jogadores não souberam responder da melhor forma. Valeu-nos que o adversário, tal como havia demonstrado no jogo da 1ª mão, revelou-se ineficaz no capítulo do remate: construíam muito bem as situações de ataque, mas não conseguiam finalizá-las convenientemente. Foi a nossa sorte! As nossas pseudo-vedetas estiveram muito aquém daquilo que se lhes exigia. Quaresma e Hugo Viana foram uma perfeita desgraça. João Moutinho com uma exibição para esquecer na 1ª parte, melhorou na 2ª, mas longe de atingir a bitola a que nos habituou nos jogos da Liga. Agora na fase final, teremos de melhorar muito, se quisermos ter aspirações à vitória na competição. As individualidades de pouco valerão, se não jogarmos como uma verdadeira equipa, algo que faltou nestes dois jogos frente aos suiços.

terça-feira, novembro 15, 2005

Irlanda do Norte - 1 - Portugal - 1

A selecção fez hoje um jogo para cumprir calendário. Se dúvidas houvessem bastou ver Scolari retirar Boa Morte e Cristiano Ronaldo (ficando nós sem alas), para se perceber que a vitória nesta partida era uma questão de somenos importância. O importante - como ele referiu no final da partida -, era que os jogadores fossem entregues aos seus clubes sem lesões. E nesse capítulo, até que as coisas correram bem. Para a história fica a estreia de Paulo Santos que acabou por não ter oportunidade de se mostrar, tal a inoperância atacante dos irlandeses. Mesmo assim, acabou por sofrer um golo em que não se lhe podem assacar culpas. Seja como for, Scolari já deu a entender que Ricardo continuará a ser a sua primeira opção para a baliza, por mais que este se encarregue de mostrar que, actualmente, não tem condições para o lugar. São as casmurrices habituais no brasileiro que já não espantam ninguém, antes se transformaram na sua imagem de marca.

Baixas importantes no Benfica

O jogo com o Sp. Braga aproxima-se e pelo que é dado ver, tanto Simão como Miccoli, não vão estar disponíveis para essa partida. Num jogo em que estamos obrigados a não perder, estas baixas constituem um duro revés nas ambições encarnadas. Resta a possibilidade da presença de Quim na baliza, o que seria importante, quanto mais não fosse, em termos psicológicos.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Simão deseja saída

Aparentemente, Simão quer deixar os encarnados já na reabertura do mercado de transferências. Resta saber se o Benfica está na disposição de o vender. Longe vão os tempos em que jogar no Benfica constituia o auge da carreira de um jogador. Nos dias de hoje, o meu clube serve apenas de trampolim para outras paragens bem mais aliciantes. Seja porque há clubes que pagam bem mais, seja porque há projectos desportivos bem mais a contento das aspirações dos jogadores. Por muito que nos custe, jogadores da craveira do Simão, só jogam no campeonato português se não tiverem acesso a campeonatos mais competitivos, e só jogam no Benfica se clubes de outro gabarito não estiverem interessados no seu concurso. A possibilidade de vermos um jogador envergar apenas uma camisola ao longo da sua carreira desportiva, é quase impensável no futebol actual. Assim de repente, a nível de jogadores de topo, lembro-me de Maldini, no Milão, e mais nenhum outro.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Nova campanha de angariação de sócios

Como os resultados não são os melhores, LFV tenta levantar o moral das tropas, dando ênfase ao número de sócios que o Benfica já conseguiu angariar e que, segundo ele, nos coloca no 3º lugar a nível europeu, só ultrapassado pelo Liverpool e Juventus. A próxima batalha, é conseguirmos chegar no final de 2006 aos 194.716, ou seja, mais 100.000 dos que constavam aquando do arranque da campanha "Kit Novo Sócio". Para que tal desiderato seja alcançado, foi ontem lançada uma nova campanha que se iniciará a 15 de Novembro e só terminará em 14 de Fevereiro. No essencial não difere da anterior, apenas apresenta um novo slogan: "Seja o novo olheiro do Benfica". Poderíamos questionar se os 150.000 mil sócios actuais são um número verdadeiro, pois tenho dúvidas que muitos deles paguem efectivamente as quotas. Era bom que tal sucedesse, porque isso seria importante para fortalecer as contas do clube. Confesso que todo este bruá à volta do número de sócios não me cativa especialmente. O que me interessa sobretudo, é que o Benfica seja grande em termos desportivos. E aí, como sabemos, estamos bem longe de ser grandes.

terça-feira, novembro 08, 2005

Benfica, ao fim de 10 jornadas

Volvidas que estão 10 jornadas da Liga Betandwin, o balanço que se pode fazer à prestação encarnada, é dizer que ela está longe de poder ser considerada positiva: perdemos 12 pontos, consequência de 2 derrotas e 3 empates, o que dá uma percentagem de 50% de resultados negativos; ocupamos o 4º lugar, a uma distância de 5 pontos do Sp. Braga e a 3 do F. C. Porto e do Nacional, o que significa que se o campeonato terminasse agora, não renovaríamos o título conquistado a época passada e estaríamos fora da Liga dos Campeões. Mau de mais para ser verdade. Se, por outro lado, pensarmos que o plantel é excessivamente curto, com carências gritantes em determinadas posições, resta-nos colocar as mãos para o céu e rezarmos para que Simão, Nuno Gomes, Quim, Petit e Manuel Fernandes (só para citar alguns) não se lesionem, pois, caso isso suceda, todos poderemos imaginar a desgraça que daí advirá. Relativamente à ausência de Simão, já provámos as consequências. Imagine-se o que poderá acontecer se Nuno Gomes se lesiona. É que Janeiro, ainda está a uma distância de quase dois meses. O melhor é nem pensar num cenário destes, pois pode dar agoiro.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Moralidade precisa-se

Por estes dias discute-se os erros de arbitragem que nesta 10º jornada foram mais que muitos e com clara influência nos resultados. Como sempre, as análises são influenciadas pela cor da camisola de quem as profere. A cantilena é sempre a mesma: os adversários são sempre beneficiados, o nosso clube é sempre o eterno prejudicado. Os mais facciosos dedicam-se inclusivé a fazer estatísticas sobre a matéria, apresentando uma contabilidade que é tudo menos imparcial. Nada a que não estejamos habituados. Pessoalmente, não me deixo levar por semelhantes análises. Tenho para mim que as razões porque o meu clube não está à frente da Liga não são imputáveis à arbitragem, mas antes a erros próprios que dirigentes, equipa técnica e jogadores devem procurar colmatar. Só reconhecendo os nossos erros e tentando superá-los, é que poderemos ser melhores. Arranjar desculpas, atirando para cima de outros responsabilidades que nos cabem, não só nos descredibiliza, como dificilmente conseguimos criar as condições para resolver os problemas que nos impedem de chegar onde queremos.

domingo, novembro 06, 2005

Análise individual

Rui Nereu - Não teve culpas nos golos sofridos, mas é evidente a sua falta de qualidade para o desempenho do lugar.

