domingo, abril 24, 2005

Benfica apesar da vitória continua sem convencer.

O Benfica fez hoje mais uma exibição absolutamente deplorável. Não fora o Estoril ter duas expulsões e os encarnados dificilmente teriam ganho este jogo. Verdade se diga que o árbitro não teve influência no resultado pois as expulsões foram inteiramente justas, não se justificando assim, as declarações inflamadas do treinador canarinho contra a arbitagem. Os estorilistas nada fizeram para ganhar a partida, limitaram-se a gerir a vantagem de um golo inicial fortuito remetendo-se a partir daí a uma defesa porfiada que quase os levava a conseguir os seus objectivos. Daí que a haver um vencedor este só poderia ser o Benfica porque foi a equipa que mais atacou, mais oportunidades de golo construiu e que por isso acabou por ganhar. Apesar da vitória o Benfica não jogou absolutamente nada. Jogámos cerca de 70 minutos em superioridade numérica e mesmo assim não conseguimos ao longo desse tempo fazer uma única jogada digna de registo. Estas acabavam invariavelmente no despejo de bolas para a área estorilista, na maior parte das vezes de forma deficiente (os nossos jogadores não sabem fazer um cruzamento: nos cantos e nos lances de bola parada nas faces laterais da área contrária parece não haver nada preparado o que nos leva a admitir que estas jogadas são pouco treinadas); a desorganização ofensiva foi evidente( não temos ninguém que pense e assuma o jogo; não conseguimos fazer circulação de bola; as acções individuais prevalecem em detrimento do colectivo); a equipa tem dificuldade em controlar os níveis de ansiedade o que leva a que haja muita vontade, muita aplicação, mas total falta de discernimento; há jogadores de quem se esperava uma prestação mais consentânea com as suas capacidades: refiro-me concretamente a Petit, Nuno Gomes e Simão (este último tem-se revelado um jogador com pouca personalidade e muito frágil psicológicamente: é inadmissível estar há 14 jogos sem marcar um golo); salta à vista a pouca qualidade do plantel que se torna evidente quando jogadores como Manuel Fernandes e Miguel, como foi o caso de hoje, não podem dar o seu contributo: João Pereira e Bruno Aguiar pese embora a boa vontade não os fazem esquecer minimamente. Trapatonni também ajudou à festa ao fazer alterações perfeitamente despropositadas no escalonamento inicial da equipa: não se percebe a inclusão de Fyssas do mesmo modo que não se percebe a entrada de Moreira quando Quim tem estado à altura das responsabilidades (logo por azar Moreira tem culpas no golo estorilista).
Volto a insistir na mesma tecla: a continuarmos a jogar assim, só um milagre nos levará ao tão almejado título. A vitória do F.C.Porto hoje em Aveiro complicou-nos a vida já que os azuis-e-brancos têm um calendário bastante acessível. Ganhámos 2 pontos ao Sporting mas temos o F.C.Porto a apenas 4 pontos e veremos o que fará o Sp. Braga amanhã em Penafiel. Nos próximos dois jogos é imperioso que o meu clube não perca pontos. Por aquilo que tenho visto é difícil este desiderato. Gostava de ser mais positivo mas a realidade não me permite grandes optimismos.

4 comentários:

JoaoLynch disse...

Hoje vi isto muito complicado.

O Simão devia ficar 1 jogo na bancada, era capaz de lhe fazer bem, precisámos de mais Simão e não de 1 fantasma.

Anónimo disse...

Skaradas, até gosto de ler os teus posts que me parecem, descontando algum facciocismo normal nestas coisas, escritos com alguma distância, mas preciso que me expliques o que é para ti "ter influência no resultado"?
Não marcar penalty GRITANTE pela gravata do rocha ao moses?
Expulsar um jogador,na 2ª "falta" k cometeu, sem que tivesse cometido falta?
Marcar um livre ao contrário que deu origem ao 1º golo do bxx?
A marcação de "milhares de faltas" junto da área do ep?
Dar 8 amarelos e 2 vermelhos ao ep e 2 amarelos ao bxxx?
Isto não é influenciar o resultado?
Espero que para justificar o teu conceito, nao me digas que o árbitro nao influenciou porque nao marcou nenhum golo...
cpts

karadas disse...

caríssimo cg:
1. o pretenso penalty do Ricardo Rocha quanto a mim não existe; se verificar quem começa o agarrão é precisamente o Moses.
2. o árbitro limitou-se a aplicar a lei em duas jogadas merecedoras de cartão amarelo.
3. o livre quanto a mim foi bem marcado.
4. as faltas são para ser marcadas independentemente do local onde são cometidas.
5. os jogadores estorilistas passaram ojogo a cometer faltas; outros amarelos ficaram por marcar: Marcel foi um deles; Cissé devia ter visto o cartão vermelho.
6. Não foi o árbitro que influenciou o resultado. os estorilistas foram vítimas do seu jogo demasiado viril.

Anónimo disse...

skaradas, assim fiko desarmado. totalmente. vimos jogos MUITO DIFERENTES. COM EQUIPAS DIFERENTES!
desculpa o meu comentário anterior...parece que despertou o pior de benfiquismos que há em ti...não era minha intenção. desculpa. Parabéns pelo jogo que viste!
espero voltar a ver/ler o skaradas da 1ª parte do meu comentário..