domingo, outubro 30, 2005

Análise Individual

Rui Nereu - Uma noite descansada. Ainda assim, não inspira confiança.
Nélson - A par de Nuno Gomes, terá sido a melhor exibição encarnada. Mais uma assistência para golo. E vão cinco!
Anderson - Já o vi fazer melhor. Falhou um golo quase feito e em termos defensivos deu uma fífia na 1ª parte que poderia ter comprometido. No lance do golo da Naval contribuiu para que o árbitro auxiliar não assinalasse o fora-de-jogo, ao quase colocar em jogo o avançado navalista.
Luisão - Não permitiu veleidades ao ataque navalista.
Ricardo Rocha - Bem a defender. Não lhe peçam é que participe na manobra ofensiva, pois essa não é a sua função.
João Pereira - Um erro de casting.
Petit - Exibição manchada pela perca de bola que originou o golo da Naval.
Manuel Fernandes - Pouco produtivo em termos atacantes.
Léo - Muito esforçado, mas claramente desadaptado ao lugar de extremo esquerdo.
Karyaka - Bom toque de bola, mas só isso não chega.
Nuno Gomes - Mais uma vez decisivo. Se tem o azar de se lesionar, quero ver como é que descalçamos a bota.
Nuno Assis - Pouco eficaz.
Mantorras - Um típico brinca na areia. Já não há pachorra para o seu futebol trapalhão.

Empate frustrante

Perdemos dois pontos e com isso perdemos também o ensejo de ultrapassar o F.C. Porto na tabela classificativa. O empate alcançado teve um sabor amargo, face ao futebol produzido pelos encarnados. Se na 1ª parte as equipas se equivaleram, na 2ª o Benfica foi claramente superior e, não fosse o golo irregular de Bruno Fogaça e as oportunidades de golo não concretizadas, teríamos vencido a partida. Os jogadores lutaram imenso, fizeram um jogo que apesar de não ter sido brilhante, fez jus a outro resultado. A ausência de Simão e o mau estado do terreno foram determinantes neste insucesso encarnado. Infelizmente o Benfica não tem no plantel soluções para substituir determinados jogadores. Hoje foi Simão que não pôde jogar e o resultado está à vista. Se o mesmo acontecer com Nuno Gomes, é outro cabo de trabalhos. Uma palavra para a arbitragem que neste jogo prejudicou claramente o Benfica: não foi só o golo validado à Naval (nas barbas do fiscal-de-linha!); foi também um fora-de-jogo mal assinalado a Mantorras, quando este estava em boa posição para marcar e os 4 minutos de compensação em que não se jogou, porque os jogadores navalistas e a sua equipa técnica assim não o permitiram.

sexta-feira, outubro 28, 2005

Manú a caminho da Luz

Segundo a "Bola", Manú prepara-se para entrar na Luz já na reabertura do mercado. A ser verdade, é sem dúvida uma excelente notícia. É claramente uma boa opção para o lado direito do ataque, tendo em conta o sub-rendimento de Geovanni e a inadaptação de Carlitos.

quarta-feira, outubro 26, 2005

Benfica segue em frente na Taça de Portugal

Num jogo que se afigurava difícil, tal como veio a acontecer, o Benfica eliminou o Leixões, graças ao virtuosismo de Simão que apontou dois excelentes golos. Foi um típico jogo de Taça, onde a competitividade prevaleceu em detrimento da qualidade exibicional. Os jogadores leixonenses foram inexcedíveis na forma como se entregaram ao jogo ( na 2ª parte alguns deles estiveram à beira do K.O. em termos físicos ), mas raramente apoquentaram o guarda-redes encarnado. Marcaram um golo num lance de bola parada, numa óptima execução de Nuno Amaro ainda que Rui Nereu não esteja isento de culpas. O Benfica acabou por ser um vencedor justo, pois foi a equipa que mais fez por merecer a vitória, embora a exibição tenha sido bastante descolorida. As alterações feitas por Koeman para este encontro, acabaram por desmerecer a oportunidade, em especial, Carlitos e Mantorras, duas completas nulidades. A saída de Simão, já perto do final da partida, preocupa, pois aparentemente poderá ter contraído uma lesão muscular. Esperemos que ela não se confirme dada a sua imprescindibilidade na equipa.

terça-feira, outubro 25, 2005

Reflexões

Com a devida vénia aqui vos deixo um excelente exemplo de coerência jornalística:

"O exemplo prático do FC Porto de Co Adriaanse, a coragem do seu futebol de risco, a beleza dos espectáculos que proporciona e o público que enche o Dragão para o ver vão ser, não tenham dúvidas, o grande motivo de reflexão deste campeonato.»
Miguel Sousa Tavares, em "A Bola" de 29 de Setembro


MENOS DE UM MÊS DEPOIS, EIS A REFLEXÃO:

"Adriaanse é teimoso até ao absurdo, é autoritarista até ao ponto de isso prejudicar as suas boas ideias em matéria de disciplina e tem um excesso de autoconfiança e um défice de humildade que facilmente se transformam em autismo e arrogância, com evidente prejuízo da equipa. Dá que pensar e é matéria de séria preocupação que só o treinador não consiga ver o que qualquer um vê à vista desarmada."
Miguel Sousa Tavares, em "A Bola" de 18 de Outubro

Como, entretanto, o F.C. Porto ganhou ao Inter e ao Nacional, é provável que MST volte a colocar Co Adriaanse num pedestal.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Análise à jornada

