domingo, janeiro 28, 2007

Vitória suada mas merecida

Depois do percalço do FCP em Leiria, era imperativo que o Benfica ganhasse no Restelo de modo a reduzir a diferença que o separa do líder e ganhar novo alento na corrida pela conquista da Liga. Foi o que veio a acontecer, mas não se pense que foi fácil já que o Belenenses se constituiu num adversário tremendamente difícil, tendo-nos criado enormes dificuldades.
O Belenenses entrou a todo o gás, jogando muito compacto, com os sectores muito próximos entre si e exercendo uma forte pressão sobre os jogadores encarnados que se viam em palpos de aranha para construir o seu jogo. Esta foi a toada durante toda a 1ª parte, mas que não impediu que o Benfica fizesse dois golos e mantivesse a sua baliza inviolada. Ambos com a chancela de Rui Costa: o primeiro num excelente passe a rasgar que permitiu que Simão se isolasse e, aproveitando um desentendimento entre Costinha e Ronaldo, concretizasse com êxito; o segundo num livre muito bem executado a que Luisão deu o melhor seguimento. Foram 45 minutos de forte pendor ofensivo do Belenenses, mas sem resultados práticos, e um Benfica pragmático: forte a defender e com grande eficácia na finalização.
Na 2ª parte o cariz do jogo modificou-se: o Belenenses foi menos ameaçador, aproveitando o Benfica para se libertar do colete de forças que o adversário lhe tinha imposto até aí. Os jogadores encarnados começaram então a fazer circulação de bola com mais confiança, com mais à vontade, gerindo da melhor forma a vantagem no marcador. Jogando com cautela o Benfica ia espreitando a possibilidade de através de venenosos contra-ataques chegar ao terceiro golo. Num deles, Nuno Gomes falhou escandalosamente a hipótese de sentenciar a partida. Já perto do final da partida, Silas marcou o golo que o Belenenses fez por merecer e criou alguma emoção para os últimos minutos que, no entanto, apenas vieram a resultar na expulsão de José Pedro e na amostragem de alguns cartões amarelos a jogadores do Belenenses.
No Benfica gostei especialmente das exibições de Luisão, imperial na forma como não permitiu veleidades aos avançados contrários; Léo, pela raça e pelo acerto demonstrado quer nas tarefas defensivas quer nas ofensivas; Petit pelo excelente posicionamento táctico e na recuperação de bolas; Karagounis, exímio no controlo da bola; Rui Costa, pelas assistências que resultaram em golos e Simão que, mais uma vez, se assumiu como a principal referência da equipa. No Belenenses particular destaque para Rodrigo Alvim, um jogador que me enche as medidas e que deve merecer o olhar atento do técnico e dirigentes encarnados. Se fosse eu que mandasse não pensava duas vezes: contratava-o!

1 comentário:

Anónimo disse...

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