quarta-feira, março 30, 2005

Portugal empata em Bratislava.

Exibição paupérrima da selecção portuguesa e no final um resultado que satisfaz as nossas pretensões. Iniciámos o jogo praticamente a perder, quando aos 7', sofremos um golo de penalty num lance protagonizado pelo Paulo Ferreira que no entender do árbitro cometeu uma falta merecedora do castigo máximo. Após o golo, a Eslováquia fez o que lhe competia, fechou-se no seu meio-campo passando a jogar em contra-ataque enquanto Portugal partiu à procura do prejuízo, assumindo as despesas do jogo mas não conseguindo criar grandes dificuldades ao adversário, excepção feita a um lance de Simão que apareceu isolado na cara do guarda-redes mas não conseguiu concretizar. Na 2ªparte o cariz do jogo manteve-se, até que aos 62', na sequência de um canto, Hélder Postiga num desvio à boca da baliza fez o golo que nos deu o empate. A partir daí o jogo arrastou-se até ao final embora a Eslováquia nos últimos minutos tenha feito um derradeiro forcing no sentido de alcançar a vitória. Na nossa selecção o único jogador a merecer nota de destaque, foi o guarda-redes Ricardo, que apesar do pouco trabalho a que foi sujeito revelou sempre segurança; os restantes jogadores não foram além de uma mediania confrangedora. Salvo algum percalço, e com o empate da Rússia na Estónia, a discussão do primeiro lugar no grupo far-se-á entre Portugal e a Eslováquia, com a nossa selecção em vantagem porque recebe os eslovacos em casa.
P.S. Concretizou-se um dos meus desejos: aparentemente nenhum jogador encarnado se lesionou.

Vencer é preciso mas não a qualquer preço.

A poucos momentos de a nossa selecção principal iniciar o seu jogo contra a Eslováquia, permitam-me explicitar dois desejos: que Portugal ganhe e que nenhum jogador do Benfica venha de lá lesionado. Eu sei que numa hora destas fica mal dizer isto, mas o que é que querem: há onze anos que o meu clube não está tão perto de ganhar um campeonato como agora, e por isso, quanto a mim, faz todo o sentido esta minha preocupação. Seguramente não estarei sózinho neste meu desejo. Como eu, milhares (ou serão milhões?!)de benfiquistas estarão a pensar no mesmo.

O ensino hoje.

A pedagogia moderna pretende substituir o aluno, hoje por hoje, um sujeito passivo do ensino num sujeito activo da aprendizagem. O que se passa, é que se atentarmos no que se vai passando nas nossas escolas básicas e secundárias, verificamos que o ensino tradicional continua a ser unidireccional: ao professor cabe o papel de transmissor de conhecimentos, enquanto o aluno assume o papel de mero receptor, sendo a sua principal tarefa a de memorizar os conteúdos transmitidos e mostrar que os aprendeu nos momentos próprios de avaliação; os resultados alcançados nestes testes periódicos costumam determinar quase em absoluto - embora haja professores que tentem fazer passar a ideia de que não é tanto assim - a classificação a atribuir em cada final de período. O ensino hoje, continua, deste modo, a pouco diferir das práticas de há décadas atrás. O professor ensina da mesma forma que foi ensinado. Limita-se a debitar a matéria não dando azo a "provocações" que o façam reorientar a aula e a modificar formas de actuação há muito enraizadas. A interactividade entre professor e aluno vai ter assim de esperar por melhores dias.

Portugal alcança uma vitória esperada.

Os sub-21 de Portugal confirmaram hoje que são a selecção mais forte do grupo e salvo algum imponderável vão-se apurar para o play-off que ditará quem vai estar na fase final do Europeu. Deste jogo há a registar o grande golo de Hugo Almeida num momento de inspiração que acabou por ditar a nossa vitória. No resto foi um jogo pouco entretido onde as defesas se superiorizaram claramente aos ataques. Esperemos que a vitória de hoje inspire os mais velhos, num jogo que se antevê difícil mas que está perfeitamente ao nosso alcance, desde que os nossos jogadores saibam fazer valer os seus reconhecidos predicados.

Incongruências do novo código da estrada.

O limite de velocidade nas auto-estradas continua a ser desajustado. Não me parece que um limite de 120km/h seja congruente (140km/h seria o mais adequado) com a potência dos automóveis e a qualidade das estradas. Aliás, este limite já há muitos anos que existe e muito poucos o cumprem, a começar pelos nossos ministros que deveriam ser os primeiros a dar o exemplo. Todos sabemos que esta regra não vai ser respeitada pelos automobilistas e todos sabemos tambem que poucos vão será penalizado por isso, desde logo, porque a GNR não tem meios para a fazer cumprir, não só esta, como outras que constam no novo código da estrada.

sábado, março 26, 2005

Portugal vence uns frágeis canadianos.

Em ritmo de treino a selecção portuguesa vence os canadianos sem qualquer dificuldade. O melhor do jogo foram os quatro golos da nossa selecção, porque no que toca à exibição esta foi fraquinha, estando de acordo com o nível do jogo. Quarta-feira, frente à Eslováquia, as exigências vão ser outras esperando-se que Portugal faça o que lhe compete frente a um adversário mais fraco: ganhar. Se tal acontecer a qualificação para o Mundial estará praticamente garantida.