Belenenses - 1 - Rio Ave - 2
A vitória do Rio Ave começou a desenhar-se aos 60', quando a transformção de um penalty inexistente e a consequente expulsão de Sousa ditaram o empate na altura e possibilitaram que os vilacondenses jogassem com mais um jogador, o que veio a ser determinante no desfecho da partida. O Belenenses soma a 4ª derrota consecutiva o que começa a ser preocupante.
Sp. Braga - 1 - Boavista - 0
O pragmatismo habitual dos bracarenses a quem bastou o golo solitário de Andrés Madrid para garantir a vitória. As muitas lesões que têm assolado o plantel continuam sem fazer mossa no futebol bracarense e eles aí estão no 1º lugar do campeonato. O Boavista pouco fez para merecer outro resultado.
Benfica - 2 - E. Amadora - 0
Os encarnados não tiveram uma noite particularmente inspirada mas o resultado é justo. Com o afastamento de Quim durante algum tempo, veremos como Rui Nereu vai dar conta do recado. Os estrelistas praticaram um futebol vistoso na 1ª parte mas foram ineficazes no ataque. É evidente a falta de um ponta-de-lança que saiba finalizar as jogadas. Manu não chega para tudo.
Marítimo - 2 - Naval - 1
Os insulares conseguiram a primeira vitória nos Barreiros. E não se podem queixar da sorte, pois marcaram os dois golos nas duas primeiras vezes que foram à baliza contrária. Os navalistas ainda reduziram aos 76', mas quando se preparavam para um último esforço foram traídos pela expulsão de Carlitos que obviamente lhes retirou possibilidades de chegarem ao empate.
Paços Ferreira - 2 - Penafiel - 2
Emoção foi coisa que não faltou neste jogo. Os penafidelenses adiantaram-se no marcador mas os pacenses conseguiram dar a volta ao resultado. Quando tudo levava a crer que os pacenses alcançariam a vitória eis que ao cair do pano, N'Doye, que já havia marcado o 1º golo penafidelense, volta a facturar e a empatar o jogo.
Académica - 1 - U. Leiria - 3
Segunda vitória consecutiva dos leirienses. Em dois jogos marcaram 6 golos o que ninguém esperaria face ao que fizeram nas primeiras jornadas. Da Académica esperar-se-ia mais depois da vitória em Alvalade.
V. Setúbal - 0 - V. Guimarães - 1
Finalmente a vitória que os vimaranenses tanto procuravam. As últimas exibições já previam que a qualquer momento um resultado destes acontecesse. Desta vez a sorte esteve com o V.Guimarães, pois parece que pouco fizeram para vencer. A figura do encontro terá sido Chumbita Nunes fortemente insultado pelos adeptos sadinos que contrariamente ao que é habitual, apoiaram os seus jogadores durante toda a partida.
Gil Vicente - 2 - Sporting - 2
Os gilistas tiverem o pássaro na mão e deixaram-no fugir. A vencerem a partida deixaram que Liedson já nos descontos chegasse à igualdade. O empate até foi o resultado mais justo face ao que se passou em campo. O Sporting está agora a 7 pontos do líder, tendo ficado mais longe do Benfica e F.C. Porto.
Nacional - 0 - F.C. Porto - 1
A vitória frente ao Inter veio dar confiança aos portistas que, na Choupana, foram sempre a melhor equipa e mereceram ganhar o jogo.

domingo, outubro 23, 2005

Análise individual

Quim - Não se percebe a titularidade, quando foi visível que não estava nas melhores condições físicas. Correu-se o risco de agravamento da sua lesão ( o que provavelmente aconteceu) e Koeman foi obrigado a queimar uma substituição que poderia vir a fazer falta.
Rui Nereu - Desta vez, não pareceu tão confiante como no jogo com o Villarreal ( aquele lance da 1ª parte que daria o golo ao Estrela, não fosse a bola já ter saído do campo, foi de arrepiar; já na 2ª parte, teve uma saída a causar calafrios). Felizmente que não foi sujeito a trabalho difícil, limitando-se a dar seguimento a uns atrasos dos seus colegas.
Nelson - mais uma vez fundamental na vitória encarnada: os golos surgiram de dois cruzamentos seus. No resto, esteve bem a defender, mas não foi tão afoito no ataque como noutros jogos.
Luisão - A segurança habitual.
Anderson - Teve apenas um deslize durante toda a partida: um passe arriscado para Luisão, interceptado por Manu que, no entanto, acabou por não ter consequências.
Ricardo Rocha - Bem a defender, revelou as habituais dificuldades em termos ofensivos. Precisa de refrear a impetuosidade na entrada aos lances: uma delas, valeu-lhe mais um cartão amarelo.
Petit - Generoso na forma como se entrega à luta. Nem sempre bem na construção de jogo.
Manuel Fernandes - 1ª parte insipiente; 2ª parte ao nível dos últimos jogos.
Simão - Na 1ª parte pouco se viu; na 2ª parte foi um quebra-cabeças para a defesa amadorense. Anda a ver cartões amarelos em demasia.
Karyaka - Valeu o golo que marcou. Bom toque de bola mas muito macio a jogar. Falta-lhe nervo e mais constância de jogo.
Geovanni - Uma desgraça. O pior é que não temos alternativas (temos de ir buscar o Manu).
Nuno Gomes - Muito desapoiado. Ainda assim, batalhou, criou várias jogadas de perigo e marcou mais um golo.
Karagounis - Dá segurança à equipa em termos de controlo de bola. Com a sua entrada o Benfica melhorou na circulação de bola e na construção de jogo ofensivo.
Beto - Cumpriu, no pouco tempo que esteve em campo.

