segunda-feira, janeiro 17, 2005

Superliga ao rubro.

Estamos perante um campeonato completamente atípico. Não há memória de uma coisa assim. Quem iria pensar que no final da 1ªvolta, cinco equipas se encontrariam separadas apenas por um ponto no topo da classificação? Acho que ninguém. Isto é revelador de que a Superliga está muito mais competitiva embora o futebol praticado continue a ser confrangedor. Temos a possibilidade de ver outros campeonatos e verificamos que o futebol nacional continua a anos-luz do futebol praticado nesses países. A diferença é abismal e de alguma forma explica os resultados que as nossas equipas normalmente conseguem nas competições europeias. A excepção do FCP confirma a regra.
Voltando à Superliga, de salientar os 20 pontos perdidos pelo FCP até ao momento, algo perfeitamente anormal o que tem contrbuído para este equilíbrio. O SCP ontem tropeçou na Madeira, um resultado inesperado face ao que vinha demonstrando nos últimos jogos e onde Liedson revelou, mais uma vez, o seu instinto goleador. O que fará o SCP num jogo em que este jogador não actue? É uma questão pertinente dado que o SCP, na minha opinião, depende em demasia da sua presença em campo. O Benfica lá conseguiu juntar-se aos seus rivais no 1ºlugar, ganhando ao Boavista por um resultado volumoso que não traduz aquilo que se passou em campo, nomeadamente até à expulsão do José Manuel. Foi um jogo feio, muito por culpa do Boavista, que continua a fazer da agressividade a sua imagem de marca. O Boavista não joga, procura, isso sim, que os adversários não joguem. Apesar da vitória, o Benfica continua a revelar lacunas evidentes, em especial ao nível da construção do jogo, faltando-lhe claramente alguém para essa tarefa. Temos dois médios centro cuja característica principal é serem bons recuperadores de bola mas são manifestamente limitados em termos de construção. Saúde-se o golo de Mantorras, jogador demasiadamente martirizado por lesões a quem se deseja que o azar o deixe de perseguir pois bastante falta tem feito no ataque dos encarnados. O regresso de Miguel e Nuno Gomes dão outro estofo à equipa, especialmente o primeiro. Com ele a equipa ganha mais segurança em termos defensivos e é muito mais ousada em termos atacantes.