Voleibol benfiquista ganha o 1º jogo da final.

O Benfica deu o primeiro passo para a conquista do título nacional. Foi um jogo intenso, frente a um Sp. Espinho que tudo fez para contrariar o nosso favoritismo. É uma excelente equipa e demonstrou-o hoje, chegando mesmo a assustar quando a determinada altura do 3ºSet ganhou uma vantagem considerável. Foi nessa altura que o treinador do Benfica, José Jardim, decidiu apostar nos jogadores que têm sido menos utilizados os quais corresponderam da melhor forma, virando o set a seu favor e, posteriormente, ajudaram a vencer o 4ºSet pondo fim ao jogo com uma vitória por 3-1 (parciais de 25-22, 21-25, 25-22 e 25-23). Agora a pressão está do lado do Sp. Espinho que nos terá de vencer no próximo jogo em sua casa, se quiser adiar a decisão do campeonato para a Luz.

quinta-feira, março 24, 2005

O fair-play de Miguel Sousa Tavares.

Miguel Sousa Tavares como é seu timbre aquando das derrotas do seu FCP, atira as culpas para cima dos árbitros. Desta vez o visado é João Ferreira, árbitro do último Sporting-F.C. Porto, que no seu entender teve a distinta lata de expulsar dois jogadores portistas quando estes nada fizeram para o merecer. Diz inclusivé, que a expulsão de McCarthy foi a "mais inacreditável expulsão que viu em quarenta anos de futebol", o que não deixa de ser anedótico. Acontece que o árbitro viu o que todos nós vimos: McCarthy agride com uma cotovelada Rui Jorge. Julgará MST que como a cotovelada não foi dirigida ao rosto do jogador leonino, esta reveste-se de menor gravidade. Acontece que as leis do jogo são muito claras e não classificam as agressões em função do local do corpo onde são dirigidas. Porventura a agressão foi menos dolorosa mas não deixa de ser considerada uma agressão, e nesse particular as leis do jogo são claras: têm de ser sancionadas com cartão vermelho por muito que isso lhe custe. Tentar fazer-nos crer que o FCP anda a ser perseguido só pode ser brincadeira. Logo o seu clube que como todos sabemos tem sido o mais beneficiado ao longo das duas últimas décadas. Lembrar-se-á, com certeza, qual a Associação que presidiu aos destinos do Conselho de Arbitragem durante largos anos, por coincidência os anos em que o FCP dominou o panorama do futebol nacional. Quem não se lembra dessa figura incontornável que foi Adriano Pinto? Quem não se lembra daquela lendária e patética final da Supertaça em Coimbra, em que o árbitro José Pratas corria desalmadamente fugindo dos jogadores portistas que o perseguiam pelo campo fora? Exemplos como estes podíamos enumerar dezenas. Naqueles tempos, o FCP entrava em campo não com 11 mas com 14 "jogadores", o que convenhamos era uma vantagem considerável. Foram tempos, em que o FCP punha e dispunha dos árbitros como bem queria e Pinto da Costa reinava a seu bel-prazer. Felizmente os tempos mudaram e MST tem que começar a mentalizar-se de que o seu clube tem de ganhar os jogos com as mesmas armas dos adversários, i.e., dentro do campo e sem a ajuda de terceiros. Aliás, como amante de futebol que é, só deveria estar satisfeito por poder ver campeonatos disputados sem suspeições, e onde o campeão seja apurado exclusivamente pelos seus méritos e não por interferências mafiosas de terceiros. Abençoado "Apito Dourado" que mesmo que não venha a dar nada, como se começa a perceber, tenha pelo menos a virtude de amedrontar aqueles que pretendem fazer do futebol um feudo com o único objectivo de se alimentarem dele e manobrá-lo segundo as suas conveniências.
Devo dizer-lhe ainda, que lhe fica mal insinuar que todas estas ocorrências que nas suas palavras têm prejudicado o FCP, têm o dedo do Benfica. Para si não restam dúvidas: o Benfica é o mentor de toda esta tramóia graças às influências que supostamente exerce junto da Liga, do Conselho de Arbitragem, do Conselho de Disciplina, dos jornais e sei lá que mais. Quando o vejo a acusar LFV de facciosismo e de intolerante, logo você que é o faccioso mor dos comentadores, que só consegue ver o futebol em tons de azul e branco e cuja palavra tolerância há muito que desapareceu do seu dicionário, sinto pena de si, pois tais palavras não o engrandecem antes o enchem de ridículo. Finalmente, imagine como nos sentiremos, nós benfiquistas, se no final da Superliga acabarmos empatados com o FCP e verificarmos que não somos campeões, por causa daquele malfadado roubo que nos foi infligido na Luz, aquando do jogo com o seu clube. Aí sim, seria uma ironia dos diabos e que, em nenhuma circunstância, estou certo, você assumiria a evidência.

O Cantinho da música.

Maroon 5, com o trabalho que os levou ao ansiado contrato com uma editora: "1.22.03 Acoustic". Inclui seis acústicas versões ao vivo, que mais tarde seriam editadas no seu Cd, "Maroon 5", tais como: "This Love", "She Will Be Loved" e ainda um bónus track, um cover dos AC/DC, "Highway To Hell". A ouvir.

quarta-feira, março 23, 2005

E vão mais três jogos.