Dificuldades na vitória sobre o E. Amadora

Na 1ª parte o Benfica não esteve em campo. Muito lento na transição defesa-ataque, pouca agressividade na recuperação da bola, foi o que os encarnados apresentaram nos primeiros quarenta e cinco minutos. Durante este período apenas há a salientar as duas oportunidades de golo, uma para cada equipa, e a lesão que obrigou à substituição do guarda-redes Quim. Na 2ª parte o Benfica entrou com outra atitude: maior fluência na construção de jogo e maior agressividade defensiva. Isto originou que logo aos 50' aparecesse o golo encarnado, por Karyaka, após um excelente cruzamento de Nelson (quem havia de ser!). O E. Amadora acusou o golo sofrido, desuniu-se, deixou de ser aquela equipa compacta que havia sido no 1º tempo, o que possibilitou que o Benfica tomasse conta da partida e através de rápidos contra-ataques fosse levando o perigo à baliza amadorense. Não surpreendeu, por isso, que os encarnados voltassem a marcar aos 62', desta feita por Nuno Gomes, que aproveitou da melhor maneira mais um magnífico cruzamento de Nelson. A partir daqui, com a vitória garantida, o Benfica geriu o resultado e ainda teve algumas boas oportunidades de golo que não conseguiu concretizar. Num jogo não muito conseguido os encarnados somaram a 5ª vitória consecutiva e ascendem provisoriamente ao 2º lugar.
P.S. - Manu, mais uma vez, demonstrou que o seu lugar é no Benfica. Entre ele e Geovanni, a escolha é óbvia!

sexta-feira, outubro 21, 2005

A crise agudiza-se para os lados do Bonfim

Fartos de promessas não cumpridas, os jogadores do V. Setúbal ameaçam com rescisão colectiva. Segunda-feira, o clube será notificado que tem mais três dias úteis para proceder à liquidação dos vencimentos em atraso. Esta tomada de posição devia encher de vergonha os dirigentes sadinos, em especial, o seu presidente, Chumbita Nunes. É altura de dirigentes deste calibre serem irradiados do futebol e responsabilizados criminalmente.

quinta-feira, outubro 20, 2005

Zenit - 2 - V.Guimarães - 1

Face à exibição conseguida, mormente na 2ª parte, o V.Guimarães merecia um outro resultado que não a derrota que acabou por se verificar. Para este desenlace, muito contribuiu o árbitro que escamoteou duas penalidades aos vimaranenses e ainda lhes anulou um golo num lance que, no mínimo, deixa muitas dúvidas. Depois de estar a perder por 2-0 e reduzido a 10 jogadores, o V. Guimarães arrancou para uma exibição categórica que, por certo, lhe daria a vitória , não fosse o desacerto na finalização e a péssima actuação do árbitro. Apesar deste resultado negativo, fica a ideia que o V. Guimarães tem capacidade para continuar na UEFA.

Renasce a esperança

Ainda que com muita sorte à mistura, Co Adriaanse arriscou e ganhou. Com este resultado, o F.C. Porto volta a entrar na corrida pelo acesso à fase seguinte da Liga dos Campeões. Após os lenços brancos de sábado, o treinador holandês volta a reconciliar-se com os adeptos portistas.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Resultado positivo

Empatar fora, na Liga dos Campeões, é sempre um bom resultado, mas fica a ideia que um Benfica mais ambicioso poderia ter vencido este jogo. O Benfica controlou a partida na 1ª parte, apresentando um futebol escorreito, com boa circulação de bola e revelando segurança nos aspectos defensivos. Na 2ª parte os espanhóis entraram com outra disposição, foram mais agressivos e o Benfica tremeu. Valeu nessa altura a inspiração do miúdo, Rui Nereu que através de um bom punhado de defesas foi segurando o resultado. Aos 72', num penalty inexistente, o Villarreal chegou ao golo no que poderia ter sido a derrota encarnada. Tal não aconteceu, graças a um golaço de Manuel Fernandes que aos 76' colocou justiça no resultado. O Benfica está agora no 2º lugar do grupo e com boas perspectivas de se qualificar para a fase seguinte.
Jogadores em destaque:
Rui Nereu - Estrear-se na 1ª equipa numa Liga dos Campeões, num ambiente adverso e com o jogo a decorrer, não está ao alcance de qualquer um, muito menos a um miúdo de 19 anos. Acontece que o jovem guarda-redes não acusou minimamente a responsabilidade, jogou sem tremideiras e fez uma exibição que não mais esquecerá.
Nelson - Uma força da natureza. Até cansa vê-lo jogar. Mais uma exibição de encher o olho, algo a que nos vamos habituando. A continuar neste patamar de exibições, dificilmente o Benfica terá argumentos para o segurar na próxima época.
Manuel Fernandes - Não tivesse ele feito mais nada, o soberbo golo que marcou, bastaria para considerá-lo o homem do jogo. Mas não foi isso que aconteceu. Foi eficaz na marcação, constituindo um tampão às jogadas de ataque do adversário, recuperou muitas bolas e, além disso, participou activamente na manobra ofensiva da equipa, evidenciando bom controlo de bola e falhando poucos passes, algo que não lhe é muito habitual.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Dias da Cunha ao seu melhor estilo

A culpa dos maus resultados do Sporting é da comunicação social. Quem o diz é Dias da Cunha. Quando todos pensavam que a culpa residia em José Peseiro e/ou na péssima gestão desportiva da SAD, ou no famigerado "sistema", eis que o presidente leonino descobre um novo responsável pelo descalabro leonino. É o descrédito total. Decididamente, o homem ensandeceu.

