quinta-feira, agosto 30, 2007

Os deuses estiveram connosco

Há que dizê-lo com frontalidade: tivemos muita sorte ao apurarmo-nos para a fase de grupos da Liga dos Campeões. No cômputo das duas mãos os dinamarqueses foram claramente superiores só que, desta vez, nós tivemos a fortuna que nos tem faltado noutras ocasiões. Os dinamarqueses bem podiam ter ficado ali toda a noite que estava escrito que esta noite a bola não entrava (fez-me lembrar o Benfica–Boavista da época passada).
Não conseguindo esconder alguma falta de inspiração os jogadores encarnados foram, por outro lado, inexcedíveis na entrega ao jogo. Houve muita determinação, muita vontade, muita solidariedade o que demonstra que todos eles perceberam a importância do que estava em jogo. Neste particular já se notam, sem dúvida, diferenças relativamente ao reinado de Fernando Santos. Salta à vista que o espanhol tem uma capacidade de motivar os jogadores que o engenheiro definitivamente não tinha.
Agora falta o essencial que é pôr a equipa a praticar bom futebol. E para que isso aconteça, não basta o dedo do treinador. É preciso que os jogadores tenham qualidade suficiente para poderem jogar o futebol que todos os benfiquistas desejam. E neste aspecto é que a porca torce o rabo. Penso que o plantel precisa urgentemente de se reforçar com um médio centro (Rui Costa não chega) e com um ponta de lança que marque golos. Faltam dois dias para o fecho das inscrições e, ao que parece, o Benfica apenas está no mercado por um avançado. Mesmo que ele venha não é suficiente. Di Maria (que hoje deu boas indicações), Maximiliano e Rodriguez não são jogadores para fazerem essas posições pelo que, a não ser contratado mais ninguém, receio que venhamos a ter muitos dissabores ao longo da época. É importante que não se caia no erro de pensar que, pelo facto de termos eliminado os dinamarqueses, tudo está bem. É óbvio que não está e o próprio Camacho já deu conta disso mesmo. Só falta que LFV cumpra a sua função.

terça-feira, agosto 28, 2007

Dia D

Um dos objectivos mais importantes do Benfica para a presente temporada joga-se amanhã em Copenhaga. Os jogos até agora realizados não nos dão quaisquer garantias de que a eliminatória está no papo. Bem pelo contrário. O que fizemos até agora deixa-nos apreensivos quanto ao que possa vir a acontecer. Se a 1ª mão em nossa casa já foi bastante complicada, o que dizer de uma 2ª mão a realizar no campo do adversário, com 40.000 almas a puxar pelo seu clube e com alguns jogadores da nossa equipa sem nenhuma ou pouca experiência nestas andanças?
Mesmo sem o seu principal jogador, o F.C. Copenhaga vai ser um osso bem duro de roer e que irá exigir da nossa parte um jogo quase perfeito. Esta vai ser uma excelente oportunidade para que alguns dos nossos jogadores que já vêem contestado o seu valor, demonstrem que efectivamente são mais valias para o Benfica. Há muito boa gente que acredita neles. É conveniente que eles não defraudem essas expectativas, sob pena de comprometerem o seu futuro no clube.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Nelson Évora campeão do mundo


Pela primeira vez no historial do Benfica temos um campeão do mundo. Nelson Évora conquistou a medalha de ouro no triplo salto, com uma marca de 17.74, o que constitui novo record nacional. São atletas deste calibre que honram a camisola do glorioso. Parabéns Nelson. Todos os benfiquistas se curvam perante o teu feito.

domingo, agosto 26, 2007

Breves

- frente a duas das melhores equipas da Liga, o F.C. Porto somou seis pontos. É assim que se começa a ganhar campeonatos;
- o Valência contratou Manuel Fernandes e colocou uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros. Isto é uma pequena amostra de que num clube a sério não se brinca em serviço;
- Maximiliano Pereira diz que é um sonho jogar no Benfica. Tomara que não se torne em mais um pesadelo encarnado;
- no Benfica, entram dois novos extremos e, ao que parece, mais um defesa central. Em contrapartida, nas posições em que nos encontramos mais deficitários, médio centro e avançado, não entra ninguém. E depois queixamo-nos que os resultados não aparecem!