Benni McCarthy tomou-lhe o gosto e agora não quer outra coisa. Com uma regularidade que começa a impressionar resolve meter baixa ao serviço durante os fins-de-semana. O "jogo do cotovelo" do qual se tornou um exímio praticante está a deixar Pinto da Costa à beira de um ataque de nervos. Por este andar mais valia o rapaz tirar uma licença sabática.

terça-feira, março 22, 2005

O Cantinho da música,

Para os apreciadores de boa música qualquer que seja o género musical, é favor consultarem este site: www.cdbaby.com

As reuniões de avaliação.

O colega do outro olhar diz que "as reuniões de avaliação são momentos únicos da vida da escola". Eu acrescentaria que não o são pelos melhores motivos. Estas reuniões constituem o expoente máximo da burocratização do ensino onde as questões administrativas se sobrepõem às questões pedagógicas que deveriam ser aquelas que nos deviam preocupar. O objectivo primordial da maioria dos directores de turma e dos restantes elementos do Conselho de Turma, é fazer cumprir escrupulosamente a ordem de trabalhos que normalmente se resume ao preenchimento dos documentos previstos na lei e aos outros documentos que cada escola decide adoptar, e cujos efeitos práticos na melhoria do aproveitamento dos alunos estão próximos do zero. E ai de quem pense fugir a esta regra que é logo trucidado pelos colegas, bem mais preocupados em acabar com a reunião o mais depressa possível do que efectivamente em discutir os aspectos importantes, as tais questões pedagógicas. E quem pensa que isto alguma vez vai mudar bem pode esperar sentado.

F.C. Porto faz a vontade aos benfiquistas.

Provavelmente verificou-se o resultado mais agradável para os benfiquistas, que foi a derrota do F.C.Porto em Alvalade. Os dois eternos rivais ficam agora a seis pontos dos encarnados. Resta saber se o Benfica irá conseguir gerir da melhor forma esta preciosa vantagem. Como o seguro morreu de velho e a história é fértil em vantagens perdidas é bom que os nossos jogadores tenham os pés bem assentes no chão, não embandeirem em arco porque ainda há muito campeonato pela frente e os jogos que aí vêm são bastante difíceis. E o próximo é o Marítimo que merece o máximo de cautelas e a máxima entrega dos jogadores. É fundamental manter a distância para os nossos perseguidores e saber que cada vitória nossa representa uma machadada na moral dessas equipas. Há que jogar com o factor psicológico que nestas alturas tem um papael determinante.
Relativamente ao jogo desta noite, há que dizer que o Sporting foi superior apesar de não ter jogado bem e não ter aproveitado da melhor forma, a vantagem numérica que chegou a ser de dois jogadores quando ainda faltavam 28 minutos para terminar a contenda. Foi um Sporting bastante nervoso e muito cauteloso mesmo quando jogaram contra nove jogadores. Perderam uma oportunidade única de terem vantagem directa sobre o F.C. Porto em caso de igualdade pontual no final do campeonato.
O F.C. Porto continua a revelar todas as suas fraquezas não fazendo absolutamente nada para vencer o jogo, pese embora as vicissitudes porque passou no decorrer da partida em especial depois da expulsão de Benny Mccarthy (mais uma), e posteriormente a de Seitaridis. de qualquer forma até às expulsões os azuis-e-brancos foram sempre um conjunto sem ideias, sem profundidade de jogo e com grandes carências ao nível da construção de jogo bem como ao nível da finalização. Não me recordo de um único remate com perigo à baliza de Ricardo que foi um mero espectador durante todo o encontro. Resumindo: vitória justa do Sporting que apesar de tudo esteve longe de deslumbrar.

domingo, março 20, 2005

Análise às derradeiras jornadas.

Após uma análise ao calendário que resta da Superliga, mais concretamente aos jogos que faltam realizar a cada uma das principais equipas, cheguei a uma conclusão: o F.C. Porto não pode vencer amanhã em Alvalade sob pena de as coisas se complicarem bastante para o Benfica. Depois do jogo com o Sporting, os azuis-e-brancos só têm dois desafios onde poderão perder pontos: no Bessa e hipotéticamente em Vila do Conde. Todos os outros (em casa: G.Vicente, V.Setúbal, Marítimo e Académica; fora: B.Mar, Moreirense), são jogos em que ganharão com maior ou menor dificuldade.
Ao invés, o Benfica tem pela frente em casa, Marítimo, Belenenses, U.Leiria e Sporting e ainda vai aos campos do Rio Ave, Estoril, Penafiel e Boavista. Analisando o calendário dos dois emblemas, quer nos jogos em casa ( especialmente estes), quer nos jogos fora (neste caso menos) verificamos que a tarefa do Benfica é bem mais complicada.
A acontecer a tal indesejável vitória do F.C. Porto em Alvalade, eles ficam motivadíssimos para enfrentarem os jogos seguintes, enquanto o Benfica ficará com a espada sobre a cabeça, sabendo que não pode em nenhuma circunstância cometer um deslize (leia-se derrota) pois em caso de empate no final do campeonato, o F.C.Porto tem vantagem sobre nós. Aquele golo anulado ao Petit na Luz ainda nos pode causar muitas amarguras.

