"Primeiro dia da época e o Benfica arranca com uma babilónia de jogadores (46) no lugar de um plantel estruturado. Diraõ qie ainda é cedo, ainda falta muito para começar. Não acho. Neste mmento já devia estar tudo mais devidamente estruturado. Um caso ou outro por resolver (as transferência, compras ou vendas, mais complicadas ou de análise mais cirúrgica) mas, no global, este labirinto de jogadores (novos, antigos, as dúvidas, os dispensados sem solução, os emprestados de regresso, etc) é exactamente a antítese do que deve ser um início de época. Sobretudo num clube grande com ambição de títulos.
Ainda não é possível ter a percepção clara do novo organigrama do futebol do Benfica (e, sobretudo, a sua correlação de poderes) - o esbater do "poder total" que o mesmo treinador tinha no mesmo local e momento, há exactamente um ano; o novo papel de Rui Costa, a maior intervenção presidencial; o lugar de Carraça. Não é fácil, neste momento, ver em tudo isto peças de um mesmo puzzle futebolístico. Ou seja, que relativamente ao processo que levou as coisas até este ponto, possam encaixar pacificamente entre si.
No plano puramente desportivo, há jogadores para entusiasmar (Perez, Bruno César), para inquietar (Roberto, Peixoto), para duvidar (Nolito, Wass), em trânsito (Coentrão, Weldon) ou para encolher os ombros (Uche, Shaffer). Na época passada, bastaram quatro jogos sem a tal preparação prévia, para o campeonato se resolver antes de ter...começado".
Luís Freitas Lobo
Expresso
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