No pasa nada

Dois jogos contra recém primodivisionários. Dois empates. Quatro pontos perdidos. É esta a contabilidade do Benfica e ainda o campeonato não saiu do adro.
Qualquer pessoa minimamente entendida em futebol – não é preciso nenhum curso, nem coisa parecida – percebe que esta performance é absolutamente natural face ao valor actual da equipa do Benfica. Só o presidente é que teima em achar que estamos perante o melhor plantel dos últimos dez anos. Os mais esclarecidos, por outro lado, sabem que esta opinião de LFV não é para ser levada a sério. É apenas mais um dislate desta singular personagem que, desde há muito, nos vem habituando a estes excessos de linguagem.
O Benfica de hoje, pouco diferiu do comandado por Fernando Santos. Quanto muito poderá ter havido melhor atitude por parte dos jogadores, mas a qualidade do futebol praticado manteve-se inalterável. Ou seja, fraco como das outras vezes.
Como já aqui referi em posts anteriores, e por muito que isso custe à massa adepta, esta irá ser a realidade do Benfica nesta época, a não ser que os jogadores a contratar sejam de valor incontestável - o que não se prevê, tendo em conta os jogadores que têm vindo a lume na imprensa desportiva.
Se assim for, e oxalá não seja, Camacho não levará muito tempo a ser contestado pelos adeptos. Os mesmos que ontem o idolatravam serão os primeiros a indicar-lhe a porta de saída e que o crucificarão, caso os resultados não apareçam.
Aí chegados, voltamos à casa de partida. O mesmo é dizer que outro treinador virá e o ciclo voltará a repetir-se. No entretanto, o futuro do Benfica continuará eternamente adiado até que os adeptos percebam, de uma vez por todas, que não é mudando de treinador todos os anos que se resolvem os problemas do clube.

P.S. Imagine-se o que se diria de Fernando Santos, se ele fizesse as alterações que, hoje, Camacho fez durante o jogo. No mínimo, era insultado. Digo eu.

sexta-feira, agosto 24, 2007

Não ser benfiquista

"Foi há quatro ou cinco anos que tive uma epifania enquanto via um desafio do Benfica na televisão. Após me erguer bruscamente do sofá, a celebrar um golo mar­cado ou a lamentar um golo perdido, senti desconforto e sobretudo embaraço pelo absurdo do gesto: eu entusiasmava-me em nome de quê? Dado que não conhecia os sujeitos de calções que passeavam no cam­po e não partilhava os seus salários, não havia nenhum motivo para partilhar as respectivas alegrias ou desapontamentos. Para cúmulo, conforme orgulhosamente apregoavam, os clubes desportivos haviam-se transformado em empresas, e é escusado viver com drama­tismo as oscilações de firmas das quais não possuímos acções. Foi nesse dia que deixei de ser benfiquista.
Não passei por isso a aplaudir outra equi­pa. Mudar de clube revela fraqueza de ca­rácter e, em determinados países, constitui violação da lei. Apenas deixei de acompa­nhar a bola com o fervor dos indefectíveis. Aos poucos, desprovido do estímulo com­petitivo, deixei de acompanhar a bola de todo. Aguentar uma hora e meia de "losan­gos" e "penetrações" sem envolvimento emocional é o mesmo que apostar na role­ta a feijões, ou seja, um disparate.
O problema é que nós podemos largar o Benfica, mas o Benfica não nos larga. Se não custa ignorar os jogos, é impossível escapar incólume à avalanche noticiosa que varre a chamada "pré-época". Ao contrário da pré­-história, onde não acontecia nada, a "pré-época" é que é animadíssima, com a chegada diária (ou a promessa de chegada) a Portugal de espantosos talentos do futebol, logo elevados às manchetes dos jor­nais da especialidade e a cognomes do tipo "O Prodígio" e "A Fera". Visto que cerca de 82% dos prodígios e das feras vêm para o Benfica, a cada ano os adeptos ditos "en­carnados" antecipam conquistas inauditas e, a julgar pelo nível das transferências, lu­tas quase desiguais. As aquisições ajudam à euforia: mal aterram na Portela, avisam que o Benfica é o maior, que tem 20 (ou 60, ou 200) milhões de fiéis e que esmagará tudo o que lhe surja à frente.
Depois começa a época de facto e o Ben­fica, para citar César Monteiro, arrasta-se pe­nosamente pelos relvados. Afinal, o dream team que as manchetes previam demolidor não acerta uma. Num instante, descobre-se que "A Fera" tende para a absoluta inépcia, e que, 15 dias antes de A Bola lhe louvar o gé­nio, "O Prodígio" era um merceeiro do Re­cife, enfiado à pressa num voo da TAPe ven­dido ao Benfica por 8 milhões de euros.
Face ao desastre iminente, exposto na abertura dos noticiários e na angústia da "massa associativa", a reacção da direcção é fulgurante. Rapidamente, definem-se o culpado (o treinador) e o salvador (outro treinador). Os adeptos, que já apontavam uma pistola às próprias cabeças, usam a arma para salvas de júbilo, e rogam, em fó­runs televisivos e chats, que se permita ao "presidente" trabalhar à vontade. O exacto "presidente" que escolheu o treinador de­mitido e estrafegou fortunas em alegados Pelés paira feito um anjo sobre a balbúr­dia, anunciando em conferência a "nova era" do Benfica. A imprensa do ramo corre a levar a mensagem e a estampar nas capas o rosto de eventuais reforços. Os devotos, a babar felicidade, cirandam de excitação em volta dos treinos. Até um domingo qualquer os devolver à provisória melancolia.
Não me refiro a ninguém em particular nem sequer a um ano específico. Todos os anos é mais ou menos assim e, sempre, só o próximo é que será o tal. Eu cá estarei para confirmar. Porque não há alternativa e por­que, desde que contempladas com distân­cia, estas coisas divertem".

