domingo, julho 17, 2005

O caso Tomasson

Infelizmente foi premonitório o meu post de sexta-feira. Já esperava este desfecho e efectivamente ele veio a confirmar-se: Tomansson não veio para o Benfica tendo preferido o Estugarda do "nosso" Trapattoni. É tempo de os dirigentes encarnados perceberem o seguinte: os grandes jogadores custam muito dinheiro e além disso revelam pouca motivação para jogar no campeonato português; estes dois factores terão sido determinantes na preferência do jogador pelo Estugarda. Sabendo disto, José Veiga, deveria ter-se resguardado e não vir para a praça pública pré-anunciar a contratação do jogador quando esta estava ainda longe de se efectivar. Este desenlace, deixa o director-geral muito mal na fotografia por muito que ele venha dizer que o Benfica fez aquilo que podia fazer e que os sócios podem ficar descansados, porque o clube irá contratar um jogador de igual ou maior valia (volta a tropeçar no mesmo erro!). É bom que se tenha a noção de que se, por um lado, é verdade, que esta direcção tem feito um trabalho de relevo em variadíssimos níveis, por outro, no que toca à contratação de jogadores, o trabalho tem ficado bem aquém das expectativas. Numa altura em que se apela à disponibilidade dos sócios e simpatizantes encarnados na aquisição do famigerado kit novo sócio, episódios como este, não ajudam em nada ao sucesso desta iniciativa: os adeptos estão fartos das promessas não cumpridas de contratações bombásticas e sentem-se no direito de penalizar os dirigentes, e a forma mais fácil de o fazerem, é não corresponderem ao apelo dos dirigentes (e não é a apresentação de Léo que irá acalmar as hostes). Já o disse e volto a repetir: desde que ganhámos a SuperLiga nota-se da parte dos dirigentes encarnados, em especial no seu presidente, uma arrogância e um convencimento que particularmente me desagradam; eles que voltem à acostumada postura de discrição e humildade que o Benfica só tem a ganhar com isso: menos paleio e mais acção é o que se pede.

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