domingo, abril 10, 2005

Benfica entrega campeonato.

Por muito que me custe dizê-lo, o meu clube disse hoje adeus à conquista do campeonato. Em posts anteriores eu já antevia esta possibilidade porque a equipa nunca me deu motivos suficientes para acreditar nela. Este ano tivemos uma oportunidade soberana que provavelmente não vamos ter nos próximos anos, e não a soubemos aproveitar. Num ano atípico como este, em que F.C.Porto e Sporting tudo têm feito para nos entregar o campeonato numa bandeja de prata nós o que fazemos? Fazemo-nos de esquisitos e não aceitamos tão generosa oferta. Já que os nossos adversário estiveram 19 e 17 anos sem ganhar o título, entendem os nossos dilectos jogadores, porventura num gesto solidário, que há que esperar mais uns anitos para as contas ficarem acertadas e só nessa altura pensarão em fazer a vontade aos sócios. Nós os adeptos, é que já estamos fartos de tanta parcimónia, cansados de tanto sofrimento. Ano após ano não param as decepções. Começo a acreditar que morro sem voltar a ver o Benfica campeão. Eu que durante tantos anos me habituei a ver o meu clube ganhar jamais imaginei passar por um jejum de 11 anos sem alcançar um título.
O jogo de hoje foi uma cópia de tantos outros ao longo desta época. A burrice impôs-se à clarividência. Alguma vez uma equipa que quer ser campeã pode sofrer um golo daquela forma? Nos últimos 15 minutos os nossos jogadores atacaram completamente à toa sem quaisquer cautelas defensivas o que se veio a revelar fatal. Nesse período os jogadores do Rio Ave aparecerem junto à nossa área 2 ou 3 vezes em superioridade numérica face à nossa defesa, o que se revelou premonitório do que viria a acontecer no último minuto.
Numa breve análise à prestação dos nossos jogadores dizer que Simão, há semelhança do que vem acontecendo há uma dezena de jogos, não fez rigorosamente nada falhando incusivé uma flagrante oportunidade de golo que o Simão de outros tempos não falharia. Presentemente é uma unidade a menos (pena que no plantel não haja alternativas). Nuno Gomes e Nuno Assis foram outras nulidades, dois zeros absolutos.