Alberto Gonçalves
Revista Sábado

quinta-feira, agosto 23, 2007

Negócios pouco lucrativos

Anderson, ao que tudo indica, está a caminho do Lyon. Não, não vou falar do mau carácter do brasileiro que jurava a pés juntos querer sair do Benfica porque necessitava de regressar ao Brasil já que só aí encontrava tratamento para o filho. Aqui o que me interessa destacar é a venda ao preço da uva mijona de mais um activo do Benfica. Enquanto os outros clubes inflaccionam os passes dos seus jogadores, o Benfica continua a despachar os seus jogadores a preço de saldo quando, não raras vezes, a custo zero, como ainda aconteceu neste início de época com Karagounis. Por muito conseguida que tenha sido a recuperação financeira, o clube não está propriamente a nadar em dinheiro para se permitir fazer estes negócios muito pouco lucrativos. Só de pensar que o F.C. Porto com a venda de Pepe encaixou praticamente a mesma quantia do que o Benfica na venda de Simão, Manuel Fernandes, Carlitos, Amoreirinha, Manduca e Anderson., até me arrepio!

quarta-feira, agosto 22, 2007

Muda-se o treinador, renasce a esperança

Bastou Fernando Santos sair para o estado de espírito dos benfiquistas dar uma volta de 360 graus. Duma época desastrosa que se perfilava no horizonte passou-se a acreditar que gloriosos feitos esperam o Benfica na presente temporada. É sempre assim no meu clube: o melhor doping para um benfiquista é o despedimento de um treinador.
Esquecem-se que um treinador não faz milagres por muita competência que possa ter, o que até nem é o caso de Camacho, como o seu próprio currículo o demonstra.
Ao contrário da maioria da família benfiquista o meu cepticismo mantém-se - independentemente da mudança de técnico - relativamente à performance desportiva desta época. Sou daqueles que considera que sem ovos não se fazem omoletas e o plantel do Benfica, tal como se apresenta actualmente, não oferece o mínimo de garantias para que possamos sonhar com grandes feitos. Ainda para mais agora, quando David Luiz se lesiona com gravidade e se ficou a saber que irá ficar afastado dos relvados nas próximas 5 a 6 semanas.
Sem centrais, com um meio-campo com graves deficiências na construção de jogo e um ataque que se resume a Cardozo, sempre estou para ver como é que vamos ultrapassar o obstáculo dos dinamarqueses na próxima quarta-feira. Isto já para não falar da competição interna, a Liga, onde estamos impedidos de perder pontos nos próximos jogos, sob pena de deixarmos fugir os nossos principais adversários de forma irremediável.
Reforço o que escrevi no segundo parágrafo: por muita força psicológica que Camacho venha dar aos jogadores, por muita sapiência táctica que possua, com a matéria prima que tem ao dispor só uma mãozinha dos deuses nos poderá salvar.

