quinta-feira, abril 30, 2009

Para mim, a fase mais emocionante da temporada

Assim que se aproxima o final da época, começam a surgir nos jornais o nome de eventuais reforços para o Benfica. Até agora tivemos os nomes de Patrick, Afonso Alves, Rúben Micael, Néné, Guzman, Alvaro Pereira, Regula, Kameni e Miccoli (não sei se me estará a faltar mais algum). E ainda a procissão vai no adro. Esperem até ao início da próxima época e vão ver que este número ultrapassará facilmente a centena, para gáudio da nação benfiquista que à custa disso encherá os cofres dos jornais e aumentará exponencialmente os seus níveis de ansiedade. Qual o benfiquista que consegue prescindir do gozo que é todos os dias acordar e dar de caras nas capas dos jornais com um novo craque para o Benfica? Eu confesso que não abdico desse prazer, ainda que, por vezes, muita angústia me possa causar.

2 comentários:

andre_vedder disse...

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cumprimentos

Anónimo disse...

Este post denuncia bem aquele que há muito penso ser o nosso principal problema: a falta de valorização dos nossos activos desportivos.
Na verdade, a gestão de LFV, ao contrário do que tem sido dito, sempre deixou que a pressão dos adeptos, espicaçada pela imprensa, influísse muito mais na gestão desportiva do que seria aconselhável e saudável, como se nota nas aquisições sonantes e milionárias de jogadores que às carradas o clube vem fazendo sempre que o mercado está aberto, e nas constantes entradas e saídas de treinadores e indefinição na direcção desportiva.
E foi esta vertigem de procurar manter o povo entretido e iludido que redundou na nossa situação actual, com uma casa onde não há "pão" para arrumar, pois todas estas mexidas deram azo a uma instabilidade e descaracterização que destruíram a nossa mística e impossibilitaram a criação de uma dinâmica ganhadora. Um clube não pode ser gerido ao sabor da maré e da gritaria do público, mas de princípios, critérios, convicção.
Nem será preciso lembrar a tragédia que foi o afastamento do Toni, treinador que durante anos aguentou o barco, e a aposta em Artur Jorge, para demonstrar como esta tentação de desvalorizar o trabalho de construção de uma equipa sólida e de lançar consecutivos novos ciclos que são tiros no escuro está por detrás das enormes dificuldades que hoje o SLB atravessa.
E a repetição dessa vertente populista de afogar as mágoas em mais uma levada de reforços assusta-me, tanto mais que este é, ou devia ser, um ano de vacas magras, particularmente para o nosso clube...
Pelo menos, espero que mude o protótipo do jogador contratado, pois o que necessitamos é sobretudo sangue novo, quem queira mostrar serviço, desde que, claro está, tenha qualidade.
Abraço,
Zé Amaral