segunda-feira, abril 09, 2007

Definitivamente arredados do título

Com mais uma exibição miserável, o Benfica provou que não merece ser campeão. Frente ao Beira-Mar, o último classificado da Liga, não só não é admissível perder como se exige que se ganhe por vários golos de diferença. Dizer que a equipa está cansada não serve de desculpa, pois outras equipas de campeonatos bem mais competitivos que o nosso e com provas europeias de permeio, estão aí para as curvas. Além do mais, nem sequer é preciso correr muito para vencer uma equipa como a dos aveirenses. Ficou bem visível, isso sim, que ao Benfica faltam-lhe argumentos para poder pensar em títulos, sejam eles nacionais ou internacionais. Somos a 3ª equipa portuguesa e é nesse lugar que vamos terminar o campeonato. F.C. Porto e Sporting têm-se mostrado superiores e no final da época irão comprová-lo.
Fernando Santos foi comparsa no descalabro pois voltou a fazer borrada. Chegando ao intervalo a perder, não se percebe como Karagounis pode ficar no balneário. Sobretudo porque saltava à vista que o Benfica esbarrava no muro aveirense e o grego é dos poucos que consegue criar desequilíbrios. Agora não se pode é colocá-lo a jogar encostado a uma das laterais quando se sabe que ele rende é a jogar no meio. Perante um opositor tão frágil, continuar a jogar com dois trincos, quando necessitávamos absolutamente da vitória, foi uma dádiva que Paço Soler não deixará de agradecer. Ou tirava Anderson e recuava Katsouranis ou, melhor ainda, tirava este último que nada mais fez do que arrastar-se em campo.
Ver jogadores a rir-se no banco, quando o Benfica estava à beira de perder pontos e com isso hipotecar definitivamente as suas aspirações na Liga, é algo que me choca e me deixa profundamente indignado. Estou a falar de Nuno Gomes e Anderson, dois “abnegados” jogadores que, mais uma vez, mostraram toda a sua classe em campo. Quem naquele momento tivesse ligado a televisão e deparasse com aqueles sorrisos por certo iria pensar que o Benfica estava a ganhar, o que obviamente não era o caso. Considero uma atitude inqualificável que põe em causa o profissionalismo de ambos e da qual se deviam envergonhar. Infelizmente assim não é, e é por estas e por outras que os anos vão correndo e os troféus teimam em não entrar nas vitrinas da Luz.
A jogarmos assim, quinta-feira, o destino estará traçado. Se tal acontecer os jogos até ao final do campeonato vão ser um verdadeiro suplício. Para os jogadores e, principalmente, para os adeptos, desanimados por mais uma época desportiva sem títulos. É a nossa sina, o que é que se há-de fazer!

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