Análise à jornada

Rio Ave - 1 - Sp. Braga - 2
Derrota imerecida dos vila-condenses que tudo fizeram para alcançar outro resultado. Os arsenalistas bem podem agradecer aos deuses e a Mora que cometeu um deslize que proporcionou o golo de Vandinho já em período de descontos. Com esta vitória o Sp. Braga assumiu a liderança da Liga portuguesa, mesmo jogando coxo no sector atacante.
V. Guimarães - 0 - Nacional - o
O empate foi o resultado mais justo face ao que se passou em campo. O jogo ficou marcado pela expulsão de Mário Sérgio perto do final do primeiro tempo, o que condicionou os vimaranenses para o resto da partida. Os insulares não souberam aproveitar esta vantagem, revelando uma grande inoperância atacante.
F.C. Porto - 0 - Benfica - 2
Resultado histórico dos encarnados que não venciam no reduto dos azuis-e-brancos, há já 14 anos. Foi uma vitória justíssima do Benfica que ao longo da partida foi sempre a melhor equipa em campo. Destaque para os dois golos de Nuno Gomes que, pela primeira vez, consegue marcar golos em jogos contra o F.C. Porto. Co Adriaanse continua sem ganhar a Koeman e vê aumentar a contestação dos sócios.
Penafiel - 0 - V. Setúbal - 1
O Penafiel continua na senda das derrotas. A sua situação na tabela classificativa começa a ser preocupante. José Castro deve ser o próximo treinador a cair. O V. Setúbal apesar de todos os problemas financeiros com que vai vivendo, deve agradecer aos seus jogadores pelo profissionalismo que têm revelado. E já está no 5º lugar.
E. Amadora - 2 - Marítimo - 2
Depois de estarem a ganhar por 2-0, os amadorenses nunca podiam deixar-se empatar. Face às incidências do encontro, os madeirenses devem estar satisfeitos pelo ponto conquistado.
U. Leiria - 3 - P. Ferreira - 0
Os leirienses obtiveram a primeira vitória na Liga e logo por três golos. Dos pacenses esperava-se mais, depois do resultado frente ao Sporting.
Sporting - 0 - Académica - 1
A crise está instalada em Alvalade. José Peseiro já não tem margem de manobra para estar à frente da equipa. Os academistas ao fim de 40 anos conseguem vencer o Sporting na casa deste e, na tabela classificativa, fugiram aos lugares de despromoção.
Naval - 2 - Belenenses - 1
A Naval lá continua a somar pontos. Para quem estava condenado à descida, a sua prestação no campeonato tem superado as expectativas. O Belenenses averbou a terceira derrota consecutiva num jogo em que só se pode queixar de si próprio.
Boavista - 2 - Gil Vicente - 0
Num jogo sensaborão, os axadrezados aproveitaram dois penaltis que o árbitro lhes resolveu conceder. Além disso, tiveram a vida facilitada, pois jogaram grande parte do tempo com mais um jogador, por força da expulsão de um jogador do Gil Vicente.

domingo, outubro 16, 2005

Análise individual

Quim - No pouco trabalho que teve, revelou sempre segurança. Negou um golo a McCarthy e nos cruzamentos para a baliza esteve sempre bem. É mais consistente que Moreira pelo que espero que volte à condição de titular.
Nélson - Começam a faltar adjectivos para qualificar este jogador. O melhor que se pode dizer dele é que já ninguém se lembra de Miguel. Revela uma grande disponibilidade física e os seus cruzamentos são mortíferos.
Luisão - Imperial. Foi sempre o pronto-socorro nas tarefas defensivas. Quer pelo chão quer pelo ar, revelou-se intransponível.
Anderson - Outra exibição de luxo. Com pézinhos de lã consegue resolver os problemas a contento. Tem uma vantagem relativamente a Ricardo Rocha: a serenidade.
Léo - Tem-me surpreendido positivamente. Ontem voltou a rubricar uma boa exibição quer a defender quer a atacar. Acabou por sair do jogo numa expulsão bastante injusta.
Petit - Sendo o jogador mais recuado do meio-campo, foi o complemento ideal dos centrais. A sua presença é fundamental na equipa encarnada e revelou uma tranquilidade que, por vezes, lhe falta nestes jogos.
Karagounis - Os seus índices físicos ainda não são os melhores, mas, mesmo assim, revela qualidades que podem ajudar muito o Benfica, ao nível da construção de jogo. Tem bons pés, sabe controlar a bola e é eficiente no passe.
Manuel Fernandes - Conseguiu controlar-se emocionalmente, o que era um dos meus receios para esta partida. Foi muito útil, especialmente na recuperação de bola. Tentou algumas vezes o remate mas a pontaria estava desafinada.
Simão - Começa a aproximar-se do seu real valor. Fez a vida negra a Bosingwa e foi importante nas tarefas defensivas. As suas combinações com Léo provocaram vários desiquilíbrios na defesa portista.
Nuno Gomes - Parece o Nuno dos bons velhos tempos. Anda com o instinto de matador apuradíssimo e mais uma vez se revelou decisivo na vitória encarnada. Aquela cabeçada no 1ºgolo foi divinal. No 2º, soube aproveitar da melhor maneira a falha de Ricardo Costa. No resto, foi sempre um auxiliar precioso na construção das acções ofensivas. Esperemos que as lesões não o voltem a incomodar.
Miccoli - Ainda não se tinha visto quando aconteceu a lesão. Tocou pela primeira vez na bola, por volta dos 7 minutos. Pouco depois saiu. Vai-nos fazer bastante falta nos próximos jogos. Com a sua lesão, temos apenas dois avançados disponíveis. Uma lástima.
Geovanni - Não acusou a responsabilidade tendo feito uma exibição regular. De positivo, o cruzamento para o 2ºgolo.
Karyaka - O russo foi uma agradável surpresa. Jogou que se fartou: ajudou a controlar o meio-campo, segurando bem a bola e passando-a a contento. Que bom seria se jogasse sempre assim.
Ricardo Rocha - Entrou nos últimos minutos e fez aquilo que lhe competia: ajudar nas tarefa defensivas.

