terça-feira, janeiro 31, 2006

A aposta em Karagounis

A derrota frente ao Sporting veio reforçar aquilo que digo há já muito tempo: ao Benfica falta um médio centro que seja o responsável pela organização de jogo. Essa função tem sido atribuída a Petit, Beto e, algumas vezes, a Manuel Fernandes, jogadores que objectivamente não têm condições de desempenhar essa função, dada a sua notória incapacidade para construir jogo ofensivo. Actualmente, no plantel encarnado, só vejo um jogador capaz de assumir essa tarefa. Esse jogador é Karagounis, cuja contratação, a par de Miccoli, foi a grande aposta do Benfica para esta temporada. Incompreensivelmente, ou talvez não (cabe a Koeman responder), o grego raramente foi utilizado. Inicialmente porque tinha pouca rotina de jogo, depois porque se lesionou e, finalmente, depois do jogo de Setúbal, em que por sinal terá feito a melhor exibição ao serviço do Benfica (uma excelente 2ª parte), não mais voltou a ter uma oportunidade de demonstrar que pode constituir uma mais-valia para a equipa. Penso que a hecatombe de sábado justifica por si só a presença de Karagounis em Leiria. Deixar as coisas tal como estão é que não faz qualquer sentido.

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Co Adriaanse com vida difícil

A relação entre os adeptos portistas e Co Adriaanse já teve melhores dias. Se os actos de vandalismo ocorreram quando o clube está na liderança do campeonato e com quatro pontos de vantagem, imagine-se o que acontecerá se o F.C. Porto não vencer a Liga. Depois da humilhação sofrida na Liga dos Campeões, o holandês tem andado a brincar com o fogo, ao colocar Vitor Baía no banco já depois de ter feito o mesmo com Jorge Costa. Foi ousadia a mais e a paciência dos adeptos começa a esgotar-se. E se desta feita foi o carro a sofrer as consequências, da próxima vez o alvo pode ser o próprio Co Adriaanse. Ele que não se cuide, não!

domingo, janeiro 29, 2006

Rescaldo da jornada

Do mal o menos. Esperava-se que o F.C. Porto saísse de Vila do Conde com três pontos no bornal, mas afinal apenas trouxe um. Os seus adversários mais directos agradecem a gentileza. Os adversários, digo bem. Porque não é sómente o Benfica que aspira a chegar ao título. Sporting (que após a vitória sobre o velho rival deve ter os índices de confiança altíssimos; além disso tem Liedson, e quem dispõe do brasileiro não pode deixar de sonhar), Nacional e Sp. Braga mantêm-se também na corrida. As próximas jornadas determinarão quem tem pedalada para lutar com o F.C. Porto pela conquista do campeonato.
Na cauda da tabela classificativa, o Penafiel já deixou de lutar; o V. Guimarães não consegue sair dos lugares de descida; a Naval ainda não atirou a toalha ao tapete e a Académica, Gil Vicente e P.Ferreira estrebucham pela manutenção. Provavelmente, destas seis equipas sairão os quatro clubes para a divisão de honra.

sábado, janeiro 28, 2006

Falta de estaleca

Exibição absolutamente deplorável do Benfica. Inexplicável atitude dos jogadores que não se compreende numa equipa que pretende revalidar o título. Alguns irão acusar os jogadores de falta de profissionalismo, outros dirão que foi um problema de cansaço, eu diria que foi uma questão de índole psicológica: os jogadores encarnados simplesmente acusaram a responsabilidade do encontro, a responsabilidade de terem de ganhar o jogo e isso inibio-os de jogarem aquilo que sabem. Foi uma reacção à Fernando Mamede. Acontece que este medo de falhar não pode surgir em jogadores que vestem a camisola da águia, pois trata-se de um clube que está habituado a lutar pela vitória nas provas em que participa. Mal estaremos se cada vez que tivermos um jogo decisivo, em que defrontamos conjuntos do nosso nível, os jogadores venham a ter uma atitude semelhante à de hoje. Espero bem que não, mas confesso que tenho as mais sinceras dúvidas. Veremos como a equipa vai reagir à derrota com o Sporting, em que medida os jogadores vão querer e poder demonstrar, que o que aconteceu esta noite foi apenas um acidente de percurso que não se voltará a repetir. Os próximos jogos, especialmente aqueles que vamos disputar com o F.C. Porto e o Liverpool serão decisivos quanto às nossas reais capacidades.
Quanto ao jogo propriamente dito, o Sporting foi um justíssimo vencedor mais parecendo que estava a jogar em Alvalade e não na Luz, tal o à vontade com que jogou, mesmo depois de estar a perder. Dominaram o encontro a seu bel-prazer, através de uma boa dinâmica de jogo, fazendo uma boa circulação de bola, com os seus jogadores a chegarem quase sempre primeiro à bola, ganhando inavariavelmente as bolas divididas e criando oportunidades suficientes para sairem da Luz com uma goleada. Liedson provou, se é que era necessário demonstrá-lo, que é o melhor futebolista a actuar em Portugal e fazendo juz ao que dizem os adeptos leoninos, voltou a resolver uma partida. Ele sózinho desbaratou por completo a defesa encarnada.
O Benfica não existiu em nenhum momento dos 90 minutos. Não houve um único jogador encarnado que se destacasse pela positiva. Desde o guarda-redes ao avançado foi o descalabro total. Nem Petit conseguiu agarrar no jogo. Foi uma equipa sem ideias, sem norte, completamente amarrada, não conseguindo fugir às fortes marcações do adversário, jogando de forma muito lenta e previsível, falhando constantemente no capítulo do passe o que não lhe permitia ligar uma jogada e dessa forma criar situações de perigo para a baliza leonina ( Ricardo foi um espectador durante toda a partida). Incompreensivelmente, depois de estarem a ganhar, recuaram imenso no terreno ( no que poderia ser entendido como uma atitude estratégica, mas que cedo se verificou ser um sinal de fraqueza perante o maior poder do adversário), dando a iniciativa de jogo ao Sporting que obviamente não se fez rogado. Poderiam nessa altura ter aproveitado as recuperações de bola para contra-atacar, mas infelizmente nem isso conseguiram.
Mais do que a derrota o que impressionou foi a falta de capacidade para dar a volta aos acontecimentos, o que não deixa de ser preocupante tendo em conta as ambições da equipa. Os jogadores terão de se consciencializar de que não podem ter mais nenhum percalço sob pena de os objectivos a que se propuseram irem todos por água abaixo. Têm de demonstrar por actos e não por palavras, que têm estaleca para servir o Glorioso. É que de amostras de jogadores está o clube farto.
P.S.- Pinto da Costa deve estar a rir-se às gargalhadas. Preparem-se para ouvir o homem caso o F.C. Porto ganhe amanhã em Vila do Conde.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Equipa para amanhã

