sexta-feira, dezembro 29, 2006

A Taça da Liga

Hermínio Loureiro garante que a Taça da Liga vai ser uma realidade na próxima época. Com um quadro competitivo tão reduzido como é o português é necessário fazer alguma coisa no sentido de dar mais jogos aos jogadores e possibilitar aos clubes a cativação de mais receitas. No entanto, para que os clubes apostem nesta competição é necessário garantir, desde logo, que o vencedor tenha acesso à Taça UEFA. Se assim não for, teremos uma competição votada ao fracasso com reduzido interesse competitivo e jogado em estádios vazios. É certo e sabido!

terça-feira, dezembro 26, 2006

Diego retorna ao futebol brasileiro

Diego é o primeiro jogador do Benfica a sair na reabertura do mercado. O Grémio é o seu destino e é daqueles jogadores que mesmo antes de vestir a camisola encaranada se via que nunca teria hipóteses de singrar na Europa. No campeonato do mundo de sub-20 tinha dado para ver que estávamos perante um jogador lento, técnica e tacticamente limitado e com reduzido poder de recuperação de bola. Foi daquelas contratações que o Benfica nunca devia ter feito tão evidente era a sua incapacidade futebolística. Razão tinha o Veiga que nunca o quis.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Vitória por números exagerados

Ontem os deuses estiveram com o Benfica. Nas quatro oportunidades que teve marcou outros tantos golos. Conseguiram o melhor resultado neste campeonato sem, contudo, excepção feita ao golo do mexicano, os seus pontas-de-lança terem rematado uma única vez à baliza. Reconheça-se que isto não é um facto normal, antes pelo contrário. Em contrapartida, o Belenenses acumulou flagrantes oportunidades de golo sem conseguir concretizar nenhuma, muito por força das excelentes defesas de Quim que terá, talvez, realizado a sua melhor exibição com a camisola encarnada. Em suma, excelente resultado para as nossas cores mas com uma exibição bastante frouxa.
Para além de Quim, o melhor elemento em campo, destaque-se a prestação de Katsouranis que tem vindo a revelar-se num elemento imprescindível nesta equipa. Não se dá muito por ele, mas o que é certo é que o homem cumpre as suas funções a preceito e, ainda por cima, marca golos. Neste particular, já leva 5 marcados o que para um médio defensivo não deixa de ser um factor abonatório da sua qualidade. Se é verdade que habitulamente não temos tido sorte com a maioria das contratações, no caso do grego parece-me que acertámos em cheio. O engenheiro teve olhinhos!
Quem, apesar de se ter estreado a marcar, parece estar de malas aviadas é Kikin. Embora nos úlitmos jogos tenha vindo a melhorar de rendimento, vê-se que falta ali qualquer coisa. É que um avançado que se preze tem de rematar à baliza, algo que o mexicano não faz; além disso tem o mau hábito de jogar muito longe da área adversária o que também não é suposto um ponta-de-lança fazer. Seja como for a sua saída só fará sentido desde que para o seu lugar se contrate outro ponta-de-lança. Se assim não for é de ficar com ele, pois para além de Mantorras não ser uma alternativa credível, ainda temos o problema de Miccoli estar constantemente lesionado. A ver vamos o que nos reserva o mês de Janeiro no que toca a reforços para o plantel.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

O "flop" da redução do número de clubes na Liga portugues

A paragem de um mês na Liga portuguesa é uma medida sem paralelo e que não faz sentido nenhum. Deixa os adeptos frustrados sem possibilidade de ver a sua equipa durante largo tempo; deixa os plantéis sem motivação para trabalhar correndo-se o risco de os jogadores perderem a forma desportiva e, sobretudo, deixa os clubes, em especial os de menor dimensão, sem possibilidades de fazer receitas para fazer face aos seus compromissos.
Tudo isto se deve à redução do número de clubes. Na génese desta redução esteve a possibilidade de aumentar os níveis de competitividade da nossa Liga, objectivo que não foi alcançado se atentarmos naquilo que temos observado ao longo deste campeonato. Os três lugares da frente já estão ocupados pelas equipas habituais, com o F.C. Porto a fazer um campeonato à parte tão evidente é a sua supremacia, e as diferenças face às outras equipas irão-se acentuar à medida que o campeonato for avançando. Entretanto a qualidade do futebol praticado continua nivelado por baixo o que significa que se calhar, e tendo em conta as razões apontadas no início deste post, muito provavelmente, esta redução não trouxe ao futebol português os benefícios pretendidos. Bem antes pelo contrário, digo eu.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Afinal já não recebemos o subsídio de Natal