Matámos o borrego

Se para nós benfiquistas, vencer o F.C. Porto é sempre motivo de grande regozijo, vencê-lo no seu reduto, quando o jejum já durava há 14 anos, é um orgasmo total. Koeman conseguiu manter a invencibilidade frente a Co Adriaanse e Nuno Gomes repete a gracinha de César Brito, marcando os dois golos da vitória. Confesso que não estava à espera dum cenário destes.
O Benfica até nem entrou bem no jogo numa 1ª parte que acabou por ser equilibrada com um ligeiro ascendente do F.C. Porto. Neste período, até nas oportunidades de golo os dois conjuntos se equivaleram: Simão primeiro e McCarthy depois, desperdiçaram duas boas chances para marcar. No que toca a saídas por lesão a mesma coisa: Miccoli do lado encarnado e Lizandro do lado dos azuis-e-brancos. Na 2ª parte, tudo foi diferente: o Benfica entrou melhor e depois do 1º golo, foi sempre mais perigoso e controlou a partida, tendo, inclusivé, hipótese de chegar ao 3º golo, numa situação de 3x1, inglóriamente desaproveitada pelos seus avançados. Uma palavra negativa para Lucílio Baptista, pela dualidade de critérios evidenciada no capítulo disciplinar que penalizou bastante o Benfica - se o 1º amarelo a Léo não se justificava então o 2º foi claramente excessivo e deu a impressão de ser uma compensação à expulsão de Bruno Alves, essa sim, plenamente justificada.
Aspectos a reter:
- Koeman sai em alta depois da contestação de que tem sido vítima desde que chegou ao Benfica. Hoje venceu no duelo táctico com Co Adriaanse. O escalonamento da equipa foi o mais adequado, nomeadamente a entrada de Anderson em detrimento de Ricardo Rocha, dado que este último tem dificuldade em controlar os aspectos emocionais e num jogo com o F.C. Porto, em especial no seu reduto, é fundamental conseguir manter a serenidade; Karagounis, ainda que em deficiente condição física, foi um jogador útil porque sabe segurar a bola e é eficiente no passe. Até nas substituições o holandês foi feliz: Karyaka teve uma entrada decisiva na partida, numa altura em que o grego começava a denotar dificuldades físicas. O russo veio trazer maior segurança no controlo da bola e ajudou a criar vários desiquilíbrios no meio-campo portista.
- Embora denotando algum nervosismo no início do desafio, o Benfica acabou por se mostrar uma equipa sólida na sua defensiva, não dando chances ao ataque adversário e apresentando, pela primeira vez nesta época, uma segurança no passe que não tem sido habitual. Os jogadores souberam posicionar-se no campo com mestria, jogando com grande atitude e união; quando recuperavam a bola, quase sempre saíam a jogar com facilidade e amiudadas vezes, aproveitando o desposicionamento do adversário, desenvolviam rápidos contra-ataques que acabaram por ser decisivos no desfecho do encontro.
- Esta vitória coloca-nos sómente a um ponto do F.C. Porto o que não deixa de ser moralizador, quando a possibilidade de ficarmos a sete estava em cima da mesa. É importante que este êxito não nos faça embadeirar em arco, levando-nos a pensar que agora somos os maiores do mundo e que o campeonato já está no papo. Longe disso. É preciso manter os pés bem assentes no chão e ter a capacidade de perceber que cada jornada é uma batalha que só se consegue vencer, mantendo a atitude que hoje tivemos no Dragão. Jogos como os que fizemos com a Académica e o Gil Vicente, devem estar sempre presentes na nossa memória. E se bem me recordo, não foi só Koeman que falhou nesses jogos.