Léo - No lance do 1º golo do Rio Ave, foi infantilmente ultrapassado por José Gomes.

Ricardo Rocha - Esteve seguro.

Luisão - Complicativo em alguns lances. Quase que marcava um golo, mas Mora fez uma excelente intervenção.

Nélson - Não foi o jogador decisivo doutras ocasiões. Longe disso.

Beto - Terá sido dos melhores jogadores encarnados, apesar de não ter feito uma exibição brilhante.

Petit - A estrela da equipa. Dois livres, dois golos. Não se pode pedir mais.

João Pereira - O habitual. Não tinha lugar como titular em nenhuma equipa da Liga.

Karagounis - Ineficaz. Agarra-se demasiado à bola, com prejuízo evidente para a equipa.

Geovanni - Para quando uma exibição que nos faça acreditar nele?

Nuno Gomes - Bastante desamparado, foi presa fácil para os possantes defesas centrais do Rio Ave.

Karyaka - Não trouxe nada de especial à equipa. Falta agressividade ao seu futebol.

Mantorras - Seis mil contos por mês?! Que desperdício!!

Nuno Assis - Um bom remate e pouco mais.

Mais dois pontos perdidos

Tendo em conta a ausência de Simão, o empate desta noite era um resultado previsível. Sem a presença do capitão nos dois últimos jogos o Benfica perdeu 4 pontos, o que é por si só elucidativo da importância decisiva que este jogador tem na equipa. Sem ele, o Benfica transforma-se numa equipa banalíssima que joga um futebol insípido, previsível, despido de criatividade e completamente inoperante em termos atacantes. Daí que estes resultados aconteçam com toda a naturalidade. Muitos virão dizer que este desaire tem a chancela de Koeman, porque deixou Manuel Fernandes no banco. Se isso acontecer é de todo injusto, não só porque Beto foi dos melhores jogadores encarnados como também não seria a inclusão daquele jogador que iria revolucionar o futebol encarnado. Além disso as alterações feitas no decorrer da partida foram as mais correctas. Se elas não resultaram não terá sido por culpa do treinador. Acontece muito simplesmente que, no plantel encarnado, existe um déficite de jogadores de qualidade e sem eles é difícil conseguir bons resultados nas provas em que estamos envolvidos. Serão, João Pereira, Dos Santos, Nuno Assis, Carlitos, Alcides, Beto e Mantorras, alternativas credíveis aos habituais titulares? Penso que a resposta é evidente e permite perceber as dificuldades com que Koeman se debate, para alcançar os objectivos traçados no início da época.

sexta-feira, novembro 04, 2005

FIFA introduz novas regras no Futebol

Contrariamente ao que eu pensava, nem sempre quando a bola ultrapassa a linha de baliza é golo. No "não golo" do U. Leiria, a bola entrou quase 1 metro dentro da baliza do Sporting e, mesmo assim, o golo não foi considerado. Com certeza, deve ter havido alguma alteração às regras de jogo que, pelo que se viu, a maioria dos adeptos do futebol ainda desconhece. Os próprios jogadores leirienses, a julgar pela sua reacção, também delas não tomaram conhecimento. Aqui as culpas devem ser atribuídas aos seus dirigentes que deveriam estar identificados com esta novidade. Pelo contrário, os jogadores leoninos mostraram ter a lição bem estudada, já que foram lestos a chamar a atenção de que aquele lance, em nenhum momento, poderia ser considerado golo. E como se viu, tinham razão.

Scolari mantém-se fiel às suas convicções

A convocatória de Scolari veio comprovar o que todos já sabíamos: o homem é de ideias fixas e não há volta a dar-lhe. Se em relação à chamada de Paulo Santos concordamos em absoluto - até achamos que ela peca por tardia, dado considerarmos o bracarense o melhor guarda-redes a actuar em Portugal -, já em relação a Jorge Ribeiro e, principalmente, a Frechaut, não se percebe a razão destas convocações. Poderíamos, eventualmente, estender esta crítica, a João Alves e porque não, também a Postiga, que há muito não joga e dificilmente voltará a jogar, pelo menos, até Janeiro. Enfim, o brasileiro tem há muito definido o seu lote de jogadores, e dali não sai.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Derrota injusta