Filipe Vieira bem os tentou enganar, mas o certo é que os tipos do Portsmouth não foram na conversa. Na altura fiquei surpreendido em saber que havia um clube disposto a pagar 10 milhões pelo Manuel Fernandes. É que o rapaz nem metade vale. Infelizmente para o Benfica os ingleses viram a tempo a grande asneira que iam cometer. Parece que o Benfica não o quer de volta o que significa que o vamos ter que vender a um preço de saldo.

domingo, dezembro 17, 2006

Um desfecho natural

Uma primeira parte para esquecer e com o Benfica a chegar ao golo com uma grande dose de sorte. Na etapa complementar, já com as pedras nos seus devidos lugares, os encarnados fizeram jus à vitória e mereciam um resultado mais dilatado, tantas foram as oportunidades desperdiçadas.
Simão, a atravessar um óptimo momento de forma, voltou a ser o abono de família da equipa, exibindo-se a grande altura, mormente na 2ª parte, quando Fernando Santos o colocou na posição em que o nosso capitão mais gosta de jogar e onde obtém melhor rendimento. Destaque também para as exibições de Nuno Gomes que voltou a fazer o gosto ao pé e esteve eficiente nas tabelinhas, segurando bem a bola e endossando-a com qualidade; Nélson em óptima condição física, fez estragos na defesa sadina, comportando-se como um verdadeiro extremo direito. De resto, todos os jogadores encarnados se exibiram a um nível aceitável embora Kikin continue a revelar grandes dificuldades em impor o seu futebol.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Podia ter sido bem pior

Não se pode dizer que o sorteio da Taça UEFA tenha sido madrasto, ao colocar os romenos do Dínamo de Bucareste no caminho do Benfica. É um adversário acessível que nós temos por obrigação eliminar. Nem mesmo o facto de comandarem o seu campeonato e a Roménia ser o país que esta época mais pontos conquistou nas provas europeias, nos retira a condição de favorito. Esta eliminatória tem ainda um interesse acrescido: o de saber quem - nós ou os romenos - terá na época de 2008/2009 três equipas na Liga dos Campeões. A luta tem sido renhida, e se os eliminarmos é bem provável que Portugal assegure em definitivo esse desiderato. Tal facto deve constiuir um factor de motivação extra para os jogadores encarnados. Oxalá eles tenham consciência desta necessidade imperiosa de deixarmos o nosso adversário pelo caminho.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Excelente escolha

A nomeação de Maria José Morgado para dirigir todos os processos relativos ao Apito Dourado, deixa-me com alguma esperança de que, desta vez, a justiça vai actuar com a determinação que há muito se exige, no sentido de combater a corrupção generalizada que prolifera no futebol português. São conhecidas as suas denúncias sobre esta matéria pelo que tem agora a oportunidade e a possibilidade de provar todas as acusações que fez ao mundo do futebol. Se não o conseguir vai ser uma profunda desilusão. Tenho receio que não a deixem levar o processo até ao fim. É que o lobby do futebol é muito poderoso e vai procurar fazer valer a sua influência.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Pinto da Costa vs Justiça

