domingo, junho 18, 2006

Portugal pouco vistoso mas eficaz

Portugal ganhou ao Irão e apurou-se desde já para os oitavos-de-final. A exibição foi mais conseguida do que a feita com Angola, mas ainda não me convenceu. Continuamos a ter dificuldades na construção de jogo ofensivo, as oportunidades de golo escasseiam e não fora o grande golo de Deco, e, provavelmente, não íamos além do empate. Agora com o México não dá para grandes mexidas na equipa, caso contrário arriscamo-nos a perder e a encontrar a Argentina na próxima fase, algo que não nos convém absolutamente nada. Se fosse a Scolari talvez fizesse descansar Pauleta que não anda por lá a fazer nada: já é habitual, nos grandes momentos, o açoriano "desaparecer".
No jogo entre a República Checa e o Gana assistiu-se a um dos melhores jogos do Mundial. Apanhando-se a perder desde cedo, os checos não conseguiram repetir a excelente exibição do 1º jogo e vêem-se agora em apuros para conseguir o apuramento. Vencer a Itália com uma equipa remendada não vai ser tarefa fácil. O Gana de quem já tinha gostado frente à Itália, fez um jogo deslumbrante e podia ter goleado, tantas foram os golos desperdiçados. Peter Cech impediu um resultado mais desnivelado.
À semelhança dos checos, a Itália que se tinha exibido a grande altura frente ao Gana, desta vez viu-se e desejou-se para empatar com os EUA. Não fosse o excesso de rigor do árbitro, ao expulsar dois americanos, e talvez o resultado tivesse sido mais penalizador para os italianos. Não há dúvida que os transalpinos nas grandes competições têm sempre uma estrelinha que raramente os abandona. Deus tem certamente uma costela italiana. Só pode!