Vitória importante, quiçá moralizadora, mas o favoritismo da eliminatória continua ainda assim a pertencer ao Liverpool. Foi fundamental não sofrer golos, embora a vantagem magra possa não ser suficiente para o ambiente que vamos enfrentar em Liverpool. Em casa, o Liverpool vai pôr em campo todas as suas principais armas, Peter Crouch e Gerrard incluídos, apostará num futebol directo aproveitando a estatura dos seus jogadores e aí dificilmente o Benfica não abanará. Hoje Moretto voltou a não estar feliz e em Inglaterra a prestação do guarda-redes vai ser decisiva. A nosso favor temos a pequena vantagem de se conseguirmos um golo o nosso adversário ter de marcar três. Resta saber se o Benfica terá capacidade para marcar esse tão desejado golo. Penso que as nossas possibilidades de irmos em frente nesta Liga dos Campeões passa muito por este aspecto: marcarmos um golo e conseguirmos não sofrer três. É que não sofrermos golos parece-me uma tarefa quase impossível.
No que toca ao jogo propriamente dito, parece-me que hoje Koeman acertou na táctica. A inclusão inicial dos 3 médios foi importante por forma a não perdermos a batalha do meio-campo, zona do terreno onde o Liverpool é bastante forte. Este facto permitiu-nos roubar espaços ao adversário, dificultando-lhe a organização e criação de jogo ofensivo. O Liverpool durante a 1ª parte teve mais tempo a posse de bola, mas foi pouco acutilante não criando dificuldades de monta à nossa defesa. Se nos aspectos defensivos estivemos exemplares já no plano ofensivo as coisas não nos correram bem, por força da falta de jogadores criativos que pudessem transportar a bola para a frente com segurança. Na 2ª parte e já com os ingleses a revelar algum desgaste físico, a entrada de Karagounis veio a revelar-se decisiva na melhoria do futebol encarnado. Alguns perguntarão porque razão o grego não entrou mais cedo já que Beto cada vez que tinha a bola a perdia de imediato. Eu penso que a substituição foi feita na altura certa, porque até aí Beto foi sempre bastante importante no encurtamento dos espaços, na recuperação de bola e no desgaste que foi provocando no adversário. Os ingleses acusando alguma fadiga deixaram de ser tão eficazes nas marcações, passando nós a ter mais liberdade de acção e aí a reconhecida capacidade técnica do grego fez o resto, permitindo maior fluidez ao nosso jogo ofensivo que até então praticamente não tinha existido. Apesar de tudo as oportunidades de golo continuavam a não surgir para nenhum dos lados. Acabou por ser um lance de bola parada a dar a vitória ao Benfica num lance bem congeminado por Petit que, contrariamente ao esperado, em vez do remate directo, decidiu-se por um cruzamento a que Luisão deu a melhor sequência desfeiteando Reina para gáudio dos adeptos encarnados.
No Benfica há a destacar as exibições de Luisão e Petit verdadeiros gigantes nesta partida. Léo cotou-se com outra boa exibição assim como Anderson na marcação a Fowler ( o problema deste jogador é que, por vezes, comete fífias que deitam tudo a perder como voltou a acontecer hoje por 2 vezes). Em contrapartida, Simão continua a sua travessia no deserto; Robert nem com a motivação extra de jogar contra ingleses conseguiu mostrar alguma coisa e Beto que esteve completamente desastrado no capítulo do passe.
O jogo de hoje veio provar o erro de nas competições nacionais o Benfica não jogar com 3 médios. Na Liga portuguesa jogamos sempre em desvantagem numérica na zona nevrálgica do terreno, estratégia que nos tem saído bem cara. É que jogar com 4 jogadores que não defendem ( os 2 pontas-de-lança e os médios alas) é um luxo com que não se compadece o futebol moderno. Esse 3º homem no meio-campo terá de ser um organizador de jogo, tarefa que Karagounis desempenha como ninguém no plantel encarnado. Este tem sido o grande erro do holandês que resolveu ceder aos desejos dos adeptos, cuja maioria não gosta que o Benfica jogue com 2 médios defensivos por entender que isso limita o futebol ofensivo da equipa. Um logro que a meu ver tem sido o responsável pelo descalabro da equipa.
6 comentários:
De facto Koeman ontem não inventou e fez as substituições na altura certa. Só o senão de q parece óbvio q Nelson ou joga de inicio ou não joga. Sempre q é suplente utilizado é um desastre.
Para Anfield é torcer para a recuperação total de Geovanni. Será peça fundamental para rasgar a defesa do Liverpool q terá de se abrir um pouco mais.
Gostei da análise e concordo com praticamente tudo. Penso que, ainda assim, Koeman inventou - mesmo que tenha sido só um bocadinho. Com um esquerdino-nato na equipa (Robert) e Simão em baixo de forma (claríssima!), a solução passaria, como refere o Pedro e muito bem, pela inclusão de Nelson na equipa titular, na extrema-direita, passando Robert para a esquerda. Se a isso Koeman juntasse a sensata ideia de trocar o Moretto pelo Quim, levaria a minha nota máxima.
Caro Guitarrista:
Por muito mal que esteja o Simão não nos podemos dar ao luxo de o colocar no banco. Acresce que tb Nelson há bastante tempo que não faz um jogo de jeito. Daí que não me pareça uma boa solução para o lugar de Simão.
Quanto à escolha entre Moretto e Simão confesso que tenho dúvidas. Tinha grandes esperanças no brasileiro mas ele tem frustrado as minhas expectativas. Quim também não me oferece grandes garantias. Fico assim no dilema de saber quem quero na baliza encarnada. Sei que em Inglaterra o Liverpool vai usar e abusar dos cruzamentos para a nossa área. Um guarda-redes alto é capaz de fazer mais sentido. Sendo assim, parece que apesar de tudo e pelo menos nesse jogo, talvez Moretto mereça a minha preferência. Mas é como digo: tenho dúvidas de qual será a melhor opção.
Parabéns foi um excelente resultado.
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