sexta-feira, fevereiro 23, 2007

O papel de Rui Costa no Benfica

Do jogo de Bucareste reforçei a ideia que venho remoendo há algum tempo. O Benfica joga melhor sem Rui Costa em campo. E quer-me parecer que Fernando Santos sabe disso. O maestro só joga por ser quem é - o seu estatuto a isso obriga - e não porque o rendimento da equipa suba com ele dentro das quatro-linhas. Entre colocá-lo a jogar ou sentá-lo no banco o engenheiro opta pela primeira hipótese porque, doutra forma, se as coisas lhe corressem mal, seria atacado por todos os lados. Sem Rui Costa o Benfica é uma equipa mais arrumadinha, mais equilibrada (em especial nas transições ataque/defesa) e sobretudo mais solidária. Para mim ele é, nesta fase da sua carreira, um bom suplente, um jogador para ajudar naquelas alturas em que os adversários já se encontrem desgastados fisicamente e onde a sua capacidade técnica pode ser determinante na criação dos necessários desiquilíbrios. O problema reside em saber até que ponto o jogador aceitaria ser uma segunda escolha. Pelo que conhecemos dele não me parece que aceitasse pacificamente essa condição. Basta lembrar os seus últimos tempos na seleccção nacional.

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