Um guarda-redes que se preze tem de defender um remate executado a 40m e direccionado para o meio da baliza. Não foi o que aconteceu e, por isso, o Benfica perdeu. Rui Nereu acaba assim, por ser o grande responsável pela derrota desta noite, num jogo em que apesar de tudo, o empate seria o resultado mais justo. Um Benfica pouco pressionante permitiu que o Villarreal controlasse a partida na primeira parte, através de uma óptima circulação de bola, graças à enorme valia técnica dos seus jogadores, destacando-se, neste particular, Riquelme. Na 2ª parte o Benfica entrou com outra disposição: foi mais agressivo, teve mais tempo a bola em seu poder, revelou uma maior segurança no passe e com isso foi criando mais dificuldades na equipa adversária. Foi até o Benfica que teve a melhor oportunidade do desafio, mas, infelizmente, Nuno Gomes desperdiçou. Aos 81' veio o balde de água fria com o golo do Villarreal e, daí até final, assistiu-se a um derradeiro esforço encarnado sem resultados práticos.
Fica a certeza que a este Benfica falta poder de fogo no ataque que vai dando para disfarçar nas competições nacionais, mas que ao mais alto nível se torna demasiado evidente. Faltam verdadeiras alternativas a Nuno Gomes. É certo que Miccoli faz muita falta mas Mantorras está longe de ser um avançado que o Benfica necessite. Não se compreende por isso esta opção de José Veiga, de fazer face a uma a uma época desportiva, com apenas três avançados no plantel. E isto já para não falar no número de guarda-redes onde a poupança acabou por nos sair cara, como prova o jogo de hoje. Como todos sabemos é, muitas vezes, nestes pequenos grandes pormenores que se ganham e perdem competições. Os dirigentes encarnados tardam em perceber isto.
Após o jogo de hoje, muitos vão dizer que nada está perdido, bastando para tanto que o Benfica vença os dois jogos que lhe faltam. Como se isso fosse fácil. Obviamente que não é. Vencer os franceses em casa destes (já sei que vão dizer que os emigrantes nos vão fazer sentir em casa) e ganhar ao Manchester United em casa, não me parece que esteja ao nosso alcance. Só dois jogos perfeitos permitiriam que tal acontecesse. E falta ao Benfica potencial para tanto. Eu por mim, contentaria-me com uma ida à Taça UEFA que, por esta altura, só uma vitória em França nos dá essa possibilidade.

A importância de Simão

Um vitória no jogo desta noite pode catapultar o Benfica para a segunda fase da Liga dos Campeões. A tarefa não se afigura fácil, dada a qualidade da equipa espanhola que nas últimas jornadas da liga espanhola tem evidenciado todo o seu potencial. Tenho para mim que mais importante que o factor casa é a inclusão de Simão que poderá ditar a sorte do encontro. Com ele em campo (desde que esteja na plenitude das suas capacidades) as possibilidades de vitória aumentam; sem a sua presença as possibilidades reduzem-se drásticamente. Até digo mais: com Simão fora da equipa, o Benfica não ganha!

terça-feira, novembro 01, 2005

Derrota inglória do F.C. Porto

Ver um jogo da Liga dos Campeões à porta fechada é um verdadeiro suplício e um crime lesa-futebol. A UEFA tem de rever esta situação, pois isto em nada dignifica a imagem do futebol. Quanto ao jogo, o fenomenal golo de Hugo Almeida merecia um outro resultado que não a derrota que o F.C. Porto acabou por sofrer em São Siro. Acontece que os portistas depois de se apanharem a vencer não fizeram outra coisa senão defender. E não se justificava tal atitude perante um adversário completamente desprovido de inspiração. Depois de uma 1ª parte em que o F.C. Porto controlou a partida não se percebe o porquê das modificações operadas por Co Adriaanse. Não só mexeu na equipa como mexeu também no sistema de jogo, com a introdução de três centrais que levaram ao recuo da equipa e à perca do controlo do meio-campo. O Inter aproveitou o facto para tomar as rédeas do jogo e através de dois lances de bola parada passar à condição de vencedor ( a este propósito, gostava de perceber o posicinamento de Rui Meireles, dentro da baliza, aquando do lance que deu o 2º golo aos italianos). Consumada a derrota, as contas do F.C. Porto complicaram-se, mas, ainda assim, com possibilidades de se qualificar para a fase seguinte.

Análise à jornada

F.C. Porto - 0 - V. Setúbal - 0
Os portistas dominaram claramente a partida mas não tiveram arte nem engenho para ultrapassar a bem escalonada defesa sadina. Foi um F.C. Porto demasiado dependente da capacidade de Quaresma e que raramente contruiu uma jogada de perigo. O V. Setúbal limitou-se a defender durante todo o jogo. A provar isso mesmo, foi o facto de Vitor Baía ter sido um mero espectador.
Naval - 1 - Benfica - 1
Resultado injusto para os encarnados pelo que fizeram durante a partida. O estado do terreno e a ausência de Simão foram determinantes no empate alcançado. Os navalistas fizeram o que lhes competia: deram tudo o que tinham e Bruno Fogaça, o seu principal jogador, foi mais uma vez decisivo.
Penafiel - 1 - Académica - 0
Finalmente o Penafiel conseguiu a primeira vitória no campeonato. Embora ainda em último, pode ser que esta vitória os galvanize para os próximos jogos. A Académica continua bastante irregular nas suas exibições.
E. Amadora - 0 - Nacional - 2
Os insulares são a equipa sensação deste campeonato. Ninguém apostaria que nesta altura fossem os segundos classificados à frente de equipas como Benfica e Sporting. Manuel Machado está por isso de parabéns. Estas derrotas caseiras complicam o objectivo do E. Amadora que luta pela manutenção.
Rio Ave - 2 - Marítimo - 2
Desde que chegou o novo treinador, o Marítimo não perde. Desta vez, arrancou um empate precioso em Vila do Conde, frente a um Rio Ave que tem sido uma das boas surpresas deste campeonato.
U. Leiria - 3 - Gil Vicente - 0
Mais uma goleada para os leirienses que parecem determinados em recuperar na tabela classificativa e em apagar a má imagem do início do campeonato. O Gil Vicente especializou-se em sofrer golos nos períodos de desconto: desta vez foram mais dois.
V. Guimarães - 0 - P.Ferreira - 2
A vida não está fácil para os vimaranenses. Desta feita, mais uma derrota caseira frente a um adversário que tinha por obrigação vencer. Os pacenses foram eficazes no contra-ataque e continuam a amealhar pontos tão importantes para o objectivo da manutenção.
Boavista - 2 - Sporting - 2
O Sporting apanhou-se a ganhar por dois golos sem saber ler nem escrever. O Boavista foi sempre a equipa que melhor futebol praticou e por isso veio a conseguir a reviravolta no marcador, num jogo em que merecia a vitória.
Sp. Braga - 2 - Belenenses - 0
Com pézinhos de lã, os bracarenses cavaram um fosso para os segundos classificados que já vai nos cinco pontos. Acresce que Benfica e Sporting estão a uma distância de seis e nove pontos, respectivamente. Esta desvantagem começa a ser preocupante para os grandes, tendo em conta a valia dos pupilos de Jesualdo Ferreira. Vão pensando que o Sp. Braga acabará por quebrar e pode ser que se arrependam. No Belenenses, a mudança de treinador não os impediu de somarem a sexta derrota consecutiva.