Menos uma dor de cabeça: Petit recuperou e vai jogar. Só espero que esteja nas melhores condições físicas por forma a desenvolver o futebol a que estamos habituados. Já Miccoli não recuperou da mialgia e por isso ficou fora da convocatória. Esta ausência não é preocupante, tendo em conta aquilo que (não) tem jogado. De resto, a convocatória não apresenta surpresas continuando Koeman a não apostar em Nuno Assis o que poderá configurar a saída do jogador ainda neste mês de Janeiro (o Benfica pretende a saída definitiva do jogador de modo a recuperar algum do investimento feito, mas não me parece que haja algum clube interessado nisso; interessados só a título de empréstimo). Olhando para as escolhas de Koeman nos últimos jogos tudo indica que amanhã o Benfica subirá ao relvado com a seguinte constituição

Agora é só jogarem aquilo que sabem e ganhar o jogo. Não é tarefa fácil mas está perfeitamente ao nosso alcance. Vamos a isso rapazes!

quinta-feira, janeiro 26, 2006

Sousa Cintra, um cromo do desporto nacional

E porque estamos em semana de derby nada como relembrar este
momento radiofónico que ficou para a história.

Petit ausente do derby?

A lesão de Petit está-me a deixar preocupado. Nem quero admitir a hipótese de ele não poder jogar sábado. É que as perspectivas com o "Pitbull" em campo são umas; com ele ausente as possibilidades de o Benfica ganhar a contenda reduzem-se drásticamente. Estão a imaginar um meio-campo com Beto e Manuel Fernandes? Pois é, eu também estou. E o que vejo não me permite dormir descansado. Presumo que esta preocupação seja extensiva a todos os adeptos encarnados e ao próprio Koeman também. Num jogo de extrema dificuldade e em que estamos obrigados a ganhar (sob pena de deixarmos fugir o F.C. Porto na tabela classificativa), esta lesão vem na pior altura.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

A substituição de Vitor Baía

Co Adriaanse está a jogar uma cartada muito alta ao retirar a titularidade a Vitor Baía. Depois de Jorge Costa, este assomo de coragem pode valer-lhe um valente pontapé no traseiro no final da época, caso não consiga vencer a Liga. Se o encosto do central já provocou alguma celeuma, atirar com o guarda-redes para o banco pode acicatar os ânimos dos adeptos portistas, se Helton não corresponder.É bom lembrar que para o universo portista, Vitor Baía não é um jogador qualquer: é o jogador mais acarinhado pela massa associativa e aquele que mais vezes participou nos êxitos do F.C. Porto. É certo que a sua carreira desportiva ao mais alto nível está perto do fim, mas, ainda assim, tem demonstrado ao longo da época que as suas capacidades permanecem intactas, daí não se perceber muito bem o porquê da sua substituição. Não quero acreditar que tenha sido o lance do 2º golo do Estrela da Amadora a despoletar esta situação, porque se foi, todos os guarda-redes desta Liga já teriam encostado ás boxes. Quem se deve estar a rir é Scolari que frequentemente tem sido insultado pelos dirigentes portistas por não convocar o guarda-redes para a selecção. Estes sempre disseram que Vitor Baía era o melhor guarda-redes a actuar em Portugal, pelo que agora não se devem sentir muito confortáveis perante esta decisão do treinador holandês.

Por favor, calem-se!

A disputa verbal entre Pinto da Costa e José Veiga, a que agora se juntou Reinaldo Teles, está aí para lavar e durar. Pelo menos até ao jogo entre as duas equipas prevê-se que os insultos de parte a parte se mantenham ou, quiçá, até subam de tom. Não me parece que desta guerrilha algum dos clubes saia beneficiado, antes pelo contrário. O triste espectáculo que têm dado só os denigre aos olhos da opinião pública e não me parece que lhes aumente os índices de popularidade ( a não ser entre aqueles que gostem deste futebol jogado fora das quatro linhas). Já sabemos que Pinto da Costa se sente como peixe na água neste tipo de contendas e o melhor que há a fazer, é deixá-lo a falar sózinho, porque, hoje em dia, já ninguém dá crédito às suas atoardas. Enquanto benfiquista gostaria que os dirigentes do meu clube não se vissem envolvidos em peixeiradas desta natureza que só prejudicam a imagem do Benfica. É no campo de jogo que temos de mostrar a nossa força e não em jogos florais, onde dispersamos energias que nos podem impedir de nos concentrarmos nos nossos verdadeiros objectivos.