Benfica vence no Bonfim.

Excelente vitória dos encarnados após um início periclitante e onde a lesão de Petit, logo no principio de jogo, chegou a assustar. Após a expulsão de Veríssimo, tudo se tornou mais fácil e o Benfica acabou por não sentir grandes dificuldades para levar de vencida o seu adversário. Foi uma vitória importante, num campo tradicionalmente difícil, e agora há que esperar pelo desfecho do encontro entre Sporting e F.C. Porto. Para mim o único resultado que não nos interessa é a vitória dos azuis-e-brancos. Seja como for, qualquer que seja o resultado continuaremos no 1ºlugar. Faltam oito jornadas para o final da Superliga, estão 24 pontos em jogo, o que significa para nós benfiquistas, ainda muito sofrimento pela frente. Na próxima jornada teremos mais uma batalha: desta vez será o Marítimo, provavelmente já com um novo treinador após a demissão de Mariano Barreto, o que poderá trazer uma nova moral aos madeirenses. Faço votos para que o Petit esteja disponível para esse jogo pois é uma pedra demasiado importante no nosso "baralho". Será também fundamental que os nossos adeptos, à semelhança do que aconteceu hoje, estejam em força na Luz para um apoio incondicional à equipa.

sábado, março 19, 2005

V.Guimarães volta a ganhar.

Desta vez foi nos Barreiros. Este V.Guimarães a continuar assim que se cuidem os clubes que seguem na frente da Superliga. De há uns tempos a esta parte que os vimaranenses não param de somar pontos, a tal ponto, que começam a ameaçar os lugares cimeiros. Felizmente que o meu Benfica já não tem de os defrontar. Acautelem-se Sporting e Boavista que ainda os vão ter pela frente e preparem-se porque vão ter um osso muito duro de roer.

sexta-feira, março 18, 2005

Sporting com tarefa difícil.

Após uma eliminatória fácil ante o Middlesbrough o Sporting volta a ter ingleses no seu caminho. Agora coube-lhe em sorte o Newcastle com quem já se havia encontrado na fase de grupos. Nessa altura não se saiu mal empatando em casa do adversário. Desta vez, cheira-me que a coisa vai ser mais complicada até porque o Newcastle está em crescendo de forma e já recuperou alguns jogadores que na altura estavam lesionados: Alan Shearer voltou, e ao que parece com a veia goleadora apurada. O Sporting terá ainda o handicap de não poder contar para esta eliminatória com Hugo Viana, por motivos do contrato que ainda o prende ao clube inglês, e com Custódio que fez hoje uma artroscopia. São duas baixas de peso numa equipa que está a atravessar um momento difícil mas que aposta fortemente na conquista da Taça UEFA.

O Cantinho da música.

Hoje chamo a atenção para uma nova revelação da música americana. Chama-se Amos Lee e estreia-se nas lides musicais com um disco a não perder. O seu nome dá o título ao CD e a sua música é descrita como uma fusão entre o folk e o soul. Já pareceu num concerto com Norah Jones e acreditem que não vão ficar desapontados.

quinta-feira, março 17, 2005

Ainda a avaliação (2).

O colega da escola sugere num comentário que faz a um post meu sobre a avaliação no ensino básico, que eu confundo "classificação" com "avaliação". Engana-se o prezado colega. "Classificação" para mim é a expressão objectiva da avaliação. No sentido mais amplo do termo, classificar significa atribuir valores numéricos a objectos ou acontecimentos de acordo com regras pré-estabelecidas. Teoricamente, toda a classificação é possível e a sua validade depende apenas do critério que preside ao estabelecimento das regras de classificação. O pressuposto fundamental da avaliação educativa está no reconhecimento de que as diferenças individuais existem de facto e assumem por vezes valores substanciais. As diferenças dizem respeito tanto às capacidades que os alunos manifestam no início de uma qualquer aprendizagem como aos diversos níveis de aproveitamento atingidos em sua consequência. Resumindo, nenhum sistema de avaliação, qualquer que ele seja, pode viver sem a classificação.
Por outro lado, o colega mostra-se um acérrimo defensor do processo avaliativo de pendor formativo em detrimento do sumativo. É a velha questão "avaliação formativa versus sumativa" que tantas polémicas tem originado entre os professores. A avaliação formativa distingue-se por uma articulação estreita com o processo de ensino-aprendizagem e desempenha uma acção de controle e ajustamento permanente e simultânea relativamente ao trabalho que está a ser desenvolvido. Em contrapartida a avaliação sumativa é uma avalição de facto consumado. Localizada no termo de uma unidade de ensino, a informação que proporciona já não pode modificar nem o ensino nem a aprendizagem. A apreciação do aluno é feita portanto em termos irreversíveis. Convém no entanto realçar que esta última cumpre algumas funções que não estão ao alcance da avaliação formativa nem são da sua competência, como sejam a atribuição de classificações ou níveis de aproveitamento, a diagnose e a comparação de resultados,etc. Um equívoco frequente está em supor, como penso que fazem muitos colegas, que se avalia em termos formativos quando, com certa periodicidade, se aplicam testes que abarcam capítulos ou partes de uma matéria. Ora a distinção entre avaliação formativa e sumativa não pode ser feita na base da localização da prova ou da extensão da matéria avaliada. Intercalar ou final, a avaliação será sempre sumativa se o professor entender que determinado conteúdo foi "ensinado", que os alunos tiveram já o "tempo suficiente" para aprender uma dada matéria e se estes por sua parte, reconhecerem que o teste já não terá interferência sobre o trabalho realizado. É, pretensamente, este carácter "punitivo" que a avaliação sumativa encerra que assusta alguns pedagogos. E aqui chegado voltamos à "classificação". Para os pedagogos encartados a "classificação" é algo profundamente anti-pedagógico que tem como único objectivo excluir, humilhar e deprimir. Já é tempo de afastarmos estes fantasmas.