domingo, outubro 30, 2005

Análise Individual

Rui Nereu - Uma noite descansada. Ainda assim, não inspira confiança.
Nélson - A par de Nuno Gomes, terá sido a melhor exibição encarnada. Mais uma assistência para golo. E vão cinco!
Anderson - Já o vi fazer melhor. Falhou um golo quase feito e em termos defensivos deu uma fífia na 1ª parte que poderia ter comprometido. No lance do golo da Naval contribuiu para que o árbitro auxiliar não assinalasse o fora-de-jogo, ao quase colocar em jogo o avançado navalista.
Luisão - Não permitiu veleidades ao ataque navalista.
Ricardo Rocha - Bem a defender. Não lhe peçam é que participe na manobra ofensiva, pois essa não é a sua função.
João Pereira - Um erro de casting.
Petit - Exibição manchada pela perca de bola que originou o golo da Naval.
Manuel Fernandes - Pouco produtivo em termos atacantes.
Léo - Muito esforçado, mas claramente desadaptado ao lugar de extremo esquerdo.
Karyaka - Bom toque de bola, mas só isso não chega.
Nuno Gomes - Mais uma vez decisivo. Se tem o azar de se lesionar, quero ver como é que descalçamos a bota.
Nuno Assis - Pouco eficaz.
Mantorras - Um típico brinca na areia. Já não há pachorra para o seu futebol trapalhão.

Empate frustrante

Perdemos dois pontos e com isso perdemos também o ensejo de ultrapassar o F.C. Porto na tabela classificativa. O empate alcançado teve um sabor amargo, face ao futebol produzido pelos encarnados. Se na 1ª parte as equipas se equivaleram, na 2ª o Benfica foi claramente superior e, não fosse o golo irregular de Bruno Fogaça e as oportunidades de golo não concretizadas, teríamos vencido a partida. Os jogadores lutaram imenso, fizeram um jogo que apesar de não ter sido brilhante, fez jus a outro resultado. A ausência de Simão e o mau estado do terreno foram determinantes neste insucesso encarnado. Infelizmente o Benfica não tem no plantel soluções para substituir determinados jogadores. Hoje foi Simão que não pôde jogar e o resultado está à vista. Se o mesmo acontecer com Nuno Gomes, é outro cabo de trabalhos. Uma palavra para a arbitragem que neste jogo prejudicou claramente o Benfica: não foi só o golo validado à Naval (nas barbas do fiscal-de-linha!); foi também um fora-de-jogo mal assinalado a Mantorras, quando este estava em boa posição para marcar e os 4 minutos de compensação em que não se jogou, porque os jogadores navalistas e a sua equipa técnica assim não o permitiram.

sexta-feira, outubro 28, 2005

Manú a caminho da Luz

Segundo a "Bola", Manú prepara-se para entrar na Luz já na reabertura do mercado. A ser verdade, é sem dúvida uma excelente notícia. É claramente uma boa opção para o lado direito do ataque, tendo em conta o sub-rendimento de Geovanni e a inadaptação de Carlitos.

quarta-feira, outubro 26, 2005

Benfica segue em frente na Taça de Portugal

Num jogo que se afigurava difícil, tal como veio a acontecer, o Benfica eliminou o Leixões, graças ao virtuosismo de Simão que apontou dois excelentes golos. Foi um típico jogo de Taça, onde a competitividade prevaleceu em detrimento da qualidade exibicional. Os jogadores leixonenses foram inexcedíveis na forma como se entregaram ao jogo ( na 2ª parte alguns deles estiveram à beira do K.O. em termos físicos ), mas raramente apoquentaram o guarda-redes encarnado. Marcaram um golo num lance de bola parada, numa óptima execução de Nuno Amaro ainda que Rui Nereu não esteja isento de culpas. O Benfica acabou por ser um vencedor justo, pois foi a equipa que mais fez por merecer a vitória, embora a exibição tenha sido bastante descolorida. As alterações feitas por Koeman para este encontro, acabaram por desmerecer a oportunidade, em especial, Carlitos e Mantorras, duas completas nulidades. A saída de Simão, já perto do final da partida, preocupa, pois aparentemente poderá ter contraído uma lesão muscular. Esperemos que ela não se confirme dada a sua imprescindibilidade na equipa.

terça-feira, outubro 25, 2005

Reflexões

Com a devida vénia aqui vos deixo um excelente exemplo de coerência jornalística:

"O exemplo prático do FC Porto de Co Adriaanse, a coragem do seu futebol de risco, a beleza dos espectáculos que proporciona e o público que enche o Dragão para o ver vão ser, não tenham dúvidas, o grande motivo de reflexão deste campeonato.»
Miguel Sousa Tavares, em "A Bola" de 29 de Setembro


MENOS DE UM MÊS DEPOIS, EIS A REFLEXÃO:

"Adriaanse é teimoso até ao absurdo, é autoritarista até ao ponto de isso prejudicar as suas boas ideias em matéria de disciplina e tem um excesso de autoconfiança e um défice de humildade que facilmente se transformam em autismo e arrogância, com evidente prejuízo da equipa. Dá que pensar e é matéria de séria preocupação que só o treinador não consiga ver o que qualquer um vê à vista desarmada."
Miguel Sousa Tavares, em "A Bola" de 18 de Outubro

Como, entretanto, o F.C. Porto ganhou ao Inter e ao Nacional, é provável que MST volte a colocar Co Adriaanse num pedestal.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Análise à jornada