Reconhecimento da verdade


Retirado do Bola na Área, estas declarações interessantes de Filipe Soares Franco, à revista de domingo do Correio da Manhã:
«Não podemos ter medo de enfrentar a verdade e, num contexto de rácios, o Benfica é efectivamente maior do que o Sporting: tem mais adeptos e mais sócios, tem mais títulos conquistados, venceu mais competições europeias. Os sportinguistas não devem negar as evidências, até porque quando queremos ser os primeiros temos de seguir dois princípios: não mentir e ter a referência a abater. Além do mais, o facto de o Benfica ser maior não quer dizer que seja melhor».

domingo, janeiro 22, 2006

Desculpa esfarrapada

Soares Franco, qual Dias da Cunha, vem dizer que a arbitragem de ontem foi miserável prejudicando claramente o Sporting. Não sei que jogo é que ele viu, porque se foi aquele que todos vimos, o presidente leonino só pode estar a brincar. O lance do penalti não oferece dúvidas. Já o mesmo não se poderá dizer do livre indirecto na pequena-área maritimista, a castigar pretenso atraso de Van der Gaag ao seu guarda-redes que nunca existiu. Aqui o árbitro favoreceu os leões num lance que lhes poderia ter dado a vitória. Além disso no decorrer da 2ª parte cada vez que um jogador do Sporting caía o Marítimo era invariavelmente punido com uma falta. E já nem falo da mão de Polga dentro da área verde-branca. Que Rui Costa é um mau árbitro já todos sabemos, mas não foi por ele que o Sporting não obteve a vitória. Imagina-se o cenário do próximo fim-de-semana: se ganharem na Luz o mérito vai todo para os jogadores e o seu treinador; se perderem, a culpa será do árbitro, pois então!

sábado, janeiro 21, 2006

Sporting e F.C. Porto com sortes diferentes

O Sporting atrasa-se na corrida ao título. Os leões até entraram bem no jogo, marcaram um golo cedo, quase encostaram o adversário ás cordas, mas não souberam dar a estocada final. Depois dos primeiros vinte minutos, os maritimistas começaram a acertar nas marcações, começaram a ligar os passes e já perto do final da 1ª parte aproveitaram uma desatenção da defesa leonina e empataram a partida. Na 2ª parte o Sporting apareceu bastante nervoso com um futebol muito desligado e inconsequente e não fora o penalti falhado e o Marítimo poderia ter saído de Alvalade com os três pontos da vitória ( ainda estou para perceber o que se passou na cabeça do treinador do Marítimo para pôr Sousa, o jogador mais tosco em campo, a marcar a penalidade). Sá Pinto não se pode queixar da sorte pois em dois jogos consecutivos comete dois penaltis esbanjados pelos adversários. O Sporting está agora a 9 pontos do F.C. Porto e a 6 do Benfica, embora tenha a possibilidade de encurtar distâncias relativamente aos encarnados já na próxima jornada. É quase um jogo do tudo ou nada para os leões. Em caso de derrota ficam irremediavelmente afastados do título e até mesmo do 2º lugar.
O F. C. Porto conseguiu resistir à pressão de ter de vencer, ganhando à Naval através de uma exibição muito frouxa e graças a um auto-golo de Fernando. O único aspecto relevante da partida foi a não inclusão de Vitor Baía no que poderá ser a perda definitiva do lugar de guarda-redes principal do F.C. Porto. Depois de Jorge Costa coube agora a vez de Baía. O F.C. Porto perde as referências do clube tal como vai acontecendo com o Sporting que vê sair o capitão Beto. No final da época veremos se valeu a pena.

Vitória preciosa

Este foi um daqueles jogos em que o Benfica venceu mas esteve longe de convencer. O Gil Vicente jogou melhor, foi mais perigoso, e só não alcançou outro resultado porque esta noite a sorte esteve do lado dos encarnados. O jogo iniciou-se com o penalty desnecessário de Simão sobre Carlitos, o que permitiu aos gilistas adiantarem-se no marcador. Poucos minutos volvidos o Gil Vicente devolveu a gentileza e ofereceu um penalty ao Benfica (curiosamente o comentador de serviço na Sporttv teve dúvidas quanto à justeza da penalidade, quando há uma semana, num lance bem menos evidente, foi peremptório ao afirmar que Luisão tinha cometido infracção merecedora de castigo máximo; teve de ser Carlos Carvalhal a clarificar a situação, porque o dito senhor, mais uma vez, não soube despir a camisola azul e branca que enverga todas as semanas). No resto da 1ª parte apenas há a assinalar a grande jogada que deu origem ao 2º golo encarnado. Na 2ª parte o Gil Vicente entrou decidido a alterar o rumo dos acontecimentos, mas um lance infeliz de Jorge Baptista deitou tudo a perder ao permitir o 3º golo encarnado. A partir daqui o Benfica, incompreensivelmente, recuou em demasia no terreno, aproveitando os gilistas para provocarem alguns sustos, estando mesmo à beira de marcar num lance em Carlos Carneiro atirou ao poste da baliza encarnada, já com Moretto batido. Foi uma 2ª parte dominada pelos gilistas e onde o Benfica raramente conseguiu fazer uma jogada com princípio, meio e fim. Neste período os encarnados revelaram pouca segurança no controlo e circulação da bola bem como dificuldades na organização defensiva (especialmente nos lances de bola parada em que os gilistas ganhavam sempre na antecipação). Neste particular Manuel Fernandes sobressaiu pela negativa: com ele em campo, o meio-campo encarnado, perde consistência, fica muito mais vulnerável às investidas dos adversário graças à sua manifesta indisciplina tática, já para não falar das constantes faltas estúpidas que parece ter prazer em fazer ( meu rico Beto!). Destaques para as exibições de Luisão (intransponível) e Alcides que no seu estilo trapalhão lá vai levando a água ao seu moinho. Nuno Gomes muito batalhador, mas infeliz na finalização (e hoje abusou nos foras-de-jogo, embora houvesse um mal assinalado em que ficaria isolado para a baliza). Relativamente aos reforços, não desgostei de Manduca que esteve bem enquanto teve forças; Moretto não teve trabalho; Robert pouco se viu nos 20' que esteve em campo e Marco Ferreira não acrescentou nada ao jogo.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