P.S. LFV tem 10 dias para minorar os estragos que fez no plantel. Se não o fizer, espero que a família benfiquista saiba retirar as devidas ilacções.

terça-feira, agosto 21, 2007

Este homem é um verdadeiro cromo

Como não podia deixar de ser, LFV faz mais uma fuga para a frente. Na conferência de apresentação de Camacho o presidente encarnado descarta responsabilidades, atira farpas a Nuno Gomes pelas declarações deste e promete uma nova era de sucesso no Benfica. Se não estou enganado este tem sido o discurso recorrente sempre que se anuncia um novo treinador (Fernando Santos que o diga). As promessas sucedem-se, ano após ano, mas os resultados desportivos tardam em aparecer. Comprova-se assim que das palavras aos actos ainda há uma enorme distância a percorrer e LFV tem dado suficientes provas de que o caminho para o sucesso não passa pela sua gestão. Lamentavelmente, diria eu.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Fernando Santos já não é treinador do Benfica

Duma forma demagógica e populista, LFV demitiu Fernando Santos do comando técnico do Benfica. Com esta atitude o presidente encarnado pretende agradar aos benfiquistas e, ao mesmo tempo, sacudir a água do capote. Para os mais ingénuos, esta é uma medida inevitável e merecedora dos maiores aplausos. Para os mais avisados, ela é apenas mais uma tentativa de salvar a pele e de desviar atenções sobre os reais problemas que assolam a “instituição” Benfica.
Estou à vontade para falar sobre Fernando Santos já que manifestei a minha total discordância logo aquando da sua contratação, por considerar estarmos perante um treinador sem carisma, com um relacionamento difícil com os jogadores e, sobretudo, por não ter um currículo que justificasse a sua vinda para o Benfica.
Isto não invalida que eu considere que o timing escolhido para este despedimento é de todo inoportuno, uma vez que Fernando Santos pouco terá contribuído para o clima de instabilidade que se vive actualmente no Benfica ( se é que alguma responsabilidade lhe pode ser assacada). Foi LFV que preparou esta época; foi LFV que deixou sair os principais jogadores e para os seus lugares trouxe jogadores jovens e inexperientes; foi LFV que correu com José Veiga e abandonou Fernando Santos à sua sorte; foi LFV que colocou demasiada pressão no plantel e equipa técnica ao afirmar que estávamos perante o melhor plantel dos últimos 10 anos, quando a realidade nos diz exactamente o contrário. Resumindo: se há pessoa que devia vir a público assumir toda a responsabilidade por um início de época miserável essa pessoa devia ser o presidente encarnado. Sempre tão lesto em defender a sua honorabilidade, LFV tinha aqui uma boa oportunidade de atestar a nobreza do seu carácter. Em vez disso, assobia para o lado e atira as culpas para cima de mais um treinador há semelhança do que tem feito noutras ocasiões.
Para substituir Fernando Santos anuncia-se a vinda de Camacho, o salvador da Pátria para a maioria dos benfiquistas. É bom que estes não se esqueçam que, curiosamente, o espanhol tem um currículo bem inferior ao do técnico Fernando Santos, sendo que o único título que tem na carreira foi uma Taça de Portugal conquistada aquando da sua passagem pelo Benfica. Ora isto não é suficiente para que estejamos perante um treinador de excelência. E era exactamente dum treinador de excelência que o Benfica precisava neste momento. Era absolutamente proritário que à frente do plantel encarnado estivesse alguém cuja competência não pudessse ser minimamente contestada. Por todas as razões e mais alguma, quanto mais não fosse para fazer cair o mito de que no Benfica os maus resultados são sempre devidos ao treinador.

domingo, agosto 19, 2007

Para o ano há mais

Um primodivisionário a jogar o quanto baste foi o suficiente para parar o Benfica nesta jornada inaugural do campeonato. Tudo isto era previsível face ao que se tem visto desde a pré-época, pelo que não fiquei surpreendido nem com a exibição nem com o resultado final. Nas próximas jornadas vamos assistir à confirmação das fragilidades da estrutura do futebol encarnado, assente numa planificação sem critério delineada por LFV e pacificamente aceite pelo treinador Fernando Santos. No mês de Maio far-se-á o balanço de mais uma época desastrosa, desta vez bem mais deprimente que as anteriores.

sexta-feira, agosto 17, 2007

Qual das três equipas a pior

Vendo o jogo inaugural da Liga Bwin entendemos melhor porque é que, à primeira oportunidade, os poucos grandes jogadores a jogar em Portugal fogem para o estrangeiro. É que o nosso campeonato é tão fraquinho, tão fraquinho, tão fraquinho que qualquer jogador que seja ambicioso e goste de jogar futebol dificilmente consegue arranjar motivação para actuar nos palcos nacionais. O jogo desta noite foi disso um exemplo, tão pobre foi.

