domingo, fevereiro 05, 2006

A imprescindibilidade de Beto

Verdade se diga que o Benfica, ontem em Leiria, até fez um jogo engraçado em termos ofensivos. Não fossem as azelhices na finalização e a portentosa exibição de Costinha (é inevitavel nos jogos com o Benfica) e o Benfica certamente teria ganho os três pontos. O problema é que o futebol não vive só do ATAQUE. Para se ganharem jogos é preciso, antes de mais, DEFENDER a nossa baliza, impedindo que o adversário finalize com êxito. Ora neste particular o clube da Luz tem errado em demasia nos dois últimos jogos. E analisando as estatísticas chegamos a uma conclusão interessante: nos seis golos sofridos, em cinco deles, Beto não estava em campo, sendo que o golo em que ele estava presente foi obtido na transformação de um penalti. Pode ser uma simples coincidência. Pessoalmente não acredito que seja essa a explicação. Acontece simplesmente que o brasileiro em termos defensivos é irrepreensível ( exímio recuperador de bolas e excelente na forma como ocupa o espaço defensivo) enquanto que o seu habitual substituto, Manuel Fernandes, apresenta graves lacunas nesse aspecto do jogo. E ontem, mais uma vez, isso veio a confirmar-se: no lance do 1º golo do Leiria, Manuel Fernandes não estava em "su sitio"; se a isto juntarmos as frequentes perdas de bola que deram origem a perigosos contra-ataques do adversário, provavelmente encontramos uma das explicações para a derrota. Está provado que o Benfica precisa de jogar com dois médios centrais que garantam com sucesso os equilíbrios defensivos da equipa. E os resultados são esclarecedores quanto à necessidade de Petit e Beto fazerem parte do onze titular. As 9 vitórias consecutivas foram conseguidas com esta dupla em campo. Dir-me-ão que com Beto em campo a equipa perde ofensividade. Plenamente de acordo. Mas enquanto não encontrarem um jogador que faça as duas funções (atacante e defensiva) com eficácia deixem lá estar o brasileiro. Caso contrário as derrotas irão suceder-se.