Belenenses - 1 - Rio Ave - 2
A vitória do Rio Ave começou a desenhar-se aos 60', quando a transformção de um penalty inexistente e a consequente expulsão de Sousa ditaram o empate na altura e possibilitaram que os vilacondenses jogassem com mais um jogador, o que veio a ser determinante no desfecho da partida. O Belenenses soma a 4ª derrota consecutiva o que começa a ser preocupante.
Sp. Braga - 1 - Boavista - 0
O pragmatismo habitual dos bracarenses a quem bastou o golo solitário de Andrés Madrid para garantir a vitória. As muitas lesões que têm assolado o plantel continuam sem fazer mossa no futebol bracarense e eles aí estão no 1º lugar do campeonato. O Boavista pouco fez para merecer outro resultado.
Benfica - 2 - E. Amadora - 0
Os encarnados não tiveram uma noite particularmente inspirada mas o resultado é justo. Com o afastamento de Quim durante algum tempo, veremos como Rui Nereu vai dar conta do recado. Os estrelistas praticaram um futebol vistoso na 1ª parte mas foram ineficazes no ataque. É evidente a falta de um ponta-de-lança que saiba finalizar as jogadas. Manu não chega para tudo.
Marítimo - 2 - Naval - 1
Os insulares conseguiram a primeira vitória nos Barreiros. E não se podem queixar da sorte, pois marcaram os dois golos nas duas primeiras vezes que foram à baliza contrária. Os navalistas ainda reduziram aos 76', mas quando se preparavam para um último esforço foram traídos pela expulsão de Carlitos que obviamente lhes retirou possibilidades de chegarem ao empate.
Paços Ferreira - 2 - Penafiel - 2
Emoção foi coisa que não faltou neste jogo. Os penafidelenses adiantaram-se no marcador mas os pacenses conseguiram dar a volta ao resultado. Quando tudo levava a crer que os pacenses alcançariam a vitória eis que ao cair do pano, N'Doye, que já havia marcado o 1º golo penafidelense, volta a facturar e a empatar o jogo.
Académica - 1 - U. Leiria - 3
Segunda vitória consecutiva dos leirienses. Em dois jogos marcaram 6 golos o que ninguém esperaria face ao que fizeram nas primeiras jornadas. Da Académica esperar-se-ia mais depois da vitória em Alvalade.
V. Setúbal - 0 - V. Guimarães - 1
Finalmente a vitória que os vimaranenses tanto procuravam. As últimas exibições já previam que a qualquer momento um resultado destes acontecesse. Desta vez a sorte esteve com o V.Guimarães, pois parece que pouco fizeram para vencer. A figura do encontro terá sido Chumbita Nunes fortemente insultado pelos adeptos sadinos que contrariamente ao que é habitual, apoiaram os seus jogadores durante toda a partida.
Gil Vicente - 2 - Sporting - 2
Os gilistas tiverem o pássaro na mão e deixaram-no fugir. A vencerem a partida deixaram que Liedson já nos descontos chegasse à igualdade. O empate até foi o resultado mais justo face ao que se passou em campo. O Sporting está agora a 7 pontos do líder, tendo ficado mais longe do Benfica e F.C. Porto.
Nacional - 0 - F.C. Porto - 1
A vitória frente ao Inter veio dar confiança aos portistas que, na Choupana, foram sempre a melhor equipa e mereceram ganhar o jogo.

domingo, outubro 23, 2005

Análise individual

Quim - Não se percebe a titularidade, quando foi visível que não estava nas melhores condições físicas. Correu-se o risco de agravamento da sua lesão ( o que provavelmente aconteceu) e Koeman foi obrigado a queimar uma substituição que poderia vir a fazer falta.
Rui Nereu - Desta vez, não pareceu tão confiante como no jogo com o Villarreal ( aquele lance da 1ª parte que daria o golo ao Estrela, não fosse a bola já ter saído do campo, foi de arrepiar; já na 2ª parte, teve uma saída a causar calafrios). Felizmente que não foi sujeito a trabalho difícil, limitando-se a dar seguimento a uns atrasos dos seus colegas.
Nelson - mais uma vez fundamental na vitória encarnada: os golos surgiram de dois cruzamentos seus. No resto, esteve bem a defender, mas não foi tão afoito no ataque como noutros jogos.
Luisão - A segurança habitual.
Anderson - Teve apenas um deslize durante toda a partida: um passe arriscado para Luisão, interceptado por Manu que, no entanto, acabou por não ter consequências.
Ricardo Rocha - Bem a defender, revelou as habituais dificuldades em termos ofensivos. Precisa de refrear a impetuosidade na entrada aos lances: uma delas, valeu-lhe mais um cartão amarelo.
Petit - Generoso na forma como se entrega à luta. Nem sempre bem na construção de jogo.
Manuel Fernandes - 1ª parte insipiente; 2ª parte ao nível dos últimos jogos.
Simão - Na 1ª parte pouco se viu; na 2ª parte foi um quebra-cabeças para a defesa amadorense. Anda a ver cartões amarelos em demasia.
Karyaka - Valeu o golo que marcou. Bom toque de bola mas muito macio a jogar. Falta-lhe nervo e mais constância de jogo.
Geovanni - Uma desgraça. O pior é que não temos alternativas (temos de ir buscar o Manu).
Nuno Gomes - Muito desapoiado. Ainda assim, batalhou, criou várias jogadas de perigo e marcou mais um golo.
Karagounis - Dá segurança à equipa em termos de controlo de bola. Com a sua entrada o Benfica melhorou na circulação de bola e na construção de jogo ofensivo.
Beto - Cumpriu, no pouco tempo que esteve em campo.

Dificuldades na vitória sobre o E. Amadora

Na 1ª parte o Benfica não esteve em campo. Muito lento na transição defesa-ataque, pouca agressividade na recuperação da bola, foi o que os encarnados apresentaram nos primeiros quarenta e cinco minutos. Durante este período apenas há a salientar as duas oportunidades de golo, uma para cada equipa, e a lesão que obrigou à substituição do guarda-redes Quim. Na 2ª parte o Benfica entrou com outra atitude: maior fluência na construção de jogo e maior agressividade defensiva. Isto originou que logo aos 50' aparecesse o golo encarnado, por Karyaka, após um excelente cruzamento de Nelson (quem havia de ser!). O E. Amadora acusou o golo sofrido, desuniu-se, deixou de ser aquela equipa compacta que havia sido no 1º tempo, o que possibilitou que o Benfica tomasse conta da partida e através de rápidos contra-ataques fosse levando o perigo à baliza amadorense. Não surpreendeu, por isso, que os encarnados voltassem a marcar aos 62', desta feita por Nuno Gomes, que aproveitou da melhor maneira mais um magnífico cruzamento de Nelson. A partir daqui, com a vitória garantida, o Benfica geriu o resultado e ainda teve algumas boas oportunidades de golo que não conseguiu concretizar. Num jogo não muito conseguido os encarnados somaram a 5ª vitória consecutiva e ascendem provisoriamente ao 2º lugar.
P.S. - Manu, mais uma vez, demonstrou que o seu lugar é no Benfica. Entre ele e Geovanni, a escolha é óbvia!

