Ainda que num jogo a feijões, sofrer uma goleada do Sporting é sempre devastador para qualquer benfiquista que se preze. Em momento algum pode acontecer. O que aconteceu esta noite foi uma vergonha e deve merecer, por parte dos dirigentes e equipa técnica, uma análise profunda. Levamos um mês de preparação, estamos à beira de disputar uma pré-eliminatória da Liga dos Campeões - que pode marcar toda a época desportiva, além de ser extremamente importante em termos financeiros -, e aquilo que vimos foi uma equipa completamente esfrangalhada, sem ideias, desastrosa tácticamente, fisicamente de rastos e com níveis zero de motivação. Mais uma vez fica a certeza que a política de contratações se revela um fiasco, pois ao cabo de 5 jogos dá para perceber que dos jogadores contratados apenas Rui Costa traz algum acréscimo de qualidade ao plantel encarnado, o que contraria a promessa de LFV que disse que o Benfica só iria contratar jogadores de classe mundial. Ora os jogadores que vieram só numa equipa de meio da tabela da Liga portuguesa teriam lugar e, mesmo assim, alguns deles, nem isso. Infelizmente este cenário repete-se, época após época, sem que os principais responsáveis - LFV e José Veiga - assumam as responsabilidades de tamanho fracasso. Em última instância, como já aconteceu na temporada passada, atira-se a culpa para cima do treinador e fica o problema resolvido. Ainda por cima, quando se escolhe um treinador do gabarito de Fernando Santos esse expediente fica bem mais facilitado. Nem é preciso esperar muito tempo: tendo em conta o Benfica que se perfila no horizonte não é necessário ser adivinho para se perceber que os maus resultados vão ser uma constante ao longo desta temporada; até os mais optimistas vão chegar brevemente a essa conclusão.
No jogo de hoje bastou um vulgar Sporting para pôr a nu as debilidades encarnadas. Uma forte pressão exercida sobre os jogadores encarnados foi o suficiente para reduzir a equipa a cinzas. E como o único jogador esclarecido (Rui Costa) não estava nos seus dias, foi o descalabro total: passes transviados, recepções mal feitas, desmarcações que não se fizeram, desposicionamento táctico, enfim, um desnorte a que não escapou ninguém.
Fernando Santos, pelo que se viu, tem um trabalho árduo pela frente e o tempo escasseia. Ficou provado para quem tivesse dúvidas que Petit e Katsouranis, neste sistema, não podem jogar em simultâneo e, sendo assim, deve ser atribuído a Petit o lugar à frente da defesa. É que entre ele e o grego a diferença é abissal. Nas laterais temos outro bico de obra por resolver: a equipa não consegue carrilar jogo pelas faixas, e no lado direito, tanto Nelson como Alcides são uma constante dor de cabeça, seja a atacar, seja a defender. No miolo, mesmo com a vinda de Rui Costa, continuamos com déficit de criativos (que a saída de Simão vem agravar) e com uma lentidão exasperante: fugir às marcações dos adversários sem que os jogadores se movimentem é tarefa complicada. No ataque não há finalizador que resista quando não tem ninguém que o sirva em condições embora seja bom que se diga, em desfavor dos nossos avançados, que todos eles se andam a especializar em foras-de-jogo: não há paciência para a quantidade de vezes que são apanhados em situação irregular! Para finalizar temos a questão táctica que não é despicienda: a equipa actua de forma descoordenada onde cada jogador parece desconhecer a função que tem em campo, o que obviamente tem reflexos negativos na qualidade do jogo.
O diagnóstico está feito. Resta saber se há forma de alterar o quadro traçado em benefício da equipa. Com estes jogadores não vai ser fácil. E com este treinador também não!
1 comentário:
ó amigo aquilo é tao mau que tu ja confundes os gregos. os que nao podem jogar juntos sao o petit e o katsouranis e nao o petit e o karagounis como referiste. o teu benfica é uma tristeza.............. coitaditos
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