- Desde a saída de Javi e Witsel que o meio-campo do Benfica está bastante fragilizado. Qualquer leigo em matéria de futebol percebe isto menos o mestre da tática. Em vez de jogar com um meio campo fortalecido, a eminência parda que dá pelo nome de JJ insiste em jogar com dois avançados quando o bom senso ditaria que só deveríamos jogar com um. Aliás, a insistência nesta tática suicida tem-nos dado imensos dissabores ao longo das últimas épocas, especialmente quando jogamos com equipas de valor idêntico ou superior ou nosso. Mas JJ acha que deve continuar com este figurino porque pelos vistos não está cansado de ser derrotado.
- Pelos motivos invocados anteriormente facilmente se percebe porque é que o Spartak ganhou o jogo. Sempre com mais elementos no meio-campo, trocava a bola a seu bel-prazer, jogava entre linhas com grande facilidade e os lances de perigo apareciam continuamente. Ao contrário, o Benfica parecia ter menos jogadores em campo, não conseguia pressionar e quando em posse de bola perdia-a com demasiada frequência. As coisas melhoraram na 2ª parte, não por mérito do Benfica, mas porque os russos decidiram fechar-se no seu meio-campo e dar-nos a iniciativa de jogo.
- Maxi Pereira está a atravessar o pior momento desde que assumiu no Benfica a posição de lateral direito. Como há três anos que LFV não consegue arranjar um jogador que consiga competir com o uruguaio, este vai continuando a jogar mesmo que não tenha condições para o fazer.
- Melgarejo, que já há quem diga estar ali um talentoso lateral esquerdo, não consegue fazer uma jogada ofensiva digna desse nome. Sempre que tenta ultrapassar um adversário invariavelmente fica sem ela. Mas com a alternativa é Luisinho, e sabendo-se que JJ não conta com ele, já se sabe que o paraguaio tem o lugar garantido até ao final da época, mesmo que não dê conta do recado como aliás se tem visto.
- Jardel vai fazendo o que pode, não se lhe pode exigir mais. Foi mais uma asneira de LFV (como presidente é o responsável) que lá entendeu que ter dois centrais de qualidade chegava e sobrava para as exigências da época desportiva.
- Sabendo nós que para quem dirige o Benfica o mais importante não é ganhar mas vender jogadores, não há motivo para grandes preocupações. Claro está que arredados da grande montra do futebol europeu, os nossos jogadores estarão menos expostos e por isso a probabilidade de algum clube estar interessado neles reduz-se bastante. Quanto mais não seja a sua cotação baixa substancialmente. Mas isso não parece incomodar aos nossos responsáveis. Vai-se fragilizando a equipa e chegará o dia em que nem jogadores conseguimos vender (vide o que acontece com o Sporting)
- Resumindo: com o Benfica quase falido e sem resultados desportivos, a sportinguização do clube já esteve mais longe. Basta mais um mandato de LFV na presidência e esse momento chegará a breve trecho.
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