Ainda a avaliação.

Para os defensores da pedagogia moderna, se numa turma ou escola, uma parte substancial dos alunos não satisfaz as metas prescritas pelos professores ou pelos programas, duas justificações podem apresentar-se: ou as metas foram impropriamente estabelecidas, sem atender às reais capacidades dos alunos, ou então os métodos de ensino adoptados não foram os mais convenientes. Penso que não há nenhum professor que se preze, que perante um conjunto de maus resultados, não tente perceber porque eles acontecem e não tente reflectir sobre os meios que conduzam à sua resolução, modificando, se necessário, a sua forma de intervenção, retardando ou acelerando o desenvolvimento do programa e substituindo este ou aquele conteúdo. O que se esquecem frequentemente os defensores desta "corrente pedagógica" é o nível de responsabilidade dos alunos nos seus maus resultados ( é raro vermos os maus alunos corrigirem a sua metodologia de trabalho e concentrarem-se sobre os aspectos que requerem maior esforço e atenção). Chega de assacar exclusivamente as culpas aos professores, aos currículos, aos programas, aos exames, e sei lá que mais. Não pretendamos fazer do aluno o eterno coitadinho do nosso sistema de ensino.

terça-feira, março 15, 2005

A avaliação no ensino básico.

O sistema de classificação que vigora no ensino básico, é uma forma camuflada de combater o insucesso escolar e permite que os alunos passem quase de forma administrativa. Quantos de nós professores não conhecemos casos de alunos que chegam ao final do 3º período, com 4 e 5 negativas e que por obra e graça do Espírito Santo acabam por transitar de ano. Situações destas não são tão pouco habituais quanto isso. Eu bem sei que a própria legislação convida a isso, ao determinar que a reprovação deve ter um carácter de excepção mas os abusos são mais que muitos. Depois não se admirem que o 10º Ano constitua hoje, o ano de escolaridade onde se verificam as mais altas taxas de insucesso escolar. E por que razão é que tal sucede? Simplesmente porque os alunos chegam ao Secundário sem a mínima preparação para enfrentarem os níveis de exigência deste grau de ensino. O certo é que apesar de todos estes facilitismos temos as maiores taxas de abandono escolar da Europa e uma taxa de reprovações que nos envergonha a todos.

Dias da Cunha faz o choradinho habitual.

O presidente leonino vem-nos dizer hoje que já pouco acredita nas possibilidades do seu clube em conquistar a Superliga. Provavelmente será uma forma de espicaçar o orgulho dos seus jogadores porque não me parece que o Sporting esteja desde já arredado da luta pelo título, pelo que não faz sentido atirarem já a toalha ao tapete. Revela o seu mau perder, afirmando que as equipas que com eles concorrem pelos lugares cimeiros têm sido ajudados nalguns jogos, nomeadamente o Benfica que, segundo ele, tem sido levado ao colo. Já estamos habituados a este discurso recorrente de Dias da Cunha quando as coisas não correm de feição para o seu clube. Nestas alturas o seu mau fígado dá sempre um arzinho de si.

FCP afastado da Liga dos Campeões.

Foi com grande naturalidade que o Inter eliminou o F.C.Porto esta noite com uma vitória por 3-1. Este resultado poderia ter sido mais dilatado porque oportunidades de golo para os italianos não faltaram (estou-me a lembrar de uma situação escandalosa em que dois jogadores isolados só com Baía pela frente não o conseguiram desfeitear, por puro egoísmo de um deles). Se a isto somarmos uma mão cheia de foras-de-jogo mal assinalados aos italianos, mormente na 2ª parte, teríamos provavelmente um resultado muito parecido com o do Nacional. O F.C. Porto mostrou hoje, mais uma vez , que está a léguas de distância da equipa do ano passado que tão brilhantemente conquistou a Liga dos Campeões. Faço votos para que este nível exibicional se prolongue por mais uns tempos na nossa Superliga. Como benfiquista, ficar-lhes-ia bastante grato.

Sócrates atiça Farmacêuticos.

No seu discurso de tomada de posse, o primeiro-ministro anunciou que pretende implementar a liberalização dos medicamentos não sujeitos a receita médica. Se tal medida for aplicada, o Eng. Sócrates merece o meu aplauso, não só pela justeza da dita mas também pela coragem em enfrentar um dos lobbys mais poderosos deste País.

domingo, março 13, 2005

Sporting atrasa-se.