sexta-feira, outubro 21, 2005

A crise agudiza-se para os lados do Bonfim

Fartos de promessas não cumpridas, os jogadores do V. Setúbal ameaçam com rescisão colectiva. Segunda-feira, o clube será notificado que tem mais três dias úteis para proceder à liquidação dos vencimentos em atraso. Esta tomada de posição devia encher de vergonha os dirigentes sadinos, em especial, o seu presidente, Chumbita Nunes. É altura de dirigentes deste calibre serem irradiados do futebol e responsabilizados criminalmente.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Zenit - 2 - V.Guimarães - 1

Face à exibição conseguida, mormente na 2ª parte, o V.Guimarães merecia um outro resultado que não a derrota que acabou por se verificar. Para este desenlace, muito contribuiu o árbitro que escamoteou duas penalidades aos vimaranenses e ainda lhes anulou um golo num lance que, no mínimo, deixa muitas dúvidas. Depois de estar a perder por 2-0 e reduzido a 10 jogadores, o V. Guimarães arrancou para uma exibição categórica que, por certo, lhe daria a vitória , não fosse o desacerto na finalização e a péssima actuação do árbitro. Apesar deste resultado negativo, fica a ideia que o V. Guimarães tem capacidade para continuar na UEFA.

Renasce a esperança

Ainda que com muita sorte à mistura, Co Adriaanse arriscou e ganhou. Com este resultado, o F.C. Porto volta a entrar na corrida pelo acesso à fase seguinte da Liga dos Campeões. Após os lenços brancos de sábado, o treinador holandês volta a reconciliar-se com os adeptos portistas.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Resultado positivo

Empatar fora, na Liga dos Campeões, é sempre um bom resultado, mas fica a ideia que um Benfica mais ambicioso poderia ter vencido este jogo. O Benfica controlou a partida na 1ª parte, apresentando um futebol escorreito, com boa circulação de bola e revelando segurança nos aspectos defensivos. Na 2ª parte os espanhóis entraram com outra disposição, foram mais agressivos e o Benfica tremeu. Valeu nessa altura a inspiração do miúdo, Rui Nereu que através de um bom punhado de defesas foi segurando o resultado. Aos 72', num penalty inexistente, o Villarreal chegou ao golo no que poderia ter sido a derrota encarnada. Tal não aconteceu, graças a um golaço de Manuel Fernandes que aos 76' colocou justiça no resultado. O Benfica está agora no 2º lugar do grupo e com boas perspectivas de se qualificar para a fase seguinte.
Jogadores em destaque:
Rui Nereu - Estrear-se na 1ª equipa numa Liga dos Campeões, num ambiente adverso e com o jogo a decorrer, não está ao alcance de qualquer um, muito menos a um miúdo de 19 anos. Acontece que o jovem guarda-redes não acusou minimamente a responsabilidade, jogou sem tremideiras e fez uma exibição que não mais esquecerá.
Nelson - Uma força da natureza. Até cansa vê-lo jogar. Mais uma exibição de encher o olho, algo a que nos vamos habituando. A continuar neste patamar de exibições, dificilmente o Benfica terá argumentos para o segurar na próxima época.
Manuel Fernandes - Não tivesse ele feito mais nada, o soberbo golo que marcou, bastaria para considerá-lo o homem do jogo. Mas não foi isso que aconteceu. Foi eficaz na marcação, constituindo um tampão às jogadas de ataque do adversário, recuperou muitas bolas e, além disso, participou activamente na manobra ofensiva da equipa, evidenciando bom controlo de bola e falhando poucos passes, algo que não lhe é muito habitual.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Dias da Cunha ao seu melhor estilo

A culpa dos maus resultados do Sporting é da comunicação social. Quem o diz é Dias da Cunha. Quando todos pensavam que a culpa residia em José Peseiro e/ou na péssima gestão desportiva da SAD, ou no famigerado "sistema", eis que o presidente leonino descobre um novo responsável pelo descalabro leonino. É o descrédito total. Decididamente, o homem ensandeceu.

Análise à jornada

Rio Ave - 1 - Sp. Braga - 2
Derrota imerecida dos vila-condenses que tudo fizeram para alcançar outro resultado. Os arsenalistas bem podem agradecer aos deuses e a Mora que cometeu um deslize que proporcionou o golo de Vandinho já em período de descontos. Com esta vitória o Sp. Braga assumiu a liderança da Liga portuguesa, mesmo jogando coxo no sector atacante.
V. Guimarães - 0 - Nacional - o
O empate foi o resultado mais justo face ao que se passou em campo. O jogo ficou marcado pela expulsão de Mário Sérgio perto do final do primeiro tempo, o que condicionou os vimaranenses para o resto da partida. Os insulares não souberam aproveitar esta vantagem, revelando uma grande inoperância atacante.
F.C. Porto - 0 - Benfica - 2
Resultado histórico dos encarnados que não venciam no reduto dos azuis-e-brancos, há já 14 anos. Foi uma vitória justíssima do Benfica que ao longo da partida foi sempre a melhor equipa em campo. Destaque para os dois golos de Nuno Gomes que, pela primeira vez, consegue marcar golos em jogos contra o F.C. Porto. Co Adriaanse continua sem ganhar a Koeman e vê aumentar a contestação dos sócios.
Penafiel - 0 - V. Setúbal - 1
O Penafiel continua na senda das derrotas. A sua situação na tabela classificativa começa a ser preocupante. José Castro deve ser o próximo treinador a cair. O V. Setúbal apesar de todos os problemas financeiros com que vai vivendo, deve agradecer aos seus jogadores pelo profissionalismo que têm revelado. E já está no 5º lugar.
E. Amadora - 2 - Marítimo - 2
Depois de estarem a ganhar por 2-0, os amadorenses nunca podiam deixar-se empatar. Face às incidências do encontro, os madeirenses devem estar satisfeitos pelo ponto conquistado.
U. Leiria - 3 - P. Ferreira - 0
Os leirienses obtiveram a primeira vitória na Liga e logo por três golos. Dos pacenses esperava-se mais, depois do resultado frente ao Sporting.
Sporting - 0 - Académica - 1
A crise está instalada em Alvalade. José Peseiro já não tem margem de manobra para estar à frente da equipa. Os academistas ao fim de 40 anos conseguem vencer o Sporting na casa deste e, na tabela classificativa, fugiram aos lugares de despromoção.
Naval - 2 - Belenenses - 1
A Naval lá continua a somar pontos. Para quem estava condenado à descida, a sua prestação no campeonato tem superado as expectativas. O Belenenses averbou a terceira derrota consecutiva num jogo em que só se pode queixar de si próprio.
Boavista - 2 - Gil Vicente - 0
Num jogo sensaborão, os axadrezados aproveitaram dois penaltis que o árbitro lhes resolveu conceder. Além disso, tiveram a vida facilitada, pois jogaram grande parte do tempo com mais um jogador, por força da expulsão de um jogador do Gil Vicente.

