Estas eleições são, lamento dizê-lo, o pior que podia ter acontecido ao SLB. Por mim, são uma desnecessidade (alguém acredita que mudarão algo mais do que o presidente da AG?) que está a sair demasiado cara ao clube. Afinal, o debate a que se tem assistido, com um nível deplorável, diga-se, reconduz-se a um diálogo da treta, onde se discute tudo menos as opções estratégicas para o futuro do SLB. É verdade que não estava à espera de grande profundidade de argumentação em tão pouco tempo, e num processo eleitoral tão repentino, mas entre candidatos a candidatos que aparecem no clube de pára-quedas, candidatos que voam nas asas do delírio e candidatos cujos actos de campanha se limitam a dar sucessivas entrevistas de desculpabilização, tipo português suave à Sócrates, dificilmente podia haver menos clarificação e menos estímulo para um acto eleitoral que se pretende participado, a bem do SLB. Para ajudar à festa, um artista ainda se dignou requerer providência cautelar para impedir a iminente realização destas penosas eleições. Realmente, isto cada vez mais é uma novela mexicana ou venezuelana da pior espécie, e conto os dias para que este triste espéctáculo onde o que menos importa são os interesses do SLB termine. Não podemos mais viver em guerrilha interna, podemos discutir a licitude destas eleições, mas estar agora a arrastar o processo e entrar em jogadas de dilação ou tornar ainda mais confuso umas eleições que já nascem enviesadas pode servir estratégias pessoais mas não é seguramente positivo para o SLB. Já basta o facto de em resultado desta não-campanha os Benfiquistas se terem afastado dos seus dirigentes ou de quem ambiciona assumir cargos no clube. Aquilo a que se assiste é mau demais para a imagem do SLB e para a união sem a qual não chegaremos aos títulos. Como repudiar LFV, apesar dos seus tremendos erros que infelizmente continuarão, se não há ninguém que faça uma campanha que apresente um projecto e alternativas para o SLB (e se o não têm em Julho, dificilmente o teriam em Outubro) em vez dos ataques lacónicos e inconsequentes a quem dirige o clube??? E se em vez de questionar Rui Costa questionassem antes o regabofe despesista que tem pautado a gestão do futebol (não só na última época), os valores do passivo, a falta de blindagem interna (desde logo da posição do treinador), a política de comunicação? Decididamente, esta campanha não está à altura do SLB. Se Vieira falhar a (re)conquista dos adeptos e dos títulos neste mandato que se prevê, escreverá o seu nome nas páginas negras da história do SLB, e não sei o que nos espera. Ah, já agora, que Jesus seja o seu último treinador. Estou farto desta banalização do SLB (a expressão não é minha mas adopto-a). Se não têm capacidade para apostar num projecto que resista às marés de Maio, mais vale naufragarem com ele. Abraço, Zé Amaral
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Estas eleições são, lamento dizê-lo, o pior que podia ter acontecido ao SLB. Por mim, são uma desnecessidade (alguém acredita que mudarão algo mais do que o presidente da AG?) que está a sair demasiado cara ao clube. Afinal, o debate a que se tem assistido, com um nível deplorável, diga-se, reconduz-se a um diálogo da treta, onde se discute tudo menos as opções estratégicas para o futuro do SLB. É verdade que não estava à espera de grande profundidade de argumentação em tão pouco tempo, e num processo eleitoral tão repentino, mas entre candidatos a candidatos que aparecem no clube de pára-quedas, candidatos que voam nas asas do delírio e candidatos cujos actos de campanha se limitam a dar sucessivas entrevistas de desculpabilização, tipo português suave à Sócrates, dificilmente podia haver menos clarificação e menos estímulo para um acto eleitoral que se pretende participado, a bem do SLB.
Para ajudar à festa, um artista ainda se dignou requerer providência cautelar para impedir a iminente realização destas penosas eleições. Realmente, isto cada vez mais é uma novela mexicana ou venezuelana da pior espécie, e conto os dias para que este triste espéctáculo onde o que menos importa são os interesses do SLB termine.
Não podemos mais viver em guerrilha interna, podemos discutir a licitude destas eleições, mas estar agora a arrastar o processo e entrar em jogadas de dilação ou tornar ainda mais confuso umas eleições que já nascem enviesadas pode servir estratégias pessoais mas não é seguramente positivo para o SLB.
Já basta o facto de em resultado desta não-campanha os Benfiquistas se terem afastado dos seus dirigentes ou de quem ambiciona assumir cargos no clube. Aquilo a que se assiste é mau demais para a imagem do SLB e para a união sem a qual não chegaremos aos títulos.
Como repudiar LFV, apesar dos seus tremendos erros que infelizmente continuarão, se não há ninguém que faça uma campanha que apresente um projecto e alternativas para o SLB (e se o não têm em Julho, dificilmente o teriam em Outubro) em vez dos ataques lacónicos e inconsequentes a quem dirige o clube??? E se em vez de questionar Rui Costa questionassem antes o regabofe despesista que tem pautado a gestão do futebol (não só na última época), os valores do passivo, a falta de blindagem interna (desde logo da posição do treinador), a política de comunicação?
Decididamente, esta campanha não está à altura do SLB. Se Vieira falhar a (re)conquista dos adeptos e dos títulos neste mandato que se prevê, escreverá o seu nome nas páginas negras da história do SLB, e não sei o que nos espera.
Ah, já agora, que Jesus seja o seu último treinador. Estou farto desta banalização do SLB (a expressão não é minha mas adopto-a). Se não têm capacidade para apostar num projecto que resista às marés de Maio, mais vale naufragarem com ele.
Abraço,
Zé Amaral
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