quinta-feira, outubro 13, 2005

Já cheira a clássico

É já depois de amanhã que o Benfica joga no Dragão. Petit sempre vai jogar, pese embora os esforços de Pinto da Costa para que tal não acontecesse. Estranha-se, ou talvez não, que tivesse partido do F.C. Porto a queixa que levou a Liga de Clubes à instauração do "sumaríssimo". Terão existido, certamente, nas jornadas já disputadas, situações similares à de Petit que poderiam dar azo a castigo semelhante. Não consta que nesses casos o F.C. Porto tenha produzido queixa junto da Liga. Curiosamente, fê-lo agora relativamente ao jogador encarnado. Provavelmente estamos em presença de uma simples coincidência. Veremos se, no futuro, a SAD portista se mostrará tão decidida na defesa da integridade física dos jogadores, quando estiverem em causa outros clubes.
O jogo frente ao F.C. Porto, aparece numa altura em que o Benfica se encontra a quatro pontos de distância dos azuis-e-brancos. Tal facto reforça a ideia do quão é importante este jogo para os encarnados. Há que evitar a derrota a todo o custo tendo em conta o que isso implica (cavar-se-ia uma fosso de sete pontos para o nosso rival, o que não sendo motivo para baixarmos os braços nos deixaria numa situação complicada). Um empate e, sobretudo, a vitória, relançariam o Benfica no campeonato e constituiriam, por certo, um excelente tónico para o embate decisivo com os espanhóis do Villarreal, na próxima terça-feira.
A forma como o Benfica encarar este jogo poderá ser determinante. Não basta jogar no Dragão com uma defesa porfiada, é preciso não ter medo de atacar (embora com naturais cautelas, pois os portistas têm um poder ofensivo que não pode ser ignorado), já que o F.C. Porto tem revelado fragilidades defensivas que urge aproveitar, se quisermos trazer do Porto um resultado positivo. Não sei qual a estratégia que Koeman pretenderá utilizar. Eu próprio me questiono sobre a melhor forma de abordar o jogo: reforçar o meio-campo abdicando de um ponta-de-lança ou, pelo contrário, apostar no 4-2-3-1 que ultimamente nos tem dado bons resultados? Seja qual for a decisão de Koeman, só espero que seja a escolha acertada.
Uma coisa é certa, no final da contenda, não serei daqueles que em caso de derrota (a não ser que os equívocos tácticos e técnicos sejam demasiado evidentes), irão, desde logo, zurzir no holandês acusando-o de incompetência e outros mimos do género. É preciso conhecer o historial do Benfica no reduto portista, para se perceber que é muito complicado desfeitear o F.C. Porto no seu estádio.
Enfim, os dados estão lançados. Enquanto indefectível benfiquista (há quem tenha dúvidas!) desejo um jogo digno de campeões, no campo e nas bancadas, e que no final o meu Benfica consiga trazer na bagagem, os três pontinhos da vitória. Será pedir muito? Provavelmente é. Mas como dizia o nosso querido José Torres: deixem-me sonhar!

quarta-feira, outubro 12, 2005

Vitória no fechar do pano

Portugal redimiu-se da má prestação de sábado e acabou a fase de apuramento com uma vitória tranquila diante da Letónia. Não foi uma exibição de encher o olho, longe disso. Sem grandes exuberâncias, valeram sobretudo alguns momentos deliciosos com que alguns dos nossos jogadores brindaram o público. Neste particular, Deco revelou pormenores técnicos de absoluto deleite. Realçar também os dois golos de Pauleta que assim ultrapassou Eusébio na lista dos melhores marcadores de sempre da selecção nacional. Conseguido o apuramento, vamos esperar o que vai ditar o sorteio para a fase final do Mundial. Seja quais forem as selecções que nos calhem em sorte, ultrapassar a 1ª fase será sempre um objectivo obrigatório. A partir daí, é encarar cada jogo como se de uma final se tratasse. Excepção feita a 1966, a nossa história nos Mundiais tem sido um fracasso. Portugal tem equipa e jogadores que nos permitem sonhar. Relembro que a Turquia no último Mundial alcançou o 3º lugar. É tempo de mostrarmos ao mundo do futebol que também nós temos valor, para lutarmos por objectivos bem mais ambiciosos. Saibam os nossos jogadores merecer, as fundadas expectativas que os adeptos têm na sua selecção.

3-0 à Letónia

Os miúdos dos sub-21 estão de parabéns. Fizeram um percurso limpinho no seu grupo de qualificação, com vitórias em todos os jogos o que constitui um feito que deve ser realçado. Agostinho Oliveira tem feito uma carreira brilhante nas camadas jovens. Para quando uma aventura no escalão dos mais velhos?

segunda-feira, outubro 10, 2005

Uma tempestade num copo de água

Scolari não gostou das declarações de Gilberto Madaíl no final do jogo com o Liechtenstein e, vai daí, ameaçou com a saída do comando técnico da selecção. Ouvi o que Madaíl disse e sinceramente não vejo motivo para tanta celeuma. O seleccionador e os jogadores têm de saber aceitar críticas quando elas se justificam, como foi agora o caso. É verdade que vamos estar na Alemanha, mas outra coisa não seria de esperar face às selecções que faziam parte do nosso grupo de apuramento. Um empate e uma vitória tangencial com o Liechtenstein não prestigiam ninguém, e uma exibição como a de sábado, muito menos ainda. Quer Scolari, quer os jogadores, deviam perceber isso e deixarem-se de se comportar como virgens ofendidas o que só lhes fica mal.

Sorteio simpático

O sorteio da Taça de Portugal ditou a ida do Benfica ao Estádio do Mar para defrontar o Leixões. Apesar de não podermos desprezar o valor do adversário, especialmente quando este joga em sua casa, é evidente que a supremacia dos encarnados é inquestionável. Assim sendo, ao Benfica só lhe resta ganhar e sem recurso a 2º jogo na Luz.

sábado, outubro 08, 2005

Portugal no Mundial da Alemanha

O apuramento foi conseguido mas com uma exibição miserável. Ricardo voltou a demonstar que não está em condições de defender a baliza da selecção. Não faz nenhum sentido continuar a apostar em dois guarda-redes que são suplentes nos seus clubes. Em post anterior defendi que Paulo Santos é actualmente o melhor guarda-redes português. Scolari devia dar-lhe uma oportunidade. Tanta casmurrise já cansa.

