"As duas derrotas do Benfica no Algarve não significam grande coisa.
O problema do clube é outro, intrigante.
As derrotas têm sido explicadas com a necessidade de construir uma equipa a partir da base, mais uma dose apreciável de erros individuais. É aqui que está o problema.
O Benfica não precisa de uma equipa nova.
O plantel é constituído por jogadores experientes que precisam antes de mais de estabilidade, confiança, bons e coerentes métodos de trabalho.
Na prática, o grupo perdeu dois jogadores muito influentes: Rui Costa e Rodríguez. O que se pede ao treinador e aos responsáveis são substitutos à altura e se possível mais alguns reforços que ajudem a equipa a crescer.
A saída de Rui Costa estava prevista há pelo menos seis meses e o clube parece convencido de que resolveu o problema com a contratação de Aimar, mais qualquer coisa que Carlos Martins possa emprestar.
Para o lugar de Rodríguez ainda não apareceu ninguém, embora seja de acreditar que Dí Maria pode crescer se lhe derem as condições ideais.
Quanto ao resto, só incógnitas e primeiros sinais pouco optimistas. Ou seja, por esta altura é arriscado afirmar que este plantel é mais forte do que o de Fernando Santos, em 2007/08.
Sobra o segundo ponto. A seguir às duas derrotas, os técnicos do Benfica falaram muito nas falhas dos jogadores. Quique chegou mesmo a referir-se a «erros de miúdos». Os adeptos talvez gostem deste discurso, mas costuma ser uma base frágil para construir um balneário. O futuro dirá.
Percebe-se mal que o treinador do Benfica seja obrigado a trabalhar com mais 30 jogadores. É verdade que acabou de chegar, mas creio que estará a levar longe de mais a fase das experiências. Para saber o que vale um futebolista existem vídeos, relatórios e conhecimento do mercado. Não é em dois ou três jogos que se percebe alguma coisa.
Por outro lado, este tempo podia ser precioso para Quique ver como reagem às suas ideias, em campo, os que de facto serão titulares na primeira jornada do campeonato, no fim-de-semana de 24 de Agosto.
O treinador espanhol arrisca-se a entrar no campeonato com um plantel, mas sem uma equipa. Logo mais vulnerável a um início de competição especialmente exigente. E todos sabemos que começar mal é o pior que pode acontecer a um candidato, sobretudo se for o Benfica, o clube onde o tempo não abunda.
P.S.: F.C. Porto e Sporting têm procurado caminhos diferentes. Na primeira parte aproveitam para colocar em campo os melhores, no melhor sistema. Depois fazem testes. Faz sentido".
O problema do clube é outro, intrigante.
As derrotas têm sido explicadas com a necessidade de construir uma equipa a partir da base, mais uma dose apreciável de erros individuais. É aqui que está o problema.
O Benfica não precisa de uma equipa nova.
O plantel é constituído por jogadores experientes que precisam antes de mais de estabilidade, confiança, bons e coerentes métodos de trabalho.
Na prática, o grupo perdeu dois jogadores muito influentes: Rui Costa e Rodríguez. O que se pede ao treinador e aos responsáveis são substitutos à altura e se possível mais alguns reforços que ajudem a equipa a crescer.
A saída de Rui Costa estava prevista há pelo menos seis meses e o clube parece convencido de que resolveu o problema com a contratação de Aimar, mais qualquer coisa que Carlos Martins possa emprestar.
Para o lugar de Rodríguez ainda não apareceu ninguém, embora seja de acreditar que Dí Maria pode crescer se lhe derem as condições ideais.
Quanto ao resto, só incógnitas e primeiros sinais pouco optimistas. Ou seja, por esta altura é arriscado afirmar que este plantel é mais forte do que o de Fernando Santos, em 2007/08.
Sobra o segundo ponto. A seguir às duas derrotas, os técnicos do Benfica falaram muito nas falhas dos jogadores. Quique chegou mesmo a referir-se a «erros de miúdos». Os adeptos talvez gostem deste discurso, mas costuma ser uma base frágil para construir um balneário. O futuro dirá.
Percebe-se mal que o treinador do Benfica seja obrigado a trabalhar com mais 30 jogadores. É verdade que acabou de chegar, mas creio que estará a levar longe de mais a fase das experiências. Para saber o que vale um futebolista existem vídeos, relatórios e conhecimento do mercado. Não é em dois ou três jogos que se percebe alguma coisa.
Por outro lado, este tempo podia ser precioso para Quique ver como reagem às suas ideias, em campo, os que de facto serão titulares na primeira jornada do campeonato, no fim-de-semana de 24 de Agosto.
O treinador espanhol arrisca-se a entrar no campeonato com um plantel, mas sem uma equipa. Logo mais vulnerável a um início de competição especialmente exigente. E todos sabemos que começar mal é o pior que pode acontecer a um candidato, sobretudo se for o Benfica, o clube onde o tempo não abunda.
P.S.: F.C. Porto e Sporting têm procurado caminhos diferentes. Na primeira parte aproveitam para colocar em campo os melhores, no melhor sistema. Depois fazem testes. Faz sentido".
Luís Sobral
Sem comentários:
Enviar um comentário