E vão dois esta semana

Decididamente os dirigentes portistas perderam o tino. Pela segunda vez esta semana, os portistas publicam um comunicado no seu site oficial, desta feita para manifestarem a sua indignação pelo facto de ontem à noite, José Veiga ter alegadamente jantado com um ex-árbitro assistente num restaurante em Penafiel. Um tipo lê e não acredita. Mas desde quando é que jantar com um ex-árbitro assistente põe em causa a verdade desportiva? Será que tal indivíduo está impedido de se relacionar com gente do futebol simplesmente porque já não se encontra ao serviço da modalidade? Além do mais, se há clube que não tem autoridade moral para redigir comunicados destes, esse clube é precisamente o F.C. Porto. Realmente é preciso ter (muita) lata. Todos sabemos que até há pouco tempo era prática corrente (se é que ainda hoje isso não se verifica), ver-se Pinto da Costa ou outro qualquer dirigente portista em repastos com árbitros no activo e, em alguns casos, até a seguir a jogos do F.C. Porto em que os mesmos árbitros haviam participado. Não há dúvida que esta obsessão pela dupla LFV/JV só vem provar que os altos dirigentes do F.C. Porto estão a entrar em fase de desespero, o que só pode querer significar que o Benfica está no bom caminho.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Sp. Braga encosta em Penafiel

O Sp. Braga deixa dois pontos em Penafiel e atrasa-se no assalto ao 2ºlugar. Wender desta vez não teve o protagonismo das últimas partidas, falhando inclusivé um penalty. As recentes convulsões no plantel bracarense deixaram marcas e o Sp. Braga está longe das exibições alcançadas na 1ª volta. O Penafiel fez o seu papel: lutar em cada jogo pelo melhor resultado possível, independentemente de a descida de divisão ser, aparentemente, um dado consumado. Com este resultado o Benfica tem a possibilidade de criar um fosso de 4 pontos relativamente ao Sp. Braga. Para isso precisa de ganhar em Barcelos, num jogo que se afigura de extrema dificuldade, face ao que aconteceu na 1ª volta e atendendo ao bom momento de forma que os gilistas têm evidenciado nas últimas partidas. O Benfica terá de estar ao seu melhor nível se quiser averbar os três pontos. Ademais, não podemos perder pontos para o F.C. Porto que tem frente à Naval uma jornada descansada.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Os brasileiros do Benfica

Já anda muita boa gente preocupada, benfiquistas incluídos, pelo facto de o Benfica se começar a assemelhar a uma escola de samba, tal a quantidade de brasileiros que tem ao seu serviço. Por mim tanto se me dá, desde que o clube vá ganhando até podemos ter a totalidade do plantel constituído por jogadores do Sri Lanka que comemoro as vitórias da mesma maneira que comemoraria se só tivéssemos jogadores portugueses. No futebol de hoje os clubes são verdadeiros entrepostos de jogadores estrangeiros e não vejo que isso afecte os adeptos. No final de contas o que o adepto quer é ver vencer a sua equipa predilecta. O resto são provincianismos bacocos que já não têm razão de existir no mundo global em que vivemos.
P.S. - Pergunte-se a um adepto se prefere vencer com estrangeiros ou perder com nacionais e vão ver qual a resposta.

Pinto da Costa com memória curta

Pinto da Costa devia abster-se de comentar as declarações de Luis Filipe Vieira, porque no que toca a verdade desportiva, a sua casa está cheia de telhados de vidro: apito dourado, quinhentinhos, viagem do Calheiros e, por aí fora. Relativamente às suas criticas às últimas contratações dos encarnados, porque não relembrar o que sucedeu com César Peixoto, Maniche, Sokota, Paulo Assunção, Duda, Deco, isto só para falar nas mais recentes. Ainda agora tivemos os casos dos jogadores emprestados que contra o que a lei diz não jogaram contra o F.C. Porto: Maciel, Diogo Valente, Bruno Vale e Bruno Machado. Tudo isto acontece, porque Pinto da Costa começa a perceber que já não tem a força doutros tempos e, além disso, encontrou em LFV um adversário que lhe faz frente.

As piadas de Miguel Sousa Tavares

Ficámos a saber pela boca de MST, esse supra-sumo da crítica nacional, que ao contrário do que se pensava, o F.C. Porto não era favorito no jogo disputado com o Estrela da Amadora. A explicação é simples: o estado do terreno na Reboleira. Como o terreno de jogo tem dimensões reduzidas e a relva mais parece um campo de batatas, ficaram anuladas, desde logo, as pretensas vantagens dos portistas que têm como ponto forte a qualidade técnica dos seus jogadores. Pelo contrário, MST, considera até, que o seu clube entrou em desvantagem porque teve de aprender do zero os truques que aquele terreno impõe e o adversário conhece bem. Quanto aos golos do adversário temos que para MST: o 1º golo foi na própria baliza e o 2º golo - um frango como toda a gente viu - resulta de um remate inofensivo que graças a um ligeiro desvio no lamaçal voltou a trair Baía ( Se fosse Ricardo que estivesse na baliza, MST, por certo, viria dizer que tinha sido um frango do tamanho da Torre dos Clérigos). Resumindo: a derrota portista não aconteceu por força da imperícia dos seus jogadores, nem sequer pelo mérito do Estrela da Amadora, mas fundamentalmente pelas condições deploráveis do terreno de jogo. Um prodígio, este homem!