Sortes diferentes para Angola e Camarões

Angola vai estar pela primeira vez presente numa fase final do Mundial. Já os Camarões, clientes habituais, não se qualificaram, ao não conseguirem vencer o Egipto. Numa parte final imprópria para cardíacos, os pupilos de Artur Jorge falharam um penalti no último minuto que a ser concretizado lhes daria o almejado passaporte para a Alemanha. O treinador português continua assim, a trilhar os caminhos do insucesso, algo que o acompanha há largos anos.

Abaixo o "blackout"

Houve mosquitos por cordas lá para as bandas de Alcochete. Após um desentendimento com Custódio, Beto espetou-lhe duas murraças na cara. É uma forma indirecta de dizerem à direcção o quanto estão descontentes com a história do "blackout". Os rapazes querem protagonismo, querem ser noticiados e para isso nada melhor que uma cena de pugilato. Tiro-lhes o chapéu. Foi muito bem pensado.

sexta-feira, outubro 07, 2005

A novela Simão Sabrosa

Ou muito me engano, ou daqui até Janeiro iremos assistir à novela "Simão a caminho de Liverpool". Desde que surgiu a hipótese do avançado encarnado rumar ao Liverpool que a nossa comunicação social escrita não fala de outra coisa. Quase todos os dias somos confrontados com notícias não confirmadas de que Simão em Janeiro abandonará o Benfica. Como por certo a direcção não se vai pronunciar sobre o assunto, vamos ter que viver, nós benfiquistas, com esta indefinição nos próximos 3 meses. Uma coisa é certa: a serem verdade estes rumores, não tenho dúvida que seremos fortemente penalizados em termos desportivos já que Simão é insubstituível. É que jogadores da grandeza do Simão custam muita nota e o Benfica não tem condições para os contratar.

quarta-feira, outubro 05, 2005

Sporting em "blackout"

O Sporting decidiu decretar "blackout" à comunicação social. Até aqui nada de novo. Esta é uma prática que têm vindo a ser utilizada bastas vezes no futebol português, quase sempre pelos três grandes, quando os resultados desportivos não são os melhores. Nunca percebi esta atitude e ainda estou para saber o que é que os clubes ganham com isso. Adiante. O que é engraçado no comunicado emitido por Dias da Cunha é que este "blackout", não obsta a que o presidente fale quando entender que isso serve os interesses do Sporting. Ou seja, sempre que for para bater no "Sistema", abre-se uma excepção. É um pândego, este Dias da Cunha.

terça-feira, outubro 04, 2005

Petit não joga no Dragão

O sumaríssimo aplicado a Petit é uma grande contrariedade para o Benfica, no jogo com o F.C. Porto. Petit é o esteio do meio-campo, no que às tarefas defensivas diz respeito. No plantel encarnado não há substitutos à altura. Na minha perspectiva, isto obrigará a que Koeman abdique de um avançado para reforçar a zona intermédia com Beto e Karagounis. É certo que perdemos poder ofensivo, mas não nos podemos dar ao luxo de chegar ao Dragão e jogar de peito aberto, apenas com um médio de características defensivas que seria Manuel Fernandes. É no poder criativo dos seus médios que reside a força portista, pelo que seria um autêntico suicídio descurar esta zona do terreno.
Os jogadores encarnados têm de perceber de uma vez por todas que atitudes como a de Petit, são deploráveis e só prejudicam o clube. Ricardo Rocha já nos havia prejudicado no jogo com o Sporting. Petit, em vésperas de um jogo importantíssimo, tem uma entrada irreflectida sobre um jogador vimaranenese que mais uma vez nos penaliza. Se do ponto de vista ético é inqualificável, do ponto de vista desportivo, é entregar o ouro ao bandido. Depois não venham dizer que a culpa é do Koeman.

Análise à jornada

Belenenses - 0 - E.Amadora - 2
Vitória mais do que merecida dos amadorenses. Souberam jogar arrumadinhos na defesa, não deram baldas, e depois foi só aproveitar as facilidades concedidas pelos rapazes de Belém. O Belenenses só se pode queixar de si próprio, tamanha foi a desinspiração dos seus jogadores.
Rio Ave - 1 - Boavista - 1
O empate é demasiado lisonjeiro para o Boavista que nada fez para merecer o ponto conquistado.
Nacional - 2 - Penafiel - 0
Mesmo actuando com dez jogadores, os madeirenses conseguiram marcar dois golos na 2ª parte. Este facto só desabona o Penafiel que não há meio de acertar o passo. O Nacional a continuar nesta senda de resultados, assume-se como candidato às provas europeias.
V. Setúbal - 2 - U. Leiria - 0
Os sadinos continuam em grande apesar dos salários em atraso. Os leirienses vêem passar as jornadas e as vitórias não aparecem.
Académica - 2 - Gil Vicente - 0
Finalmente os academistas conseguiram a primeira vitória na Liga numa exibição convincente. O Gil Vicente foi a Coimbra tentar jogar no contra-ataque mas foi ineficaz. Pelos vistos, só na Luz deu resultado.
Marítimo - 2 - F.C. Porto - 2
Grande exibição do Marítimo na 1ª parte, período no qual podia ter decidido o jogo. Algum azar e erros grosseiros da arbitragem, impediram os madeirenses de chegar ao intervalo com uma margem dilatada. Na 2ª parte, os portistas entraram a todo o gás e por força das expulsões de dois jogadores do adversário estiveram perto de ganhar o jogo, o que teria sido manifestamente injusto.
Paços de Ferreira - 3 - Sporting - 0
Ninguém, por certo, esperaria uma vitória tão expressiva dos pacenses, mas a verdade é que ela não oferece contestação. O Sporting resolveu dar dois golos de avanço ao adversário numa 1ª parte para esquecer, onde os equívocos tácticos foram evidentes.
Benfica - 2 - V.Guimarães - 1
Vitória muito sofrida dos encarnados, com alguma sorte à mistura. Os vimaranenses fizeram a melhor exibição da época e talvez merecessem outro resultado.
Sp.Braga - 1 - Naval - 0
Pelo que as duas equipas fizeram, o resultado mais justo teria sido o empate. Para além do golo nenhuma das equipas construiu outra oportunidade para finalizar com êxito. Ao apanhar-se a ganhar, o Sp. Braga fez o que mais gosta de fazer: gerir o jogo e defender como tão bem sabe. A Naval mostrou-se, mais uma vez, desinibida, jogando taco a taco, mas foi pouco esclarecida no ataque.