quarta-feira, agosto 15, 2007

Uma profunda desilusão

As conclusões que há a retirar relativamente a este jogo da pré-eliminatória, é que em pouco mais de um mês LFV conseguiu destroçar uma equipa de futebol. Até hoje só Artur Jorge tinha conseguido idêntica proeza com os resultados que, lamentavelmente, todos nós conhecemos. LFV parece querer seguir-lhe as pisadas e ficar a ser conhecido como um dos maiores enterras na história do clube. Conseguiu construir uma equipa que, ainda mal a época se iniciou, é já uma verdadeira desilusão. Trocar jogadores de categoria por jovens jogadores sem qualquer tipo de experiência, demasiado frágeis fisicamente e que ainda não provaram nada relativamente à sua valia enquanto futebolistas, só pode resultar naquilo que vimos esta noite: uma pobreza futebolística como há muito não víamos em equipas do Benfica.
Não tenha a família benfiquista ilusões quanto ao futuro. Esta época está irremediavelmente perdida. Ainda que a equipa venha a ser “reforçada” por mais alguns jogadores, a verdade é que não são uma ou duas contratações que vão alterar substancialmente o seu valor, especialmente se tivermos em linha de conta o olho clínico que este presidente tem demonstrado em matéria de contratações.
No meio disto tudo o que mais me aborrece é ver a nossa massa adepta absolutamente convencida – vá lá saber-se porquê – de que temos um conjunto de jogadores de categoria que só a inépcia do treinador não consegue potencializar. Maior cego é aquele que não quer ver e, neste particular, os adeptos benfiquistas são inigualáveis.

segunda-feira, agosto 13, 2007

Inqualificável

Já nem sei o que diga relativamente à gestão desportiva da direcção encarnada. A anunciada saída de Manuel Fernandes, na véspera de um jogo decisivo para o Benfica, é o zénite do disparate que LFV e seus pares têm vindo a acumular nos últimos tempos. Bem pode vir o nosso presidente enjeitar responsabilidades com o argumento de que o Everton pagou a cláusula de rescisão, porque isso não lhe servirá de desculpa: tivesse este dossier sido gerido convenientemente e, por certo, o Benfica não teria vendido 50% do passe do jogador por uns míseros 5 milhões de euros, do mesmo modo que, por esta altura, o valor da rescisão seria bem mais alto do que os 9 milhões fixados. Este é apenas mais um episódio que prova à saciedade a incompetência de LFV em matéria de gestão do futebol encarnado. Os prejuízos desportivos destas asneiradas ainda estão por calcular, embora tudo aponte para que esta temporada futebolística venha a redundar num verdadeiro fracasso do qual LFV terá de se assumir como o principal responsável. O dia de amanhã já poderá trazer alguma luz sobre o que vai ser o Benfica desta época. Uma coisa é certa: como estamos em Portugal, e sendo o clube que é, não restam dúvidas de que, se as coisas não correrem da melhor forma frente aos dinamarqueses, o bode expiatório será sempre Fernando Santos que é tão só aquele que menos culpas tem no cartório. Quanto muito será criticável a sua atitude demasiado passiva face a todos estes acontecimentos. Outro treinador, porventura, já teria dado uns valentes murros na mesa e feito valer a sua oposição face a esta política desportiva tão nefasta aos interesses do clube e que, lamentavelmente, só a direcção encarnada não consegue vislumbrar.

domingo, agosto 12, 2007

Sporting conquista Supertaça

O Sporting ganhou o primeiro título da época, num jogo pobre, tendo ficado demonstrado que a falta de criatividade ao nível da construção de jogo é a principal característica do futebol apresentado pelos três grandes neste início de temporada. F.C. Porto, Sporting e Benfica vão ter de evoluir muito neste aspecto, isto se quiserem ter uma boa participação nas competições europeias já que a jogarem assim as hipóteses de sucesso vão ser praticamente nulas. Para consumo interno é provável que este futebol ainda vá chegando para as encomendas, mas no contexto internacional exige-se um nível de jogo com outra qualidade que, no imediato, nenhuma destas equipas apresenta.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Mais uma vez os dinamarqueses