terça-feira, janeiro 17, 2006

LFV à sua imagem


LFV não faz a coisa por menos, e vai daí assume a candidatura do Benfica à conquista da Liga dos Campeões. Não é a primeira vez que o presidente encarnado diz isto. Resolveu voltar a dizê-lo hoje, para que não haja dúvidas sobre as ambições do Benfica para esta época. Confiança não lhe falta. Por mim contentava-me apenas com a Liga Nacional, mas isso sou eu que sou pouco ambicioso. Nada como ter horizontes alargados. E isso é algo que não falta ao nosso presidente. O Liverpool que se cuide, pois a renovação do título europeu fica assim bem mais complicado. Eliminar o Benfica vai ser uma tarefa bem complicada.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Vitor Baía, o intocável

Vitor Baía sempre teve e continua a ter boa imprensa em Portugal. A sua colaboração num dos golos do Estrela da Amadora não teve repercussões na imprensa desportiva, facto que poderia ser considerado normal atendendo à normalidade de um "frango" num guarda-redes. Aliás não se conhece guarda-redes que, ao longo da carreira, não tenha dado os seus "franguitos". O problema é que em Portugal em matéria de frangos há dois pesos e duas medidas. Se o frango for do Vitor Baía, tudo bem, foi apenas um acidente de percurso e nem se fala no assunto. Se o dito frango for dado pelo Ricardo ( ou até mesmo pelo Quim), aí a conversa muda de figura. Pinto da Costa e seus acólitos vêm logo a terreiro dizer que não se percebe como Scolari mantém a confiança no jogador leonino, quando no Dragão mora um guarda-redes que é imune a espécimes de aviário. Mais uma vez se comprovou que tal não é verdade. Deve dizer-se até, que Vitor Baía nessa matéria já leva muito que contar. Seria de bom tom que a classe jornalística também tivesse consciência desse facto. Para quem não se lembra, em Espanha, Vitor Baía não teve uma passagem feliz. E do Scolari, nessa altura, nem se ouvia falar.

O ponta-de-lança desejado


Marcel já é do Benfica, como garante o presidente academista, José Eduardo Simões, no site do clube. O jogador tem qualidade, mas jogar no Benfica é uma realidade bem distinta daquela que viveu em Coimbra. As exigências são outras e poucos conseguem singrar. Aguardemos para ver se o brasileiro consegue corresponder às expectativas nele depositadas.

Nacional no caminho do Benfica

Não se pode dizer que o Benfica tenha sido muito feliz no sorteio para os oitavos-de-final da Taça de Portugal. Calhou-lhe em sorte o Nacional, equipa revelação desta época, que é um adversário bem difícil de contrariar. É óbvio que jogando em casa os encarnados têm obrigação de vencer, mas isso não invalida que se diga que vão ter pela frente um osso bem duro de roer, como aliás tiveram oportunidade de comprovar no recente jogo para o campeonato. Se os conseguirmos eliminar fica a convicção de que afastamos um dos mais sérios pretendentes à conquista do troféu.

domingo, janeiro 15, 2006

Ganda Estrela da Amadora

Afinal o expediente da não inclusão de Bruno Vale no jogo desta noite, de nada serviu ao F.C. Porto, que perdeu três preciosos pontos na Amadora. O Estrela fez uma 1ª parte excelente, desbaratando por completo a defesa portista, Vitor Baía incluído. Na 2ª parte foi um sufoco. Os azuis-e-brancos encostaram os amadorenses à sua área e foram criando oportunidades suficientes para não perderem o jogo. Valeu, para nosso regozijo, que a cavalgada portista se quedou por um golo. O Estrela deu o estouro, mas de forma estoica soube segurar a vantagem adquirida na 1ª parte. E agora são apenas três, os pontos de vantagem sobre o Benfica. A Liga está ao rubro.

Benfica vence Académica

Vitória num jogo em que o resultado não traduz o que se passou em campo, já que foram muitas as dificuldades sentidas pelo Benfica. Nem foi tanto a Académica a criar problemas aos encarnados, mas antes os jogadores do Benfica que resolveram meter folga na partida de hoje. Então a 1ª parte foi verdadeiramente escandalosa em termos de entrega ao jogo: os encarnados não correram, não se aplicaram, limitaram-se a deixar passar o tempo numa atitude pouco profissional. Valeu que do outro lado estava uma Académica muito fraca que poucos engulhos criou ao adversário, mostrando o porquê de se encontrar abaixo da linha de água. Muito quezilentos, quiseram fazer crer, como bem expressou o seu presidente no final da partida, que só não saíram da Luz com um resultado positivo, porque a equipa de arbitragem assim não o quis. Que desculpa mais esfarrapada: o lance que dá origem ao 1º golo do Benfica é merecedor de grande-penalidade; o pretenso penalty de Luisão não existe ( o jogador já tem o braço levantado e não o mexe, quando a bola rematada à queima roupa lhe toca na mão); ninguém consegue ver se a bola sai ou não, quando Nuno Gomes passa a bola para trás no lance que dá o golo a Luisão. Curiosamente esta gente só se queixa nos jogos em que enfrentam o Benfica. Quando isto acontece com o F.C. Porto, metem o rabinho entre as pernas e nada dizem. Uma vergonha.
O jogo de hoje serviu ainda para demonstrar que Laurent Robert não tem lugar neste Benfica: lento, apático, técnicamente limitado (só tem pé esquerdo), tem apenas como aspecto positivo os lances de bola parada. Outro jogador que tarda em aparecer é Miccoli: é chegada a hora de o deixar no banco e dar o lugar a Geovanni. Os jogos que aí vêm são demasiado importantes para se continuar a apostar nestes jogadores. Uma estadia no banco só lhes fará bem. Pode ser que arrebitem. Já Moretti tem confirmado as expectativas: transmite uma segurança que Quim e Moreira nunca foram capazes de dar.
A derrota do F.C. Porto frente ao Estrela da Amadora abre-nos excelentes expectativas que o Benfica tem de saber aproveitar, sem, contudo, embandeirar em arco, uma vez que há muito campeonato pela frente e cada jogo tem de ser encarado como uma final, em que não é permitido perderem-se pontos. São só três, os pontos que nos separam dos azuis-e-brancos, o que ainda assim constitui uma vantagem para os nossos rivais.

