O primeiro objectivo da época foi conseguido: a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões. As finanças do clube ficam agora acauteladas e não se perdeu a oportunidade de, pela segunda vez consecutiva, estarmos no mais alto galarim do futebol europeu. É um feito importante e merece ser enaltecido. Quem sai a ganhar com esta qualificação é Fernando Santos, alvo de forte contestação por parte dos adeptos encarnados. José Veiga também deve ter respirado de alívio pelos mesmos motivos.
No jogo de ontem, foi apenas necessária uma exibição q.b. para levar de vencida um adversário que mostrou porque ainda não conseguiu vencer no campeonato austríaco. Só um desastroso Benfica poderia ser defeiteado por um oponente tão modesto. Se na Áustria a exibição tinha sido de molde a deixar todos os benfiquistas preocupados, desta feita, em nossa casa, ficou bem patente a nossa superioridade.
Apesar de esta ter sido a exibição mais conseguida deste início de temporada, ela evidencia que ainda estamos longe de atingir patamares que nos permitam ter confiança no futuro. As carências habituais continuam a manifestar-se e foram postas a nú após a saída de Rui Costa. Uma equipa que depende exclusivamente de um jogador na construção do jogo ofensivo, não pode aspirar a grandes proezas. Mas infelizmente é isso que se passa no Benfica actual, sem que se procurem antídotos para esta situação.
Face à qualidade do adversário é difícil comentar as prestações individuais dos jogadores encarnados. Ainda assim, e falando apenas dos jogadores contratados, gostei das exibições de Katsouranis e, sobretudo, de Paulo Jorge que não vira a cara à luta e já revela alguns bons pormenores. Esperemos pelos próximos jogos para verificar se estes progressos se confirmarão.