E o impensável aconteceu: o Sporting perde em casa com o Penafiel. Como benfiquista os resultados deste fim-de-semana foram ouro sobre azul. É pena a Superliga não acabar hoje. Três pontos de avanço sobre o FCP e seis sobre o Sporting não é mau, mas ainda não nos dá garantias de sucesso. A próxima jornada assume uma importância capital. Na lógica de um benfiquista, o ideal seria o Benfica ganhar em Setúbal e o Sporting ganhar ao F.C.Porto, ou no pior das hipóteses, um empate entre ambos. Prefiro não imaginar cenários derrotistas para o meu clube.

Mulheres socialistas indignadas

Sócrates diz que as mulheres socialistas não têm protagonismo político e técnico para fazerem parte do governo.Foi isto que o novo primeiro-ministro resolveu dizer a alguns dos elementos do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas numa conversa informal, no final de uma reunião do conselho consultivo daquele órgão, quando estas o interpelaram para saber o porquê de tão poucas mulheres no novo executivo socialista. Óbviamente as senhoras não gostaram do que ouviram e espernearam. Segundo elas, uma vergonha para Portugal e para o PS. Isto está a começar bem!

Dínamo de Moscovo começa em grande.

A equipa portuguesa, Dínamo de Moscovo, que iniciou hoje o campeonato russo levou uma goleada de 4-1. O magnata russo, presidente do clube, devia estar doido quando contratou esta legião de turistas portugueses.

sábado, março 12, 2005

Benfica -2-Gil Vicente-0

Finalmente conseguimos assumir isolados a liderança da Superliga independentemente do que o Sporting venha a fazer amanhã. Sem realizarmos uma exibição de encher o olho, longe disso, fizemos o suficiente para merecermos a vitória. Agora com três pontos de avanço sobre o segundo classificado dependemos exclusivamente de nós para nos sagrarmos campeões. É bom que não nos esqueçamos que são apenas três pontos e que eles se podem perder numa só jornada. Faltam nove jornadas para o términus do campeonato o que significa que vamos ter nove finais pela frente, onde em cada jogo os nossos jogadores terão de jogar no limite das suas capacidades, com muito empenho e sacrifício e sobretudo com muita cabeça fria. É preciso que do ponto de vista psicológico sejam fortes, estejam preparados para viver com a pressão porque só assim é que se fazem campeões. E os campeões não se fazem sem sorte: precisamos dela, nomeadamente no capítulo das lesões onde temos sido bastante fustigados. Novas emoções nos esperam na próxima jornada no Bonfim, campo tradicionalmente difícil, e onde os jogadores sadinos vão querer vingar a pesada derrota sofrida na Luz. Teremos nessa jornada também, um Sporting-F.C.Porto onde no mínimo uma das equipas perderá pontos o que nos poderá trazer óbvios benefícios desde que ganhemos o nosso jogo. Aguardemos pois para ver o que acontece.

O que me espera.

Derrocada azul-e-branca.

O FCP foi cilindrado por quatro a zero frente ao Nacional. Nem o mais optimista conseguiria prognosticar um resultado destes, ainda por cima num desafio em casa. São já três os meses que o FCP leva sem ganhar em casa o que deve constituir facto inédito no historial do clube. Os azuis-e-brancos vão ter que rapidamente digerir esta derrota pois vêm aí dois jogos decisivos e com um grau máximo de dificuldade: Inter de Milão e Sporting. Perante adversários deste calibre, os jogadores portistas vão ter de fazer das fraquezas forças se quiserem manter intactas as suas aspirações. Enquanto benfiquista fico muito satisfeito com esta nova realidade portista mas, cauteloso, não embandeiro em arco porque, embora goleados, esta derrota apenas significa a perda de três pontos e ainda há muito campeonato pela frente. Acresce que o meu clube não me tem dado razões para eu estar optimista, longe disso. No entanto, espero que amanhã frente ao Gil Vicente, não esbanjem mais uma oportunidade para se isolarem na frente da Superliga. Nesta altura perder pontos em casa pode ser fatal, especialmente se forem contra adversários de nível inferior.

sexta-feira, março 11, 2005

Verdes ganham em Inglaterra.

Por via do resultado alcançado em Middlesbrough pode-se dizer que o Sporting já está nos quartos-de-final da Taça UEFA. O jogo da 2ªmão serve apenas para cumprir calendário.

António Vitorino.

Esta fixação em António Vitorino já cansa. Deixem o homem em paz. Não quis ir para o governo? Pois muito bem, está no seu pleno direito. A vida é dele e ele faz dela o que bem entender. Esta mania bem portuguesa que consiste na procura incessante dum D.Sebastião que nos salve do pântano em que estamos atolados, é bem reveladora do nosso provincianismo.

Incoerências.

José Sócrates durante a campanha eleitoral disse que a conjuntura não permitia que se baixasse os impostos mas que também não iria aumentá-los. O futuro ministro das finanças, Campos e Cunha, vem-nos dizer que afinal é inevitável o seu aumento. Com o anterior governo estas contradições seriam objecto de grandes parangonas nos jornais e explosivas aberturas de telejornais. Os efusivos comentadores que nessa altura não calavam a sua indignação desta vez ficaram mudos e quedos. Um espanto!

quinta-feira, março 10, 2005

O Deus Mourinho.