sábado, janeiro 14, 2006

Sporting ganha no Restelo

Com mais uma intervenção comprometedora, Marco Aurélio resolveu estender a quadra natalícia e dar a vitória ao Sporting. Nas últimas épocas este guarda-redes limita-se a reservar as grandes exibições para os confrontos com o Benfica. Para ajudar à festa hoje teve um colega à altura, Ruben Amorim ( o tal que enviou uma bola à trave num remate magistral, quase de meio-campo, no jogo da Luz) que de forma desastrada falhou um penalty que poderia guindar o Belenenses a um resultado positivo. Aproveitando os erros do adversário, o Sporting acaba por ganhar, num jogo em que não foi superior ao Belenenses. O argentino Romagnoli que fazia a estreia na Liga com a camisola do Sporting, não se viu durante o tempo que esteve em campo. Terá de valer muito mais para justificar a titularidade na equipa. Pelo que se viu, Nani é bem superior.

Wender mais uma vez


Wender voltou a assumir o papel de protagonista. Depois de na última jornada ter marcado dois golos ao Sporting, hoje voltou a fazer o gosto ao pé, marcando o único golo do Sp. Braga frente à União de Leiria. O reforço de Inverno do Sp. Braga, já deu ao clube duas vitórias em outros tantos jogos. Recambiado de Alvalade porque não servia os interesses dos leões, revela todo o seu esplendor no Sp. Braga. Jesualdo Ferreira agradece tanta generosidade leonina.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Pinto da Costa ainda mexe

Perdida que foi a corrida por Moretto e, ao que tudo indica, a de Marcel também, Pinto da Costa vai buscar Adriano que se dizia que estava prestes a assinar pelo Sporting. Repete assim o número que já havia feito com Paulo Assunção há duas épocas atrás. O Sporting vê-se mais uma vez ultrapassado, enquanto o presidente portista tenta com esta contratação minimizar os estragos do valente banho que apanhou de LFV.
Enganem-se, no entanto, os que pensam que Pinto da Costa está velho e acabado. Longe disso. A prova está em que, mais uma vez, há semelhança do que havia feito com o União de Leiria e o Boavista, lá conseguiu arranjar maneira de Bruno Alves não defender a baliza do Estrela da Amadora na partida contra o F.C. Porto. Com mais uma lesão fantasma consegue assim ludibriar os regulamentos da Liga. Curiosamente não se vê os media abordarem esta questão. Pelos vistos, para eles, tudo não passa duma mera coincidência.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Apenas Sp. Braga ficou pelo caminho

Com excepção da eliminação do Sp. Braga, não houve surpresas na 5ª eliminatória da Taça de portugal. Os clubes primodivisionários cumpriram a sua obrigação, ganhando as suas partidas, ficando agora à espera do que lhes reservará o sorteio na próxima 2ª feira. O Sporting viu-se e desejou-se para ganhar ao Vizela que foi a primeira equipa a marcar, e o F.C. Porto acabou por assegurar a passagem à 6ª ronda com um penalty muito duvidoso: o Bruno Paixão não viu, mas o árbitro assistente a 50 m de distância, mesmo com o jogador da Naval a encobrir a bola, conseguiu ver mão na bola o que as imagens da televisão não conseguem esclarecer cabalmente (tivesse o lance ocorrido na grande-área contrária e cá estaríamos para ver se seria marcada grande-penalidade). Enfim, é nestes lances que as equipas mais pequenas se podem queixar de tratamento desigual.

Benfica elimina Tourizense

O Benfica seguiu em frente para a próxima ronda da Taça de Portugal, após eliminar o Tourizense, numa partida em que Koeman não facilitou, colocando a maioria dos titulares em campo. Os jogadores do Tourizense não se atemorizaram com o poder do adversário, chegando mesmo a assustar nalguns momentos do jogo, mormente na marcação de um livre, no final da 1ª parte, em que a bola esbarrou na barra da baliza de Moretti e quando o resultado ainda estava em branco. Na 2ª parte o Benfica entrou em campo com outra atitude, acelerou e os golos apareceram com naturalidade. Laurent Robert estreou-se a marcar e foi apontado como o melhor jogador encarnado. Manduca esteve apagado, e Marcos Ferreira fez a sua primeira partida com a camisola encarnada. Agora que venha o próximo e, de preferência, que seja um adversário dos menos cotados. E já agora, que a eliminatória seja jogada em nossa casa.

terça-feira, janeiro 10, 2006

O que se passa com o italiano?


Faz-me confusão o estranho apagamento de Miccoli. Depois dos primeiros jogos (dois ou três) em que o italiano deslumbrou o que levou a crítica especializada a fazer-lhe os mais rasgados elogios (eu próprio fiquei entusiasmadíssimo), eis que uma lesão veio deitar tudo a perder. Desde então tudo se modificou. Miccoli não mais voltou ser o mesmo. As suas exibições têm ficado muito aquém do exigível o que nos faz questionar se o verdadeiro Miccoli era aquele dos primeiros jogos ou, se pelo contrário, é aquele que temos visto ultimamente. Custa a crer que um jogador que tem cartel em Itália, inclusivé já com algumas internacionalizações no seu currículo, não valha mais do que nos vem mostrando. Quer-me parecer que há ali muita ansiedade, muita pressa em mostrar serviço, e que este facto o inibe de desenvolver o futebol de que é efectivamente capaz. E Koeman até tem sido amigo, pois continua a dar-lhe oportunidades, mas não pode esperar ad eternum, que o italiano se digne começar a jogar. Até porque Geovanni, adora jogar naquela posição e quando o tem feito, tem revelado saber dar conta do recado. É portanto chegada a hora de Miccoli fazer valer as suas credenciais e tratar de justificar a sua vinda para o Benfica. Se assim não for, é bem provável que no final da época o clube não exerça o direito de opção de compra do seu passe, que por sinal é bem caro.