Anda por aí muito boa gente a pensar que é desta que Pinto da Costa vai assentar com o lombo na prisão. Bem podem esperar sentados, pois tal cenário nunca se vai verificar. Por muitos indícios que haja sobre as suas práticas criminosas, o homem acabará sempre por se safar, com maior ou menor dificuldade. Bem o podem constituir arguido no Apito Dourado ou noutro processo qualquer que no final o veredicto é sempre o mesmo: absolvido por falta de provas. Condenar corruptos em Portugal é um processo muito complicado e mais complicado se torna quando estão em causa grandes figuras. A pessoa em causa é nem mais nem menos do que o maior suspeito de tráfico de influências e corrupção que alguma vez passou pelo futebol português. É só lembrar as variadíssimas histórias que toda a gente conhece: o tempo das malinhas, dos quinhentinhos; das agressões a tudo e a todos, nas cobranças por serviços prestados; nos jogadores que se compravam e não se pagavam, não porque não houvesse dinheiro, mas porque serviam para pagar favores de permanências ou não descidas de divisão; de empréstimos monetários ou facilitações de negócios; das viagens para famílias inteiras; nas prendas a jornalistas; nos investimentos indirectos e encapotados em orgãos de comunicação social; nas lutas pelos órgãos da FPF (Comissão de arbitragem à frente); na selecção e promoção de árbitros; na hereditização dos árbitros das Associações amigas, etc. Como vêem as histórias são aos montes. Falta o mais difícil: prová-las. Não que elas não existam. O que está em questão é saber se a justiça está interessada em investigá-las. Quanto a mim, não está!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

A triste realidade

Tendo em conta o que o Benfica tem feito fora de portas, o empate alcançado frente à Naval tem de ser considerado um resultado normal. É bom que não nos esqueçamos que, até ao momento, nos jogos fora de casa, já perdemos 15 pontos. Quer isto significar que em 21 pontos possíveis só conquistámos 7, o que é manifestamente insuficiente para quem aspirava ser campeão. Com uma contabilidade destas, não só o título deixa de ser um objectivo, como o próprio 2º lugar me parece um desiderato só passível de ser alcançado, se o Sporting passar por uma profunda crise futebolística. Como não é provável que isso vá acontecer, resta-nos lutar pelo 3º lugar, sendo que este tem de ser forçosamente nosso, sob pena de ficarmos, desde logo, arredados da próxima Liga dos Campeões. Por muito que doa aos adeptos benfiquistas esta é a nossa realidade e há que ter consciência que é isto que se vai passar. Quem julgar que esta análise não tem qualquer cabimento é porque anda completamente iludido e sobrevaloriza a capacidade dos nossos jogadores. Simão, Rui Costa e Miccoli são os únicos jogadores cuja categoria respeita a grandeza do Benfica (sendo que um deles ainda "não jogou" e o italiano raramente o faz por estar constantemente lesionado). O resto são verbos de encher que, noutros tempos, nunca teriam condições para envergar a camisola do Glorioso. Ora, se assim é, como podemos nós sonhar com títulos?

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Uma derrota previsível

Por estranho que pareça o golo de Nelson foi pernicioso para o Benfica. Foi a partir desse momento que o cariz do jogo se alterou. Até aí e perante a passividade do nosso adversário, que se mostrou demasiado cauteloso, o Benfica foi aguentando com relativa facilidade as raras investidas dos ingleses, trocando a bola com inesperado à vontade e marcando o ritmo de jogo, algo que não se esperava que viesse a acontecer nos primeiros 15/20 minutos da partida. A partir do golo sofrido o Manchester adiantou as suas linhas, exerceu uma enorme pressão, obrigou-nos a recuar no terreno, e o empate que se adivinhava acabou por aparecer já no período de descontos da 1ª parte. Foi um forte revés nas aspirações encarnadas que não mais soube estar à altura das exigências. Na 2ª parte, o Manchester voltou a ter a iniciativa de jogo, marcou cedo e a partida ficou decidida.
Só um Benfica em grande noite poderia ter algumas perspectivas de vencer. Não foi isso o que se verificou, muito por culpa do nosso adversário que se mostrou demasiado forte para a nossa actual capacidade. O resultado não oferece discussão. Foi justo e merecido. Agora há que enfrentar a Taça UEFA com ambição, pois trata-se de uma competição onde temos legítimas aspirações. Não teremos adversários fáceis, como é óbvio, mas qualquer deles está perfeitamente ao nosso alcance.
Uma nota de destaque para a grande exibição de Simão, o único jogador a criar dificuldades à defensiva inglesa; para o grande golo de Nélson e, finalmente, para a excelente prestação de Ricardo Rocha que, talvez motivado pelos primeiros golos alcançados com a camisola encarnada, tem vindo a subir de rendimento a olhos vistos.