Piada retirada do terceiroanel.
Arséne Wenger, Alex Ferguson, e José Mourinho morrem os três num desastre de avião e encontram o Criador.
Deus olha para Wenger e pergunta-lhe o que era mais importante para ele. O treinador do Arsenal responde que era a protecção do sistema ecológico da terra, o que mais o preocupava. Deus fica satisfeito e diz " Gosto da maneira como pensas, senta-te do meu lado esquerdo.".
Depois, Deus faz a mesma pergunta a Fergusson. O treinador do Manchester United responde que as pessoas e as suas escolhas pessoais, eram o mais importante. Deus aprova e afirma "Gosto da maneira como pensas, senta-te aqui do meu lado direito.".
Finalmente, Deus vira-se para José Mourinho, que já O olhava com cara de poucos amigos e indignado. Deus pergunta-lhe "Qual é o teu problema, Mourinho?!".
O treinador português responde: "Estás sentado na minha cadeira."

Real Madrid em mais uma época decepcionante.

Os galácticos do Real Madrid arrastam-se pelos campos de futebol. Os jogadores do clube são hoje um conjunto de vedetas, mais preocupadas em fazer render a sua imagem do que propriamente em jogar futebol. Florentino Pérez terá de rever rapidamente a sua política desportiva.

LFV e José Veiga de costas voltadas?

A entrevista de Luis Filipe Vieira ontem à rádio renascença deixa entender um claro distanciamento entre ele e José Veiga. Ao afirmar que ele, LFV, é a única fonte fidedigna do clube leva-me a acreditar que a relação entre os dois já não é o que era.

Nuno Gomes mais uma vez no estaleiro.

Nuno Gomes fora dos relvados durante um mês, para debelar mais uma lesão muscular, não é claramente uma boa notícia para o futebol encarnado.

Perplexidade.

Porque será que todos os treinadores que aterram no FCP começam desde logo a adoptar o discurso de Pinto da Costa?!

terça-feira, março 08, 2005

Podia ser pior.

O sorteio ditou que o Benfica emparelhasse com o E.Amadora nas meias-finais da Taça de Portugal. Sem menosprezar o adversário, até porque estes jogos da Taça são fertéis em surpresas, eu diria que o meu clube tem obrigação de estar presente na final do Jamor. Os adeptos e simpatizantes encarnados, não perdoariam aos jogadores outro desfecho que não seja a vitória perante os homens da Reboleira.

Chelsea-Barcelona em jogo empolgante.

Deslumbramento total pelo jogo a que acabei de assistir entre o Chelsea e o Barcelona. Ninguém diria que após os três golos de vantagem do Chelsea, o Barcelona tivesse uma excelente reacção que o poderia levar à eliminatória seguinte não fosse aquela cabeçada do John Terry a resolver a contenda a favor da equipa inglesa. Até o Abramovich que por norma é reservado, vibrou intensamente, como se viu no final do jogo, com a vitória dos seus meninos. Mourinho continua a deslumbrar meio-mundo, em especial nós portugueses, que nos sentimos orgulhosos em ter um embaixador deste calibre. São jogos destes que elevam o futebol à categoria do melhor espectáculo do mundo.

Simão despenalizado.

Sinceramente não esperava que o Conselho de Disciplina absolvesse o Simão relativamente ao "sumaríssimo" pelas razões que apontei em post anterior. Em boa hora o fizeram, pois seria uma extrema injustiça o jogador ser penalizado por um lance onde não se vislumbra intenção em agredir o adversário. Tiro o meu chapéu aos elementos do Conselho pela seriedade que demonstraram na decisão tomada: errar é humano, persistir no erro é que seria condenável.

segunda-feira, março 07, 2005

Já temos governo.

O Governo aí está. Confesso que os nomes escolhidos não me entusiasmam particularmente. Esperava um governo com outra musculatura. É uma nova versão guterrista com alguns independentes de pouco calibre. O tempo dirá se foram ou não boas escolhas. Fico com a sensação de que muitos ministros foram segundas escolhas. É preocupante verificar que nem com maioria absoluta se consegue atrair gente com provas dadas na sociedade civil para fazerem parte do governo. Algo que indicia pouco confiança nesta liderança ou, muito provavelmente, a actividade governativa continua a ser pouco aliciante face aos vencimentos que se praticam, em comparação com as remunerações que se obtêm no sector privado.
Uma nota para a nomeação de Freitas do Amaral para as Necessidades: sem pôr em causa a sua competência, que a tem, esta sua presença no governo cheira a retribuição de Sócrates pelo facto de o senador ter apelado ao voto nos socialistas; além disso, esta aterragem do professor num governo socialista leva-nos a perguntar se foi o PS que derivou à direita ou se foi o professor que mudou de rumo?

O Cantinho da música.

Ponham os ouvidos na discografia de Maximilian Hecker, um músico alemão que nos delicia com a sua música. Comprem e vão ver que gostam.

domingo, março 06, 2005

Análise à jornada.

