sexta-feira, novembro 30, 2007

Receita para amanhã

A receita para o jogo de amanhã é simples: uma exibição igual à de quarta-feira e abrem-se excelentes perspectivas de vencermos o F.C. Porto; pelo contrário, se jogarmos como o temos vindo a fazer nos restantes jogos então é de prever o pior. Não sei se é o jogo do ano, sei é que nesta altura face aos quatro pontos que levamos de atraso para os nortenhos não nos resta outra solução que não seja vencer a partida. Não pode haver lugar à derrota nem ao empate. É o jogo do tudo ou nada. Exige-se que os jogadores dêem tudo o que têm, joguem o que sabem e deixem a tremideira no balneário. No final dos 90' espero que tenhamos motivos para festejar.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Este é o Benfica que eu quero

Finalmente uma exibição decente. Fizemos o melhor jogo desta época e tivemos a oportunidade de vencer o Milan, algo que a acontecer teria sido merecido face ao que produzimos em campo. Empatar frente a um adversário desta dimensão não deslustra, bem antes pelo contrário, e só foi pena a vitória do Celtic já no período de descontos que nos retirou o ensejo de continuarmos na Liga dos Campeões. Esperemos, no entanto, que esta excelente exibição nos dê a motivação e a moral necessária para no próximo fim-de-semana derrotarmos o F.C. Porto, num jogo em que estamos condenados a ganhar isto se quisermos continuar a manter intactas as nossas aspirações de vencer a Liga.
O jogo desta noite constituiu de facto uma agradável surpresa. Todos os jogadores estiveram em bom plano, alguns excederam as melhores expectativas, como foi o caso de Luís Filipe e do próprio Maxi Pereira, tendo até Camacho evidenciado uma boa leitura do jogo ao fazer as substituições que se impunham e arriscando tudo para ganhar.
Agora, todos nós benfiquistas, vamos querer saber qual de facto é o verdadeiro Benfica: se o desta noite com o Milan ou aquele que tão pobres exibições nos tem oferecido nos palcos nacionais. Os próximos jogos ditarão se este foi apenas um jogo de engate ou se esta exibição vai ter continuidade e é fruto do trabalho que tem vindo a ser realizado. A identidade da equipa vai por isso ser posta à prova e já frente ao F.C Porto. Depois, ainda teremos a cartada na Ucrânia que não pode ser desperdiçada. É que se queremos um Benfica forte e prestigiado não nos podemos dar ao luxo de sair das competições europeias logo em Dezembro.

terça-feira, novembro 27, 2007

Um tipo está sempre a aprender

Cajuda, apesar da derrota, destacou a extraordinária exibição da sua equipa. Pensava eu que as exibições extraordinárias garantiam vitórias. Pelos vistos já não é assim. Jogar mal começa a ser condição necessária para se obterem bons resultados. Agora percebo porque é que o meu Benfica tem vindo a ganhar jogos últimamente.

domingo, novembro 25, 2007

Vitória enganadora

Se tivesse havido justiça o Benfica não teria saído de Coimbra com os três pontos. Como a vitória aconteceu, esquece-se a exibição descolorida e enaltece-se a capacidade de sofrimento e a entrega de todos os jogadores. Com isso mascara-se o mau momento encarnado e vaticina-se um futuro risonho para a equipa que acabará, julgarão alguns, com a conquista do campeonato. Esquecem-se os benfiquistas que numa prova com trinta jornadas muito dificilmente se ganha jogando mal na maioria delas. Um dia, inevitavelmente, a sorte deixar-nos-á de sorrir e, nessa altura, acordaremos para a realidade que será dura e dolorosa.

quinta-feira, novembro 22, 2007

Ninguém esperaria que fosse tão difícil

A nossa selecção cumpriu os serviços mínimos e apurou-se para a fase final do Euro. Fizemos uma fase de qualificação pouco deslumbrante mas o que importa é que conseguimos alcançar os nossos objectivos. Scolari não se livrou de uma forte contestação, injusta, digo eu – as pessoas têm memória curta e esquecem-se que antes dele, Portugal ficava invariavelmente fora das grandes competições e mesmo quando estava presente os resultados foram apenas sofríveis ou pior do que isso. Pepe estreou-se a bom nível ficando claro que formará com Ricardo Carvalho uma das melhores duplas de centrais do mundo – nunca Portugal teve tão bons centrais como actualmente. Quaresma continua a demonstrar o porquê de Scolari não o ter convocado no último Mundial. Cristiano Ronaldo já teve melhores dias. Deco, apesar das criticas de alguns que não se conformam pelo facto dele ser brasileiro, continua a ser imprescindível nesta selecção como ficou bem patente nestes dois derradeiros jogos em que foi por demais evidente a falta de um distribuidor de jogo no futebol ofensivo da equipa.
No rescaldo desta fase de grupos tivemos ainda a eliminação surpreendente da Inglaterra, a única das grandes selecções a ficar pelo caminho. Agora há que afinar o barco de forma a nos apresentarmos em grande no mês de Junho e desse modo, talvez, quem sabe, conquistarmos o caneco que nos escapou ingloriamente no último Europeu.

domingo, novembro 18, 2007

O que é que se passa?