domingo, outubro 16, 2005

Análise individual

Quim - No pouco trabalho que teve, revelou sempre segurança. Negou um golo a McCarthy e nos cruzamentos para a baliza esteve sempre bem. É mais consistente que Moreira pelo que espero que volte à condição de titular.
Nélson - Começam a faltar adjectivos para qualificar este jogador. O melhor que se pode dizer dele é que já ninguém se lembra de Miguel. Revela uma grande disponibilidade física e os seus cruzamentos são mortíferos.
Luisão - Imperial. Foi sempre o pronto-socorro nas tarefas defensivas. Quer pelo chão quer pelo ar, revelou-se intransponível.
Anderson - Outra exibição de luxo. Com pézinhos de lã consegue resolver os problemas a contento. Tem uma vantagem relativamente a Ricardo Rocha: a serenidade.
Léo - Tem-me surpreendido positivamente. Ontem voltou a rubricar uma boa exibição quer a defender quer a atacar. Acabou por sair do jogo numa expulsão bastante injusta.
Petit - Sendo o jogador mais recuado do meio-campo, foi o complemento ideal dos centrais. A sua presença é fundamental na equipa encarnada e revelou uma tranquilidade que, por vezes, lhe falta nestes jogos.
Karagounis - Os seus índices físicos ainda não são os melhores, mas, mesmo assim, revela qualidades que podem ajudar muito o Benfica, ao nível da construção de jogo. Tem bons pés, sabe controlar a bola e é eficiente no passe.
Manuel Fernandes - Conseguiu controlar-se emocionalmente, o que era um dos meus receios para esta partida. Foi muito útil, especialmente na recuperação de bola. Tentou algumas vezes o remate mas a pontaria estava desafinada.
Simão - Começa a aproximar-se do seu real valor. Fez a vida negra a Bosingwa e foi importante nas tarefas defensivas. As suas combinações com Léo provocaram vários desiquilíbrios na defesa portista.
Nuno Gomes - Parece o Nuno dos bons velhos tempos. Anda com o instinto de matador apuradíssimo e mais uma vez se revelou decisivo na vitória encarnada. Aquela cabeçada no 1ºgolo foi divinal. No 2º, soube aproveitar da melhor maneira a falha de Ricardo Costa. No resto, foi sempre um auxiliar precioso na construção das acções ofensivas. Esperemos que as lesões não o voltem a incomodar.
Miccoli - Ainda não se tinha visto quando aconteceu a lesão. Tocou pela primeira vez na bola, por volta dos 7 minutos. Pouco depois saiu. Vai-nos fazer bastante falta nos próximos jogos. Com a sua lesão, temos apenas dois avançados disponíveis. Uma lástima.
Geovanni - Não acusou a responsabilidade tendo feito uma exibição regular. De positivo, o cruzamento para o 2ºgolo.
Karyaka - O russo foi uma agradável surpresa. Jogou que se fartou: ajudou a controlar o meio-campo, segurando bem a bola e passando-a a contento. Que bom seria se jogasse sempre assim.
Ricardo Rocha - Entrou nos últimos minutos e fez aquilo que lhe competia: ajudar nas tarefa defensivas.