domingo, janeiro 08, 2006

Vitória fácil

Na estreia de Moretto como titular na baliza encarnada, o Benfica ganhou com relativa facilidade mas sem realizar uma boa exibição. O Paços de Ferreira foi um adversário macio que não importunou o último reduto encarnado ( apenas já no final da partida tiveram uma clara oportunidade de golo que Moretto soube responder com uma grande estirada), valendo-lhe a extraordinária exibição do seu guarda-redes Peçanha ( começa a ser norma os guarda-redes que visitam a Luz fazerem o jogo da sua vida) que impediu que os paçenses saíssem da Luz com uma derrota mais dilatada. O Benfica esteve longe de encantar, em especial na 1ª parte, onde o número de passes transviados foram mais do que muitos. Ainda assim construiu uma série de oportunidades de golo que poderiam e deveriam ter sido concretizadas. Miccoli voltou a ser uma nulidade, pelo que Koeman deveria equacionar retirá-lo da equipa titular, e apostar em Geovanni que, mais uma vez, demonstrou ter um rendimento bem superior ao do italiano quando joga a ponta-de-lança. Quanto às novas aquisições, o jogo de hoje não deu para tirar grandes ilacções sobre a capacidade de cada um deles, pelo que há que esperar por mais jogos, para se saber se efectivamente constituirão mais valias para o plantel encarnado.
Com a vitória de hoje subimos ao 2º lugar em parceria com o Nacional. O 1º lugar continua a seis pontos de distância, uma vez que o F.C. Porto venceu o Boavista, graças a mais um golo de Quaresma. Decididamente ninguém consegue parar este jogador.

sábado, janeiro 07, 2006

Sp.Braga vence Sporting em jogo electrizante

Os primeiros 45' minutos pertenceram ao Sp.Braga que facilmente chegou aos 2-0. O mesmo acabou por acontecer na 2ªparte até ao 1ºgolo leonino. Após o golo o Sporting galvanizou-se e os bracarenses que até aí tinham sido uma equipa compacta, desuniram-se, aproveitando-se disso o seu adversário para rapidamente chegar à igualdade. A partir daqui as duas equipas entregaram-se a um jogo frenético, onde a clarividência deixou de existir e as oportunidades de golo surgiam para ambos os lados, acabando por ser o Sp.Braga a equipa mais feliz ao conseguir o golo que veio a ditar a vitória na partida. Wender constituiu-se como o carrasco do Sporting ao apontar 2 golos, enquanto Liedson voltou a ser o abono de família da sua equipa ao marcar os 2 golos que quase permitiam a reviravolta no marcador. O Sporting com esta derrota fica mais longe do 1º lugar e o Sp. Braga que vinha de um mês de Dezembro terrífico (3 derrotas) volta a sonhar com um lugar que lhe dê acesso à Liga dos Campeões.

Entrevista de LFV ao Correio da Manhã

"Para eles a saída do Simão do Benfica era a sorte grande. Naquela casa as coisas funcionam assim. Porque é que o Jorginho não foi para o Sporting? E o Paulo Assunção? Se o Sporting tivesse tido a atitude do Benfica com o Moretto, não teria sido assim." LFV dixit, em entrevista hoje ao Correio da Manhã.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Moretto ou Quim?

Porventura subsistirá nos adeptos encarnados a dúvida de quem irá Koeman colocar na baliza no jogo de domingo com o Paços de Ferreira. Se fosse eu que estivesse na pele do holandês, não teria dúvidas na decisão a tomar. O brasileiro seria sempre a minha 1ª opção, não só porque é melhor guarda-redes do que Quim, mas, também, porque o português continua a evidenciar problemas físicos que o impossibilitam de jogar ao seu melhor nível e o Benfica não se pode dar ao luxo de fazer alinhar um guarda-redes em precária condição. Alguns dirão, que parece mal dar de imediato o lugar a Moretto, porque ele ainda agora chegou ao clube e, além disso, Quim tem-se sacrificado ao jogar lesionado pelo que, remetê-lo ao banco, seria uma atitude deselegante. Reconheço que sou sensível a este argumento, mas nestas coisas do futebol, como noutros aspectos da vida, temos de fazer prevalecer o pragmatismo em detrimento das razões do coração. E é em nome desse pragmatismo que seria levado a colocar o brasileiro na baliza já no próximo domingo.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Público nos estádios

Quadro do número de espectadores até à última jornada: a azul temos a média de assistentes, enquanto a vermelho temos o total.

F.C.Porto - 39187 (313499)
Benfica - 36047 (288381)
Sporting - 30096 (240772)
V.Guimarâes - 14054 (112437)
Sp.Braga - 11972 (95783)
Académica - 8038 (64311)
Boavista - 4611 (41500)
Marítimo - 4500 (36000)
V.Setúbal - 4062 (32500)
P.Ferreira - 2812 (22500)
Gil Vicente - 2622 (20979)
Penafiel - 2412 (19300)
Naval - 2310 (18480)
Nacional - 2300 (16100)
Rio Ave - 2062 (16500)
Belenenses - 1937 (15500)
U.Leiria - 1753 (14027)
E.Amadora - 1201 (12631)

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Azares

Diogo Valente veio da selecção B lesionado e, ao que tudo indica, já não poderá defrontar o F. C. Porto no jogo do próximo fim-de-semana. Logo agora que tinha a possibilidade de mostrar as suas credenciais perante Co Adriaanse, tem esta contrariedade. Realmente é muito azar. O mesmo já se tinha verificado com Maciel. Não há que desesperar. São coisas que acontecem no futebol. Infelizmente, demasiadas vezes.