Precisamos de um Benfica à Benfica

Aguarda-se uma noite de vibrantes emoções. Desta vez, ao contrário de sexta-feira, vou estar em frente do televisor, seguindo a par e passo a aventura do meu Benfica em Manchester. Estou com uma certa curiosidade em verificar, até que ponto aquela vitória em Alvalade aumentou os níveis de confiança dos nossos jogadores. É que para vencer o Man. United vai ser preciso uma grande dose de confiança e, sobretudo, de qualidade futebolística. Será que vamos estar à altura das exigências da partida?

terça-feira, dezembro 05, 2006

Sporting fora da Europa

Os adeptos leoninos devem estar em estado de choque. Depois da humilhante derrota frente ao Benfica, vêem-se agora afastados da Taça UEFA, após a vitória do Spartak em Alvalade. Quem prognosticaria, há uma semana atrás, que o Sporting iria passar por uma hecatombe desta dimensão? Muito pouca gente, seguramente! Se bem estou lembrado, não se poupavam adjectivos à competência de Paulo Bento e à capacidade do conjunto leonino e eis que, num curto espaço de tempo, tudo parece ruir tal qual um castelo de cartas. O treinador leonino deixa de ser um Deus e dos jovens leões já se diz que lhes falta maturidade. Nada de anormal. É o habitual exagero lusitano.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Sem nada a perder

Todos nós benfiquistas gostaríamos de ver o Benfica vencer em Manchester. Não só pelo que isso representaria em termos financeiros mas também pelo reforço do prestígio do clube na Europa. Porém, tendo em conta o potencial do adversário que vamos defrontar, as suas naturais aspirações na competição e o facto de o jogo ser em sua casa, o mais natural e provável é que venhamos a ser eliminados da Liga dos Campeões. A suceder, e oxalá não aconteça, não me parece que isso constituia uma grande tragédia para as nossas cores, uma vez que já temos assegurada a continuidade na Europa, ainda que seja através da Taça UEFA, uma competição menos prestigiante e bem menos atractiva em termos financeiros. Nada que me tire o sono. Muito sinceramente, preferia ver o Benfica vencer esta competição, do que vê-lo afastado numa próxima eliminatória da Liga milionária. Mais a mais, é um troféu que nos falta e que precisamos de conquistar, quanto mais não seja para equilibrarmos as contas com o nosso rival nortenho. Isto de saber que há um clube em Portugal com mais títulos europeus do que nós, é algo que me custa a engolir.

sábado, dezembro 02, 2006

F.C. Porto soma e segue

Estes gajos do FCP chateiam de tanto ganhar. Ainda não chegámos ao Natal e as faixas estão praticamente encomendadas. Para o resto do campeonato o interesse reside em saber qual dos dois grandes de Lisboa terá acesso directo à Liga dos Campeões. Talvez não fosse má ideia introduzir nos regulamentos da Liga uma lei que impedisse os azuis-e-brancos de ganhar duas épocas consecutivas. Ou então, iniciarem os campeonatos com pontos negativos. Qualquer uma delas, teria a concordância da maioria dos portugueses. Eu subscreveria sem hesitações.

O jogo que eu não vi

Verdade se diga que esta vitória do Benfica em Alvalade constituiu para mim uma enorme surpresa. De tal forma estava convencido que iríamos perder que nem sequer tive coragem de assistir ao jogo. É que se há derrotas que me tiram anos de vida essas são exactamente aquelas que acontecem com os lagartos. E como a minha capacidade de sofrimento tem limites resolvi fazer um retiro durante os 90 m da partida. Já não é a primeira vez que o faço e, contrariamente ao desejado, o sofrimento acaba sempre por ser maior. O desconhecimento do que se está a passar provoca-me uma tremenda ansiedade a ponto de não conseguir fazer mais nada durante aquele período de tempo. Ansiedade essa que atinge o pico máximo nos momentos dos golos, dado que há sempre alguém a manifestar-se de forma audível e nós ali sem sabermos em que baliza é que a bola entrou. A sensação é tão desagradável que não aconselho ninguém a passar por uma situação destas. Só indivíduos completamente paranóicos como eu é que se dão ao luxo de provar emoções deste calibre. Felizmente, desta vez, os golos foram na baliza certa e a satisfação não poderia ser maior. Fica o desgosto de ter perdido a oportunidade de ver o meu Benfica ganhar em Alvalade, mas a consolação de termos ganho os três pontos que, isso sim, é que é importante.