Calhou-nos em sorte o FC Copenhague, adversário já nosso conhecido com quem tivemos oportunidade de medir forças a época passada. Na altura empatámos na Dinamarca e ganhámos na Luz. Que bom seria repetir esses resultados pois isso significaria que estaríamos apurados para a fase de grupos da Liga dos Campeões.
Pelo que pude observar dos dinamarqueses ontem frente ao Beitar, vi, basicamente, uma equipa idêntica à do ano passado, onde as suas principais referências continuam a ser Gronkjaer e Aalback, e que revelou ter condições para discutir a eliminatória, caso não consigamos estar ao nosso melhor nível.
Temos portanto dois jogos difíceis onde apesar de sermos favoritos vamos ter de o demonstrar em campo. Não basta dizermos que somos melhores. É preciso prová-lo.
Preferia que o primeiro jogo fosse na Dinamarca, até porque vão estar ausentes alguns dos nossos principais jogadores, ainda por cima os atacantes, o que fragiliza a nossa capacidade goleadora. E bem que era importante marcar golos na Luz.

segunda-feira, agosto 06, 2007

É sempre bom ganhar ao Sporting

A vitória foi saborosa mas não me deixo iludir, pois continuamos a praticar um futebol bem longe daquilo que se exige a uma equipa que ambiciona ser campeã.
Neste jogo, o Sporting foi mais forte em quase toda a partida. O Benfica, relativamente a jogos anteriores, melhorou em termos de atitude, esteve mais coeso em termos defensivos mas continua a revelar grandes carências nos aspectos ofensivos: as transições defesa-ataque continuam a ser feitas de forma muito lenta; no capítulo do passe falhamos em demasia e abusamos na lateralização do jogo. Vê-se que a equipa quer mas, por manifesta incapacidade dos seus jogadores, não consegue criar jogo ofensivo. Deste modo, tornamo-nos numa presa fácil para os nossos adversários que, pressionando-nos, rapidamente recuperam a posse de bola e entram em situação de ataque. Valeu-nos o facto de o Sporting, em termos de finalização, depender em demasia de Liedson, caso contrário, podíamos estar agora a lamentarmo-nos com uma derrota.
Quem mais ganhou com esta vitória foi Fernando Santos que viu assim a sua posição garantida, pelo menos, até se saber o desfecho da pré-eliminatória da Liga dos Campeões. A contestação dos adeptos é por demais evidente e uma derrota frente ao Sporting poderia colocar o seu lugar em perigo. Isto apesar de eu pensar que LFV, mesmo que tal acontecesse, dificilmente lhe retirava a confiança.
Os próximos dias vão ser fundamentais não só na recuperação dos lesionados como ainda na integração dos novos reforços. A esperança dos benfiquistas reside, em grande parte, na mais-valia que Di Maria e Freddy Adu possam trazer à equipa, em especial nos aspectos em que o Benfica denota mais dificuldade. Confesso que não estou muito optimista. Mas se me enganar, a felicidade será redobrada.

sábado, agosto 04, 2007

Ainda acreditam que temos o melhor plantel dos últimos 10 anos?