Problemas para Koeman resolver

Na conferência de imprensa para apresentação do francês, Laurent Robert, como novo reforço encarnado, LFV voltou a negar a saída de Simão, reafirmando ainda que o Benfica está apostado em reforçar a equipa e não em enfranquecê-la. Se assim for, não restam dúvidas de que o plantel encarnado ficará bem mais forte e com outra capacidade para enfrentar os desafios que tem pela frente. No entanto, estou convicto que a permanência de Simão poderá criar problemas na gestão do plantel. E explico porquê: Simão joga na mesma posição do francês e sabendo que este tem alergia ao banco não se sujeitando à condição de suplente ( ao longo da sua carreira têm sido vários os conflitos com treinadores que se atrevem a colocá-lo fora da equipa), a Koeman só lhe restará pôr os dois a jogar em simultâneo, o que significará que um deles será deslocado para uma posição que não é do seu agrado e onde o rendimento não será o mesmo. Aqui chegados faz todo o sentido perguntar onde jogará então Geovanni que tão boas prestações tem tido nos últimos jogos. Será atirado para o banco ou jogará na sua posição favorita, a ponta-de-lança? Se isto vier a acontecer deverá ser Miccoli o sacrificado. E ainda falta o ponta-de-lança que está para chegar. Estou curioso em saber como Koeman irá resolver o problema.

terça-feira, janeiro 03, 2006

Mais um extremo


Ora aí está mais um reforço. E para não variar, mais um extremo. Depois de Manduca e Marco Ferreira, este é o terceiro. Com este inflacionamento de flanqueadores, acentua-se a ideia de que Simão está de partida. Oxalá não venhamos a torcer a orelha no final da época. Quanto ao francês, dispensado do Newcastle e longe de corresponder às expectativas no Portsmouth, confesso que a sua vinda está longe de me entusiasmar. Ainda por cima, parece que tem um feitio pouco recomendável. Dou-lhe o benefício da dúvida e cá fico à espera para ver se valeu a pena a sua aquisição.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Simão: sai ou fica?

Segundo a RR, ao Benfica ainda faltam chegar dois reforços: um médio extremo e um ponta-de-lança. Salvaguardando toda a carga especulativa que estas notícias têm, fica a ideia que caso venha a concretizar-se a contratação de mais um extremo, isso poderá significar a saída de Simão. Faço votos que tal não se venha a verificar apesar do muito dinheiro que o Benfica possa encaixar com a sua transferência. Não temos nenhum jogador no plantel que o possa substituir, sem que isso represente uma queda de rendimento na equipa e, além disso, não acredito que o jogador que viesse para o seu lugar o pudesse suplantar em qualidade futebolística. Sendo assim, e porque temos como objectivo a conquista da Superliga bem como a ultrapassagem da próxima eliminatória da Liga dos Campeões (não sou eu que o digo, são os responsáveis do clube que o afirmam), pede-se aos dirigentes encarnados, que caso a venda de Simão seja um acto de gestão absolutamente necessário para o equilíbrio financeiro do clube, que esta se efective só no final da época. Não é pelo facto de se antecipar um negócio por 6 meses que o Benfica sairá mais beneficiado financeiramente. Ainda por cima quando se sabe que o jogador tem sempre mercado e a sua presença no Mundial o poderá valorizar.

Os últimos reforços encarnados


Se relativamente a Moretto não tenho dúvidas de que se trata de uma óptima contratação, já quanto a Marco Ferreira tenho as mais sinceras reservas em considerar que a sua aquisição venha acrescentar qualidade ao plantel encarnado. O percurso deste jogador nas últimas três épocas não nos deixam muitas esperanças quanto ao seu rendimento. Nunca se afirmou no F.C. Porto e, desde então, a sua performance desportiva caiu num completo ofuscamento. Vem para o Benfica na tentativa de relançar a sua carreira e a sua contratação compreende-se pelo facto de ser um jogador livre e todos sabermos que dinheiro é algo que não abunda nos cofres encarnados. À partida é um negócio que favorece principalmente o jogador, ficando o Benfica à espera que Marcos Ferreira mostre as credenciais que evidenciou aquando ao serviço do V.Setúbal (grande golo que marcou na Luz) e que motivaram, na altura, o interesse do clube nos seus préstimos.

O episódio Moretto

A história da contratação de Moretto faz lembrar os filmes série B americanos ainda que, neste caso, a produção tenha sido portuguesa. Típico filme de baixo orçamento em que se misturaram vários géneros cinematográficos: do melodrama ao terror a que não faltou um toque de suspense para apimentar a história. Tão mau que chega a ser hilariante. Desde a ida de LFV ao Brasil, não fosse o jogador resgatado para outras paragens, passando pela cena no aeroporto brasileiro em que um cromo de nome, Vítor Dinis, supostamente ao serviço do F.C. Porto, tentou agredir o presidente encarnado e impedir o embarque do brasileiro, culminando já na Portela com a valente chapada dada pelo segurança ao serviço do Benfica no referido figurão. Apesar de habituados às cenas pouco edificantes que proliferam no nosso futebol, há muito que não víamos por cá um episódio tão rocambolesco como este. Nenhum dos intervenientes sai incólume nesta história. Moretto pela ingenuidade (falsa?!)demonstrada; o Benfica, pela cena no aeroporto da Portela e o F.C. Porto pela táctica mafiosa engendrada. Do tal Vitor Dinis é melhor nem falar.