O meu clube lá conseguiu matar o borrego num campo onde já não vencia há muito. Foi mais uma vitória sofrida, desta vez por culpa própria pois as oportunidades para matar o jogo foram mais que muitas. Valeu-nos ainda o penalty falhado pelo Nacional que caso tivesse sido concretizado dificilmente o Benfica daria a volta ao jogo. Infelizmente somámos mais uma lesão muscular (Nuno Gomes) o que nos vem complicar a vida nos próximos jogos. A este juntam-se Nuno Assis e provavelmente Simão (não acredito que o Conselho de Disciplina o despenalize, pois isso seria admitir um erro de julgamento algo que eles não irão admitir mesmo que sintam que a razão não lhes assiste),como ausências para o jogo com o Gil Vicente. Dada a escassez de qualidade que temos no plantel dificilmente conseguiremos ultrapassar estas ausências.
O FCP teve a estrelinha de campeão a ajudá-lo na vitória em Penafiel. Muita garra, muito querer mas muito pouco futebol. Um golo ao cair do pano deu-lhe mais três pontos que o colocam a par do Benfica no topo da classificação.
O Sporting perdeu inapelavelmente em Belém, frente a um Belenenses que fez juz a um outro resultado mas que a pecha na finalização apenas lhe permitiu a obtenção de um golo (por sinal bastante consentido pela defesa leonina), que foi o suficiente para alcançar uma vitória que me agradou imenso como devem calcular. Este Sporting tem demonstrado uma grande irregularidade exibicional, capaz do melhor e do pior e manifestando, inexplicavelmente, indesejáveis níveis de ansiedade fora de casa que lhe têm custado caro.
O Boavista continua a somar pontos nas partes finais dos desafios. Desta vez, na Amoreira, lá conseguiu amealhar mais um pontinho mesmo no finalzinho do encontro. Decididamente o azar fica à porta pelos lados do Bessa.
Contas feitas, temos Benfica e FCP repartindo a liderança com o Sporting a 3 pontos o Boavista a 4 aguardando-se o que faz amanhã o Sp.Braga em Setúbal. Para a semana há mais.

sábado, março 05, 2005

Já temos ministra.

Já temos ministra da educação. Dá pelo nome de Maria de Lurdes Rodrigues. Sabem quem é? Eu também não. Os primeiros relatos sobre a sua pessoa dão-nos conta de que tem mau feitio e é obstinada, bem ao jeito de Manuela Ferreira Leite. A ver vamos.

quinta-feira, março 03, 2005

Benfica segue em frente na Taça.

Exibição absolutamente miserável da equipa encarnada frente a um Beira-Mar que não mereceu a eliminação. Sinceramente tenho dificuldade em perceber como é que a jogar de forma tão medíocre como o temos vindo a fazer ao longo da época, nos mantemos nos primeiros lugares da Superliga. Se perante uma equipa que ocupa os últimos lugares do campeonato e tendo a vantagem de jogarmos em casa não conseguimos jogar melhor do que fizemos hoje, é caso para nós adeptos ficarmos alarmados. Que confiança podemos ter nesta equipa que todas as semanas nos dá provas que não podemos confiar nela. Qualquer que seja o adversário que defrontemos é sempre um bico de obra. As vitórias são quase todas elas arrancadas a ferros. Não há um fim-de-semana que tenhamos um jogo descansado. No final de cada jogo sinto-me como se estivesse ligado à electricidade. Chiça, não há dó!

terça-feira, março 01, 2005

Benfica não cai no Dragão.

Confesso que o Benfica me surpreendeu no jogo de ontem. Não tanto pela exibição que não foi nada de especial mas antes pela postura em campo. Os jogadores encarnados, desta vez, não se mostraram tão amedrontados como outras tantas vezes nas deslocações às Antas, jogando de igual para igual com o seu adversário. Tiveram personalidade, lutaram do princípio ao fim e conseguiram um resultado positivo e perfeitamente ajustado face ao que se passou em campo. Se nos lembrarmos que há 14 anos que não ganhamos no reduto do azuis-e-brancos e que nas últimas 10 épocas perdemos lá sempre, temos que concordar que um empate, embora não seja o resultado ideal - em caso de empate no final do campeonato estamos em desvantagem relativamente ao FCP - não deixa de ser positivo face aos antecedentes. Trapattoni arriscou, fazendo entrar de início Karadas em detrimento de Nuno Gomes e foi feliz na opção uma vez que o norueguês realizou uma exibição muito esforçada, não dando descanso aos centrais portistas, ganhando-lhes a maioria dos lances aéreos, dando poder de choque ao ataque encarnado e constituindo sempre uma ajuda preciosa nos lances de bola parada na nossa área. Miguel apresentou-se com outra frescura física aproximando-se do seu real valor. Geovanni continua a revelar-se eficaz com mais um golo de cabeça, ele que é um jogador minorca. Manuel Fernandes e Petit uns mouros de trabalho. Os centrais Luisão e Ricardo Rocha impecáveis. O mesmo se aplica a Quim que já no final do jogo teve uma intervenção decisiva. Dos Santos justificou a titularidade revelando que a diferença entre ele e Fyssas é, nesta altura, abissal. Pela negativa Simão que não há meio de arrancar um bom jogo: talvez a paragem forçada a que vai ser sujeito nos próximos jogos lhe venha a ser benéfica (resta saber se o vai ser para a equipa). Uma palavra para o árbitro António Costa que se revelou sempre à altura dos acontecimentos.
Dito isto, temos 5 equipas no topo da classificação separadas apenas por 2 pontos. Jornada após jornada estas equipas não desgrudam umas das outras o que para um amante da modalidade é sempre gratificante.