Jogo após jogo, o Benfica vem demonstrando que não tem estaleca para atacar os objectivos a que se propôs para esta nova época. Contrariando a opinião quase generalizada entre os adeptos encarnados, a verdade é que esta equipa é bastante modesta, saltando à vista a falta de jogadores de qualidade para determinados lugares, por sinal os mais importantes, que são um nº10 e um ponta-de-lança. Torna-se imperioso o preenchimento destes lugares com dois jogadores de reconhecida capacidade futebolística e com experiência no futebol europeu e não apostas no escuro como tem sido a prática corrente. Não podemos pensar em abordar uma época com apenas um organizador de jogo, Rui Costa, e com dois pontas de lança, Cardozo e Nuno Gomes, ainda por cima, quando este último padece de uma lesão que, muito provavelmente, o vai forçar a uma paragem bastante prolongada. É impensável uma situação destas. Isto é tão evidente que não se percebe como os nossos dirigentes não conseguem fazer essa leitura. Tanto assim é que, aparentemente, o plantel já está fechado.
Ora se isto é verdade, então pouco se pode esperar do Benfica para a nova temporada. Com uma política de contratações que, mais uma vez, se revela um desastre não há treinador que consiga construir uma equipa que jogue um futebol capaz de enfrentar os desafios que tem pela frente. Em especial quando um dos objectivos é querer ganhar a Liga nacional. É que para se conquistar uma Liga é preciso um plantel com qualidade. E isso é coisa que presentemente não temos.
Mesmo um leigo na matéria consegue apreender que quando se aposta na quantidade em detrimento da qualidade o desfecho não pode ser outro que não seja o fracasso. Em vez de quatro ou cinco jogadores resolveu-se apostar em doze ou treze jogadores (contrariando o que até há pouco LFV defendia) dos quais, até ver, só um é que tem valor para envergar a camisola encarnada (Cardozo). Pior gestão desportiva do que esta é difícil. Isto é claramente atirar dinheiro à rua sem qualquer possibilidade de sucesso desportivo e de retorno financeiro.
Lamentavelmente, os simpatizantes benfiquistas, em vez de pedirem responsabilidades à direcção do clube, vão pelo caminho mais fácil que é pedir a cabeça do treinador. Tem sido sempre assim ao longo da história do Benfica com os resultados que todos nós bem conhecemos: uma sucessão de épocas desastrosas sem que as pessoas consigam entender que não é mudando de treinadores a todo o instante que os resultados vão aparecer. E isto independentemente da qualidade do treinador. Porque é bom não esquecer que pelo clube têm passado treinadores com excelente currículo e, invariavelmente, o desfecho é sempre negativo (exceptuando Trapattoni que, curiosamente, até não deixou saudades entre os adeptos que só ficaram felizes quando o viram pelas costas!).
Resumindo: o principal erro do Benfica não tem estado na escolha dos treinadores mas sim na política desportiva que tem sido ineficaz e um completo desastre. Pensem nisto. E digam lá se não tenho razão.

P.S. E lá somámos mais uma lesão muscular!

sexta-feira, agosto 03, 2007

As eternas lesões

Aí estão as lesões musculares a afectar os jogadores encarnados. Depois de Di Maria, que já veio lesionado da Argentina, chegou agora a vez de Cardozo. Isto para não falar de Nuno Gomes, cujo problema clínico se arrasta há meses.
Eu não sei se estas lesões são apenas azares, se são resultado de uma deficiente preparação física ou fruto da incompetência do departamento clínico. Ou se é tudo junto. O que eu sei é que esta situação começa a tornar-se insustentável tal a frequência com que acontece. Ainda por cima, com a agravante de, habitualmente, elas atingirem os nossos melhores jogadores.
Lamentavelmente, o Benfica não tem um plantel com qualidade suficiente para se dar ao luxo de, consecutivamente, se ver privado de algumas das suas peças fundamentais. Neste particular, já bastaram os últimos anos. Por outro lado, a pré-eliminatória está aí à porta e convém que joguemos na máxima força pois o adversário é acessível mas não é nenhuma pêra doce.
Perante isto, é caso para perguntar aos responsáveis encarnados, quantas mais lesões vão ser necessárias para que eles acordem para o problema e se dignem resolvê-lo? É que os prejuízos começam a ser incalculáveis e há que pôr cobro a isto. De uma vez por todas.

quinta-feira, agosto 02, 2007

Jailson?!

A bem da transparência seria bom que LFV explicasse a contratação de Jailson, um brasileiro emprestado ao Sp.Braga e, ao que parece, englobado no acordo de transferência de Luís Filipe para o Benfica. Se não fosse hoje o jogador dizer que pertence aos quadros do Benfica, provavelmente, nunca iríamos ter conhecimento desta situação. Não se percebe este silêncio por parte dos responsáveis encarnados, embora entenda que não é fácil explicar como se pode gastar dinheiro num jogador que nunca irá vestir a camisola do nosso clube. Este episódio faz-me lembrar aquela série de jogadores contratados ao Alverca aquando da vinda de LFV para o Benfica, história essa com contornos muito suspeitos e que nunca foi devidamente esclarecida. Para que não sejamos levados a pensar que há negociatas escuras nesta contratação, um esclarecimento de LFV faria todo o sentido. Digo eu.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Basta de tanta incompetência

O processo de contratação do lateral-direito para o Benfica está-se a revelar penoso para os dirigentes encarnados que, de forma cabal, revelam uma total incapacidade para resolver um problema que se arrasta há cerca de um ano. E depois vêm com conversas de que pretendem tornar o clube num dos maiores do mundo. Tenham vergonha na cara e trabalhem como deve ser. Os adeptos agradeceriam e o clube também.