quarta-feira, agosto 19, 2009

Há artigos que vale a pena reproduzir

"Para a história e para as estatísticas conta uma jornada de empatas, em que só o Braga tem razões para sorrir (sobretudo agora que o seu presidente "descobriu" que o planeamento deixado pelo treinador que não queria deixar sair é, afinal, deficiente e lesivo dos interesses do clube) e só a Académica tem motivos para lamento. Quanto aos três grandes, dir-se-iam - olhando os números - irmãos siameses: todos ficaram pelo empate, todos tiveram de recuperar, todos marcaram no último quarto de hora, evitando males maiores.
Pouco conta a circunstância de um deles ter criado, sozinho, mais do dobro das oportunidades dos outros dois - é precisamente o Benfica que arrecada o resultado mais penalizador, porque deixou fugir pontos em casa. Provou-se outra vez que mérito e esforço não ganham jogos e os encarnados ficam a dever a si mesmos este deslize, em nome de uma ineficácia atacante que - coincidência ou não - chegou com a temporada oficial.
Dirão aqueles a quem convém encolher os ombros, assobiar para o lado e seguir adiante, que ainda é cedo para falar de arbitragens. Mas Artur Soares Dias acabou por deixar os primeiros sinais do que pode repetir-se e alargar-se nos próximos tempos, até que a dinâmica benfiquista (a tal que preocupou aqueles que se apressaram a vir a público dizer que não estavam... preocupados) se esboroe.
Quase não vale a pena discutir lances, ainda que a não repetição da grande penalidade de Alonso seja um escândalo (há dois jogadores bem dentro da área dita de rigor), que o corte com o braço de Fernando tenha ratificado a dualidade de critérios, que sejam vergonhosos a falta e o cartão amarelo que puniram um desarme limpo de Fábio Coentrão. Tudo isto é pouco se pensarmos na passiva anuência com que o juiz do Porto admitiu o antijogo do Marítimo, em que cada lesão parecia dar direito a internamento hospitalar grave, em que se gerou uma pandemia de paragens. O desfecho é esclarecedor: menos de 50 minutos de tempo útil de jogo. Se é este o futebol que queremos, mais vale dedicarmo-nos a outra atividade, mais lúdica e menos "dramática": encarado assim, o desporto deixa de ser espectáculo para passar a ser uma tragédia e, ao mesmo tempo, uma farsa.
Depois, claro, estão à espreita os trombeteiros do costume - já começaram as campanhas para "denunciar" a "violência" de David Luiz, de Cardozo, até de Pablo Aimar, todos eles "perigosos" e todos eles já atirados para o lume (pouco) brando dos sumaríssimos. Na época passada começou com Luisão. A história repete-se?

NOTA - A agressão a Adriano, proscrito do FC Porto, é uma coincidência temporal, claro: o seu desabafo ao "Record" nada tem a ver com o ato bárbaro de que foi vítima. A festa continua".

João Gobern
Record

5 comentários:

Anónimo disse...

Ó João tu não dormes !!!
Se este soares dias é benfiquista eu vou ali e já venho.
O pai dele ( que deus lhe perdoe ) era assim... habilidoso como o filho; preparemo-nos para mais um ano a ver estes badamecos ( do porto !!!) a destruir o benfica.

Anónimo disse...

joão gobern...ai ai, vais levar rapaz...
não te esqueças o que aconteceu ao marinho neves.
as verdades contra os assumidos corruptos, acaba em violência, olha o vereador de gondomar... jornalistas que se esbarram contra as mãos do assumidos corruptos , etc. etc. etc.
viva portugal, o país dos assumidamente corruptos.

Anónimo disse...

Palhaço.

Deviam ter vergonha de falar, ate parece que foram prejudicados. Querem falar dos lances pa 1ª jornada?

IV CAMPEOES

Anónimo disse...

Curioso que já vamos no segundo artigo do Record numa semana (bem, pelo menos, este não é do Querido Manha), postado por quem não há muito assumia "não ler diários desportivos".
Caro karadas, não vale a pena discutir o que o SLB não controla: arbitragens fracas, antijogo do adversário -que até é sinal de receio-, sempre existiram, continuarão a existir nos jogos do SLB.
Que este jogo tenha servido de lição aos técnicos e jogadores do SLB, pois mais jogos destes se seguirão, mormente na Luz e frente a adversários que não têm argumentos para nos contrariar de olhos nos olhos.
Contra equipas que não jogam nem deixam jogar não se pode ter tanta cerimónia na grande área, e não é com mudança das redes das balizas que passaremos a ser mais eficazes.
Apesar da consistência das exibições que a equipa tem vindo a fazer (a primeira parte deste último jogo parece ser a excepção), temos revelado os crónicos problemas contra adversários que se fecham a sete chaves e apenas saem em contra-ataque (já contra o Olhanense apenas ganhámos no último minuto).
Provavelmente, será este um dos grandes desafios com que Jorge Jesus se debaterá no SLB, mas acredito que todo este desperdício ofensivo não se repetirá, assim saiba a equipa lidar com a pressão de jogar para ser campeã.
Abraço,
Zé Amaral

karadas disse...

Caro Zé Amaral
A minha leitura de jornais desportivos, resume-se à Internet.