Chegou ao fim a novela dos transferências. O Benfica não arrumou a casa convenientemente e, provavelmente, vai pagar por isso. O defesa direito não veio e por isso o nosso ataque irá jogar 90% das vezes pelo lado esquerdo. O lado direito servirá apenas para defender, muito raramente para atacar. Mesmo a defender terá de recorrer a adaptações, o que como todos sabemos normalmente dá bodega. Enfim, em Janeiro tentar-se-á remendar o erro, só que nessa altura talvez já seja tarde. Estranheza? Não! Estamos no Benfica e nesta casa é assim que tudo funciona.
2 comentários:
Caro karadas, partilho as tuas preocupações em relação ao preenchimento da vaga que a ausência de um verdadeiro lateral-direito abre na equipa, parecendo-me incompreensível que um clube como o SLB na preparação da época tenha sequer equacionado privilegiar o recurso a jogadores adaptados numa posição tão sensível (na transição defensiva e ofensiva) como essa. Para mais, um dos jogadores que Quique aventou como hipóteses, Miguel Vítor, deixou muito a desejar na primeira (e felizmente última) vez que foi chamado a desempenhar esse papel, suscitando-se muitas dúvidas quanto ao seu espaço na equipa. Quanto à outra opção à partida mais defensiva para o lugar, Maxi (que mesmo quando era usado no meio campo nunca deixou de ser um defensor), embora o mais bem colocado para a titularidade em face da sua regularidade e da desmesurada vocação ofensiva de Léo (em princípio o titular do outro lado da defesa), é manifestamente um jogador que só cumpre metade da função, tendo-se assumido como uma carta fora do baralho nas manobras ofensivas da equipa.
Por fim, o outro dos candidatos ao lugar, nos poucos minutos em que nessa posição foi utilizado foi aquele que mais se aproximou de um verdadeiro lateral-direito: Amorim. Porém, além de até agora ele praticamente nunca ter sido testado nessa função (a aposta de Quique foi um último recurso perante as dificuldades resultantes da lesão de Léo, agravadas pela não convocação de Jorge Ribeiro), afigura-se muito questionável a indefinição que traria para um jovem jogador habituado a percorrer os terrenos do meio campo ver-se opção regular para o sector defensivo, para depois provavelmente voltar a integrar as opções para a sua posição natural.
No entanto, a aposta em Amorim, que porventura, face às suas características e à forma como a equipa joga (com um só médio defensivo e extremos bem abertos nas alas) será até mais efectivo como lateral-direito que como médio, pode ajudar a desfazer aquele que tem sido um dos equívocos de Quique: a sua utilização como médio na ala direita, conjugado com um "lateral-direito" chamado Maxi...
Zé Amaral
Caro Zé Amaral,
Quanto à possibilidade de Ruben Amorim ser utilizado a lateral direito apenas um (grande) senão. Para se ser um bom lateral é fundamental que se tenha velocidade, algo que o ex-belenense não tem.
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