Matámos o borrego

Se para nós benfiquistas, vencer o F.C. Porto é sempre motivo de grande regozijo, vencê-lo no seu reduto, quando o jejum já durava há 14 anos, é um orgasmo total. Koeman conseguiu manter a invencibilidade frente a Co Adriaanse e Nuno Gomes repete a gracinha de César Brito, marcando os dois golos da vitória. Confesso que não estava à espera dum cenário destes.
O Benfica até nem entrou bem no jogo numa 1ª parte que acabou por ser equilibrada com um ligeiro ascendente do F.C. Porto. Neste período, até nas oportunidades de golo os dois conjuntos se equivaleram: Simão primeiro e McCarthy depois, desperdiçaram duas boas chances para marcar. No que toca a saídas por lesão a mesma coisa: Miccoli do lado encarnado e Lizandro do lado dos azuis-e-brancos. Na 2ª parte, tudo foi diferente: o Benfica entrou melhor e depois do 1º golo, foi sempre mais perigoso e controlou a partida, tendo, inclusivé, hipótese de chegar ao 3º golo, numa situação de 3x1, inglóriamente desaproveitada pelos seus avançados. Uma palavra negativa para Lucílio Baptista, pela dualidade de critérios evidenciada no capítulo disciplinar que penalizou bastante o Benfica - se o 1º amarelo a Léo não se justificava então o 2º foi claramente excessivo e deu a impressão de ser uma compensação à expulsão de Bruno Alves, essa sim, plenamente justificada.
Aspectos a reter:
- Koeman sai em alta depois da contestação de que tem sido vítima desde que chegou ao Benfica. Hoje venceu no duelo táctico com Co Adriaanse. O escalonamento da equipa foi o mais adequado, nomeadamente a entrada de Anderson em detrimento de Ricardo Rocha, dado que este último tem dificuldade em controlar os aspectos emocionais e num jogo com o F.C. Porto, em especial no seu reduto, é fundamental conseguir manter a serenidade; Karagounis, ainda que em deficiente condição física, foi um jogador útil porque sabe segurar a bola e é eficiente no passe. Até nas substituições o holandês foi feliz: Karyaka teve uma entrada decisiva na partida, numa altura em que o grego começava a denotar dificuldades físicas. O russo veio trazer maior segurança no controlo da bola e ajudou a criar vários desiquilíbrios no meio-campo portista.
- Embora denotando algum nervosismo no início do desafio, o Benfica acabou por se mostrar uma equipa sólida na sua defensiva, não dando chances ao ataque adversário e apresentando, pela primeira vez nesta época, uma segurança no passe que não tem sido habitual. Os jogadores souberam posicionar-se no campo com mestria, jogando com grande atitude e união; quando recuperavam a bola, quase sempre saíam a jogar com facilidade e amiudadas vezes, aproveitando o desposicionamento do adversário, desenvolviam rápidos contra-ataques que acabaram por ser decisivos no desfecho do encontro.
- Esta vitória coloca-nos sómente a um ponto do F.C. Porto o que não deixa de ser moralizador, quando a possibilidade de ficarmos a sete estava em cima da mesa. É importante que este êxito não nos faça embadeirar em arco, levando-nos a pensar que agora somos os maiores do mundo e que o campeonato já está no papo. Longe disso. É preciso manter os pés bem assentes no chão e ter a capacidade de perceber que cada jornada é uma batalha que só se consegue vencer, mantendo a atitude que hoje tivemos no Dragão. Jogos como os que fizemos com a Académica e o Gil Vicente, devem estar sempre presentes na nossa memória. E se bem me recordo, não foi só Koeman que falhou nesses jogos.

quinta-feira, outubro 13, 2005

Já cheira a clássico

É já depois de amanhã que o Benfica joga no Dragão. Petit sempre vai jogar, pese embora os esforços de Pinto da Costa para que tal não acontecesse. Estranha-se, ou talvez não, que tivesse partido do F.C. Porto a queixa que levou a Liga de Clubes à instauração do "sumaríssimo". Terão existido, certamente, nas jornadas já disputadas, situações similares à de Petit que poderiam dar azo a castigo semelhante. Não consta que nesses casos o F.C. Porto tenha produzido queixa junto da Liga. Curiosamente, fê-lo agora relativamente ao jogador encarnado. Provavelmente estamos em presença de uma simples coincidência. Veremos se, no futuro, a SAD portista se mostrará tão decidida na defesa da integridade física dos jogadores, quando estiverem em causa outros clubes.
O jogo frente ao F.C. Porto, aparece numa altura em que o Benfica se encontra a quatro pontos de distância dos azuis-e-brancos. Tal facto reforça a ideia do quão é importante este jogo para os encarnados. Há que evitar a derrota a todo o custo tendo em conta o que isso implica (cavar-se-ia uma fosso de sete pontos para o nosso rival, o que não sendo motivo para baixarmos os braços nos deixaria numa situação complicada). Um empate e, sobretudo, a vitória, relançariam o Benfica no campeonato e constituiriam, por certo, um excelente tónico para o embate decisivo com os espanhóis do Villarreal, na próxima terça-feira.
A forma como o Benfica encarar este jogo poderá ser determinante. Não basta jogar no Dragão com uma defesa porfiada, é preciso não ter medo de atacar (embora com naturais cautelas, pois os portistas têm um poder ofensivo que não pode ser ignorado), já que o F.C. Porto tem revelado fragilidades defensivas que urge aproveitar, se quisermos trazer do Porto um resultado positivo. Não sei qual a estratégia que Koeman pretenderá utilizar. Eu próprio me questiono sobre a melhor forma de abordar o jogo: reforçar o meio-campo abdicando de um ponta-de-lança ou, pelo contrário, apostar no 4-2-3-1 que ultimamente nos tem dado bons resultados? Seja qual for a decisão de Koeman, só espero que seja a escolha acertada.
Uma coisa é certa, no final da contenda, não serei daqueles que em caso de derrota (a não ser que os equívocos tácticos e técnicos sejam demasiado evidentes), irão, desde logo, zurzir no holandês acusando-o de incompetência e outros mimos do género. É preciso conhecer o historial do Benfica no reduto portista, para se perceber que é muito complicado desfeitear o F.C. Porto no seu estádio.
Enfim, os dados estão lançados. Enquanto indefectível benfiquista (há quem tenha dúvidas!) desejo um jogo digno de campeões, no campo e nas bancadas, e que no final o meu Benfica consiga trazer na bagagem, os três pontinhos da vitória. Será pedir muito? Provavelmente é. Mas como dizia o nosso querido José Torres: deixem-me sonhar!

quarta-feira, outubro 12, 2005

Vitória no fechar do pano

Portugal redimiu-se da má prestação de sábado e acabou a fase de apuramento com uma vitória tranquila diante da Letónia. Não foi uma exibição de encher o olho, longe disso. Sem grandes exuberâncias, valeram sobretudo alguns momentos deliciosos com que alguns dos nossos jogadores brindaram o público. Neste particular, Deco revelou pormenores técnicos de absoluto deleite. Realçar também os dois golos de Pauleta que assim ultrapassou Eusébio na lista dos melhores marcadores de sempre da selecção nacional. Conseguido o apuramento, vamos esperar o que vai ditar o sorteio para a fase final do Mundial. Seja quais forem as selecções que nos calhem em sorte, ultrapassar a 1ª fase será sempre um objectivo obrigatório. A partir daí, é encarar cada jogo como se de uma final se tratasse. Excepção feita a 1966, a nossa história nos Mundiais tem sido um fracasso. Portugal tem equipa e jogadores que nos permitem sonhar. Relembro que a Turquia no último Mundial alcançou o 3º lugar. É tempo de mostrarmos ao mundo do futebol que também nós temos valor, para lutarmos por objectivos bem mais ambiciosos. Saibam os nossos jogadores merecer, as fundadas expectativas que os adeptos têm na sua selecção.