Mudam-se os protagonistas mas o resultado é sempre o mesmo

Há largos anos que o Benfica entrou numa dinâmica de derrota da qual não se consegue desenvicilhar. Os anos vão passando e a história repete-se sem que se vislumbre uma saída para esta situação que nos confrange e desilude.

Esta noite voltámos a fazer uma exibição descolorida à qual se safou o resultado que, apesar de negativo, ainda nos dá alguma esperança de poder ser rectificado em nossa casa. O Nápoles foi sempre superior e o desfecho poderia ter sido bem mais pesado para as nossas cores. Valeram-nos os lances de bola parada, porque no jogo jogado nunca conseguimos construir uma jogada digna desse nome que permitisse pôr em sentido o nosso adversário que nas transições ofensivas mais parecia que os seus jogadores iam de mota contrariamente aos nossos, facilmente ultrapassados em piques de 15/20 metros.

Quique Flores também não está imune à crítica pois me pareceu que armou mal a equipa, apostando num número exagerado de jogadores com características atacantes que não fizeram o que lhes competia, não atacando com propósito e não recuperando defensivamente, obrigando a nossa defesa a enfrentar os adversários sistematicamente em inferioridade numérica. Por outro lado, não é concebível que, uma equipa com aspirações, após ganhar vantagem no marcador, sofra dois golos no espaço de dois minutos. Isso é o que, normalmente, acontece com equipas frágeis que é aquilo que este Benfica dá mostras de ser. Uma equipa sem estofo, sem colectivo e com vedetas de pés de barro. Assim, muito dificilmente conseguiremos atingir os nossos objectivos e no que diz respeito a esta eliminatória, a continuarmos a jogar como o vimos fazendo, só um milagre nos colocará na fase de grupos da UEFA.