É verdade que estamos a um ponto do Euro. Mas a jogarmos assim, é de prever que os 90 minutos de quarta-feira frente à Finlândia sejam de grande sofrimento e tremideira. Portugal em toda esta fase de qualificação apenas fez um jogo de qualidade –contra a Bélgica – sendo que todos os outros foram um enorme bocejo. Não sei o que é que se passa mas é evidente que alguma coisa não vai bem no reino da Selecção. É bom que acertem agulhas pois seria uma tragédia ficarmos de fora do Europeu do próximo ano.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Mão pesada da UEFA

A UEFA decidiu penalizar Bynia com 6 jogos de suspensão. E, na minha opinião, muito justamente. Aquela entrada sobre o jogador escocês só não resultou numa perna partida por mero acaso. É chegada a hora de, uma vez por todas, estas situações serem devidamente castigadas, sob pena de muitos jogadores verem as suas carreiras terminar abruptamente. Contudo, estranha-se que a mão pesada da UEFA não se faça sentir da mesma forma quando outros jogadores, com outro estatuto e envergando camisolas mais sonantes, cometem o mesmo tipo de agressões. A mão da justiça sempre foi mais pesada com os pobres. O camaronês terá sentido na pele essa diferença.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Vitória melhor que exibição

Brindámos o Boavista com uma goleada e, mesmo assim, não gostei de ver jogar o meu clube. O resultado é enganador e não traduz as dificuldades por que passámos durante grande parte da partida. Até à expulsão de Mateus o jogo foi equilibrado e os nossos jogadores mostravam-se claramente desinspirados. Depois do 2º golo, os níveis anímicos dos boavisteiros entraram em derrapagem e, aí sim, o Benfica começou a desenvolver um futebol agradável acabando os golos por surgir com naturalidade, tendo ficndo inclusive a ideia de que se o jogo durasse mais uns minutos teríamos alcançado uma goleada histórica.
Espero que a paragem no campeonato permita recuperar Petit e David Luiz cujas ausências já suscitam grandes saudades – especialmente o primeiro – tal a influência que têm na equipa. A entrada do brasileiro permitirá a subida de Katsouranis para o meio-campo com o consequente afastamento de Bynia que, apesar de denotar uma enorme entrega ao jogo, ainda não tem estaleca para ser titular. O “pitbull” sabe ocupar os espaços como ninguém e, além disso, consegue ter um rendimento ofensivo bem superior ao do camaronês. Com a inclusão destes dois elementos a equipa ganhará uma maior estabilidade e uma nova dinâmica o que permitirá melhorar, os nossos níveis exibicionais. É o que eu espero e estou convicto que é isso que vai suceder

terça-feira, novembro 06, 2007

Cansa ter sempre razão

Bem que eu gostava de não ter razão mas o que acontece é que a tenho sistematicamente. É muito raro os meus vaticínios não baterem certos, do mesmo modo que é muito raro que as minhas análises sobre o Benfica não se venham a confirmar como as mais correctas.
Tinha aqui prognosticado uma derrota na Escócia e um consequente afastamento da Liga dos Campeões e estas duas situações vieram a verificar-se. Tenho constantemente dito que Camacho não percebe nada de futebol e hoje, mais uma vez, esse facto veio a ser confirmado (aquela substituição do Rui Costa nem sequer um treinador de vão de escada teria coragem de a fazer, tal a imbecilidade da opção). Também não me tenho cansado de repetir a asneira que foi o desbaratar de dinheiro na contratação de Cardozo que, jogo após jogo, nos demonstra inequivocamente da sua incapacidade para jogar futebol. Enfim, estou farto de ter razão porque isso tem significado derrotas para o meu clube e isso é tudo aquilo que eu não quero. O que eu mais desejo é ver o meu Benfica a ganhar. Mas há que convir que assim é difícil.

sábado, novembro 03, 2007

Ganhar sem saber como

Continuamos na senda das más exibições. Voltámos a ganhar com sorte, reduzimos distâncias para o F.C. Porto, mas esta aproximação é meramente circunstancial não tendo, por isso, qualquer significado.
Camacho continua igual a si próprio: equívocos atrás de equívocos, dando claramente a ideia que de futebol percebe pouco como atesta a sua carreira de treinador. Falando dos jogadores que hoje estiveram em Paços de Ferreira, há que dizer que Cardoso continua a passear a sua “classe” pelos relvados portugueses: parece estar sempre em débito físico, não consegue ganhar uma bola de cabeça, não consegue segurar uma bola, só tem um pé (e há dias, como o de hoje, que nem esse usa convenientemente) o que leva à pergunta recorrente: como fomos capazes de dar 9 milhões de euros por um jogador destes? Bynia sempre muito esforçado, aqui e ali consegue recuperar uma bola, mas a construir jogo é uma nulidade, isto já para não falar das faltas escusadas que não se cansa de acumular jogo após jogo. Luís Filipe é mais um daqueles jogadores que chegam ao Benfica e desaprendem de jogar. De Nuno Assis nem vale a pena falar. E fico-me por aqui, pois de jogadores sem nível para jogar no clube está o Benfica cheio.
Quarta-feira jogamos, muito provavelmente, a derradeira cartada na Liga dos Campeões. Apesar de o Celtic ser um adversário perfeitamente ao nosso alcance, algo me diz que os nossos jogadores vão acusar a responsabilidade do jogo e, muito em especial, o ambiente que vão viver naquele campo. Acusem-me de pessimista, mas a verdade é que as exibições que a equipa vem fazendo não dão azo a que acreditemos nela.