Esta dói

Na Liga sueca, o Halmstads levou 6-1 do Djurgarden, no campo deste. Imagine-se o que sentirão os lagartos perante um resultado destes.

Análise individual

Moreira - Provavelmente é embirração minha mas este tipo não me inspira confiança. Para a contabilidade mais uma péssima saída a um cruzamento que só não deu golo por sorte. No resto esteve bem.
Nelson - Pegou de estaca na equipa. Não esteve tão bem como noutros jogos, mas, ainda assim, foi dos melhores jogadores encarnados.
Luisão - Com este tenho outra embirração que são os passes longos. Em cada 10 falha outros tantos.
Ricardo Rocha - Pouco tempo em jogo.
Léo - Muito esforçado mas, por vezes, trapalhão.
Petit - Para mim o melhor jogador encarnado. Nas recuperações de bola e no posicionamento defensivo, é insuperável.
Manuel Fernandes - Depois de Manchester voltou ao normal, ou seja, não jogou nada. Só tem duas velocidades: parado e devagarinho.
Simão - 1ª parte desinspirada; 2ª parte em grande. Como em tantas outras vezes, acabou por ser o nosso salvador.
Geovanni - Cada vez que leio que tal "peça" deveria ter jogado em Manchester, até me arrepio!
Nuno Gomes - Noite discreta. Teve um falhanço providencial que veio permitir o golo de Miccoli.
Miccoli - Marcou um golo que até eu marcava. Fora isso, uma desilusão.
Karagounis - Com a sua entrada o Benfica melhorou. Tem pormenores de bom jogador. A rever.
Mantorras - Falhou uma soberana oportunidade que sentenciava a partida.

segunda-feira, outubro 03, 2005

Vitória arrancada a ferros

Num jogo em que o V. Guimarães foi superior, mormente na 1ª parte, valeu ao Benfica o remate feliz de Simão que veio a sentenciar a partida a favor dos encarnados. Após o 1ºgolo de Miccoli, o Benfica deixou de jogar. O V.Guimarães passou a controlar o meio-campo e a gizar sucessivas jogadas de perigo que felizmente para os encarnados apenas redundaram no golo de Targino. O Benfica não conseguia responder a este atrevimento do adversário e jogava de forma abúlica, com transições defesa-ataque demasiado lentas, não conseguindo ligar uma jogada, perdendo inúmeras bolas a meio-campo e falhando amiudadamente na marcação. Se no final da 1ªparte o V.Guimarães estivesse emvantagem, tal facto não escandalizaria, tal a superioridade do seu futebol. Na 2ª parte o Benfica melhorou de produção, o seu futebol passou a ser mais esclarecido sobretudo depois da entrada de Karagounis que veio dar mais organização ao meio-campo até aí completamente desgovernado. Passou haver outra segurança no passe e mais controlo de bola. Foi nesta altura que surgiu o golo de Simão. A partir daí o V.Guimarães voltou à carga, mas já sem aquela desenvoltura patenteada na 1º parte. Com o avanço dos vimaranenses no terreno de jogo, o Benfica chegou a dispor de oportunidades em que poderia ter sentenciado a partida, mas como estas não foram concretizadas, foi sofrer até ao fim. Felizmente a vitória acabou por acontecer, ficando agora o Benfica mais próximo dos seus rivais e com tudo em aberto. Na próxima jornada temos uma deslocação complicadíssima ao Dragão onde é fundamental não perder. Só um Benfica no seu melhor poderá atingir tal desiderato. Um Benfica como o desta noite, será com certeza derrotado.

Mais uma derrota

O Sporting sofre uma hecatombe em Paços de Ferreira. Com esta derrota não acredito que Peseiro se mantenha à frente da equipa, apesar do voto de confiança dos dirigentes leoninos após a eliminação da Taça UEFA. Tudo leva a crer que o treinador se demite ou será demitido.

Marítimo trava F.C. Porto

Não fosse a arbitragem e o Marítimo tinha resolvido o jogo na 1ªparte. Um golo mal anulado aos madeirenses, um penalti contra o F.C. Porto que ficou por marcar e a lesão de Manduca (o melhor jogador em campo), foram determinantes para os azuis-e-brancos encararem como possível a reviravolta no marcador que acabou por se verificar na 2ª parte. Já quando tudo parecia perdido e com apenas 10 elementos em campo, o Marítimo, num último esforço, conseguiu a igualdade que mereceu amplamente, tendo em conta aquilo que jogou durante a 1ªparte do encontro. Impensável a forma como o F.C. Porto depois de estar a ganhar se deixa empatar, contra um Marítimo fisicamente desgastado e com menos um jogador em campo. O Marítimo ainda jogou alguns minutos com 9 jogadores mas aí o seu guarda-redes foi decisivo na manutenção do empate.